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7/10/2015

Liamba lidera lista de drogas ilícitas mais consumidas em Angola

A directora do Comité Interministerial de Luta Anti-Droga (Cilad), Ana Graça, apontou, nesta quinta-feira, em Luanda, a liamba como a droga ilícita mais consumida no país.

A responsável, que fez esta revelação à imprensa à margem do Programa Rádio Visão sobre a “Problemática das drogas”, disse que o facto de a liamba ser produzida em muitas regiões do país concorre para uma maior proliferação e consumo desta substância proibida em Angola.

Para mudar o quadro, segundo a directora, o Ministério da Agricultura está a implementar uma campanha no sentido de sensibilizar os produtores de liamba a se absterem dessa prática e ocuparem-se da produção de outras culturas, que podem beneficiar a comunidade.

Ana Graça indicou o haxixe, crack e a cocaína como outras das drogas ilegais também muito consumidas no país. 

Considerou os actuais níveis de consumo de droga no país preocupante, devido ao número elevado de consumidores, sendo alguns deles ainda menores de idade.

A faixa etária mais propensa ao consumo de drogas no país, precisou, é dos 12 aos 33 anos, facto que preocupa duplamente as autoridades por serem usuários menores, por um lado, e, por outro, jovens em idades de contribuírem no processo de reconstrução e desenvolvimento do país.

O Cilad, disse, está a trabalhar também na sensibilização de crianças, para que desde muito cedo conheçam a problemática das drogas.

“Os actuais modelos de luta contra as drogas aconselham fazer a prevenção a partir das crianças mais novas e nós estamos também a seguir essa estratégia produzindo cartilhas e manuais com informações sobre os perigos e malefícios do consumo de drogas, para serem entregue às creches”, sublinhou.

Na sua opinião, há vários factores que contribuem para os elevados níveis de consumo de droga como a débil educação familiar, desestruturação familiar, desemprego, pobreza, entre outras causas sociais.

Para inverter esse cenário, ressaltou, o Executivo criou o programa de combate à pobreza, que constitui também uma das formas de combater o consumo de drogas.

O Programa de Combate à Pobreza, justificou, permite a criação de várias infra-estruturas como escolas, centros de formação profissional, creches, entre outras instituições que formam e ocupam os tempos livres dos jovens e crianças.

“Os jovens constituem a maior franja da população consumidora de drogas no país e são os jovens a força motriz para desenvolver o país, mas para tal, devem estar em boas condições físicas e psíquicas para ajudarem nos esforços de reconstrução de Angola”, salientou.

Ainda no quadro do combate às drogas, destacou, o país tem criado condições para impedir e desencorajar o tráfico dessas substâncias prejudiciais ao organismo humano no país.

Realçou que os principais pontos de entrada do país, designadamente os aeroportos, estão apetrechados com equipamentos modernos como scanners, aparelhos de raio x, entre outro material, além de brigadas caninas e pessoal qualificado para detectar e impedir o tráfico de droga.

Drogas ilícitas são substâncias psicoactivas que provocam alterações do estado de consciência do indivíduo, levando-o eventualmente à dependência química, além de outros danos que provocam a saúde humana.

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