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7/24/2015

Verborragia: o disfarce da ignorância

Verborragia 

Pessoa que usa uma quantidade excessiva e geralmente irritante de palavras para dizer coisas de pouco conteúdo ou sem importância. Que se utiliza de muitas palavras para dizer coisas insignificantes; que possui excesso de palavras sem importância; verborreico.Diz-se da pessoa que fala exageradamente, mas não expressa nada de significante e/ou importante. 

Palavras que podem introduzir parcialidades 

Elogios 

... lendário, grande, eminente, visionário, notável, líder, célebre, de última linha, extraordinário, brilhante, famoso, renomado, prestigioso, de nível mundial, respeitado, excepcional, excelente, virtuoso, de grande estima... 

Palavras como estas frequentemente são usadas sem que lhes seja dada a devida atribuição, para promover o assunto de um artigo, sem comunicar nem resumir de maneira direta e verificável qualquer informação. 

Caracterizações controversas

... culto, racista, perverso, seita, fundamentalista, herege, extremista, negacionista, terrorista, libertador, pseudo-, controverso... 

Rótulos que trazem consigo juízos de valor—tais como descrever uma organização de culto, um indivíduo como racista, terrorista ou libertador, ou alguma prática sexual como perversão—pode exprimir uma opinião controversa, e devem ser evitados, a menos que tenham sido usado de maneira extensiva por fontes fiáveis para descrever o assunto, quando devem ser devidamente referenciadas. O prefixo pseudo- indica que algo é falso ou espúrio, o que pode ser motivo de debate. 

Caracterizações não-atribuídas

... alguns dizem, acredita-se, muitos têm a opinião, a maioria sente, especialistas afirmam, frequentemente se relata, é a opinião corrente, estudos mostram, a ciência diz, provou-se que... 

Frases como estas dão a aparência de um suporte ao que está sendo afirmado, porém escondem do leitor a oportunidade de atestar a fonte deste ponto de vista. Estes termos acabam ampliando o texto sem acrescentar qualquer informação útil, e podem mascarar um ponto de vista parcial. Alegações sobre o que alguém disse, pensou, sentiu ou acreditou, e o que foi mostrado, demonstrado ou provado, devem ser atribuídas de maneira clara. 

Expressões de dúvida 

... suposto, alegado, pretenso, acusado, chamado... 

Sem que existam informações incontestáveis provando o contrário, termos como suposto e pretenso podem implicar de maneira indevida que determinado ponto de vista não é preciso. Alegado e acusado são termos apropriados apenas quando um fato é mencionado de maneira indeterminada, como pessoas que ainda estão sendo julgadas por algum crime. Opiniões] 

... notavelmente, interessantemente, deve-se ter em mente, claramente, certamente, sem dúvida, é claro, afortunadamente, felizmente, infelizmente, tragicamente, precocemente... 

O uso de advérbios e adjetivos e quaisquer termos que denotem caracterizações opinativas, como notavelmente e interessantemente, e frases como deve-se ter em mente, para salientar ou ressaltar algo como sendo particularmente importante ou certo sem que tal opinião seja devidamente atribuída e referenciada deve ser evitado. Termos como fundamentalmente, essencialmente e basicamente podem indicar pontos de vista e interpretações pessoais ou específicas, e como tal devem também ser devidamente atribuídos e referenciados, especialmente em casos controversos. 

Claramente, obviamente, basicamente e é claro todos presumem muito sobre o conhecimento e a perspectiva do leitor, e frequentemente indicam verborragia. 

Sinônimos para disse

... revelou, indicou, expôs, explicou, encontrou, notou, observou, insistiu, especulou, conjeturou, alegou, afirmou, admitiu, confessou, negou... 

Disse, afirmou, escreveu e de acordo com são quase sempre neutros e corretos. É preciso cuidado extra com termos mais emotivos como, por exemplo, escrever que uma pessoa revelou, mostrou, expôs, explicou ou descobriu algo sem indicar pode dar a entender que a afirmação é verdadeira onde um relato mais neutro poderia ter evitado tal endosso. Escrever que alguém notou, observou, insistiu, especulou ou conjeturou pode sugerir no sujeito um grau de cuidado, objetividade ou acesso às evidências que não se pode verificar nas fontes. 

Escrever que alguém alegou ou afirmou algo pode colocar a credibilidade da afirmação em dúvida, por enfatizar uma potencial contradição ou falta de atenção às evidências. De modo similar, tenha cuidado ao utilizar os verbos admitir, confessar e negar, particularmente em biografias de pessoas vivas, pois eles podem passar a impressão de culpa quando ela não é algo sobre o que se concorda. 

Eufemismos

... faleceu, foi desta para a melhor, deu sua vida, local de descanso, fazer amor, uma questão com danos colaterais, limpeza étnica, convivendo com o câncer, sem visão, pessoas com cegueira... 

A palavra morreu é neutra e correta. Evite eufemismos como local de descanso. Da mesma forma, teve relações sexuais é neutra, enquanto que o eufemismo fez amor é presunçoso. Algumas palavras que são apropriadas na maioria dos contextos também têm sentidos eufemísticos que devem ser evitados: não use questão para problema ou disputa ou limpeza étnica para assassinato em massa ou genocídio. Vítimas civis não devem ser escondidas sob o termo danos colaterais. 

Se uma pessoa tem uma doença, ou está doente, diga isto! Convivendo com é uma forma amaciada. As normas corretas variam para expressões sobre deficiências e pessoas desabilitadas. O objetivo é uma expressão clara e direta e que não cause desconforto (ou ofensas) desnecessário. Não assuma que uma linguagem simples seja incorreta.

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