Hermenêutica é uma palavra com origem grega e significa a arte ou técnica de interpretar e explicar um texto ou discurso. O seu sentido original estava relacionado com a Bíblia, sendo que neste caso consistia na compreensão das Escrituras, para compreender o sentido das palavras de Deus. Hermenêutica também está presente na filosofia e na área jurídica, cada uma com seu significado.
Segundo a filosofia, a hermenêutica aborda duas vertentes: a epistemológica, com a interpretação de textos e a ontológica, que remete para a interpretação de uma realidade. Etimologicamente, a palavra está relacionada com o deus grego Hermes, que era um dos deuses da oratória.
Hermenêutica na Filosofia
Na filosofia, hermenêutica é a ciência que estuda a arte e a teoria da interpretação, e surgiu na Grécia Antiga. A hermenêutica estuda diversos assuntos em diversas áreas, como literatura, religião e direito. Na filosofia, hermenêutica é fundamentada por Hans-Georg Gadamer, que escreveu um livro sobre como explicar e analisar textos de forma coerente, através de métodos especiais. Para Gadamer, a hermenêutica é uma forma de compreender as ciências espirituais e a história, através de uma interpretação da tradição.
Hermenêutica jurídica
Na área jurídica, hermenêutica é a ciência que criou as regras e métodos para interpretação das normas jurídicas, fazendo com que elas sejam conhecidas com seu sentido exato e esperadas pelos órgãos que a criaram. Toda norma jurídica deve ser aplicada em razão do todo do sistema jurídico vigente, e não depende da interpretação de cada um, ela deve estar vinculada aos mandamentos legais de uma sociedade.
Hermenêutica bíblica
Hermenêutica na Bíblia é a arte que estuda as escrituras, o que cada palavra, frase e capítulos significam. Existem muitos textos na Bíblia difíceis de compreender, por isso a hermenêutica faz-se essencial para as pessoas que não têm muito conhecimento das palavras e dos símbolos.
O termo "hermenêutica" deriva do grego hermeneuein, "interpretar". A Hermenêutica Bíblica cuida da reta compreensão e interpretação das Escrituras. Consiste num conjunto de regras que permitem determinar o sentido literal da Palavra de Deus. Tenha uma vida afinada com o espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia 0 (Jô 16:13; 14:26; I Co 2:9 e 10; I Jô 2:20 e 27).
Hermenêutica evangélica é vítima de um dos elementos principais da Reforma: o direito que cada um tem de ir direto à Bíblia e dali tirar sua própria conclusão, pesquisá-la e alimentar-se espiritualmente. O que daí decorre é uma espécie de desordem hermenêutica: tantos quantos são os estudantes, tantas as atualizações bíblicas multiplicadas por cada um desses indivíduos.
Não é à toa que, sendo a Bíblia o livro principal para os evangélicos, é, ao mesmo tempo, o ponto de convergência e desunião entre eles. Não que essa desunião ocorra entre pessoas de facções diferentes. Se fosse apenas isso, justificar-se-ia, de alguma forma, essas dessemelhanças, mas o fato é que elas ocorrem dentro de uma mesma comunidade.
a. O próprio Pedro admitiu que há textos difíceis de entender: "os quais os indoutos e inconstantes torcem para sua própria perdição"(2 Pedro 3:15 e 16).
b. A arma principal do soldado cristão é a Escritura, e se desconhece o seu valor ou ignora o seu legítimo uso, que soldado será? (2 Timóteo 2:15).
c. As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem do expositor que o seu estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico, conforme os princípios hermenêuticos.
1. A REGRA FUNDAMENTAL
A Escritura é explicada pela Escritura. A Bíblia interpreta a própria Bíblia.
2. PRIMEIRA REGRA
Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e ordinário.
3. SEGUNDA REGRA
É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se as palavras devem ser tomadas em sentido literal ou figurado. Para não incorrer em erros, convém, também, deixar-se guiar pelo pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido que o conjunto do versículo indica.
4. TERCEIRA REGRA
É necessário tomar as palavras no sentido que indica o contexto, isto é, os versos que precedem e seguem o texto que se estuda.
5. QUARTA REGRA
É preciso tomar em consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
6. QUINTA REGRA
É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais pelas espirituais (I Cor 2:13). (I Cor 2:13).
7. SEXTA REGRA
Um texto não pode significar aquilo que nunca poderia ter significado para seu autor ou seus leitores.
8. SÉTIMA REGRA
Sempre quando compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto é, situações de vida específicas semelhantes) com o âmbito do período quando foi escrita, a Palavra de Deus para nós é a mesma que Sua Palavra para eles.
EXEGESE
É o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia.
a. Sentido histórico: a época e a cultura do autor e dos seus leitores: fatores geográficos, topográficos e políticos, a ocasião da produção do livro. A questão mais importante do contexto histórico tem a ver com a ocasião e o propósito de cada livro.
b. Sentido literário: (significa Exato, Rigoroso ...) as palavras somente fazem sentido dentro das frases, e estas em relação às frases anteriores e posteriores. Devemos procurar descobrir a linha de pensamento do autor. O que o autor está dizendo e por que o diz exatamente aqui?
1) O sentido figurado, esta linguagem, chamada de figurada ou representativa, pode ser entendida pelo contexto ou pela comparação de outra passagem no mesmo assunto. (Ex: a arvore que não dá frutos será cortada)
2) O sentido alegórico, onde se restitui o conteúdo espiritual escondido sob a letra, onde se revela que os textos sagrados dizem uma coisa diferente da que dizem à primeira vista. (Ex, parábolas)
3) O sentido tropológico, ou moral, impõe-se a partir do momento em que a Bíblia é escolhida como livro de vida, quer dizer, escrito para a conversão do coração.
Critica histórica
É o campo de estudo da Escrituras, que estuda a autoria de um livro, a data de sua composição, o porque foi escrito, as circunstancias históricos que cercaram sua composição literária, sua unidade e autenticidade.
Orientações básicas para o entendimento das Escrituras:
Ser salvo: „Ora, o homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. ´´ (1 Co 2:14).
Ler (estudar, conferir) diariamente: (At 17:11).
Interpretar literalmente: (em harmonia com contexto e passagens correlatas). „‟Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da escritura é de particular interpretação´´. (2 Pe 1:20).
Saber dividir as Escrituras: (que dispensação? Dirigido a quem? Dito por quem? Etc. (2 Tm :15).
Comparar Escritura com Escritura: (1 Co 2:13).
Aplicar (pôr em prática); e pregar: (At 8:35).
Ponderando e aprofundando
Para ler a Bíblia é fundamental ter claro o objetivo: „‟ouvir o mesmo Deus que falou ontem fala hoje´´, na diversidade da vida humana, nas experiências múltiplas das pessoas, das comunidades e dos grupos.
Sugestões para a leitura da Bíblia:
a. Escolher um texto para ler, estabelecer o início e o fim do texto. A delimitação, inicialmente, pode basear-se na subdivisão em capítulos e versículos da Bíblia.
b. Considerar que a escolha de um texto, bem como todo o processo exegético, depende do lugar social e histórico do leitor e de suas opções de vida.
c. Ler e reler o texto. Não ter logo a preocupação de interpretar o sentido. Familiarizar-se com o texto, sinalizar o que chamou a atenção, anotar dúvidas e questionamentos. Importante: Não basta apenas ler o texto escolhido para o estudo. É fundamental ler todo o livro no qual o texto está inserido para saber o lugar que o texto em estudo ocupa no conjunto da obra.
d. Comparar duas ou três traduções. Através da discussão com outras pessoas procurar o porquê das diferenças entre as várias traduções. Quem puder pesquisar as palavras diferentes no texto hebraico ou grego, conforme for o caso. ]
e. Respeitar o que o texto diz, sem forçá-lo a dizer o que queremos ouvir.
f. Ter o cuidado para não passar imediatamente do texto bíblico para as situações concretas de hoje, correndo o risco de tirar conclusões precipitadas.
g. Procurar obter informações complementares sobre a geografia, as rotas comerciais, a economia, a agricultura, a história, a vida, a língua e os costumes do povo da Bíblia. Em geral, as Bíblias trazem notas introdutórias sobre cada livro. As informações contidas nessas notas podem nos ajudar a situar o texto no tempo e no espaço.
h. Tomar consciência de que o texto nasce da diversidade, da fragilidade da experiência de pessoas de carne e osso, em suas relações concretas marcadas pelas diferenças de grupo social, raça, sexo, crença.
i. Ter presente que a memória bíblica nem sempre guarda a marca concreta das pessoas com seu corpo, seu nome, sua voz, sua atuação. Isso exige ler o texto e ir além dele. Uma atenção especial deve ser dada às omissões e aos silêncios.
j. Ler a Bíblia a partir da realidade dos pobres e da luta pela vida. Deixar-se questionar pelas situações desumanas que ameaçam a natureza, atingindo especialmente o ser humano que se encontra ameaçando em seu direito mais elementar: o direito de viver. Ver quais as perguntas que o texto escolhido faz para sua realidade e as perguntas que a sua realidade faz para o texto.
k. Lembrar-se que a Bíblia é o livro da comunidade. Por isso, é importante fazer leitura e estudo em conjunto, respeitando e acreditando na sua comunidade, no seu grupo de estudo. Um método é apenas uma ferramenta para facilitar a leitura da Bíblia. Seguir os passos propostos ajuda a pessoa a não se perder no caminho. No entanto, com o tempo, através do estudo e da convivência com o povo, cada um vai encontrando o seu próprio jeito de estudar e saborear um texto bíblico.
MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
1. Método Analítico.
É o método utilizado nos estudos pormenorizados com anotação de detalhes, por insignificantes que pareçam com a finalidade de descrevê-los e estudá-los em todas as suas formas. Os passos básicos deste método são:
a. Observação: É o passo que nos leva a extrair do texto o que realmente descreve os fatos, levando também em conta a importância das declarações e o contexto.
b. Interpretação: É o passo que nos leva a buscar a explicação e o significado (tanto para o autor quanto para o leitor) para entender a mensagem central do texto lido. A interpretação deverá ser conduzida dentro do contexto textual e histórico com oração e dependência total do espírito Santo, analisando o significado das palavras e frases chaves, avaliando os fatos, investigando os pontos e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto).
c. Correlação; É o passo que nos leva a comparar narrativas ou mensagem de um fato escrito por vários autores, em épocas distintas em que cada um narra o fato, em ângulos não coincidentes como por exemplo à mesma narrativa descrita em Mc 10:46 e Lc 18:35, onde o primeiro descreve „‟saindo de Jericó´´ e o segundo „‟chegando em Jericó´´.
d. Aplicação: É o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função da verdade descoberta. É a resposta através da ação prática daquilo que se aprendeu. Um exemplo de aplicação é o de pedir perdão e reconciliar-se com alguém ou mesmo o de adoração a Deus.
2. Método Sintético.
É o método utilizado nos estudos que abordam cada livro como uma unidade inteira e procura o seu sentido como um todo, de forma global. Neste caso determina-se a ênfase principal do livro, ou seja, as palavras repetidas em todo o livro, mesmo em sinônimo e com isto a palavra-chave desenvolve o tema do livro estudado. Outra maneira de determinar a ênfase ou característica de um livro é observar o espaço dedicado a certo assunto. Como por exemplo, o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus enfatiza a fé e em todos os demais capítulos ela enfatiza a palavra SUPERIOR. (De acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada – ARA).
Método Biográfico de estudo da Bíblia
Esta espécie de estudo bíblico é muito atraente, pois você tem a oportunidade de sondar o caráter das pessoas que o espírito Santo colocou na Bíblia, e de aprender de suas vidas. Sobre alguns personagens bíblicos muito foi escrito. Quando você estuda pessoas como Jesus, Abraão e Moisés, pode precisar restringir o estudo a áreas como, „‟A vida de Jesus como nos é revelada no Evangelho de João´´, „‟Moisés durante o Êxodo´´, ou „‟Que diz o Novo Testamento sobre Abraão´´. Lute sempre para manter os seus estudos bíblicos em tamanho manejável.
a. Estudo Biográfico Básico.
PASSO UM – Escolha a pessoa que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo (por exemplo, „‟Vida de JOSÉ antes de ser governador´´). Usando uma concordância ou um índice enciclopédico, localize as referências que tem relação com a pessoa do estudo. Leia-as várias vezes e faça resumo de cada uma delas.
1) O Observações – Anote todo e qualquer pormenor que notar sobre essa pessoa. Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez o que faz? Como levou a efeito? Anote minúcias sobre ela e seu caráter.
2) Dificuldades – Escreva o que você não entende acerca dessa pessoa e de acontecimentos de sua vida.
3) Aplicações possíveis – Anote várias destas durante o transcurso do seu estudo, e escreva uma „‟ A ´´ na mensagem. Ao concluir o seu estudo, você voltará a estas aplicações possíveis e escolherá aquela que o espírito Santo destacar.
PASSO DOIS – Com divisão em parágrafos, escreva um breve esboço da vida da pessoa. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Quando possível, mantenha o material em ordem cronológica.
b. Estudo Biográfico Avançado.
Os seguintes passos podem ser acrescentados quando você achar que o ajudarão em seus estudos biográficos. São facultativos e só devem ser incluídos progressivamente, à medida que você ganhe confiança e prática. Traz o fundo histórico da pessoa. Use um dicionário bíblico para ampliar este passo somente quando necessário. As seguintes perguntas haverão de estimular o seu pensamento.
1) – Quando viveu a pessoa? Quais eram as condições políticas, sociais, religiosas e econômicas da sua época?
2) – Onde a pessoa nasceu? Quem foram seus pais? Houve alguma coisa de incomum em torno do seu nascimento e da sua infância?
3) Qual a sua vocação? Era mestre, agricultor, ou tinha alguma outra ocupação? Isto influenciou o seu ministério posterior? Como?
4) Quem foi seu cônjuge/ Tiveram filhos/ Como eram eles? Ajudaram ou estorvaram a sua vida e o seu ministério?
5) Faça um gráfico das viagens da pessoa. Aonde ela foi? Por que? Que fez?
6) Como a pessoa morreu? Houve alguma coisa extraordinária em sua vida?
Método de Estudo Indutivo
Examinemos este método sob três ângulos:
1. O método indutivo se baseia na convicção de que o Espírito Santo ilumina a quem examina as Escrituras com sinceridade, e que a maior parte da Bíblia não é tão complicada que quem saiba ler não possa entendê-la. Os Judeus da Bereia foram elogiados por examinarem cada dia as escrituras „‟se estas coisas eram assim´´. (At 17:10,11)
2. É obvio, que obras literárias tem „‟partes´´ que se formam no „‟todo´´. Existe uma ordem crescente de partes, de unidades simples e complexas, até se formarem na obra completa.
3. A unidade literária menor, que o Estudo Bíblico Indutivo (EBI) emprega, é a palavra. Organizam-se palavras em frases, frases em períodos, períodos em parágrafos, parágrafos em seções, seções em divisões, e por fim, a obra completa.
Regras Fundamentais de Interpretação
1) Primeira regra – É preciso, o quanto possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum. Porém, tenha-se sempre presente a verdade de que o sentido usual e comum não equivale sempre ao sentido literal. Exemplo: Gn 6:12 = A palavra CARNE (no sentido usual e comum significa pessoa). A palavra CARNE (no sentido literal significa tecido muscular).
2) Segunda Regra – É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase. Exemplos:
a) FÉ em Gl 1:23 = significa crença, ou seja, doutrina do Evangelho.
FÉ em Rm 14:23 – significa convicção.
b) GRAÇA em Ef 2:8 = significa misericórdia, bondade de Deus
GRAÇA em At 14:3 = significa pregação do Evangelho.
c) CARNE em Ef 2:3 = significa desejos sensuais.
CARNE em I Tm 3:16 = significa forma humana.
CARNE em Gn 6:12 = significa pessoas.
d) MUNDO em Jô 3:16 = significa pessoas.
MUNDO em Sl 24:1 = significa mundo físico.
MUNDO em I Jô 2:15 = significa sistema dominado por Satanás.
3) Terceira Regra - É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que estão depois do texto que se está estudando.
4) Quarta Regra – É preciso levar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras. O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire, sobretudo, lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta em que ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da Bíblia já trazem estas informações. Ex.: Pv 1:1-4.
5) Quinta Regra – É necessário consultar as passagens paralelas, “ explicando cousas espirituais pelas espirituais” (I Co 2:13). Passagens paralelas são as que fazem referência uma à outra, que tem entre si alguma relação, ou tratam de um modo ou outro de um mesmo assunto.
Existe paralelo de palavras, paralelos de ideias e paralelos de ensinos gerais.
a) Paralelos de palavras – Quando lemos um texto e encontramos nele uma palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha palavra idêntica e assim, entendemos os seus significados. Ex.: (Gl 6:17) parl.” (I Co 4:10).
b) Paralelos de ideias – Para conseguir ideia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Ex: ´´ ´. (Mt 16:16). Quem é esta pedra? Se pegarmos em I Pd 2:4, a ideia paralela: a pedra é Cristo.
Outro exemplo: Em Gl 6:15, que significa esta expressão figurada? Consultando o paralelo de II Co 5:17, verificamos que a nova criatura é a pessoa que ´´ está em Cristo
FIGURAS DE RETÓRICA CONTIDAS NA BÍBLIA
Os textos Sagrados contêm inúmeras figuras, a seguir algumas:
1. Metáfora.
a- Metáfora: é o emprego de palavra fora do seu sentido normal, por efeito de analogia (comparação).
b- As metáforas comunicam indiretamente. As metáforas e contos são ferramentas importantes na educação. A humanidade, em sua fase oral, utilizava os contos, as parábolas, as metáforas, para ensinar às gerações mais jovens,
Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo. ´´ Eu Sou a Videira Verdadeira´´, Jesus se caracterizou com o que ´ próprio e essencial da videira (pé de uva); e ao dizer aos discípulos: ´´ Vós sois as varas ´´, caracterizou-os com o que é próprio das varas.
Outros exemplos: ´´Eu Sou o Caminho´´, ´´Eu Sou o Pão Vivo´´, ´´Judá é Leãozinho´´, ´´ Tu és minha Rocha´´, etc.
Como se cria uma metáfora para mudança pessoal
José Carlos Mazilli in "Manual de Programação Neolinguística", (São Paulo: Edição do Autor, 1996) descreve da seguinte maneira a criação de uma metáfora:
1. O primeiro passo para se criar uma metáfora é saber o estado atual e o estado desejado do ouvinte. A metáfora será a história ou a jornada de um ponto para o outro.
2. Decodifique os elementos de ambos os estados: pessoas, lugares, objetos, atividades, tempo, sem perder de vista os sistemas representacionais e submodalidades de cada um desses elementos.
3. Escolha um contexto adequado para a história. De preferência um que seja interessante, e substitua os elementos do problema por outros elementos, porém mantendo a relação entre eles.
4. Crie a trama da história de maneira que ela tenha a mesma forma do estado atual e conduza-a, através da estratégia de ligação, até a solução do problema (o estado desejado) sem passar pelo hemisfério esquerdo, indo direto ao inconsciente.
2. SINÉDOQUE = o verbo significa: abranger, compreender.
É o emprego do mais pelo menos: o todo pela parte ou vice-versa. Diante de uma coisa ora nos impressiona mais o todo ora a parte e assim designamos uma, pela outra e damos extensões diferentes à mesma coisa. Ex: Completou vinte primaveras (= Vinte anos): "A Terra inteira chorou a morte do Papa." “Então saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão” (Mt 3:5). Faz-se uso desta figura quando se toma à parte pelo todo “No suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gn 3:20) ou o todo pela parte “És pó e ao pó tornarás” (Gn 3:19) o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
3. Metonímia.
É a substituição de um nome por outro, havendo entre eles algum relacionamento de semelhança. Exemplos: Do efeito pela causa: “Duas nações hão no teu ventre”. Os progenitores por suas descendências. Já o Senhor Jesus, emprega a causa pelo efeito:
´´Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos´´, em lugar de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas.
(Lc 16:29) Jesus emprega o símbolo pela realidade que o mesmo indica: ´´Se eu não te lavar, não tem parte comigo. ´´ Lavar é o símbolo da regeneração.
4. Prosopopeia.
Consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações de seres humanos a seres inanimados ou irracionais. Ex´´ (I Co 15:55) Paulo trata a morte como se fosse uma pessoa. (Si 55:12) (Sl 85:10,11).
5. Ironia.
Ironia é a afirmação de algo diferente do que se deseja comunicar, geralmente o contrário, na qual o emissor deixa transparecer a contrariedade por meio do contexto do discurso, ou através da alguma diferenciação editorial, ou entoativa ou gestual. O que diferencia a ironia do enunciado falso simples é a sinalização da contrariedade, geralmente sutil, através do contexto, edição, entoação ou gesto ou de outro sinal. A função da ironia geralmente é crítica e impressionista. (I Rs 18:27).
6. Hipérbole.
Chama-se hipérbole o arranjo linguístico que visa à expressão exagerada da natureza das coisas. O recurso, naturalmente usado pelos poetas, constitui uma figura de linguagem. A presença da hipérbole no texto é, portanto, uma marca de subjetividade.
Ex: "Até bebê de colo sabe que juro alto é inimigo da atividade econômica..." ´´ ´ (Nm 13:33), (Jô 21:25). (Sl 119:136).
7. Alegoria.
É uma figura retórica que geralmente consta de várias metáforas unidas, representando cada uma delas realidades correspondentes.
Ex.: ´´Eu Sou o Pão Vivo que desceu do céu, se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo, é a minha carne.... Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem vida eterna´´, etc. Esta alegoria tem sua interpretação nesta mesma passagem das Escrituras. (Jô 6:51-65). Outro exemplo é quando Paulo, para falar dos dois concertos usa a aplicação alegórica de Sara e Agar.
8. Fábula.
FÁBULA = Pequena narrativa em que se aproveita a ficção alegórica para sugerir uma verdade ou reflexão de ordem moral, com intervenção de pessoa, animais e até entidades inanimadas. (Moderno Dicionário de L. Portuguesa – Michaelis)
Características das Fábulas: A fábula trata de certas atitudes humanas, como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza, a ganância, a gratidão, o ser bondoso, o não ser tolo
Muitas vezes, no finalzinho das fábulas aparece uma frase destacada chamada de MORAL DA HISTÓRIA, com provérbio ou não; outras vezes essa moral está implícita.
Ex.: ´´O cardo que está no Líbano, mandou dizer ao cedro que lá está: Dá tua filha por mulher a meu filho; mas os animais do campo, que estavam no Líbano, passaram e pesaram o cardo. ´´ (II Rs 14:9). Com esta fábula Jeoás, rei de Israel, responde a proposta de guerra feita por Amazias, rei de Judá.
9. Enigma.
É a enunciação de uma ideia em linguagem difícil de entender. Não é do domínio geral das Escrituras. A penas temos enigma propriamente dito no caso de Sanção com os filisteus. “Do comedor saiu comida e do forte saiu doçura. ” (Jz 14:14)
10. Tipo.
É a representação de pessoas ou transação futura na esfera espiritual ou religiosa por meio de transações, pessoas ou coisas do mundo material que tenham com elas certas correlações de analogias ou mesmo de contraste. Ex.: Jonas no ventre do grande peixe, foi usado como tipo por Jesus para representar a sua morte e ressurreição. (Mt 12:40). O primeiro Adão é um tipo para Cristo o último Adão. (I Co 15:45).
12. Parábola.
É uma narração alegórica que contém algum preceito moral. É um conto, uma história que através de um palavreado simbólico, serve para projetar uma verdade, seja ela de ordem moral seja espiritual, Jesus usou muito desse recurso em sua doutrinação: Nm-23.18; Jz9.8; IISm12.1-10; Mt 13.3-9; 13.24;(Lc 15), etc.
Devemos fazer uma pequena distinção entre fábula e parábola
Podemos dizer que parábola é uma comparação, de coisas materiais c/ as espirituais
A Bíblia é acima de tudo um livro histórico como fatos. Ela registra a história de Deus, da criação, do homem, da queda e do propósito redentor de Deus. No Antigo Testamento sobressai a história de Israel, como povo escolhido e vocacionado por
Deus, para uma missão especial no mundo. Já no Novo Testamento registra a história de Cristo, seu ministério, morte e ressurreição e glorificação. Registra também a história da marcha triunfante da igreja, deste o seu nascimento, até o seu avanço por todas as partes conhecidas da época. Portanto, vejamos agora as cinco regras principais para a interpretação histórica das escrituras:
5. descobrir quem é que fala.
Outra questão a considerar é: Quem é que fala? A consideração desta questão é importante devido ao fato de que os autores bíblicos frequentemente apresentam, outros como as pessoas que falam. Por isso, é de grande valor que o estudante da Bíblia distinga claramente entre as palavras do autor e as palavras de outras pessoas que estão registradas. Por exemplo é muito difícil determinar se as palavras encontradas em João 3:16-21 foram ditadas pelo próprio Jesus a Nicodemos, ou se foram uma explicação dada pelo apóstolo João, autor do citado evangelho. Já nos profetas, as mudanças rápidas do humano para o divino são, em geral, facialmente conhecidas, pela mudança da terceira pessoa para a primeira pessoa gramatical.
É impossível entender um autor e interpretar corretamente suas palavras sem que ele seja visto à luz de suas circunstâncias históricas.
Particularmente quanto aos escritores bíblicos, eles estiveram sujeitos a circunstâncias geográficas, políticas e religiosas; fatos que influíram sensivelmente nos seus escritores.
1. Circunstâncias geográficas.
Algum conhecimento de geografia bíblica ajudará o estudante localizar montanhas e vales, lagos e rios, cidades e vilas, estradas e planícies. Por exemplo: Moisés escreveu os seus livros na peregrinação no deserto, Josué escreveu o seu livro em pleno campo de batalha, Daniel quando estava cativo na Babilônia. Já o apostolo Paulo, escreveu grande número de suas cartas em cadeias e fora de sua prática.
2-Circunstâncias políticas.
As circunstâncias políticas de um povo também deixam profunda impressão sobre a sua literatura. A Bíblia contém ampla evidencia disto, o que obriga o interprete das Escrituras a ter algum conhecimento da organização política das nações no texto bíblico. Qual o leitor da Bíblia, que ignorando as circunstâncias políticas sob as quais se achava o apostolo Paulo, pode compreender I Co 12:3? “Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”. Hoje é fácil para alguém confessar que Jesus é o Senhor. Porém, nos dias de Paulo era diferente.
A situação política e as leis do império romano diziam que só César era Senhor, como título divino, atribuído a ele. Por isso qualquer pessoa que atrevesse proclamar “senhor” a outra pessoa que não César, seria morta. Por isso, tendo em vista essa circunstância política particular, documenta o apostolo Paulo que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor a menos que tenha coragem da parte do Espírito Santo para fazê-lo.
As várias circunstâncias Religiosas:
É de se esperar que o leitor da Bíblia se lembre que a vida espiritual de Israel sempre esteve em altos e baixos, desde o período dos juízes até a sua total distensão no primeiro século da nossa era. Como por exemplo esconder o zelo de Elias em meio à extrema idolatria da casa de Israel, e, abafar os gemidos e lágrimas de Jeremias em face da obstinada rebeldia dos moradores de Jerusalém dos seus dias?
Lembre-se: Os fatos ou acontecimentos históricos se tornam símbolos de verdades espirituais, somente se as Escrituras assim os designarem.
Um exemplo do uso dessa regra está em I Co 10:1-4 onde registra um dos melhores exemplos do uso feito pela Bíblia de um acontecimento histórico como símbolo de uma verdade espiritual. Declara o apostolo Paulo na passagem em apresso: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo”.
Note que o texto bíblico aplica cada símbolo ao fato e pessoa simbolizados:
1-A passagem dos israelitas pelo mar, fala do batismo figurado.
2-A pedra da qual Israel bebeu era Cristo.
Fazer o texto dizer mais que Paulo realmente queria que ele dissesse só contribui para prejuízo. Por exemplo, dizer que o Mar Vermelho simboliza o sangue de Jesus, que oferece caminho para entrar na Canaã celestial, é fazer interpretação imprópria da passagem supracitada.
Princípios Básicos de interpretação: Aqui se encontram dez princípios que devem ser seguidos na interpretação bíblica:
1° - denomina-se princípio da unidade escriturística. Sob a inspiração divina a Bíblia ensina apenas uma teologia. Não pode haver diferença doutrinária entre um livro e outro da Bíblia.
2° - Deixe a Bíblia interpretar a própria Bíblia. Este princípio vem da Reforma Protestante. O sentido mais claro e mais fácil de uma passagem explica outra com sentido mais difícil e mais obscuro. Este princípio é uma ilação do anterior.
3° - Jamais esquecer a Regra Áurea da Interpretação, chamada por Orígenes de Analogia da Fé. O texto deve ser interpretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de textos isolados.
4° - Sempre ter em vista o contexto. Ler o que está antes e o que vem depois para concluir aquilo que o autor tinha em mente.
5° - Primeiro procura-se o sentido literal, a menos que as evidências demonstrem que este é figurado.
6° - Ler o texto em todas as traduções possíveis - antigas e modernas. Muitas vezes uma destas traduções nos traz luz sobre o que o autor queria dizer.
7° - Apenas um sentido deve ser procurado em cada texto.
8° - O trabalho de interpretação é científico, por isso deve ser feito com isenção de ânimo e desprendido de qualquer preconceito. (O que poderíamos chamar de "achismos").
9° - Fazer algumas perguntas relacionadas com a passagem para chegar a conclusões circunstanciais. Por exemplo:
a) - Quem escreveu?
b) - Qual o tempo e o lugar em que escreveu?
c) - Por que escreveu?
d) - A quem se dirigia o escritor?
e) - O que o autor queria dizer?
10° - Feita a exegese, se o resultado obtido contrariar os princípios fundamentais da Bíblia, ele deve ser colocado de lado e o trabalho exegético recomeçado novamente.
Sempre lembre as 10 regras básicas abaixo:
1-Algumas profecias foram condicionais (Ex: 1 Cr 7:14);
2-Profetas falam do futuro como se fosse presente ou passado;
3-“Lei dos Picos”: um trecho pode dar a visão de 2 picos e esconder 1 vale entre eles (Ex: Is 61:1-2; Jl 2:228-32);
4-Lei do Duplo Cumprimento: profecias podem ser cumpridas duplamente, a 1ª vez num sentido “menor” e incompleto (Ex: a destruição de Jerusalém no ano 70) e a 2ª vez num sentido “maior” e completo (Ex: a Grande Tribulação);
5-Lei da 1ª Referência: o sentido símbolo, na Bíblia, é constantemente o da sua 1ª ocorrência (Ex: fermento é sempre mal, pecado, hipocrisia, e isto explicam a parábola do fermento, em Mt 13);
1-Lei da Recapitulação: passagens sucessivas podem ser recapitulações, repetições de um mesmo fato sob diferentes ênfases e pontos de vista (Ex: os 4 evangelhos; os relatos da criação Gn 1:2-31 e 2:4-25; os 7 selos + 7 trombetas + 7 taças de Apocalipse. etc.);
1-Nunca alicerce uma doutrina apenas sobre símbolos, tipos, parábolas, etc. E não procure explicar todos os seus detalhes, mas só os principais. E use-os não para inventar, mas sim para ilustrar doutrinas, já bem estabelecidas em trechos claros, literais, explícitos.
1-Sempre use os textos explícitos claros, para explicar os implícitos escuros.
2-Tudo o que foi cumprido até hoje o foi literalmente. Por que supor que não mais o será?
3-Siga estas regras e siga o princípio, sem se curvar demais aos comentários teológicos dos que se julgam sábios aos seus próprios olhos manto do passado e, ainda mais, de hoje.
Eis algumas perguntas que se deve ter em mente ao ler cada parágrafo da bíblia:
a- Quem está falando estas palavras neste verso? É Deus Pai/ Filho/ Espírito Santo? É um profeta de Deus profetizando em nome de Deus? É um anjo de Deus? É um crente, sincero, mas não inspirado? É um descrente? É um demônio?
b- Para quem as palavras deste parágrafo foram ditas? Para judeus na Dispensação da Lei? Para crentes da dispensação da Igreja? Para a Tribulação? Para o Milênio?
c- No capitulo de hoje, qual versículo mais tocou meu coração, minha vida? Sublinhe-o.
d-.Qual é a ideia principal do capitulo?
e- O que o capitulo ensina a respeito de Cristo/ (Ele sempre será o centro de tudo.)
f- Há um exemplo que devo seguir?
g- Há um erro que devo evitar?
h- Há alguma tarefa que devo realizar?
i- Há alguma promessa da qual me devo apropriar (isto é, crer)?
j- Há algum pecado que devo confessar?
C. Sempre Tenha um Plano de Estudo Definido.
A. Estude uma palavra, o mais profundamente que puder. Usando uma concordância, procure uma palavra e veja as várias maneiras como é usada na Bíblia. Por exemplo: a palavra coração dá um estudo muito interessante. Podemos notar dez tipos de corações. Leia estes versículos e diga os tipos de corações que achar:
Preparando uma mensagem:
* Descubra a ideia principal do capitulo, dê ao capitulo um título, usando suas próprias palavras. Nunca leia e estude aleatoriamente (“onde a minha mão abrir”), ou só assuntos sensacionais, ou só “devocionais”
* Faça um esboço do capítulo, da maneira que achar que ele se desenvolve em torno da ideia principal.
* Descubra e sublinhe o versículo-chave do capitulo.
* Faça uma lista do que o capitulo ensina sobre Cristo.
* Faça uma lista das maneiras em que o capitulo se aplica à sua vida.
CONCLUSÃO
Ao longo dos séculos, a Bíblia tem sofrido mais na boca dos seus expositores do que nas mãos dos seus opositores, devido ao uso de métodos equivocados no seu estudo e interpretação. As palavras da Bíblia, interpretadas no sentido original, são palavras de Deus. Porém, interpretadas conforme a nossa vontade, podem tornar-se perigosas. Portanto, quando você estudar a Bíblia, deixe-a falar por si mesma. Não lhe acrescente nem lhe subtraia nada. Que o Senhor Deus te use grandemente amém.
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