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7/17/2015

O Livro de Eclesiástico para contar às crianças

Eclesiástico 
Capítulo 1

Do latim "Ecclesiasticus liber", o nome Eclesiástico quer dizer “livro da igreja” ou “livro da assembleia”. Foi escrito por volta de 190-180 a.C. por Jesus ben Sirac. Sua tradução para o grego é atribuída ao neto de Jesus ben Sirac e data de 132 a.C. Ele integra os Livros Sapienciais da Bíblia Católica e é também um livro deuterocanônico, pois não está presente no cânon judaico.

No início do século II a.C., os gregos procuravam impor aos judeus a sua cultura, religião e costumes. Isto ameaçava destruir a identidade cultural e religiosa dos judeus, pois entre eles havia uma corrente disposta a “unir-se” à cultura helênica. Esta corrente almejava adaptar o judaísmo a uma “civilização mais universal”.

Ora, uma vez que a cultura helênica tinha como características, entre outras, o culto do homem e a glorificação das forças da natureza, outra corrente de judeus, tendo por finalidade preservar a identidade e salvaguardar a fé e a vocação de Israel, se opôs à imposição da cultura helênica.

Foi neste cenário que Jesus ben Sirac escreveu o Eclesiástico, a fim de mostrar que o povo judeu possuía sua própria identidade.

No Capítulo 1, o Autor nos fala de onde vem a sabedoria, nos mostra a sua raiz e qual o seu primeiro fruto. Ele também nos revela o que é a sabedoria suprema.

A sabedoria vem de Deus (1,1) e Ele a revela para todo o mundo. Porém, só podemos começar a compreender o sentido do universo e da história se nos comprometemos com Deus (1, 8).

E como nos comprometemos com Deus? Através do “temor”, que quer dizer “viver conforme as regras e ensinamentos de Deus”. Portanto, o “temor” (respeito) é a raiz da Sabedoria (1, 18) e se tememos a Deus (ou seja, se vivemos conforme os seus ensinamentos) possuímos coração alegre, contentamento, vida longa e alcançaremos o Reino dos Céus no dia da morte (1, 9-11).

Após nos mostrar de onde vem a sabedoria e que o temor é a sua raiz, o Autor do Eclesiástico nos ensina que a paciência é o primeiro fruto da sabedoria (1, 19-21). Aquele que é paciente sabe resistir às intempéries da vida, segue sempre o caminho dos ensinamentos de Deus e alcança a Salvação, concedida por Ele (1, 20).

A partir do verso 22 até o verso 29, o Autor revela que a sabedoria suprema que Deus dá ao seu povo é a Lei. Não a lei dos homens, mas refere-se à Torá dos Judeus. Por isso, temos que a Bíblia é um livro de inspiração Divina e contem as normas fundamentais para seguir o caminho da justiça.

Irmãos, oremos para que a sabedoria de Deus encontre raízes profundas em nossas vidas, a fim de que sejamos obedientes a Ele e procedamos sempre conforme sua justiça, agindo diariamente com humildade, mansidão, paciência, respeitando o nosso próximo.

Capítulo 2

Trata-se de uma exortação que nos ajuda a enfrentar as tentações do próprio coração e as pressões exteriores, culturais e sociais. Muitas são as orientações neste capítulo: o servir a Deus, a confiança, o caminhar pelos caminhos do Senhor, a observação de seus mandamentos, mas uma delas, a paciência, ainda nos dias de hoje não conseguimos exercitar.

Constantemente reclamamos com Deus quando o que queremos para a nossa vida e para a vida dos que amamos demoram a acontecer. Muitas vezes tudo tem que ser no nosso tempo, e quando não acontece pensamos que Deus nos abandonou, nos irritamos e nos afastamos dele como que numa ¨vingança¨ por Deus ter “virado as costas para nós”.

A exemplo de Jesus, que quando com medo e em oração disse “Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não a minha vontade, mas a Tua seja feita” (Lc 22,42), pecisamos confiar e obedecer a Deus, esperando pacientemente que ele atenda aos nossos pedidos, em seu tempo e não no nosso.

“Honrarás pai e mãe”

Certamente honrar pai e mãe, mais do que por palavras, mas sobretudo amando, respeitando, dando carinho, cuidando.

Saber que isto é agradável a Deus e certamente caminho de salvação para nós, pois diz a Palavra: “Quem honra seu pai, terá alegria em seus próprios filhos” (06) e mais “A ajuda prestada a seu pai não será esquecida, mas será plantada em lugar de teus pecados”(15b/16)

“Com obras e palavras honra teu pai, para que dele venha sobre ti a bênção”, sabendo que “A bênção do pai consolida a casa dos filhos” (9-11)

Honrar, amar e respeitar pai e mãe é sobretudo obedecer a Deus. Ajudai Senhor todos aqueles que por algum motivo não conseguem amar seus pais, fazei brotar no coração de todos o perdão e o amor que possibilita a harmonia nas famílias. Amém!!!!

Partilhe conosco sua experiência com a leitura deste capítulo escrevendo um comentário logo abaixo.

Capítulo 4

Em Eclesiastes 4 , continuamos com os conselhos de rei Salomão. Ele expressa o quanto lhe doía ver a condição e as lágrimas dos oprimidos. E também por ver que a inveja é o maior motivador de todo trabalho.

O rei viu outra coisa tola: um homem sem família se cansar de tanto trabalhar em busca de riquezas. Em seguida, destaca o valor do trabalho em equipe a fim de obter melhores resultados. Se um cair, será ajudado por outro – a unidade os torna mais fortes.

O rei termina o capítulo descrevendo como um jovem pobre e sábio será mais estimado que um velho rei que não aceita qualquer conselho. As pessoas naturalmente seguirão o rapaz pelo seu discernimento e sabedoria.

Senhor, ajuda-me a não ter inveja das pessoas bem-sucedidas. Não me deixes fazer tudo sozinho. Por último, mas não menos importante, ajuda-me a reconhecer a verdadeira sabedoria e segui-la. Amém.

Capítulo 5

Com muita frequência costumamos colocar nossa segurança em coisas vãs: nas riquezas, na própria capacidade e na própria justiça. Contra essas falsas seguranças, Deus vem nos alertar com a sua Palavra:

“Não contes com riquezas injustas. Não digas: Tenho o suficiente para viver, pois no dia do castigo e da escuridão, isso de nada te servirá. Quando te sentires forte, não te entregues às cobiças de teu coração. Não digas: Como sou forte! ou: Quem me obrigará a prestar contas dos meus atos?, pois Deus tomará sua vingança. Não digas: Pequei, e o que me aconteceu de mal?, pois o Senhor é lento para castigar (os crimes).” (Eclo 5, 1-4).

Além disso, Deus vem nos alertar para o domínio da língua:

“A honra e a consideração acompanham a linguagem do sábio, mas a língua do imprudente é a sua própria ruína.” (Eclo 5, 15).

Façamos o propósito de colocar nossa segurança somente em Deus, e também de que Ele seja o Senhor da nossa língua.

Capítulo 6

Neste capitulo lemos sobre a amizade e a sabedoria! Quem não quer ter amigos? Quem não quer a sabedoria? As orientações que recebemos são valiosas e devem ser levadas em conta sempre por nós.

Coloco abaixo alguns versículos que me chamaram a atenção. 

“Tenha muitos conhecidos, mas um só confidente entre mil”. (versículo 6)

“Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão”. (versículos 14 – 16)

Sobre a sabedoria, o versículo 18 diz: “Meu filho, empenhe-se na disciplina desde a juventude, e até na velhice você terá a sabedoria”. Esta é a promessa para nós, busquemos a sabedoria, oremos ao Senhor, meditemos a Palavra de Deus, que a sabedoria nos será dada e não nos deixará mais.

 Capítulo 7

Todo o capítulo é redigido à luz da “sabedoria” (o saber viver) e do “temor a Deus” (religião e piedade). 

Saber viver é Lei e dom de Deus, é a habilidade de saber lidar, no dia-a-dia, de modo inteligente com seus afazeres, com seus amigos, com familiares, autoridade e sociedade. Deus nos apresenta a observância da Lei porque quer que convivamos em justiça, bondade, misericórdia, piedade e paz. 

E, em Eclesiástico 7, como um verdadeiro presente ao cristão moderno, encontramos orientações preciosas sobre o que se deve fazer, segundo as Leis de Deus e o que se deve evitar em todos os sentidos da vida, quer seja em sociedade ou no relacionamento com os amigos, filhos, esposas, pais e com os pobres. 

Capítulo 8

Educação, prudência e cautela fazem parte das relações sociais. “Confia desconfiando”, “Antes só do que mal acompanhado”, “Ama o teu próximo como a ti mesmo” são ditados que nos acompanham dia a dia e nos auxiliam nestas relações.

O ser humano é um ser sociável, mas essa relação inicia com um simples gesto de educação, por exemplo um “bom dia”, para depois aprofundar essa relação.



Capítulo 9

O saber viver dentro da lei de Deus, é aqui definido como ter habilidades no dia-a-dia, é saber lidar inteligentemente com os afazeres, os amigos, os poderosos, as autoridades e com as esposas.

A sociedade de Jerusalém naquele tempo estava sendo invadida por costumes novos e mulheres pouco discretas, e isso provocou nos habitantes uma reação bastante conservadora, a fim de orientar principalmente aos homens sobre os perigos dos encantos fora do lar.

A observância da Lei de Deus e dos seus mandamentos é um grande Dom, um julgo suave, que depois será aperfeiçoado por Jesus Cristo, que nos ajudará a seguir melhor as orientações deste livro.

Que nosso querido Deus continue a nos enviar suas orientações a fim de não nos desviarmos de seu caminho seguro.

Capítulo 10

O Senhor nos adverte quanto à soberba, que é o amor desordenado a si mesmo. Ela tem três filhos: o orgulho, a vaidade e o amor próprio. Se manifestam em nossas vidas, muitas vezes, confundidos como traços da personalidade, mas na verdade, são pecados que precisamos conhecer, administrar e extirpar de nós. Se manifesta, dentre outras coisas, na impaciência, dureza de juízo, rebeldia, rancor, hipocrisia, ironia, sarcasmo, inveja, indiferença, desinteresse e isolamento.

“O princípio de todo o pecado é a soberba” (v.15), mas o Senhor nos admoesta: “Deus anulou a memória dos soberbos, mas preservou a memória dos humildes.”

Peçamos ao Pai a graça do autoconhecimento, da prudência e disciplina, a fim de reconhecer-nos pobres e carentes do amor de Deus.

 Capítulo 11

O Capítulo 11 de Eclesiástico é um convite a sabedoria, prudência e a simplicidade. Gostaria de chamar a atenção ao verso 11 que diz “Há pessoas que trabalham, se afadigam e se atropelam e, apesar de tudo, estão sempre atrasadas.” Atualmente muitas pessoas vivem esse versículo em suas vidas, vivendo de compromisso a compromisso, num estado de ativismo total, fazendo muitas coisas, as vezes várias ao mesmo tempo.

Com isso nos tornamos superficiais, impacientes e incapazes de nos alegrarmos com as pequenas coisas do dia a dia. Deixamos a contemplação, a reflexão e nos atiramos em fazer, em produzir. Muitas luzes e sons nos tiram da presença do Senhor e faz com que, vivamos sem sentido a nossa existência, sem saber qual é a vontade de Deus para a minha vida. Que tenhamos a coragem de desacelerar e dar mais tempo ao que realmente importa, uma refeição com a família, um momento de contar histórias aos filhos, mesmo que estes já estejam grandes. Todos temos tempo, basta colocar as prioridades.

Capítulo 12

Os conselhos encontrados neste capítulo dirigiam-se aos israelitas que estavam vivendo sob o domínio de estrangeiros considerados como inimigos e pecadores que queriam destruir a cultura e a religião dos dominados.


Tais conselhos discordam das orientações de Jesus (Mt 5, 43-48; Lc 14, 12-14) embora condizentes com a norma: “Não deem aos cães o que é santo, nem atirem pérolas aos porcos; eles poderiam pisá-las com os pés e, virando-se despedaçar vocês.” (Mt 7, 6)

O cristão não deve ser tolo, e sim precavido para não se deixar enganar. A leitura deste capítulo serve com advertência ao cuidado que devemos ter diante daqueles que nos parecem muito espertos, ou aqueles que se apresentam como mansos e bondosos, “lobos vestidos como cordeiros”, mas que, apenas, querem aproveitar-se de nossa ingenuidade ou bom espírito.

Estar em oração constante e confiar plenamente em Deus nos ajudam a ser previdentes e ficar livre de tais armadilhas.

Capítulo 13

“O coração do homem altera o seu rosto quer para o bem quer para o mal.” (Eclo13,31), neste versículo podemos meditar sobre a nossa inconstância de ações e pensamentos diante das coisas que nos acontecem, muitas vezes nos vemos com atitudes soberbas e falsa humildade e agimos assim com o nosso próximo muitas vezes.

Deus perscruta os nossos corações, Ele sabe a intenção verdadeira das nossas atitudes. Que através da leitura deste capítulo possamos nos tornar pessoas melhores e mais humildes perante o nosso próximo. Somos todos iguais perante o nosso criador. “Em toda a tua vida ama a Deus e invoca-o para a tua salvação.” (Eclo 13,18).

Capítulo 14

Linda mensagem traz esse capítulo, mensagem essa de exortação, que serve para aqueles que põem suas esperanças nos bens materiais. “O avarento não se satisfaz com uma parte apenas, pois a avidez insana resseca-lhe a alma.”(9)

Você deve conhecer alguém, que para ganhar um pouco mais aceita trapacear, passando os irmãos para trás. O problema não é ter bens, mas ser refém deles, existem pessoas que se privam do convívio dos amigos e familiares, em uma busca frenética, por bens e status, acabam por fim se privando da própria vida.

São como corredores que nunca chegam a linha de chegada, grandes navios sem bússola, a deriva no mar da vida.

No fim deste capítulo, mostra o homem que busca a Deus, que coloca Nele sua confiança, este encontra a felicidade já aqui e na eternidade. Sua riqueza é o Senhor, este achou o verdadeiro sentido da vida.

Capítulo 15

Neste capítulo 15, o Autor Jesus ben Sirac nos deixa duas mensagens: na primeira, ele mostra que o homem sábio alcança a felicidade; na segunda, ele mostra que Deus deu ao homem a liberdade.

Dos versículos 1 ao 10 Jesus ben Sirac nos fala que o homem que ama e honra o Senhor e que conhece a sua Lei se tornará sábio, ou seja, receberá a Sabedoria, que é um Dom Divino.

“Receber a Sabedoria” significa levar uma vida em conformidade com as Leis Divinas, ou seja, afastar-se do pecado para estar próximo de Deus. Por isso, a Sabedoria que vem de Deus torna o homem feliz.

Já os versículos de 11 a 20 nos mostram a grandeza e a generosidade de Deus, pois, ao criar o homem, deu-lhe a liberdade para agir e escolher. 

Assim, ao homem são apresentados fogo e água, vida e morte e ele poderá escolher o que preferir (15, 16-17). Da mesma forma, a Lei é dada ao homem, que poderá escolher entre segui-la ou viver uma vida afastado de Deus.

Os acontecimentos em nossas vidas, principalmente os ruins, muitas vezes nos levam a pensar que “foi Deus quem quis assim...”. Porém, a liberdade que nos foi concedida por Ele atinge a nossa capacidade de tomar decisões, sejam elas boas ou más.

Por isso errar ou acertar é responsabilidade do próprio homem. Mas Deus nos convida, a todo momento, a rever nossas decisões, a fim de que possamos toma-las à luz de Seu projeto, pois Ele, que é Pai misericordioso, quer para seus filhos a liberdade e a vida.

Munidos do entendimento de que Deus fez o homem livre, sejamos sempre vigilantes e oremos para que nossas ações e escolhas estejam sempre em conformidade com as Leis de Deus.

Capítulo 16

Recomendações para a boa condução e formação familiar, tem destaque neste capítulo, que orienta aos pais para que seus filhos sejam íntegros e tementes a Deus. De nada vale uma família numerosa, com muitos filhos para ajudar no trabalho, que não sigam os mandamentos do Senhor da vida, melhor seria não os tê-los.

Com a narração de histórias já vividas, trazem à lembrança como o Senhor foi firme com as nações condenadas pelo pecado, seus decendentes deveriam buscar a fidelidade para com Deus, evitando assim a sua ira.

Não nos deixemos enganar, pois o Senhor nos julga segundo nossas obras. Não podemos nos esconder de Deus, que nos conhece pelo nome, não passamos despercebidos em meio das multidões. O Senhor que tudo vê e tudo ouve quer que sejamos sábios para atendermos as suas palavras de coração.

Capítulo 17

Neste capítulo um resumo completo de toda a criação, Deus fez o homem e a mulher, a natureza e os animais. Deu ao homem e a mulher saber, inteligência e sabedoria (5/6) e o domínio sobre toda a criação, e, com isso a responsabilidade que disso decorre.

Cuidar da natureza e dos animais, deveres para com o próximo (12) e, sobretudo colocou o seu olhar nos corações do homem e da mulher para que vissem a majestade de suas obras e assim glorificassem o seu nome (7/8).

Peçamos, pois a Deus a luz do seu Santo Espírito, para vivermos bem nesta terra sabendo reconhecer Deus e sua criação, sua bondade e misericórdia e assim o louvemos e glorifiquemos antes de nossa morte, pois após a morte nada mais há, o louvor terminou (27).

Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade!!!! 

Capítulo 18

Nos apresenta o criador do Universo. O Deus de misericordia, não se pode contar as suas misericórdias.

o homens vive 100 anos no máximo e por ser um período que passa muito rápido o Senhor o alcança com suas misericórdias. o amor de Senhor é sem medida e sem preconceitos, olha por todos, já o homem vê somente seu próximo. somos levados a viver de forma sensata, cumprindo as promessas feitas, se não for assim. estaremos tentanto ao Senhor.

Capítulo 19

Dos vários conselhos que a Palavra nos diz hoje, podemos ressaltar alguns, principalmente sobre a nossa conduta frente aos acontecimentos com as outras pessoas:

“Nunca repita um boato, e você não perderá nada.” (v. 7).

“Pergunte ao seu amigo: talvez ele não tenha feito o que estão dizendo dele: ou, se fez, não continuará fazendo.” (v. 13).

“Pergunte ao próximo: talvez ele não tenha falado o que estão dizendo; ou, se faltou, não o repetirá mais.” (v. 14).

“Pergunte ao amigo; porque muitas vezes se trata de calúnia. Não acredite em tudo o que se diz.” (v. 15).

Além disso, o Senhor nos fala que nem toda inteligência é sabedoria. Há uma inteligência depravada e uma prudência de má qualidade:

“É melhor ter pouca inteligência com temor, do que ser muito inteligente, mas transgressor da Lei.” (v. 21).

“Existe uma astúcia hábil, no entanto injusta, e há quem use meios fraudulentos para aparentar retidão.” (v. 22).

Diante destes conselhos, façamos o propósito de evitar os pecados da língua, e buscarmos a verdadeira sabedoria que vem do próprio Deus.

Capítulo 20

Para este capitulo de Eclesiástico convido você a reler, faça isso duas vezes. Como fazemos na Leitura Orante da Bíblia. Depois escolha o versículo que mais te chamou a atenção, busque no silêncio do seu coração o versículo que você precisa para a sua vida hoje. Medite este versículo durante toda essa semana, marque em um lugar onde você tem fácil acesso para visualiza-lo e sempre que ler louve a Deus, pela mudança que Ele já esta realizando em sua vida e acredite!

Perante a esta linda passagem, cheia de ensinamentos importantes, fico com o versículo 1: “Há repreensões inoportunas, e há quem se cala por prudência”. É isso que desejo hoje pra mim, a graça de saber me calar e desde já te louvo Senhor, por ser meu auxilio nesta busca, por me dar a prudência e te louvo também pela sabedoria!

Aproveito para partilhar com vocês sobre os versículos de 9 a 12, já li uma mensagem do Pe Reginaldo Manzotti sobre o que diz nesses versículos, que é a seguinte: “Lembremos que o barato sai caro. O barato quer dizer o fácil, e o fácil muitas vezes pode não edificar”. Nos dias de hoje as pessoas querem o rápido, o fácil, querem tudo pra ontem, devido à correria do dia a dia, mas vamos nós desacelerar e andar no compasso do nosso coração, no tempo certo que somente o Senhor sabe, pois é neste compasso, é nesse tempo, que esta a nossa edificação!

Capítulo 21

As máximas sapienciais colocadas na boca do sábio estão sendo demonstradas para nós cristãos nesta primeira parte do Livro de Eclesiástico. Neste capítulo, somos agraciados com ensinamentos relacionados ao pecado, em especial a busca pela prática do que é correto e agrada ao coração do Pai.

Por fim, o capítulo aborda a sabedoria em contraposição com a insensatez, comparando o coração e atitudes de um sábio com as de um insensato. Que a Palavra sábia ouvida hoje pelos cristãos seja acolhida em seus corações e que busquemos cada vez a sabedoria, ou seja, a perfeição do temor a Deus.

Capítulo 22

Muitos males podem ser evitados corrigindo desde cedo os nossos filhos. A correção paterna nos evita muito mal (3-6).

Segundo o modo de ver de Ben Sirac, a pessoa, estulta, ignorante ou insensata não tem remédio, essa também era a visão dos gregos (9-15). 

Ben Sirac termina esse capítulo falando da amizade. Santo Inácio de Loyola refere se ao amigo dizendo que é o “colo de Deus”. Como é bom ter um amigo verdadeiro.

Capítulo 23

No inicio do capítulo em uma oração contra o pecado, o escritor demonstra a sua preocupação sobre o que proclama a boca de um homem temente a Deus. Clama ao Senhor que não o deixe sucumbir pelo falar, pelo pensar, e pelos desejos desenfreados de seu corpo, que sem controle podem afastá-lo do caminho correto.

O escritor analisa o comportamento sexual impuro, e condena com muita firmeza as pessoas promiscuas, tanto homens como mulheres, tratando-os com igualdade, algo estranho, já que a cultura daquela época condenava com muito mais força as traições femininas. Não se percebe uma negação do valor do sexo na dimensão sagrada, critica-se apenas aqueles que praticam o sexo com abuso. 

O temor de Deus e o cumprimento de seus mandamentos é o ponto essencial deste capítulo, que advertiu o povo daquele tempo e nós hoje. Que não nos enganemos achando que nosso Deus não está atento ao nosso pensar e ao nosso agir sempre.

Capítulo 24

A Sabedoria é a primogênita, surgiu antes de todas as criaturas. E o Senhor ordenou que ela habitasse em Israel e suas raízes se estendessem no meio dos seus eleitos. É a mãe do amor e do temor, do conhecimento e da esperança. Sua instrução é mais doce que o mel.


Quem a ouve não será confundida, os que agem com ela não pecarão e para os que a tornam conhecida há uma promessa: terão a vida eterna.

Segundo São Bernardo, abade do século XII, são três as razões para fluírem em nossa boca a sabedoria e a prudência: confessar nossos pecados; dar graças e entoar louvores a Deus; e proferir palavras de edificação.

O Senhor nos conforta dizendo: “Vinde a mim, todos os que me desejais e fartai-vos dos meus frutos.” Peçamos ao Pai o dom da sabedoria, ela possa nos conduzir, para que tudo que façamos seja para poder, honra e glória do seu santo nome.

Capítulo 25

Neste capítulo o autor apresenta:

a) Comportamentos que agradam e os que desagradam Ao Senhor (1-4)

b) Conselhos aos jovens para que se tornem anciãos com sabedoria e tementes a Deus (5-8)

c) 10 máximas (9-16) que foram aperfeiçoadas por Jesus e são encontradas na lista das bem-aventuranças apresentadas no Sermão da Montanha (Mt 5, 1-11 e Lc 6, 20-22)

d) e a descrição da mulher segundo a visão da sociedade patriarcal da época que atribui à mulher a origem do mal e a responsabilidade sobre a infelicidade do marido (17-36)

Encontramos o ápice do capítulo no versículo 14: “O temor de Deus está acima de tudo”. Neste temor está contido toda reverência, todo respeito, toda submissão que devemos ter diante de Deus; e esta advertência é tão válida para aqueles tempos como é para os dias de hoje. A humildade é a porta de entrada do céu.

Capítulo 26

Neste capítulo o autor descreve a mulher digna, conforme o judaísmo e a cultura da época:

A mulher boa traz felicidade ao marido (1-2), é uma bênção porque teme ao Senhor(3), é graciosa e com seu saber fortalece o marido (13), é discreta e bem-educada (14), sensata e silenciosa (18), santa e casta (19), é como a lâmpada que brilha sobre o candelabro sagrado (22).

A mulher má é ciumenta (8), fofoqueira (9), alcoólatra (11), atrevida (13) e desavergonhada (14).

Mesmo que consideremos as diferenças existentes entre a mulher de hoje e a mulher do tempo em que o trecho foi escrito, ainda são válidas as qualidades e os defeitos apresentados. A diferença está no foco. Na época em que foi escrito o foco estava no marido (o mundo extremamente machista exigia da mulher um comportamento que agradasse ao homem). Hoje os atributos de uma mulher devem agradar, primeiramente, a ela mesma e, consequentemente, ao marido. Às suas fraquezas, infelizmente, acrescentaríamos outras.

Capítulo 27

Como o nosso mundo seria diferente se todos nós praticássemos os sábios conselhos contidos neste capítulo do livro do Eclesiástico! Quão sábias palavras!

Deus nos pede senso de justiça, bom exemplo, caráter, sinceridade, qualidades que todos nós deveríamos ter gravadas no nosso coração e nas nossas atitudes.

Nesta leitura convido-os para um exame de consciência diante de cada versículo aqui contido, que possamos examinar verdadeiramente a nossa vida diante dos conselhos e ordens de Deus e que façamos disso o começo de uma nova vida com Cristo.

Capítulo 28

O Senhor é bem claro neste capítulo, no que diz respeito ao falar mal do outro, do guardar rancor e do não perdoar.

Se você sopra uma fagulha, ela se inflama, e se você lhe cospe em cima, ela se apaga. Note bem que as duas coisas saem da mesma boca.(12)

A escolha é nossa de bem dizer alguém ou de amaldiçoa-la, caso não tenhamos nada de bom para falar de alguém, melhor será nos calar. Hoje muitos de nós reclamos, murmuramos contra tudo e todos, colocamos nas situações e nos outros a razão dos nossos fracassos. É mais fácil achar um culpado do que admitir nossos erros e omissões.

Pense em nossa breve existência, e se fale a pena nos agarrar a pequenos detalhes.

Capítulo 29

Neste capítulo 29, no qual o Autor nos fala sobre empréstimo, esmola, fiança e hospitalidade, podemos vislumbrar lições muito valiosas sobre a misericórdia e caridade, a fidelidade e gratidão.

O empréstimo é tratado nos versículos 1 a 7 e daqui extraímos que é misericordioso quem empresta ao irmão necessitado.

E este, por sua vez, deve agir com fidelidade, devolvendo ao credor no tempo certo e a quantia acordada, uma vez que no versículo 3 há uma advertência: “mantenha a palavra dada e seja fiel com o próximo, e em qualquer momento você encontrará o que precisa”.

A esmola é tratada nos versos 8 a 13 e há aqui uma lição sobre a partilha. Ora, é dever de cada um socorrer os humildes e necessitados, auxiliando-os com bens materiais que são excedentes. O Autor nos ensina que os tais bens devem ser partilhados ao invés de guardados, pois usando-os dessa forma acumularemos tesouros que serão mais úteis perante o Senhor.

A fiança vem estampada nos versículos 14 a 20. Fiança, como sabemos, é dar uma garantia, é uma forma de arriscar-se pelo próximo. Assim, o homem que dá fiança por seu próximo pratica o bem e quem que a recebe jamais pode esquecer o favor (versos 14 e 15), caso contrário estará agindo como um pecador e ingrato. Muito bom notar ainda que a fiança não deve ser usada como meio de obter lucro, devendo cada um ajudar o próximo dentro de suas possibilidades (versículos 19 e 20).

Finalmente, temos a hospitalidade nos versículos 21 a 28. Vale mais para um homem sensato possuir uma casa simples do que banquetear-se como hóspede. Ou seja, é melhor suprir nossas necessidades básicas (alimento, vestuário e moradia) com muita simplicidade do que andar de casa em casa como um estranho. Devemos dar valor ao que temos, pois seria pior se dependêssemos dos outros.

Por tudo isso, fiquemos sempre alertas para praticar a partilha e ajudar àqueles que necessitam. Fiquemos atentos também para sabermos reconhecer o bem que o irmão nos fez. Dessa forma, acumulamos o verdadeiro tesouro: as boas obras que nos abrirão as portas da vida eterna junto de nosso Senhor. 

Capítulo 30

A Palavra de Deus neste capítulo, fala aos pais chamando-os a responsabilidade da educação dos filhos. Muitos são os pais que não corrigem os seus filhos quando erram, deixando-os abandonados, falhando com sua missão de formadores e orientadores.

Quando as leis de Deus, em relação à família, são desrespeitadas pelos homens, mais famílias são destruídas, e muitas lágrimas rolam dos olhos dos pais e dos filhos. Ninguém será feliz sem obedecer às leis de Deus. 

Este tema – A Alegria -, nos remete ao último documento do Papa Francisco a respeito da Alegria do Evangelho. Nele o Papa diz aos cristãos para procurarem, em tudo, encontrar a alegria de viver. O mundo quer nos impor um padrão de felicidade, que sabemos ser uma alegria passageira, que no outro dia já se acabou. A alegria verdadeira é aquela que construímos juntos a Jesus Cristo nosso salvador!


Capítulo 31

Doutrina de Deus para bem viver, como se comportar e moderação no comer e beber.


Nos mostra a Palavra que uma coisa une o rico e o pobre: a ausência do sono; no rico por aumentar sua riqueza, e no pobre, pela preocupação com a subsistência.


Deus não quer isto para ninguém, nem para o rico, muito menos para o pobre. Tão desumanizadora é a riqueza que reduz o homem a um sedento de possuir algo, da mesma forma a pobreza que reduz o homem preocupado só com a subsistência. Tudo isto é fruto da cobiça humana que transtornou o plano harmônico de Deus e trouxe como efeito estes dois extremos.

“Feliz do rico que se conservou sem mancha, que não foi atrás do ouro e não pôs sua segurança no dinheiro e nos tesouros” (8), mas em Deus.

Feliz é “Quem pôde transgredir a lei e não a transgrediu, fazer o mal e não o fez. Por isso, seus bens foram estabelecidos no Senhor.” (10/11)

É propicio dizer que os excessos tanto para mais como para menos não é agradável e desejado por Deus, e por isso nos diz: “O vinho foi criado para a alegria e não para a embriaguez, desde o princípio.” (35)

Por fim nos fica o conselho: “Ouve-me filho, não me desprezes, e no fim compreenderás as minhas palavras.” (26)

Capítulo 32

Ressalta a ideia que não se deve vangloriar-se pelas oportunidades que temos na vida, antes sim aproveita -la da melhor maneira possível. não sou melhor do que ninguém, e no capítulo espelha muito essa verdade.

Deve-se ser sóbrio no falar, modesto no agir. Temos uma Lei escrita por Deus para cumprir ( os mandamentos), tudo isso nos leva ao bom senso, sempre refletindo para firmeza de nossos passos. quem assim procede não ficará frustrado.




Capítulo 33

Das várias orientações desta Palavra de Deus para nós hoje, tomemos o trecho dos versículos 7 a 13 e reflitamos sobre cada sentença:

7. Por que um dia é mais importante do que o outro, se a luz de cada dia do ano vem sempre do sol? – Todos os dias são abençoados pelo Senhor!

8. Eles foram separados no pensamento do Senhor, que diferenciou as estações do ano e as festas. – Deus é o Senhor da criação!

9. Elevou e consagrou alguns deles, e deixou outros como dias comuns. - O Senhor quer que celebremos os dias especiais!

10. Também os homens vêm todos do mesmo solo, e da terra Adão foi criado. – Todos somos criados por Deus!

11. Mas o Senhor, na sua grande sabedoria, os distinguiu, e diversificou os caminhos deles. – É pela Graça que Deus nos escolhe!

12. A uns, ele abençoou e exaltou, consagrando-os e aproximando-os de si; a outros amaldiçoou e humilhou, derrubando-os de suas posições. – Pelo nosso comportamento, recebemos ou não a eleição de Deus!

13. Como argila na mão do oleiro, que ele amolda conforme quer, assim são os homens nas mãos do seu criador, que lhes retribui segundo o julgamento dele. – O Senhor quer que sejamos dóceis nas suas mãos e O deixemos no controle das nossas vidas!

Capítulo 34

Nesta passagem recebemos diversas orientações de comportamento, sobre em quem confiar, quem tem sabedoria e quem não tem. O que é puro e vem de Deus e o que não vem.


Para mim foi difícil escolher um versículo que me chamasse mais a atenção, pois este capitulo, como um todo, é rico em ensinamentos, porém escolhi partilhar com vocês o versículo 16:



“O Senhor cuida daqueles que o amam. Ele é escudo poderoso e sustentáculo forte, abrigo contra o vento sufocante e abrigo contra o ardor do meio-dia, proteção contra os obstáculos e socorro contra as quedas.”

Nunca duvidemos do amor de Deus por nós e que Ele cuida da gente, como diz a passagem, Ele cuida de quem o ama! Por mais que as vezes para você não parece que Deus esta do seu lado, creia que Ele esta, pois essa é a verdade!

O Senhor é nosso escudo, nosso abrigo. Maior é Ele, que esta em nós, do que o que esta no mundo, Deus é fiel


Capítulo 35

O capítulo 35 trata dos sacrifícios espirituais e dos sacrifícios perverso. Nota-se que o sacrifício verdadeiro é o sacrifício espiritual, já que a os ritos não têm sentido sem a prática do amor e da justiça, sem que sejam praticados na Lei de Deus e no amor ao próximo.


E, assim como o verdadeiro sacrifício é baseado na justiça, o sacrifício perverso, praticado em meio à injustiça, é corrompido.

Portanto, irmãos, é importante lembrarmos que o verdadeiro sacrifício é aquele do dia-a-dia, ao praticarmos a justiça, a bondade, a misericórdia e a paz.

“Aquele que guarda a Lei faz muitas oferendas; sacrifício salutar é cumprir os preceitos (...) O que agrada o Senhor é afastar-se da iniquidade: propiciar pelos pecados é afastar-se da injustiça” (1-5).

Capítulo 36

Esta oração pela libertação de Israel é dividida em duas partes. 

A primeira parte (vv.1-12) pede a Deus intervenção urgente contra os inimigos de Israel, os gentios “infunde o teu temor nas nações que não te procuram” (v.2) e as nações estrangeiras (v.3).

A oração chega a clamar que esses povos reconheçam a Deus como eles o reconhecem (v.5), pois os pensamentos e atitudes dos inimigos são de extrema prepotência, pois dizem que não há outro fora deles (v.12).

A segunda parte (vv.13-19) pede a Deus a unificação do povo de Israel, pois nesta época se fala dos “judeus da dispersão”, isto é colônias de judeus que viviam em cidades fronteiras a Israel, e o sonho do autor é ver o povo unificado em Sião (Jerusalém).

Capítulo 37

A amizade deve ser antes de tudo verdadeira, gratuita, mas ao mesmo tempo ela nos exige empenho e dedicação. A amizade deve ser sempre uma aliança verdadeira, mas infelizmente, existem falsos amigos, os interesseiros, aqueles que nos momentos difíceis rompem esta aliança e nos viram as costas, quebrando laços que terminam com a beleza deste encontro fraterno.

A palavra do Senhor vem nos ensinar a ter muito cuidado com a escolha das pessoas que procuramos para pedir conselhos, elas devem ser encontradas entre as sábias, e não entre as que se julgam inteligentes.

A pessoa prudente, sensata, cautelosa, que procura viver com sabedoria, fortalece seu coração, não o deixa descuidado, desatento e incapacitado para orientar outra pessoa. O bom conselheiro se destaca, e está sempre preparado para distinguir o bem do mal, e não comete erros na hora do aconselhamento.

Ressalto ainda o verso 19, que nos traz um sábio conselho "Mas, em todas as coisas ora ao Altíssimo, para que Ele dirija teus passos na verdade”. Elevemos ao Pai nossas preces para que na vida sejamos agraciados com sinceras e fortes amizades.

Capítulo 38

O Senhor nos pede que honremos o médico e cuidemos de nossa saúde, pois foi criado pelo Altíssimo, bem como os medicamentos. A ciência nos foi dada por Deus, para que o honrássemos com as suas maravilhas.

Aprendamos também a viver o luto: chorar por aqueles que nos precederam no Reino dos Céus, não desprezar sua sepultura, mas depois consolar-nos da tristeza, pois dela derivam a morte e o abatimento.
Assim como o morto se foi, também iremos um dia, e deixar sua memória descansar faz bem a ambos.

O Senhor nos dê saúde, fortaleza, paz e sabedoria!

Capítulo 39

No livro de Eclesiástico nos fala sobre a valorização da sabedoria dos antigos, dos profetas, pede para que guardemos as palavras dos homens célebres, pede para que estudemos mais aprofundado a palavra do Senhor.

Também nos ensina a buscar ao Senhor em vigília do nosso coração desde o amanhecer até o anoitecer, em todo tempo sem cessar.


O Senhor nos revela a promessa de sabedoria. Nos diz que dará sabedoria a todos que vos pedíeis, mais uma vez nos mostra o seu infinito amor por nós.

Capítulo 40

Nos versículos de 1 a 11 deste capítulo o autor declara que todo ser humano preocupa-se com a sua morte, desde o dia em que nasceu; tanto os poderosos como os humilhados, mas para os pecadores as aflições são “sete vezes maiores” (8b).

Dos versículos 12 a 17 encontramos uma comparação entre os frutos da maldade e os bens verdadeiros como a fidelidade, a bondade e a caridade; melhores ainda são (18-28): o amor à Sabedoria, “a língua suave”, o cuidado existente entre a mulher e o marido e acima de tudo o temor a Deus.

Não seria apropriado fazermos uma reflexão sobre as nossas atitudes? E o testemunho que damos diariamente de nossa fidelidade a Deus? Cabe lembrar que na 1º carta de João está escrito: “Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia seu irmão é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê”(1 Jo 4, 20). 

Portanto, a proximidade com Deus compreende: estar atento às necessidades dos mais pobres e humilhados e supri-las; levar uma palavra de ânimo e edificação aos que estão sofrendo, física ou emocionalmente; manter a harmonia familiar e acima de tudo orar, agradecendo a Deus pelos bens recebidos e pedindo forças para a caminhada e sabedoria para as decisões a serem tomadas. 

Capítulo 41

Neste capítulo vemos conselhos importantes para a nossa vida, as nossas atitudes, aquilo que deixaremos de herança para os nossos descendentes. Uma vida vivida nas leis do Senhor é uma vida fecunda e desta fecundidade perpetuarão bons exemplos e as futuras gerações serão abençoadas e tementes ao Senhor.

Tudo o que alcançamos de material aqui na Terra aqui ficará, o que levaremos é o que alcançamos de espiritual, o que ficou na nossa alma, o que engrandeceu o nosso espírito! Que possamos nos esforçar para conquistar o céu, é para isso que vivemos, este é o nosso fim, e quando ele vier que nos encontre preparados.

Capítulo 42

“Ele sonda o abismo e o coração, e penetra todos os segredos deles”. O versículo 18 traz essa verdade a tona, Deus é onisciente, que significa, Ele sabe todas as coisas.

“Se Ele sabe tudo por que preciso rezar”, me fez essa pergunta um jovem há alguns anos atrás. Responderei aqui o que respondi a ele. Precisamos rezar para estabelecer um relacionamento com Deus, pois, amigos conversam e, por tanto, se relacionam.


O fato de Deus saber todas as coisas, não quer dizer que não devo falar com Ele, mas, significa que antes mesmo da palavra chegar em minha boca Ele já sabe, pois me ama. Nós temos um Deus apaixonado, por nós, mesmo sem merecermos. Um Deus que quer te ouvir, te consolar e levar-te a Ele.

Capítulo 43

A partir do verso 15 do Capítulo anterior (42), o autor passa a nos recordar as maravilhosas obras de Deus, ou seja, nos alerta que até mesmo o universo é um espelho da Sabedoria Divina.

Assim, no Capítulo 43, o autor ao nos mostrar a importância e a beleza do céu, do sol, da lua, dos astros, do arco-íris, dos fenômenos climáticos e dos mares (1-26), ensina que tudo isso é tão grandioso e perfeito porque foi criado por Deus, que deixou sua glória em tudo que fez e que vive.

Tão grandiosa e perfeita a obra de Deus que o autor, preferindo não se estender demais, assim conclui: "Ele é tudo" (27).

Ora, a grandeza de Deus refletida no universo provoca tanta admiração que só nos resta louva-Lo. Uma vez que o ser humano é o único que pode ter consciência da existência de Deus, é nosso dever glorifica-Lo, sempre e todos os dias, pois o Senhor Deus é o criador de tudo e aos que lhe são fiéis dá a Sabedoria.

Capítulo 44

No grande quadro retrospectivo da história nacional, nota-se a satisfação do autor quanto às realizações de seus antepassados, bem como sua atenção particular à história sacerdotal e cultural.

Os grandes homens, enfocados neste capítulo, adquiriram fama em meio ao seu povo e mereceram ser lembrados e exaltados.

Quais são hoje os nomes que podemos exaltar? Quais são os exemplos para serem seguidos pelas gerações futuras? Atualmente alguns homens são reconhecidos e se destacaram no campo das ciências, das letras, das artes, da tecnologia e entre aqueles que promovem a paz. Recebem uma generosa quantia em dinheiro pelos seus feitos, mas poucos são os nomes que não foram rapidamente esquecidos.

Devemos nós também fazer uma reflexão sobre a nossa vida. Se buscarmos o bem da coletividade, e formos reconhecidos pelos nossos bons feitos, quando estes são voltados a ajudar ao próximo, nossos atos serão lembrados, e nosso Deus se alegrará com a nossa generosidade e bondade.

Capítulo 45

Começando já no primeiro versículo, toda uma declaração de amor de Deus para Moisés, depois também para Aarão e Finéias.

Faz-nos ver quão agradável o homem temente a Deus, que segue seus passos e se permite ser instrumento de Deus no meio do povo. Primeiramente a Moisés a quem Deus deu-lhe uma glória semelhante à dos santos. (2).

A Aarão Deus fez uma aliança eterna e deu-lhe o sacerdócio do seu povo, adornou-o com um cinto de honra e revestiu-o de um manto de glória. (8)

Quanto a Finéias, Deus fez com ele uma aliança de paz (30), pois imitou Moisés no temor do Senhor.

Que possamos, iluminados por Deus e seu Santo Espírito, e inspirados pela Palavra que é Espírito e Verdade, seguir os passos destes que Deus exaltou por suas atitudes, que possamos imita-los, a exemplo de Finéias que permaneceu firme no meio da idolatria do povo (29), e que possamos entender que como diz o ditado: “desta vida nada se leva”, saber levar uma vida sem egoísmo e ganância, pois nossa herança não esta nas coisas desta terra, mas que nossa verdadeira herança é o Senhor.(27). Amém!!!!!

Capítulo 46

Homens como Josué, Moisés, Caleb, Samuel, Juizes. O que os diferenciava dos outros era a presença do Senhor nas suas vidas, e cada um vivia conforme Deus assim o determinava.

Eram homes que adoravam ao Deus Criador verdadeiramente. Fizeram maravilhas no nome de Deus, são tidos como homens de Fé, e de fidelidade e muito amor pela obra de Deus.

O materialismo não era forma de vida, o testemunho fala mais forte e são exemplos a serem seguidos até os dia de hoje. Deus pode te usar para fazer a sua obra proclamando o seu Reino e alcançando vidas,

Deus pode através de você fazer maravilhas, basta se colocar na brecha e estar diante Dele com um perfeito testemunho de vida.




Capítulo 47

Ao continuar a narrar os feitos dos principais nomes da história do povo judeu, o autor sagrado faz um breve relato de quatro reis: Davi, Salomão, Roboão e Jeroboão.

Relata o grande reinado de Davi e a misericórdia de Deus, que perdoa seus pecados e faz com ele uma aliança na qual a realeza nunca seria lhe tirada.

De Salomão, descreve sua sabedoria e como ele pecou adorando deuses estrangeiros.

Sobre Roboão, fala sobre seu reinado como uma loucura para a nação.

Por fim, fala sobre Jeroboão, que levou o povo a uma profusão de pecados.

Temos neste capítulo quatro modelos a seguir. Escolhamos o modelo do rei Davi, pois a promessa que fez a sua descendência vale também para nós, conforme o versículo 24:

“Mas o Senhor não renunciou à sua misericórdia e não cancelou nenhuma de suas promessas. Não deixou perecer a posteridade do seu eleito, nem destruiu a descendência daquele que o tinha amado. Concedeu um resto a Jacó, e a Davi uma raiz que dele nasceu.”

Capítulo 48

A passagem nos fala sobre o profeta Elias, das coisas boas que ele fez em nome do Senhor, como profeta! Quando trouxe a vida quem já estava morto, as pessoas que tirou da cama, as pessoas que se converteram.

Elias é o homem do zelo e de ardor. Os que seguem a Deus precisam ser pessoas que se afastam do que é morno e sem vida. Elias é considerado como aquele que veio colocar as coisas em ordem, veio mostras às pessoas o Senhor e como tem que ser o caminho de conversão.

“Felizes aqueles que viram você e os que adormeceram no amor, porque nós também possuiremos a vida.” (versículos 11)

Apesar de tudo, muitos não se converteram, continuaram no pecado. Então coisas horríveis aconteceram, devido a postura do povo e então, como diz a passagem: “Invocaram o Senhor misericordioso e estenderam as mãos para ele. Do céu, o Santo os escutou imediatamente e os libertou por meio de Isaías.” (versículo 20)

O nosso Deus é misericordioso, Ele sempre esta pronto a nos perdoar, se é de coração que o povo se arrepende.

Capítulo 49

Para finalizar os elogios à obra criadora de Deus e dos antepassados, este capítulo discorre sobre Josias; Jeremias; Ezequiel e os Doze Profetas; Zorobabel, Josué e Neemias, completando, assim, a terceira parte do Livro de Eclesiastico, que transpareceu uma finalidade didática, com sua síntese da história. 






Capítulo 50

Ben Sirac homenageia o sumo sacerdote Simão ou Simeão(vv.1-23) que exerceu seu ministério entre os anos 219 e 196 a.C..
Aos seus olhos Simeão foi um grande sacerdote realizando com grande devoção e respeito o ofício litúrgico, além do mais, parece que Simeão melhorou bastante as instalações do modesto templo que fora reconstruído dois ou três séculos antes dele.

Os vv.24-26 são um convite ao louvor e confiança em Deus pela Sua misericórdia e a esperança de libertação.

Os vv.27 e 28 não tem nenhuma relação com tudo o que foi dito da história de Israel. As três nações que o autor tanto detesta são: os habitantes de Seir (edomitas, descendentes de Esaú, “primos” dos israelitas), os filisteus ou “povos do mar”, inimigos desde a época da conquista da Terra Prometida e os samaritanos, irmãos dos israelitas, que junto com os edomitas após o exílio da Babilônia se opuseram a reconstrução de Jerusalém.

Capítulo 51

Contem neste capítulo uma linda oração, atribuída a Jesus Ben Sira, que teria vivido em Jerusalém, no início do séc. II a.C.

A oração de ação de graças eleva a voz e o pensamento para exaltar a busca e o encontro da sabedoria. Ben Sira orienta a todos, ricos ou pobres, a participarem dos ensinamentos e orações realizados no Templo ou nas Sinagogas, chamados de casa de instrução, a fim de que lá recebam orientações e compreendam os mistérios, para acalmarem seus corações, como aconteceu com ele próprio.

A grande misericórdia do Senhor é motivo de alegria também para nós hoje, em nossas súplicas somos ouvidos, o agradecemos com louvor sincero, e Deus no tempo que é só Dele, nos dará recompensas.

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