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7/24/2015

Niilismo e Dependência Química

É importante saber que o dependente químico, muitas vezes incorpora à sua personalidade os conceitos e atitudes dessa doutrina filosófica que, em última instância, só colabora para acelerar a destruição daqueles poucos valores que ainda lhe restavam e, assim, mais rapidamente leva-lo à destruição total. O pensar e agir dessa maneira faz com que o indivíduo dependente se entregue cada vez mais às drogas e em casos extremos à autodestruição.

Niilismo é uma doutrina filosófica que indica um pessimismo e ceticismo extremos perante qualquer situação ou realidade possível. Consiste na negação de todos os princípios religiosos, políticos e sociais.

Tem origem na palavra em latim nihil, que significa "nada". O seu sentido original foi alcançado graças a Friedrich Heinrich Jacobi e Jean Paul. Este conceito foi abordado mais tarde por Nietzsche, que o descreveu como falta de convicção em que se encontra o ser humano após a desvalorização de qualquer crença. Essa desvalorização acaba por culminar na consciência do absurdo e do nada.

O niilismo representa uma atitude crítica em relação às convenções sociais, e o termo aparece pela primeira vez na obra de Turgeniev "Pais e Filhos". Nesta obra literária, um personagem afirma: "Um niilista é um homem que não se curva ante qualquer autoridade; nem aceita nenhum princípio sem exame, qualquer que seja o respeito que esse princípio envolva".

Na Rússia, se aplicou o termo "niilista" ao movimento revolucionário durante a segunda metade do reinado de Alexandre II. Os primeiros niilistas, seguidores das ideias de Pisarev, exigiram que a realização do progresso social só fosse possível a partir de uma reconstrução científica da sociedade.

Desde 1870, alguns seguidores do niilismo adotaram formas de protesto mais radicais, com uma mentalidade coincidente com o movimento anarquista. Apesar disso, nem todos os niilistas faziam parte de grupos revolucionários, ao contrário do que muitas pessoas afirmavam.

Niilismo moral, ético, existencial, político e negativo

O niilismo moral (ou niilismo ético) consiste em um ponto de vista em que nenhuma ação pode ser considera moral ou imoral.

O niilismo existencial significa que a existência do ser humano não tem qualquer sentido ou finalidade e por isso o homem não deve procurar um sentido e um propósito para a sua existência.

O niilismo político tem como fundamento que a destruição de todas as forças políticas, religiosas e sociais, são essenciais para um futuro melhor.

O niilismo negativo, que deu origem a todos os outros, consiste na negação do mundo perceptível aos sentidos, para buscar um mundo ideal, um paraíso. Teve origem no platonismo e no cristianismo.

Nietzsche e Niilismo

De acordo com Nietzsche, o niilismo pressupõe a morte da Divindade Cristã e seus princípios. O homem se despede assim dos valores morais e regras estabelecidas por essas doutrinas.

Para Nietzsche, existem dois tipos de niilismo: o passivo e o ativo. O niilismo passivo pode ser visto como uma espécie de evolução de uma pessoa, apesar de não haver uma mudança dos valores. 

Por outro lado, o niilismo ativo vira todas as suas forças para a demolição da moral, sendo que tudo fica no vazio e o absurdo ganha preponderância, de tal forma que o niilista só tem como solução esperar ou causar a sua própria morte.

O niilismo passivo é o niilismo de Schopenhauer, em que para o ser humano nada faz sentido, a vida é uma batalha sofrida. Nietzsche tem como objetivo dar mais importância ao niilismo ativo que ao passivo, indicando que o homem é mais forte sabendo que o mundo não tem sentido. Só dessa forma o ser humano é capaz de criar novos valores adequados.

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