Prof. Dr. Amandio Luís de Almeida Teixeira
Introdução
A Teoria da Gestalt é uma das áreas mais fascinantes das ciências, pois procura explicar como ocorrem os fenômenos da cognição e como o cérebro age ante aquilo que percebe, apreende, estrutura, armazena e evoca, na medida em que se dão os diversos processos de aprendizagem sobre tudo aquilo que se relaciona à vida e ao ambiente em que está inserido.
Embora tenha sido enunciada no começo do século passado, ela passou relativamente despercebida até a metade do século e só começou a ganhar importância após a morte daquele que a concebeu. Quando Wertheimer chegou à Teoria da Gestalt, seguramente não fazia ideia que os princípios e leis por ele propostos acabariam sendo aplicados em muitos outros campos do conhecimento. Da Cartografia ao Desenho Industrial, da Filosofia à Teoria da Informação, da Medicina à Arquitetura e, finalmente, onde mais se destacou e, por coincidência, naquilo com que ele mais se preocupava quando a estudou. A Psicologia do comportamento cognitivo do cérebro humano, se isso não é redundante.
Talvez por essa aplicação tão abrangente e considerando que, à sua época, Wertheimer contava com um conhecimento limitado de outras ciências, que ainda não haviam se desenvolvido totalmente, outros autores passaram a interpretar suas leis conforme a aplicação que lhes interessava e, muitas vezes, ou na maioria delas, distorcendo os conceitos originais, negligenciando fundamentos básicos de outras ciências como a Ótica por exemplo e, finalmente, criando uma enorme confusão de definições, aplicações e novas teorias sem nenhum respaldo científico, embasamento teórico ou comprovação prática.
Para melhor se compreender essa afirmação, deve-se primeiro entender que os estudos de Wertheimer, Kofka , Lewin e Kölhler eram a tentativa de compreender a percepção do movimento, das formas e da maneira como o cérebro as interpreta.
Sua máxima – “Existem “todos” cujo comportamento não é determinado pelo comportamento de seus elementos individualmente, mas onde os processos parciais são eles mesmos determinados pela natureza intrínseca do “todo”. A esperança da Teoria da Gestalt é ser capaz de determinar a natureza de tais “todos”. Ou:
“A verdade consiste em determinar a estrutura total da experiência e não em captá-la por sensações e percepções individuais associadas. O significado do todo é, portanto, maior do que a soma do significado das partes”.
Wertheimer baseou sua teoria em apenas 10 leis ou fatores, como ele as chamou, e acreditava que, apenas com elas, era possível explicar o comportamento cognitivo do ser humano, único interesse que ele mesmo tinha em suas pesquisas. O mais incrível de seu trabalho é que, senão na sua totalidade, ele logrou elucidar grande parte dos aspectos psicológicos envolvidos na percepção e na cognição humana.
São elas:
· The Factor of Proximity - Proximidade
· The Factor of Similarity - Similaridade
· The Factor of Common Fate – Destino Comum
· The Factor of “Prägnanzstufen” – Pregnância ou Graus de Pregnância
· The Factor of Objective Set (Einstellung) – Configuração Objetiva
· The Factor of Direction - Direção
· The Factor of Closure - Fechamento
· The Factor of "Good Curve", “Inner Coherence” or “Good Gestalt” – Boa Forma
· The Factor of “Past Experience” or “Habit” Experiência Passada ou Hábito
· The Factor of Differentiation between the Object and its Background – Figura/Fundo
A partir delas, e buscando organizar de forma compreensível a evolução dessa teoria, buscou-se compreender quais são os elementos que, direta ou indiretamente, influenciam a percepção e a cognição. Deve-se ainda ressaltar que a Gestalt privilegia o sentido da visão e insere a memória em uma de suas leis, igualando assim aspectos físicos dos elementos, fisiológicos e neurológicos, o que em princípio enfraquece a estrutura da teoria como um todo. Embora em alguns pontos ele lance mão da audição para exemplificar seus pensamentos, nem ela nem o olfato ou o paladar reagem sozinhos aos aspectos puramente físicos da forma. Ao contrário, geram estímulos que evocam a noção das formas, armazenadas na memória. Ainda, deixa de lado o tato que pode, sozinho, estabelecer os estímulos necessários para que o cérebro perceba a forma.
A proposta que se segue pretende analisar apenas as características e os fenômenos físicos dos elementos, que geram os estímulos que acionam o cérebro na percepção e na cognição. É aberta, no sentido que não é exaustiva, nem o pretende ser. Compreende-se que existam inúmeros outros elementos de natureza puramente física que provocam diferentes estímulos cognitivos que têm a capacidade de alterar a percepção, mas não são contemplados nesse trabalho.
Num primeiro momento, pode parecer coerente agrupar os fenômenos de acordo com sua relação com as dez leis de Wertheimer. Entretanto, uma análise mais aprofundada permite perceber que a maioria deles não age de forma individual, mas em combinação com vários outros. Assim, cada lei se dá pela resultante da interação de diversas características que estimulam o cérebro e, portanto, permitem infinitas maneiras de perceber e reconhecer.
Nesse estudo foram identificados, além dos dez fatores enunciados por Wertheimer, outros cinquenta que também influenciam ou abrem a possibilidade de propor novas leis que se somarão àquelas propostas por ele. Supõe-se ainda que todas elas possam ser agrupadas segundo diferentes critérios alternativos ou complementares aos que se seguem.
1 – Forma
É a configuração perceptível do conteúdo. Em sentido amplo, forma pode ser definida como a parte de qualquer fenômeno que tem a função de motivar um sentido na mente de um intérprete. Está muitas vezes associada à materialidade dos fenômenos perceptíveis, sobretudo no campo da visão (e do tato). Forma e conteúdo compõem o próprio processo de interpretação do mundo. Na experiência concreta da realidade, não vemos ou tocamos primeiramente as coisas para depois perceber sua forma e interpretar-lhes o sentido ou conteúdo. Essa separação não ocorre na experiência, pois é fruto de uma cisão meramente teórica. A relação entre forma e conteúdo não é simétrica, ou seja, para cada forma x existem muitos conteúdos y1, y2, y3, tantos quantos forem os intérpretes.
Camuflagem
Camuflagem
É uma forma de dificultar a cognição visual pela alteração deliberada da relação figura-fundo, de tal maneira que a figura se misture ao fundo e perca sua unidade e sua pregnância.
Consistência
Consistência
É a propriedade dos elementos de um conjunto que torna possível perceber a coerência naquilo que é observado e, por conseguinte, aumentando a capacidade cognitiva.
Estrutura
Estrutura
Noção fundamental e às vezes intangível cobrindo o reconhecimento, observação, natureza, e estabilidade de padrões e relacionamentos das entidades que compõe um todo. O conceito de estrutura é essencial e está presente em praticamente todos os modos de questionamento, descoberta e aprendizagem. Uma estrutura define aquilo que compõe um sistema. É a maneira como os elementos se configuram dentro de um arranjo sistêmico. A estrutura pode ser hierárquica (um-para-vários-para-um) ou em rede (vários-para-vários).
Experiência passada
Experiência passada
Os
conhecimentos adquiridos sobre determinado assunto no passado, podem
condicionar a aprendizagem. Um novo conhecimento só se concretiza quando
a nova informação se incorpora e se relaciona de uma forma estruturada
com os conhecimentos já adquiridos.
Fechamento
Também chamado de princípio de estruturação. Tende-se a organizar os elementos que se encontram próximos ou que sejam semelhantes. O fechamento é o efeito da sugestão visual de conexão ou continuidade entre elementos de uma composição que na verdade não se tocam. O princípio se aplica quando o cérebro completa uma informação visual incompleta. Ocorre quando os elementos de uma composição são organizados de tal maneira que o observador percebe que a informação pode ser conectada, gerando uma estrutura e, portanto, um significado. O fechamento pode ser entendido como uma “tensão” ou atração entre os elementos produzida pelo cérebro.
Figura-fundo
Este princípio evoca a tendência perceptiva do ser humano de separar figuras inteiras do fundo sobre o qual estão, baseando-se em uma ou mais variáveis tais como: cor, tamanho, contraste, etc. A figura depende do fundo sobre o qual aparece; o fundo serve como uma estrutura ou moldura em que a figura está enquadrada ou suspensa e, por conseguinte, determina a figura.
Hábito
Figura-fundo
Este princípio evoca a tendência perceptiva do ser humano de separar figuras inteiras do fundo sobre o qual estão, baseando-se em uma ou mais variáveis tais como: cor, tamanho, contraste, etc. A figura depende do fundo sobre o qual aparece; o fundo serve como uma estrutura ou moldura em que a figura está enquadrada ou suspensa e, por conseguinte, determina a figura.
Hábito
É a tendência ou comportamento, geralmente inconsciente, que resulta da repetição frequente de certos atos; mecanismo motriz da memória que se manifesta na forma de atividades facilitadas pela sua repetição; o ato de “ver” repetidamente a ocorrência de um determinado fenômeno faz com que o cérebro apreenda o significado, registre, e arquive, buscando-o rapidamente quando o mesmo estímulo se repete.
Homogeneidade
Homogeneidade
Característica dos elementos de um determinado sistema de manterem as mesmas características e apresentarem estímulos cognitivos muito parecidos, de tal forma que o cérebro interpreta o conjunto como uma unidade.
Interligação
Ligação entre dois ou mais elementos que formam uma composição e que, em geral, são percebidos como uma entidade no meio observado.
Inter-relação
Relação mútua que se estabelece entre dois ou mais elementos de um conjunto, de uma composição ou sistema, fazendo que o cérebro entenda o significado do conjunto como algo mais claro, mais estruturado e, portanto, mais fácil de compreender do que quando observa cada elemento separadamente.
Isomorfismo
Multi-estabilidade
Interligação
Ligação entre dois ou mais elementos que formam uma composição e que, em geral, são percebidos como uma entidade no meio observado.
Inter-relação
Relação mútua que se estabelece entre dois ou mais elementos de um conjunto, de uma composição ou sistema, fazendo que o cérebro entenda o significado do conjunto como algo mais claro, mais estruturado e, portanto, mais fácil de compreender do que quando observa cada elemento separadamente.
Isomorfismo
O isomorfismo é uma propriedade que relaciona dois ou mais grupos onde ocorre uma correspondência unívoca entre os elementos de cada um deles, respeitando-se, entretanto, as características individuais de cada um dos sistemas e, à sua vez dos elementos que os compõem. Se existe isomorfismo entre dois grupos, eles são chamados de isomorfos. O cérebro entende que grupos isomorfos possuem as mesmas propriedades e, portanto, que não é preciso fazer distinção entre eles.
Multi-estabilidade
A experiência de uma percepção ambígua dispara no cérebro, uma ou mais interpretações.
Ordem
Ordem
Ordem tem conotações de estabilidade, consistência e estrutura. Um arranjo sistêmico de elementos apresenta conotações que serão percebidas positiva ou negativamente, dependendo do observador, do propósito da observação e das suas características socioculturais.
Pregnância
Pregnância
Qualidade que determina a facilidade com que percebemos figuras bem formadas. Se a forma é complicada e com muitos detalhes e ainda, se estiver no meio de uma composição cheia de outros elementos, é mais difícil percebê-la e identificá-la. Percebemos mais facilmente as formas simples, regulares, simétricas e equilibradas. Kant, Goethe e Mach diziam que a percepção era um ato unitário para explicar que as pessoas não percebem as coisas em partes; elas organizam as informações de maneira a dar um sentido ao conjunto. A Teoria da Gestalt estuda a integração das partes em oposição à soma do todo.
Quantidade de informação
Quantidade de informação
A possibilidade de o homem lidar com várias informações simultâneas é limitada: não é possível integrar grandes quantidades de dados ao mesmo tempo. É necessário fazer uma seleção daquilo que é relevante no momento organizando-a de modo a poder transformá-la em aprendizagem.
Reedificação
É o uso da informação disponível para gerar mais informação do que aquela que é percebida.
Segregação
Segregação
A capacidade de segregação é um atributo do cérebro que percebe mais facilmente figuras bem formadas e que se destaquem das demais. É muito parecido com o que acontece no caso da figura-fundo, embora aqui, o fundo não seja o único elemento condicionante.
Semelhança
Semelhança
A semelhança de um elemento com relação a outros que compõe uma cena é um dos aspectos que ajudam na sua percepção, principalmente quando existem outros que podem ser considerados como referência, e que são conhecidos pelo observador.
Simetria
Se um elemento é assimétrico o observador levará mais tempo tentando entender as distorções do que se concentrando na informação transmitida. Quando ocorre a simetria, o cérebro tem muito mais capacidade de reconhecer formas com significado, naquilo que é observado.
Similaridade
Similaridade
A Gestalt estabelece que figuras que compartilham características físicas ou geométricas são percebidas como pertencendo a um grupo, na perspectiva do observador. A repetição de formas ou cores é tão agradável ao cérebro quanto o é o ritmo na música. Mesmo que ocorram diferenças a correspondência ainda será discernível.
Simplicidade
Simplicidade é a ausência de artifícios, extravagâncias e excesso de informação presente no ambiente observado. Quanto mais simples o objeto, maior a sua pregnância e, portanto, melhor ele é percebido pelo cérebro.
Tamanho
Simplicidade
Simplicidade é a ausência de artifícios, extravagâncias e excesso de informação presente no ambiente observado. Quanto mais simples o objeto, maior a sua pregnância e, portanto, melhor ele é percebido pelo cérebro.
Tamanho
A comparação do tamanho do objeto observado com outros objetos reconhecidos e de tamanho padrão ou de referência na imagem ajuda na segregação, na identificação e, portanto na cognição.
Unidade
Unidade
É a propriedade de um elemento ou conjunto de elementos que, organizados de certa forma e regidos por todas as ferramentas cognitivas são compreendidas pelo cérebro como uma entidade individualizada.
2 - Cor
2 - Cor
Dizer que as coisas não têm cor própria pode parecer estranho, embora seja absolutamente verdadeiro. A cor é, na verdade, um fenômeno que ocorre devido às diferenças nos comprimentos de ondas com que a luz (branca) é refletida pelos corpos. Trata-se não de uma propriedade do objeto, mas de um elemento perceptivo. A percepção da cor pode causar uma série de sensações, e interpretações diferentes para cada indivíduo. A cultura ocidental faz associar, por exemplo, o verde a esperança, o vermelho à raiva, o púrpura ao luxo, o roxo à fome, o preto ao luto e assim por diante. A Gestalt (psicologia da forma) também estuda a percepção das cores.
Brilho
O brilho refere-se à luminância de um corpo, independentemente da matiz ou da saturação da sua cor. É um recurso que o cérebro utiliza para reconhecer, por comparação a luminância de outro corpo. O branco corresponde à máxima luminância enquanto o preto representa a ausência dela. Em física, intensidade de radiação é o valor do fluxo de energia por unidade de área por unidade de tempo. Como a energia por unidade de tempo é a definição de potência, podemos definir a intensidade de radiação, de forma equivalente, como a potência emitida por unidade de área. A intensidade da radiação é a definição física do conceito intuitivo de brilho de um objeto refletindo a luz. A mais intuitiva destas propriedades é a variação do brilho em relação à distância da fonte luminosa.
Constância
Brilho
O brilho refere-se à luminância de um corpo, independentemente da matiz ou da saturação da sua cor. É um recurso que o cérebro utiliza para reconhecer, por comparação a luminância de outro corpo. O branco corresponde à máxima luminância enquanto o preto representa a ausência dela. Em física, intensidade de radiação é o valor do fluxo de energia por unidade de área por unidade de tempo. Como a energia por unidade de tempo é a definição de potência, podemos definir a intensidade de radiação, de forma equivalente, como a potência emitida por unidade de área. A intensidade da radiação é a definição física do conceito intuitivo de brilho de um objeto refletindo a luz. A mais intuitiva destas propriedades é a variação do brilho em relação à distância da fonte luminosa.
Constância
Estabilidade da percepção (os seres humanos possuem uma resistência acentuada à mudança). O fenômeno da constância, da cor por exemplo, faz com que os elementos pareçam manter aproximadamente a mesma cor sob diferentes iluminações. O sistema nervoso aparentemente extrai aquilo que é invariante sob as mudanças. A mente retém os padrões, agrupa-os e classifica-os como se fossem sempre os mesmos.
Contraste
Contraste
Explicado de forma simples é a diferença relativa entre a incidência de luz sobre um ou mais objetos observados. Quando ocorrem dois ou mais estímulos onde o contraste entre os objetos próximos é grande, estes tendem a ser percebidos pelo cérebro como mais diferentes do que realmente são.
Densidade de cor
Ver saturação.
Iluminação
Densidade de cor
Ver saturação.
Iluminação
É o fenômeno físico que ocorre quando um objeto é exposto a uma determinada quantidade de luz. Variações na iluminação afetam quase todos os outros recursos utilizados na cognição.
Intensidade da cor
Refere-se ao brilho refletido por um determinado objeto, em determinadas frequências de cor, quando exposto à luz. Perceber algo como brilhante resulta da combinação da intensidade, da matiz e da saturação da cor refletida. Outro parâmetro que causa alguma confusão é a densidade de cor, que não diz respeito aos emissores e sim aos meios transparentes. A densidade de cor é uma medida do grau de opacidade (absorção da luz), combinado com a intensidade de cor. Pode-se dizer que quando dois diferentes espectros de luz têm o mesmo efeito nos três receptores do olho humano (células-cones), serão percebidos como sendo a mesma cor.
Luminância
É uma medida da intensidade de uma luz refletida por um objeto numa dada direção. A luminância é na verdade a expressão matemática do brilho. Ver brilho.
Matiz
Ver Tom.
Saturação
Intensidade da cor
Refere-se ao brilho refletido por um determinado objeto, em determinadas frequências de cor, quando exposto à luz. Perceber algo como brilhante resulta da combinação da intensidade, da matiz e da saturação da cor refletida. Outro parâmetro que causa alguma confusão é a densidade de cor, que não diz respeito aos emissores e sim aos meios transparentes. A densidade de cor é uma medida do grau de opacidade (absorção da luz), combinado com a intensidade de cor. Pode-se dizer que quando dois diferentes espectros de luz têm o mesmo efeito nos três receptores do olho humano (células-cones), serão percebidos como sendo a mesma cor.
Luminância
É uma medida da intensidade de uma luz refletida por um objeto numa dada direção. A luminância é na verdade a expressão matemática do brilho. Ver brilho.
Matiz
Ver Tom.
Saturação
A saturação é um atributo da cor determinado pela combinação da intensidade da luz refletida em cada comprimento de onda do espectro eletromagnético. Ver Cor.
Textura
Textura
Diz respeito ao grau de rugosidade da imagem ou objeto observado, ou seja, à frequência de mudança de tons.
Tom
Qualquer ponto interior ao espaço de cores representa uma cor distinta, que é o resultado da combinação das três cores primárias, vermelho, verde e azul. Esta cor, por sua vez, dependendo dos valores dos componentes escolhidos, terá uma intensidade (brilho) associada, uma quantidade de luz branca que determina a sua saturação e uma cor predominante a qual se chama matiz ou tonalidade.
3 - Distribuição Espacial
Tom
Qualquer ponto interior ao espaço de cores representa uma cor distinta, que é o resultado da combinação das três cores primárias, vermelho, verde e azul. Esta cor, por sua vez, dependendo dos valores dos componentes escolhidos, terá uma intensidade (brilho) associada, uma quantidade de luz branca que determina a sua saturação e uma cor predominante a qual se chama matiz ou tonalidade.
3 - Distribuição Espacial
A distribuição espacial é a maneira pela qual as entidades de um sistema, de uma composição ou de um ambiente estão organizadas ou arranjadas natural ou artificialmente no espaço em que estão inseridas
Agrupamento
O agrupamento é um arranjo de elementos de um conjunto, planejado ou não, de tal maneira que o grupo seja percebido como uma entidade ou elemento único.
Associação
Agrupamento
O agrupamento é um arranjo de elementos de um conjunto, planejado ou não, de tal maneira que o grupo seja percebido como uma entidade ou elemento único.
Associação
A associação é um recurso utilizado pelo cérebro para a identificação de um elemento a partir de outros com significado conhecido. Objetos similares em forma, tamanho ou cor são mais facilmente relacionados e, portanto, interpretados como um grupo ou como uma entidade ou elemento único.
Composição
Composição é a técnica de arranjar os elementos de um ambiente ou imagem, de tal maneira que, independentemente do tema e do conteúdo, consegue-se um resultado mais estético, baseado no princípio da similaridade.
Conectividade
Composição
Composição é a técnica de arranjar os elementos de um ambiente ou imagem, de tal maneira que, independentemente do tema e do conteúdo, consegue-se um resultado mais estético, baseado no princípio da similaridade.
Conectividade
Capacidade de um elemento de se conectar a outros, de forma a permitir o fluxo de informação entre eles, gerando um todo maior do que a soma de suas partes.
Contiguidade
Contiguidade
É a propriedade que surge a partir da adjacência entre elementos, muito próximos ou que se tocam, formando a percepção do todo.
Continuidade
A continuidade de uma forma, de uma curva, de um ângulo ou direção na mudança de um elemento para outro, cria a impressão de continuidade e de uma conexão fluida entre as partes que compõe o todo. O ser humano tende a perceber os objetos como uma composição, um todo ao qual dá continuidade, interligando o que está incompleto. A percepção é a imagem mental que se forma com a ajuda das experiências e das necessidades; é o resultado de um processo de seleção e interpretação das sensações.
Entorno
Continuidade
A continuidade de uma forma, de uma curva, de um ângulo ou direção na mudança de um elemento para outro, cria a impressão de continuidade e de uma conexão fluida entre as partes que compõe o todo. O ser humano tende a perceber os objetos como uma composição, um todo ao qual dá continuidade, interligando o que está incompleto. A percepção é a imagem mental que se forma com a ajuda das experiências e das necessidades; é o resultado de um processo de seleção e interpretação das sensações.
Entorno
De forma simples, entorno diz respeito ao ambiente próximo e ao redor do objeto observado. No cérebro, funciona como o conjunto de elementos, circunstâncias e condições que envolvem os corpos por todos os lados.
Harmonia
Harmonia
É o efeito da composição de formas, não de maneira aleatória, mas de modo que contornos e espaços vazios sejam bem definidos, variando segundo um grau de importância preestabelecido e se relacionando com o esquema geral da organização dos objetos.
Invariância
Invariância
Quando o cérebro é capaz de reconhecer os objetos, independentemente de sua localização no espaço.
Localização
É o lugar do espaço em que se assinala a existência de algo; situação, posição. A localização pode facilitar ou dificultar a percepção de determinado elemento em função de suas características, quando comparadas ao ambiente que o circunda.
Organização
Localização
É o lugar do espaço em que se assinala a existência de algo; situação, posição. A localização pode facilitar ou dificultar a percepção de determinado elemento em função de suas características, quando comparadas ao ambiente que o circunda.
Organização
Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o conjunto percebido. Ou seja, um conjunto bem definido de elementos, de forma a transmitir uma ideia, um conceito ou informação. Em sentido geral é o modo em que se organiza um sistema, considerando seus elementos, suas relações e o meio em que estão inseridos. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar os diversos objetos de um conjunto de forma a sugerir ao cérebro uma determinada percepção.
Padrão
Padrão
É o arranjo espacial dos elementos texturais das formas que compõe uma imagem ou objeto. Uma vez que exista um padrão, é mais provável que ele se mantenha, mesmo quando seus componentes sejam redistribuídos. Certas diferenças individuais, como a acuidade visual ou habilidades espaciais também podem afetar a percepção de padrões. Há também outros fatores que podem influenciar a interpretação dos padrões observados, como a personalidade, estilos cognitivos, sexo, ocupação, idade, valores, atitudes, motivação, crenças, etc.
Paralelismo
Paralelismo
O paralelismo de corpos no espaço estimula o cérebro a reconhecer um padrão e, dessa forma associar objetos paralelos como pertencentes a um mesmo conjunto.
Proximidade
Proximidade
A Lei da Proximidade enunciada por Wertheimer diz que os objetos ou formas que estão próximos entre si parecem formar um grupo. Mesmo quando as formas, os tamanhos e os objetos são completamente diferentes estando próximos ele tendem a formar um grupo. Essa lei se baseia no efeito que se forma no cérebro quando a presença coletiva faz mais sentido do que as partes observadas separadamente. Elementos agrupados estabelecem uma impressão de unidade da forma estabelecida como um plano no espaço.
4 - Movimento
4 - Movimento
O movimento é a variação de posição espacial de um objeto no decorrer do tempo. Na Gestalt o movimento engloba também a mudança da realidade percebida. Nada mais é do que a variação na posição de um corpo com relação a uma referência fixa.
Boa Curva
Boa Curva
O princípio da boa continuidade está relacionado ao alinhamento estável das formas dispostas em um conjunto. Toda unidade linear, seja reta ou curva, tende a se prolongar na mesma direção, com o mesmo movimento aparente. Movimentos em direções diferentes rompem a boa continuidade e conduzem à divisão das formas. Esse fator também influi na percepção da tridimensionalidade das figuras e na identificação de planos diferentes.
Destino comum
Destino comum
Elementos de uma composição que aparentam se mover na mesma direção, são mais frequentemente percebidos como um grupo ou unidade de informação.
Direção
Direção
Direção ou azimute é a medida angular, num dado sistema de coordenadas, entre um vetor formado pelo observador (origem) e o ponto observado, projetado perpendicularmente sobre um plano de referência e outro, chamado de vetor de referência no plano de referência onde a medida é feita. A direção em que os elementos de uma composição estão organizados influencia na cognição dos mesmos pois podem produzir falsos estímulos de alteração das formas.
Estabilidade
Estabilidade
A expressão estabilidade está associada à ideia de permanência de uma composição, em um determinado estado, por certo tempo. Desta forma, ela interfere na percepção de elementos que, por exemplo, proporcionar um estímulo, relacionado a um aparente movimento.
Frequência
Frequência
A frequência diz respeito ao número de ocorrências de um determinado fenômeno por unidade de tempo ou de área. É uma grandeza que representa, por exemplo, a variação dos padrões, da textura, da cor ou de qualquer outro fenômeno físico utilizado na cognição.
Ritmo
Ritmo é a frequência de repetição de um fenômeno no tempo, notadamente os sons.
Ritmo
Ritmo é a frequência de repetição de um fenômeno no tempo, notadamente os sons.
Simultaneidade
Simultaneidade é a propriedade de dois ou mais eventos ocorrerem ao mesmo tempo em pelo menos um sistema de referência. É um conjunto de processos que ocorrem em paralelo no sistema observado.
Sincronia
Coincidência, simultaneidade e harmonia com que fenômenos diferentes ocorrem num dado intervalo de tempo.
5 – Tridimensionalidade
A tridimensionalidade é a percepção das formas em três dimensões, que ocorre quando as imagens (diferentes) formadas no cérebro a partir das imagens capturadas por cada um dos olhos se fundem. Essa propriedade da visão é explicada pela estereoscopia. Embora tenha seu componente neurológico, ocorre em primeiro lugar por causa das diferenças entre as imagens de cada olho, o que é uma propriedade unicamente fisiológica.
Distância
A distância do observador ao objeto observado influencia a sua capacidade cognitiva já que interfere com outros elementos fundamentais como a forma, o tamanho a segregação a percepção da proximidade entre os elementos do conjunto e o fechamento.
Perspectiva
É um aspecto da percepção visual do espaço e dos objetos nele contidos. Depende de um determinado ponto de vista e das condições do observador. A perspectiva, neste caso, corresponde a como o ser humano apreende visualmente o seu ambiente. Por exemplo, as linhas paralelas de uma estrada, relativamente a um observador nela situado, parecerão afunilar-se e tenderão a se encontrar na linha do horizonte. A perspectiva influencia diretamente a capacidade de percepção de profundidade.
Ponto de Fuga
É o ponto de convergência das linhas que descrevem a profundidade dos objetos; é a direção para onde o objeto segue; “se aprofunda”.
Ponto focal
É a área para onde os feixes de luz convergem e formam imagens mais claras, nítidas e melhor definidas.
Profundidade
Simultaneidade é a propriedade de dois ou mais eventos ocorrerem ao mesmo tempo em pelo menos um sistema de referência. É um conjunto de processos que ocorrem em paralelo no sistema observado.
Sincronia
Coincidência, simultaneidade e harmonia com que fenômenos diferentes ocorrem num dado intervalo de tempo.
5 – Tridimensionalidade
A tridimensionalidade é a percepção das formas em três dimensões, que ocorre quando as imagens (diferentes) formadas no cérebro a partir das imagens capturadas por cada um dos olhos se fundem. Essa propriedade da visão é explicada pela estereoscopia. Embora tenha seu componente neurológico, ocorre em primeiro lugar por causa das diferenças entre as imagens de cada olho, o que é uma propriedade unicamente fisiológica.
Distância
A distância do observador ao objeto observado influencia a sua capacidade cognitiva já que interfere com outros elementos fundamentais como a forma, o tamanho a segregação a percepção da proximidade entre os elementos do conjunto e o fechamento.
Perspectiva
É um aspecto da percepção visual do espaço e dos objetos nele contidos. Depende de um determinado ponto de vista e das condições do observador. A perspectiva, neste caso, corresponde a como o ser humano apreende visualmente o seu ambiente. Por exemplo, as linhas paralelas de uma estrada, relativamente a um observador nela situado, parecerão afunilar-se e tenderão a se encontrar na linha do horizonte. A perspectiva influencia diretamente a capacidade de percepção de profundidade.
Ponto de Fuga
É o ponto de convergência das linhas que descrevem a profundidade dos objetos; é a direção para onde o objeto segue; “se aprofunda”.
Ponto focal
É a área para onde os feixes de luz convergem e formam imagens mais claras, nítidas e melhor definidas.
Profundidade
É um efeito que descreve até que ponto objetos que estão mais ou menos perto do plano de foco aparentam estar nítidos. Deve-se salientar que só pode existir um ponto focalizado; a profundidade do campo gera uma impressão de focalização dos demais elementos contidos no conjunto observado.
Sombra
O uso ou ocorrência de sombras pode intensificar a percepção de profundidade, a orientação ou a distância entre elementos de uma composição. Também ajuda na segregação figura-fundo e aumenta, portanto, a capacidade cognitiva.
Tato
Sombra
O uso ou ocorrência de sombras pode intensificar a percepção de profundidade, a orientação ou a distância entre elementos de uma composição. Também ajuda na segregação figura-fundo e aumenta, portanto, a capacidade cognitiva.
Tato
Embora a Teoria da Gestalt esteja diretamente relacionada à visão, parece estranho que Wertheimer tenha ignorado o sentido do tato como uma das maneiras de se perceber as formas. Obviamente, pessoas que tem a faculdade visual preservada, utilizam-na de forma muito mais acentuada, senão apenas ela, para perceber e reconhecer as formas. Entretanto, quando se analisa o comportamento de pessoas com deficiência visual severa, percebe-se imediatamente que é o tato que passa a predominar na cognição da forma.
O tato é um dos cinco sentidos propostos por Aristóteles. A sua vez, o tato é subdividido em quatro sistemas: somatosensorial (identificação de texturas), propriocepção ou cinestesia (reconhecimento da forma e localização espacial do corpo), termocepção (percepção da temperatura) e nocicepção (percepção da dor).
O sistema de leitura Braille por exemplo, utiliza a sensibilidade epicrítica do ser humano; a capacidade de distinguir pequenas diferenças de posicionamento entre dois ou mais pontos e, portanto, o arranjo das formas.
Um estudo comparando desenhos feitos por cegos com aqueles feitos por pessoas com visão normal indicam que a percepção dos objetos através do tato permite uma leitura muito semelhante do mundo, excluindo-se apenas a percepção da cor e da distância. Pessoas com visão normal não conseguiram diferenciar desenhos feitos por cegos de desenhos feitos por outros com visão normal.
A omissão encontrada na teoria da Gestalt se repete com relação aos demais sentidos, como se explica em seguida.
Audição
O tato é um dos cinco sentidos propostos por Aristóteles. A sua vez, o tato é subdividido em quatro sistemas: somatosensorial (identificação de texturas), propriocepção ou cinestesia (reconhecimento da forma e localização espacial do corpo), termocepção (percepção da temperatura) e nocicepção (percepção da dor).
O sistema de leitura Braille por exemplo, utiliza a sensibilidade epicrítica do ser humano; a capacidade de distinguir pequenas diferenças de posicionamento entre dois ou mais pontos e, portanto, o arranjo das formas.
Um estudo comparando desenhos feitos por cegos com aqueles feitos por pessoas com visão normal indicam que a percepção dos objetos através do tato permite uma leitura muito semelhante do mundo, excluindo-se apenas a percepção da cor e da distância. Pessoas com visão normal não conseguiram diferenciar desenhos feitos por cegos de desenhos feitos por outros com visão normal.
A omissão encontrada na teoria da Gestalt se repete com relação aos demais sentidos, como se explica em seguida.
Audição
É uma das capacidades de percepção do cérebro com relação a um som emitido no ambiente, dentro de uma determinada faixa de frequência. O som é a propagação de uma onda mecânica que só se propaga (de forma concêntrica) em meios que possuam massa e elasticidade, caso dos sólidos, líquidos e gases. Os sons naturais são, na sua maior parte, combinações de sinais ou frequências. Os seres humanos escutam os sons com o sentido da audição, com os dois ouvidos, o que permite com que o cérebro também perceba a distância e a posição aproximadas da fonte sonora. O cérebro é capaz de perceber e identificar quatro características do som; são elas:
Altura
A altura de uma nota depende da velocidade da vibração resultante do som emitido. A essa velocidade, se dá o nome de frequência, medida em Hertz (ciclos por segundo). Quanto mais alta for a frequência, mais aguda será a nota. Os sons mais graves que conseguimos perceber estão na faixa dos 20 Hz (ciclos por segundo). Já o limite agudo é de aproximadamente 20 KHz.
Intensidade
Altura
A altura de uma nota depende da velocidade da vibração resultante do som emitido. A essa velocidade, se dá o nome de frequência, medida em Hertz (ciclos por segundo). Quanto mais alta for a frequência, mais aguda será a nota. Os sons mais graves que conseguimos perceber estão na faixa dos 20 Hz (ciclos por segundo). Já o limite agudo é de aproximadamente 20 KHz.
Intensidade
A intensidade de uma som diz respeito ao volume com que é gerado. Quanto maior a amplitude de uma onda, para a mesma frequência, maior o seu volume ou intensidade. A intensidade dos sons é medida em decibéis. Intensidades muito altas podem ser associadas pelo cérebro à sensação de desconforto, principalmente se não obedecerem a uma determinada harmonia.
Duração
Duração
Duração é o tempo de reprodução de um som. É o intervalo em que a onda continua se propagando no meio, até se dissipar. Pode interferir por exemplo, no ritmo de uma composição musical
Timbre
Timbre
O timbre descreve o tipo, a assinatura única de uma determinada onda. Por exemplo, sinos tem um timbre característico que é percebido pelo cérebro e reconhecidos pela memória evocando sua forma característica, e sua função no meio em que se insere. É um elemento muito importante na percepção da harmonia que, junto com o ritmo, fazem o cérebro perceber a “forma” do estímulo musical.
Olfato
Olfato
A percepção é um processo do qual depende o desenvolvimento das funções cerebrais. Estas, a sua vez, estão diretamente relacionadas aos cinco sentidos. A memória dos odores costuma ser mais intensa e psicologicamente mais forte. Um odor que tenha sido percebido uma única vez na vida pode ficar associado a uma única experiência e, por essa razão, permitir que a memória seja imediatamente evocada quando esse odor volta a ser percebido. A primeira associação feita com um odor parece interferir com a formação de associações subsequentes.
Paladar
Paladar
O paladar ou gustação é a capacidade de reconhecer o gosto das substâncias colocadas sobre a língua que envia a informação ao cérebro. O palato também é sensível aos gostos. O cérebro é capaz de diferenciar cinco gostos básicos: o amargo, o ácido, o salgado, o doce e o umami (saboroso). A propriedade de ser saboroso independe do gosto. O cérebro precisa de pelo menos dois sentidos para perceber o sabor; paladar e olfato; gosto e aroma compõem o sabor. O cérebro perece e reconhece com mais facilidade o gosto e o aroma separadamente, do que sua combinação em sabor. Outra vez, isto interfere na percepção indireta das formas pela evocação da memória.
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