Cartas de Paulo
CARTA DE PAULO AOS GÁLATAS
a) Cristo.
Paulo apóstolo por Jesus e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos, aos irmãos da Galácia. Graça e paz da parte de Deus Nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo, que se entregou por nossos pecados, para nos libertar da perversidade do mundo.
b) Infidelidade e tradição.
Admiro-me de que tão depressa passaram daquele que os chamou à graça de Cristo para outro evangelho. Há pessoas que anunciam um evangelho diferente, causando confusão, mas seja quem for, considere-o maldito, e seja excomungado.
c) Espírito Santo.
Não recebi o evangelho de homens, mas por revelação de Jesus Cristo. Vocês sabem que eu era um judeu zeloso, e perseguia a igreja. BREVE HISTÓRIA DE PAULO.
Gl 2
a) Pedro.
Quando Pedro veio a Antioquia o censurei, pois comia com os pagãos convertidos, mas quando Tiago e seus partidários chegaram, ele se afastou dos irmãos.
b) Lei e fé.
Ninguém se justifica pela lei, mas pela fé em Jesus. Pela fé morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz com Cristo. Eu vivo, mas não sou eu, é Cristo que vive em mim. Se voltar para a lei, volta para o pecado, e Cristo não é ministro do pecado. E se a justiça vem pela lei, então Jesus morreu em vão.
Gl 3
a) Fidelidade e tradição.
Ó insensatos Gálatas! Quem lhes fascinou? Vocês a quem apresentei a imagem de Jesus crucificado? São levianos, pois começaram pelo Espírito, e querem acabar na carne.
b) Fé e Espírito.
Saibam que só os que tem fé são filhos de Abraão, pois nele todos os povos foram abençoados, e a bênção de Abraão se estendeu aos pagãos, e por Cristo e pela fé nele, recebemos o Espírito prometido.
c) Filhos de Deus.
A lei foi uma pedagoga para nos levar a Cristo, mas depois que veio a fé, não dependemos mais dela, pois todos somos filhos de Deus pela fé em Jesus. Quem foi batizado se revestiu de Cristo, e sem distinção de pessoas somos um com ele, e herdeiros da promessa de Abraão.
Gl 4
a) Somos filhos de Deus.
Na plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho. Nasceu de uma mulher e sob a lei, para remir os que estavam sob a lei, e adotá-los como filhos. Portanto deixaram de ser escravos, e se tornaram também herdeiros de Deus. A prova disso é o Espírito de seu Filho que clama: Pai!
b) Idolatria.
Quando desconhecemos (ou nos afastamos) Deus servimos aos que não são deuses, que nos escravizam.
c) Cristo em nós.
Irmãos, por quem sinto de novo dores de parto até que Cristo seja formado em vocês.
Gl 5
a) A liberdade.
Cristo nos libertou para sermos livres, então esteja firme para não se submeter ao jugo da escravidão. A circuncisão nos separa de Cristo, e ele não nos justificará. Não abuse da liberdade que ganhou, mas faça-se servo uns dos outros pela caridade. Ama ao próximo como a si mesmo.
b) Escolha o Espírito Santo.
Deixe-se conduzir pelo Espírito, não satisfaça o apetite da carne, porque eles são contrários uns aos outros.
c) Obras da carne.
As obras da carne são: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdia, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e similares. Afaste-se destas coisas.
d) Os frutos do Espírito
Os frutos do Espírito são: caridade, paz, alegria, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, temperança, brandura. Contra estas coisas não tem lei. Quem vive no Espírito, anda de acordo com o Espírito.
e) O homem.
Não sejamos ávidos de vanglória. Nada de provocações, e nada de inveja entre vocês.
Gl 6- a) A igreja.
Se alguém cair em falta oriente-o em espírito de mansidão, e se cuide para não cair também. Cada um que carregue seu fardo, mas se ajudem uns aos outros, e assim seguem a lei Cristo. Quem pensa ser alguma coisa se engana. Examinem seu comportamento, e se glorie do que lhe pertence, e não do que é de outro.
b) Despedida.
CARTA DE PAULO AOS EFÉSIOS
a) Santo, Cristo.
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo que nos escolheu para sermos santos e irrepreensíveis aos seus olhos, em Cristo. E pelo sangue de Cristo temos redenção e remissão dos pecados, porque Deus derramou profusamente e ricamente sobre nós, graças em torrentes de sabedoria e de prudência. Em Cristo, Deus reuniu todas as coisas que estão nos céus e na terra.
b) Predestinação ou livre arbítrio.
Deus no seu amor nos predestinou para sermos adotados como seus filhos, por Jesus, e por sua vontade e graça, nele fomos escolhidos, e predestinados segundo a vontade de Deus.
c) Espírito Santo.
Quem crê no Evangelho é selado com o Espírito Santo que foi prometido como penhor da herança, até a redenção de todos.
d) Cristo ou Deus.
Em minhas orações rogo ao Deus do Nosso Senhor Jesus, o Pai da glória, que lhes dê um espírito de sabedoria, que lhes revele seu conhecimento, que ilumine seus corações, entendam para que foram chamados, e compreendam o poder de Deus sobre nós. O mesmo poder que manifestou ressuscitando Jesus dos mortos, e o fazendo sentar à sua direita no céu.
e) Cristo e Igreja.
E sujeitou aos pés de Cristo todas as coisas. Constituiu-lhe chefe supremo da igreja, que é o seu corpo, seu receptáculo.
Ef 2
a) Homem ou satanás.
E vocês que estavam mortos por seus pecados, seguindo o modo de viver deste mundo, do príncipe das potestades do ar, do espírito que atua nos rebeldes. Mortos, vivendo os desejos carnais, fazendo a vontade da carne e da concupiscência, que os torna por natureza verdadeiros objetos da ira de Deus.
b) Fé e obra.
Mas Deus que é rico em misericórdia, levado pelo grande amor que tem a nós, nos deu a vida, e nos ressuscitou com Cristo. Fomos salvos de graça pela fé. Isto não vem dos nossos méritos, nem das obras, para que ninguém se glorie, mas é dom de Deus.
Ef 3
Função da igreja.
E agora, as denominações e as potestades celestes podem conhecer, pela Igreja, a diversidade da sabedoria divina que Deus realizou por Cristo. E pela fé em Jesus temos plena confiança que nos aproximamos de Deus. Assim peço a Deus que fortaleça todos pelo Espírito, para que cresça o seu homem interior. Desejo que Cristo habite seus corações, firmes na caridade.
Ef 4
a) Igreja.
Exorto que levem uma vida com humildade, amabilidade, grandeza de alma, suportando-se na caridade. Sejam solícitos em conservar o Espírito ligados pela paz. Sejam um só corpo e um só espírito, pois só há um Senhor, uma só fé, um só batismo.
b) Deus.
Há um só Deus e Pai de todos, que atua sobre todos, por todos e para todos.
c) Funções da igreja.
Uns são apóstolos, outros profetas, evangelistas, pastores, doutores para o aperfeiçoamento dos fiéis, para construir o corpo de Cristo, até que cheguem à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, que cheguem à maturidade de Cristo.
d) Homem ou demônio.
Para que não continuem como crianças agitados por uma doutrina qualquer, criadas pela maldade de homens enganadores.
e) Conversão ou demônio.
Não insistam em viver como os pagãos, seguindo idéias frívolas, com o entendimento obscurecido, porque a ignorância e o endurecimento do coração nos afastam da vida em Deus. Um discípulo de Cristo deve renunciar à sua vida passada, se despojar do homem velho corrompido pelas concupiscências enganadoras. Renovando sem cessar o sentimento da alma, e revestindo-se do homem novo, criado à imagem de Deus, em justiça e santidade.
f) As virtudes.
Renuncie à mentira. Mesmo em cólera não peque. Não guarde ressentimento, desculpe-se. Não roube. Não fale palavras más, mas as que edificam. Não contriste o Espírito Santo. Tire do meio de vós toda amargura, ira, indignação, gritaria, calúnia e malícia. Seja bondoso, compassivo, e se perdoem.
Ef 5
a) Pecados.
Sejam imitadores de Deus, como filhos amados. Progridam na caridade, tendo Cristo como exemplo. Evitem a fornicação, a impureza, a avareza, a obscenidades e as conversas tolas.
b) Comportamento e virtudes.
Antes vocês eram trevas, agora são luz no Senhor, então se comportem como filhos da luz. Os frutos da luz são: a bondade, a justiça e a verdade. Procurem o que é agradável ao Senhor, e não sejam cúmplices das trevas, ao contrário, condenem abertamente.
Cada um preste atenção em sua conduta, para que ela seja igual à dos sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus. Recitem salmos e hinos. Cantem e celebrem de coração os louvores do Senhor. Rendam graças a Deus Pai, em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo, sem cessar e por todas as coisas.
c) Vida familiar e vida religiosa.
Sujeitem-se uns aos outros. As esposas sejam submissas aos maridos, como se fosse o Senhor, pois ele é o seu chefe, como Cristo é o chefe da Igreja. Esposas sejam submissas aos maridos, assim como a Igreja é submissa a Cristo. Os maridos amem suas mulheres, como Cristo ama a Igreja, a ponto de se entregar por ela para santificá-la.
Ef 6
a) Vida familiar.
Filhos obedeçam aos pais. Pais não exasperem seus filhos, mas os crie na educação e na doutrina do Senhor. Empregados obedeçam aos seus senhores terrenos, com temor e sinceridade, como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus. Senhores respeitem seus serviçais, e saibam que o Senhor, deles e seu, está no céu, e não faz distinção de pessoas.
b) Luta espiritual.
Irmãos se fortaleçam no Senhor. Vista a armadura de Deus para resistir às ciladas do demônio, pois não lutamos com homens, mas contra forças espirituais do mal espalhadas no ar. Vista-se com a armadura de Deus para resistir, e se manter inabalável no cumprimento do seu dever.
c) Armadura do Cristão.
A cinta é a verdade. A couraça da justiça. Calçados com a prontidão para anunciar o evangelho da paz. O escudo é a fé. O capacete da salvação. A espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensifique as orações, invocações e súplicas, e ore pelo Espírito.
d) Despedida.
CARTA DE PAULO AOS FILIPENSES
a) Cristo.
A todos os santos em Jesus, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus. Que sua caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critério, para discernir o que é mais perfeito. E se tornem puros e irrepreeensíveis para o dia de Cristo, cheios de frutos da justiça que provém de Jesus, para a glória de Deus.
b) A morte.
Meu desejo e esperança é que Cristo seja glorificado em mim, quer pela minha vida, quer pela minha morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Desejaria a morte para estar com Cristo, mas viver é necessário para a evangelização.
Fl 2
a) Humildade.
Permaneçam unidos no mesmo amor, tenham uma só alma e pensamento. Nada de partidos ou de vanglória. Que a humildade lhes ensine a considerar o outro superior, e assim cada um atenda os interesses do outro, e não o seu. Estimem-se em Cristo para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus.
b) Cristo é Senhor.
Sendo Cristo de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas se aniquilou assumindo a condição de escravo, e se assemelhou ao homem. Sendo reconhecido como homem, se humilhou ainda mais, e obedeceu até à morte. Por isso Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que está acima de todos os nomes, Senhor!
c) Deus e o servo.
Trabalhe sua salvação com temor, pois Deus segundo seu beneplácito, é quem realiza em nós o querer e o fazer. Faça tudo sem reclamar ou criticar, para ser irrepreensível, íntegro filho de Deus, no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde se deve brilhar como luz, e levar ao mundo a palavra da vida. Envio-lhes Timóteo, um servo interessado por vocês em Jesus Cristo, e não busca os seus interesses. Sintam sua inabalável fidelidade a mim, e como um filho, se dedica comigo ao serviço do evangelho.
Fl 3
a) Cristo.
Eu (Paulo) era Judeu zeloso, irrepreensível, perseguidor da Igreja. Mas tudo isso que era vantagem, agora acho perda, quando comparado com o bem supremo, que é o conhecimento de Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei, e considerei esterco, só para estar com ele.
b) Fases do homem.
Mas ainda não atingi minha meta, que é estar com ele. Não cheguei à perfeição, mas me empenho para conquistá-la, pois fui conquistado por Jesus. Persigo o alvo rumo ao prêmio celeste ao qual Deus nos chama em Jesus. Aconselho aos mais aperfeiçoados, que se dediquem a isso. Quem sente outras coisas, Deus os esclarecerá. Contudo, seja qual for o grau que chegou, o importante é prosseguir firme.
c) Modelos.
Irmãos, sejam meus imitadores, olhem atentamente para quem vive segundo o exemplo que damos, pois há muitos líderes que se comportam como inimigos de Cristo, mas o destino deles é a perdição.
Fl 4
a) Exortação à oração.
Alegrai-vos sempre no Senhor! E que a bondade de Deus seja conhecida de todos os homens. O Senhor está próximo. Não se inquiete por nada! Em todas as circunstâncias apresente a Deus suas preocupações, em oração, súplicas e ação de graças. E a paz de Deus, que excede a toda inteligência, há de guardar seus corações e seus pensamentos, em Cristo.
b) Pensar e fazer.
Irmãos os pensamentos devem ser: verdadeiro, amável, nobre, justo, puro, de boa fama, virtuoso e louvável. Ponham em prática tudo o que aprenderam, receberam, ouviram e observaram em mim, e o Deus da paz estará com vocês.
c) Flexibilidade e humildade.
Aprendi a contentar-me com o que tenho. Aprendi a viver na penúria e na abundância, a ter fartura e passar fome. Posso tudo naquele que me conforta.
d) Despedidas.
CARTA DE PAULO AOS COLOSSENSES
a) A Igreja e ao homem.
Oramos por vocês, e pedimos a Deus para lhes conceder o pleno conhecimento de sua vontade, sabedoria e espiritualidade. Para que se comportem de maneira digna do Senhor, procurando agradá-lo em tudo, frutificando com boas obras, e crescendo no conhecimento de Deus. Para que sejam pacientes, contentes, tudo suportar com longanimidade, e agradecidos ao Pai, que lhes fez dignos de participar da herança dos santos na luz.
b) Cristo Verbo de Deus.
Deus nos tirou das trevas, e nos introduziu no Reino de seu Filho amado, no qual temos a redenção, e a remissão dos pecados. Jesus Cristo é a imagem de Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Nele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, ele existe antes de todas as coisas, e tudo subsiste nele.
c) Jesus homem.
Jesus é a cabeça da Igreja, o Princípio, o primogênito entre os mortos. Deus fez habitar nele a plenitude de dons e graças, para através dele reconciliar a criação consigo, ao preço do seu sangue, e assim restabelecer a paz entre tudo que existe na terra e no céu.
Há pouco tempo vocês eram alheios a Deus, e inimigos por pensamentos e obras más, eis que agora Jesus reconciliou vocês pela morte do seu corpo humano, para que se apresentem imaculados, irrepreensíveis e santos aos olhos de Deus.
d) Fidelidade e perseverança.
É necessário que permaneçam fundados e firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que ouviram. Vejo que suportam os sofrimentos, e assim a Igreja completa em seu corpo, o que falta às tribulações de Cristo.
Cl 2
a) Missionário.
Tudo sofro para que os seus corações sejam reconfortados. E unidos na caridade sejam enriquecidos de plena inteligência, e assim conheçam o mistério de Deus que é Cristo, onde se esconde tesouros de ciência e sabedoria.
b) Tradição, secularismo e materialismo.
Cuidem-se para que ninguém engane vocês com discursos sedutores. Estou com vocês presente em espírito, e me alegro em ver a firmeza da vossa fé em Cristo. Vivam no Senhor como lhes ensinamos, com fé inabalável, e coração a transbordar de gratidão. Que ninguém os engane com doutrinas baseados nas tradições e coisas do mundo, sem se apoiar em Cristo. Ninguém pode criticar vocês por causa de comidas, bebidas, festas, sábados e luas.
Não deixem que lhes roubem o troféu da vitória da corrida que correm, sob pretexto de humildade, culto aos anjos e tradições que desencaminham as pessoas por um espírito materialista, e as afastam da cabeça que é Cristo. Se em Cristo estão mortos para o mundo, porque seguir as coisas do mundo? As normas e doutrinas humanas, que parecem sabedoria, exibem humildade e austeridade corporal, mas não têm valor real, e só satisfazem aos homens.
c) Cristo e o homem novo.
Em Jesus habita corporalmente a plenitude da divindade. Ele é a cabeça de todo principado e potestade. Nele fomos circuncidados deixando nosso ser carnal. Fomos sepultados com ele no batismo, e com ele ressuscitamos pela fé no poder de Deus.
Cl 3
a) O homem novo.
Quem ressuscitou com Cristo, deve buscar as coisas do alto, onde ele está sentado à direita de Deus. Afeiçoar-se às coisas do alto e não às da terra, porque está morto, e a sua vida está escondida em Cristo. Mate o que tem de terreno, devassidão, maus desejos, impureza, paixões, cobiça, maldade, palavras torpes, ira, animosidade, maledicência, enganação e vícios.
Deixe o homem velho, e se revista do homem novo, que se restaura a todo instante à imagem daquele que o criou até atingir o perfeito conhecimento. Então será revestido de entranhada misericórdia, humildade, bondade, doçura, paciência, suportando-se, e perdoando se, mutuamente.
b) A paz de Cristo.
Triunfa nos seus corações a paz de Cristo, para formar um único corpo. Que a palavra de Cristo permaneça entre vós para que se instruam. Cantem hinos e salmos. E em tudo deem graças.
c) Relações familiares.
Mulheres sejam submissas aos maridos. Maridos amem suas mulheres, e as tratem bem. Filhos obedeçam aos pais. Pais não irritem seus filhos. Servos sirvam de bom coração, como se servissem a Deus, e não a seus patrões. Senhores tratem seus servos com justiça e igualdade, e lembre-se que vocês também têm um Senhor no céu.
Cl 4
a) Sejam perseverantes na oração, acompanhada de ações de graças. Proceda com sabedoria no trato com os visitantes, e aproveitem todas as circunstâncias.
b) Despedidas.
CARTA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
O fiel.
Dou graças à Deus quando penso nas obras da sua fé, nos sacrifícios pela caridade, e na firme esperança em Nosso Senhor Jesus, sob o olhar de Deus. O Evangelho lhes foi pregado por palavra, e com o poder do Espírito Santo. Assim se fizeram nossos imitadores, e se tornaram modelo para a Macedônia e a Acaia.
1Ts 2
Missionário.
Nunca fomos aduladores ou interesseiros, e Deus sabe que não buscamos glórias humanas. Como apóstolos podíamos nos apresentar como autoridade, mas fomos discretos, e trabalhamos dia e noite para não ser pesado a ninguém.
1Ts 3
Enviei-lhes Timóteo para fortalecê-los, e encorajá-los na fé. Ele nos trouxe excelentes notícias de vocês, e isto nos consola em nossas tribulações.
1Ts 4
a) O fiel.
Aprenderam como agradar a Deus, e o fazem. Deus quer que nos santifiquemos, e evitemos a impureza. Que todos saibam usar o seu corpo de forma santa e honesta, sem se deixar levar pelas paixões como se não O conhecessem.
b) A doutrina cristã.
Cremos que Jesus morreu e ressuscitou, e que Deus levará com Jesus os que nele morreram. Quando Jesus descer do céu os que morreram com ele ressurgirão, depois os que estão vivos serão arrebatados, e então estaremos para sempre com o Senhor.
1Ts 5
a) A vinda de Jesus.
Ninguém sabe quando Jesus voltará, mas virá como um ladrão. Quando nos distraírmos, ele virá, então cuide para não estar em trevas neste momento.
b) Recomendações diversas.
- - Sejam gratos a quem trabalha para vos dirigir no Senhor.
- - Conservem a paz entre vocês, mas corrijam os desordeiros, encorajem os tímidos, amparem os fracos. Tudo com paciência.
- - Não paguem o mal com o mal. Procurem praticar o bem.
- - Vivam sempre contentes.
- - Orem sem cessar.
- - Em todas as circunstâncias dêem graças a Deus, pois esta é a sua vontade, em Jesus.
- - Não anule o Espírito Santo. Não despreze as profecias. Examine tudo e abraçe o que é bom.
- - Afaste-se de toda espécie de mal.
c) Deus é fiel.
O Deus da paz lhes conceda santidade perfeita, para que estejam irrepreensíveis no dia da vinda do Senhor, porque Deus é fiel, e cumpre o que diz.
d) Despedida.
SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
2Ts 1
a) Damos graças à Deus por vocês, pois sua fé e caridade progridem cada vez mais, apesar das tribulações.
b) A vinda de Jesus.
O alívio virá no dia do Senhor. Ele descerá do céu com seu poder e entre chamas, para fazer justiça a quem não reconhece Deus, e não obedece ao Evangelho do Senhor.
2Ts 2
a) A vinda de Jesus.
O dia ninguém sabe, e não acreditem em revelações e profecias que dizem que este dia é iminente, porque primeiro vem a apostasia e o filho da perdição, que se apresentará como Deus. Mas o Senhor Jesus o destruirá com um sopro, e o aniquilará com o seu resplendor.
b) O homem.
O filho da perdição fará prodígios enganadores. Usará das seduções do mal com aqueles que se perdem por não quererem a verdade. Por isso serão julgados e condenados.
c) Salvação.
Mas Deus lhes escolheu para dar a salvação, pela santidade no Espírito e pela fé na verdade. Os chamou pelo Evangelho para tomar parte na glória do Senhor Jesus. Portanto fiquem firmes nos ensinamentos que aprenderam de nós.
2Ts 3
a) Recomendações diversas.
- - Orai por nós para que a palavra do Senhor seja aceita.
- - O Senhor é fiel, e lhes dará forças para os preservar do mal.
- - Que o Senhor dirija seus corações para o amor de Deus.
- - Evitem conviver com pessoas desordeiras e resistentes à palavra.
- - Não se cansem de fazer o bem.
- - Deixe de familiaridade com o desobediente, repreenda-o como a um irmão, mas não o considere um inimigo.
b) Despedida.
CARTA DE PAULO AOS ROMANOS
a) Cristo.
Este é o Evangelho que Deus prometeu pelos profetas, a respeito de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que segundo o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos.
b) Nossa missão.
De Jesus recebemos a graça e o apostolado, para levar às nações a obediência da fé em seu nome. Todos são chamados a ser santos em Jesus, para servir a Deus, anunciando este Evangelho.
c) Saudação.
A vocês que estão em Roma graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo! Dou graças a Deus por todos vocês por causa da vossa fé, e os menciono em minhas orações, suplicando a Deus, se for da sua vontade, deixar-me ir visitá-los, pois quero muito vê-los para lhes anunciar o Evangelho.
d) O Evangelho.
O Evangelho é uma força vinda de Deus para a salvação de quem crê. Nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé, e conduz à fé. E o justo viverá pela fé.
e) O homem e o pecado.
Deus não gosta dos homens ímpios e perversos que pela desobediência (injustiça) aprisionam a verdade. Porque Deus se revela visível à inteligência por suas obras e criação, e não se pode dizer que não. E os homens, conhecendo Deus não o glorificam nem dão graças, ao contrário, se extraviam em seus vãos pensamentos , e seu coração insensato se obscurece. Querem ser sábios, mas se tornam tolos. Mudam a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras. Trocam a verdade pela mentira, adoram e servem a criatura, e não ao criador delas.
Como não se preocupa em adquirir o Conhecimento de Deus, Ele os entrega aos desejos de seus corações, a paixões vergonhosas, aos sentimentos depravados e a um procedimento indigno, de modo que se desonram a si mesmos. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade, inveja, homicídio, brigas, engano, calúnia, difamação, insolentes, altivos, soberbos, rebeldes contra os pais, inimigos de Deus, insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia. Sabem que quem faz tais coisas merece a morte, mas eles não só praticam, como aplaudem, e incentivam os que fazem.
Rm 2
a) A justiça.
Quando se julga (falar mal) o outro se condena, porque não se deve julgar. Deus é bom e tolerante, e quer nosso arrependimento. Mas o homem obstinado e de coração impenitente, acumula ira contra si, para o dia do juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo suas obras. Vida eterna ao que se esforça em fazer o bem, e busca a glória, a honra e a imortalidade. Ira e indignação ao teimoso, ao rebelde à verdade e seguidor do mal. Tribulação e angústia ao que faz o mal. Glória, honra e paz a quem faz o bem. Porque diante de Deus não são justos os que ouvem a lei, mas os que a pratica.
b) A lei.
Os pagãos não têm a lei, mas alguns fazem as coisas que são da lei, e mostram que a ordem de Deus está gravada em nossos corações, e dá testemunho à sua consciência.
c) A igreja.
Mas quem se apóia na lei, e se gloria de seu Deus. Quem conhece a vontade de Deus, e sabe diferenciar o bem e o mal. É instrutor, e se diz guia de cegos, luz para os que estão nas trevas, doutor dos ignorantes, mestre dos simples, que cuide de aprender, e por em prática, para que por sua causa o nome de Deus não seja blasfemado pelos ignorantes.
d) Interior e exterior.
Não é verdadeiro o judeu que o é externamente, nem é verdadeira a circuncisão da carne. Mas se é judeu no interior, e a verdadeira circuncisão é a do coração, segundo o espírito da lei, e não segundo a letra.
Rm 3
a) O homem e o pecado.
Pode a infidelidade do homem, destruir a fidelidade de Deus? De modo algum, porque Deus é verdadeiro, e o homem mentiroso. A nossa injustiça realça a justiça de Deus. Estamos todos sob o domínio do pecado, como diz o salmo: ‘Não há um justo sequer. Ninguém usa a inteligência, ninguém busca Deus. Há destruição e ruína em seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz. Não há temor a Deus diante dos seus olhos’.
b) A lei, a fé e a justificação.
Ninguém é justificado por seguir a lei, pois ela se limita a dar conhecimento do pecado. Mas a lei trouxe a justiça de Deus, que é crer em Jesus Cristo, e por ele ser justificado de graça. Por isso ninguém pode se gloriar, pois a lei da fé não depende da lei, nem das obras, mas da fé em Jesus.
Rm 4
a) A fé de Abraão, e a nossa fé.
Abraão creu em Deus, e foi tido como justo. A promessa de herdar o mundo foi feita a ele, antes da lei. Então é pela fé que se torna herdeiro. Ele esperou a promessa, contra a esperança e a lógica, pois ele e Sara eram velhos. Não desconfiou, nem vacilou na fé, e estava convencido de que Deus a cumpriria, e isso foi tido por justiça. A promessa também é para nós, mas devemos crer que Jesus morreu por nós, e ressuscitou dos mortos para nos justificar.
Rm 5
a) A esperança.
Justificados pela fé temos a paz com Deus, por meio de Jesus que nos traz a graça. Gloriamos-nos até na tribulação, pois ela produz a paciência, que prova a fidelidade, e gera a esperança. E a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. A prova deste amor é que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores.
b) Adão e Cristo.
O pecado entrou no mundo pela desobediência de Adão, e o pecado trouxe a morte. Mas o dom gratuito da justificação de Deus veio para todos com a obediência de Jesus, e com ela a justiça e a vida eterna. A lei mostra o pecado, mas o pecado exige muito mais graça e perdão.
Rm 6
a) Morte e vida em Jesus.
Então devemos continuar pecando para haver mais graça? Não, pois morremos com Cristo para o pecado no batismo, e não podemos voltar a pecar, e ressuscitamos com Cristo para uma vida nova sem pecado. Já estamos mortos para o pecado, e vivos para Deus em Cristo.
b) A liberdade.
Quando se oferece a alguém se torna escravo dele. Pode-se ser escravo do pecado para a morte, ou da obediência para a vida. Mas quem é livre do pecado, se torna servo da justiça.
Rm 7
Conflito: lei e espírito.
A lei só vale enquanto se vive, mas morremos com Cristo para a lei, e ela se tornou ultrapassada. Vivemos agora conforme a renovação do Espírito. Diz Paulo: Sou vendido ao pecado, pois não faço o que quero, faço o que aborreço. Quero fazer o bem, mas faço o mal. Então não sou eu que faço, mas o pecado que está em mim. Assim, pelo espírito sou livre na lei de Deus, mas no corpo sou escravo do pecado.
Rm 8
a) Conflito: carne e espírito.
A aspiração do espírito é paz e vida, e a da carne é a morte. A carne é hostil a Deus, e quem vive na carne não agrada a Deus. Vive-se segundo o espírito, quando o Espírito de Deus habita em nós, e então nos tornamos um filho de Deus.
b) Oração em Espírito.
A criação foi sujeita à vaidade por quem a sujeitou, mas ela tem a esperança de ser libertada da corrupção, para participar da liberdade dos filhos de Deus. Nós também esperamos com paciência a adoção por Deus, e a redenção do nosso corpo. O Espírito vem nos auxiliar, ora e pede por nós o que não sabemos pedir, Jesus o ouve, e intercede por nós.
c) Predestinação.
Todas as coisas concorrem para o bem dos eleitos, aqueles que amam a Deus. Quem os distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à Cristo, que é o primogênito dos irmãos. Se Deus é por nós (pelos eleitos), quem será contra? Quem nos separará (os eleitos) do amor de Cristo? Nem a tribulação, a fome, a perseguição, a espada os separarão.
d) Os eleitos.
Por seu amor somos entregues à morte o dia inteiro, somos tratados como gado destinado ao matadouro. Mas em tudo isso somos mais que vencedores pela virtude de quem nos amou.
Rm 9
a) A promessa de Deus.
Nem todos os filhos de Abraão são seus descendentes, pois para Deus só os filhos da promessa os são. Então Deus é injusto? Não, pois Deus escolhe quem quer, para não depender do esforço de ninguém, e assim manifestar o seu poder. Ele escolhe entre judeus e pagãos, como diz o profeta Oseias: ‘Chamarei meu povo ao que não era meu povo. Mesmo que os filhos de Israel sejam incontáveis, só um resto será salvo’.
b) Fé e obra.
Os pagãos não buscavam a justiça, e alcançaram salvação, e Israel com as obras da lei não a alcançou, pois lhe faltou a fé.
Rm 10
a) Fé e salvação.
Quem confessar que Jesus é o Senhor, e crer que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo. A fé vem de ouvir a pregação da palavra de Cristo, mas nem todos prestam atenção nela. Muitos ouviram, mas não creram. Diz o profeta: ‘Todos os dias estendi minhas mãos a um povo desobediente e teimoso. Manifestei-me a quem não me buscava, por quem não perguntava por mim’.
Rm 11
a) Fé e obra.
Deus rejeitou seu povo? Não, ele disse a Elias: ‘Reservei para mim um resto que não se dobrarão à Baal’. E até hoje existe um resto segundo a eleição e a graça. E se é pela graça, não é pela obra. Mas a cegueira de Israel vai durar o tempo necessário para a conversão dos pagãos, então ele será salvo. Se eles são inimigos pelo evangelho, são queridos pela eleição, pois os dons e chamado de Deus são irrevogáveis. Deus colocou Israel na desobediência para usar de misericórdia com todos, judeus e pagãos.
b) Deus.
Ó mar de riqueza, sabedoria e ciência! Quão impenetráveis são seus juízos, e inexploráveis seus caminhos! Quem é capaz de compreender o pensamento de Deus? Quem é seu conselheiro? Quem lhe deu primeiro, para depois ser retribuído? Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória para sempre! Amém.
Rm 12 e 13
A verdadeira religião é um bem comum.
- 1- Não se amolde a este mundo, mas se transforme.
- 2- Renove o espírito e os pensamentos para discernir o que é bom e perfeito, ou seja, a vontade de Deus.
- 3- Se precisar, ofereça-se em sacrifício vivo e santo a Deus.
- 4- Não se ache o melhor de todos, pois cada um tem sua função, como membros do corpo de Cristo.
- 5- Os dons são diferentes conforme Deus distribui, e cada um faça sua parte para o bem comum.
- 6- Aborreça o mal se amando uns aos outros com afeição fraternal.
- 7- Antecipe-se em honrar o outro.
- 8- Não relaxe o zelo. Seja fervoroso em espírito.
- 9- Sirva a Deus (não aos homens ou à igreja).
- 10- Seja alegre na esperança, paciente na tribulação e perseverante na oração.
- 11- Socorra os fiéis necessitados. Capriche na hospitalidade.
- 12- Abençoe (não pragueje) quem te persegue.
- 13- Alegre-se com os que se alegram. Chore com os que choram.
- 14- Não se deixe levar pelos seus gostos.
- 15- Não se ache sábio. Seja modesto.
- 16- Não pague o mal com o mal, mas pague com o bem.
- 17- Viva em paz.
- 18- Não se vingue, pois a vingança (o juízo) pertence a Deus.
- 19- Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem.
- 20- Seja submisso às autoridades oficiais, pois elas vêm de Deus.
- 21- A caridade não pratica o mal contra o próximo, ela é o pleno cumprimento da lei.
- 22- Nada de orgia, bebedeira, desonestidade, discussões, ciúmes.
Rm 14
a) Não julgue.
Acolha quem é fraco na fé, com bondade, sem discutir suas opiniões. Não o julgue por suas crenças, pois ele é servo do Senhor, e não seu. O Senhor ensina e julga. Uns comem de tudo, outros não. Uns distinguem os dias, outros não. Basta que se dê graças a Deus a tudo que se fizer. As coisas são impuras para quem as consideram impuras, então não discuta por isso.
b) Ser decidido conforme a vontade de Deus.
Feliz é quem não se condena quando se decide, pois tudo que não procede da convicção é pecado.
O Reino de Deus não é comida, bebida, roupas, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo.
Rm 15
Os fortes devem suportar a fraqueza dos fracos, pois Jesus não se agradou, mas tomou nossos pecados sobre si, para que façamos o mesmo, e com um só coração e uma só voz, glorifiquemos a Deus, Pai de nosso Senhor.
Rm 16
Evite as pessoas que causam divisões, escândalos, e se afastam destes ensinamentos, pois eles servem a si mesmo não a Cristo.
CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS
a) Santos.
Paulo aos fiéis chamados à santidade em Cristo, e a todos que invocam o nome de Jesus Nosso Senhor. Agradeço a Deus, porque lhes deu todos os dons, e os manterá até o fim, para que estejam irrepreensíveis no dia do Senhor Jesus.
b) Divisões.
Uns dizem ser discípulo de Paulo, de Apolo, de Pedro, de Cristo. No entanto todos são de Cristo, e que não haja divisões entre vocês.
c) Sabedoria do mundo e loucura de Deus.
A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, e força divina para nós. A sabedoria do mundo é loucura para Deus, já que o mundo não o reconhece, por isso ele quer salvar quem crê, pela loucura de sua mensagem. Pois a loucura de Deus é mais sábia que os homens, e sua fraqueza é mais forte. Veja que entre vocês não há sábios, nem nobres, pois Deus escolheu o que é tolo no mundo só para confundir o sábio, e escolheu o fraco só para confundir o forte. Assim ninguém se vangloriará diante de Deus.
1Cor2
a) A fé.
Eu me apresentei a vocês num estado de desassossego e temor. Minhas palavras eram mais demonstração de Espírito que de sabedoria, para que vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
b) O Espírito de Deus.
Deus nos revela sua sabedoria pelo seu Espírito, que nos faz conhecer as graças que Deus nos dá. O homem natural não aceita, nem compreende as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras.
1Cor3
a) Humano e espiritual.
Enquanto houver ciúmes e disputas entre vocês, serão crianças em Cristo. Um é de Paulo, outro de Apolo, isto não é um modo de pensar humano? Todos são de Cristo. Paulo e Apolo são servos, um plantou outro regou, mas Deus é quem faz crescer.
b) A igreja.
Um coloca o fundamento, outro constrói, ou com ouro, prata, pedra, madeira ou palha. A obra de cada um aparecerá no dia que cada trabalho for provado. Não se engane. Quem se julga sábio à maneira do mundo, se faça louco para se tornar sábio, porque a sabedoria do mundo é loucura para Deus. Não ponha a glória nos homens (idolatria), pois somos de Cristo, e Cristo é de Deus.
c) O templo de Deus.
Somos o templo de Deus, e seu Espírito habita em nós.
1Cor4
a) O missionário.
Deus nos pôs na última classe dos homens, sentenciados à morte. Somos entregues em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Nós somos bobos por causa de Cristo, e vocês sábios em Cristo! Nós fracos, vocês fortes. Nós desprezados, você honrados. Padecemos fome, sede e nudez. Somos errantes, insultados abençoamos, perseguidos suportamos, caluniados consolamos! Chegamos a ser o lixo do mundo, a escória de todos.
b) O Reino de Deus não é feito de palavras, mas em atos.
1Cor5 e 6
Homem - Não tenham familiaridade com irmãos fornicadores, avarentos, idólatras, adúlteros, efeminados, difamadores, ladrões, devassos, beberrões, pois eles não possuirão o Reino de Deus.
1Cor6
a) A injustiça.
Quando houver um litígio entre irmãos, escolham pessoas da igreja para julgar a questão. Já é mal que haja disputa entre vocês. Deveriam sofrer a injustiça. Não! Preferem fazê-la sobre o irmão, mas não se enganem, pois o injusto não herdará o Reino.
b) O domínio e escravidão.
Tudo é permitido, mas nem tudo convém, assim nada me dominará, pois o corpo não é para a impureza (fornicação), mas para o Senhor. Somos membros de Cristo, e estamos unidos a ele. Quem se une ao Senhor se torna um só espírito com ele, e Deus que o ressuscitou também ressuscitará você.
1Cor7
Casamento e celibato.
Penso que seria bom ao homem não tocar mulher alguma, mas devido à incontinência, cada um tenha sua mulher, e cada mulher seu marido.
1Cor8
a) Deus ou Senhor?
Sabemos que não existem ídolos, e que só há um Deus. O homem quer outros deuses, e há muitos deles. Mas para nós só há um Deus, o Pai, do qual procedem todas as coisas, e para o qual existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem todas as coisas existem e nós também.
b) A ciência.
Mas nem todos têm este conhecimento. Alguns são a favor do ídolo, e mancham suas consciências. Nós temos liberdade para agir, mas devemos cuidar para que nossa liberdade provoque a queda do irmão.
1Cor9
a) Servo ou livre?.
O missionário tem o direito de comer e beber, pois quem vai à guerra à suas custas? Quem cuida das ovelhas não toma do leite delas? A lei diz: ‘Não ate a boca do boi que debulha’, porque Deus tem dó dos bois? Não, é como exemplo que ele diz isto.
b) A liberdade.
Embora livre, eu me faço de servo para conquistar todos. Para os judeus me faço judeu para ganhar os judeus. Também para os pagãos e para os fracos. Faço de tudo para todos a fim de salvar todos. E tudo faço pelo Evangelho.
1Cor10
Os castigos de Israel durante o êxodo, servem para nos advertir.
Quem pensa que está de pé veja que não caia.
Deus não deixa as tentações ultrapassar as nossas forças.
Deus é fiel, e nos dá os meios de suportar, e sair delas.
Por isso irmãos, afaste-se da idolatria, pois não se pode participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa do ídolo. Tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno, e nem tudo edifica.
Por isso não busque o seu interesse, mas procure beneficiar o próximo.
1Cor11
a) Os Senhores.
Torne-se meu imitador, como eu imito a Cristo, mas deve saber que o Senhor de todo homem é Cristo, o senhor da mulher é o homem, e o Senhor de Cristo é Deus.
b) Homem e mulher.
O homem é a imagem e esplendor de Deus, a mulher é o reflexo do homem. A mulher foi tirada do homem, e criada para ele, por isso ela deve trazer o sinal da submissão. Entretanto, aos olhos do Senhor, o homem não existe sem a mulher e vice versa. A mulher foi tirada do homem, mas o homem nasce da mulher, e ambos vêm de Deus.
c) A comunhão.
Quanto à ceia, ensino o que recebi do Senhor: que Jesus tomou o pão deu graças o partiu, e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é entregue por vós, faça isso em minha memória’. Do mesmo modo tomou o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, toda vez que o beber, faça-o em minha memória’.
Então toda vez que comer o pão e beber o cálice, lembra-se da morte do Senhor, até que ele venha.
1Cor12
a) Os dons espirituais (carismas).
Só se diz:’Jesus é o Senhor’ sob ação do Espírito Santo. Há diversos dons, mas só um Espírito. São muitos ministérios, mas só um Senhor. Há várias operações, mas só um operador, que é Deus.
Os dons são: palavra de sabedoria, palavra de ciência, fé, graça da cura e milagres, profecia, discernimentos dos espíritos, falar e interpretar línguas.
b) O corpo de Cristo.
Somos vários membros formando um só corpo, cada um com seu dom e sua função. Somos o corpo de Cristo, e cada um é um dos seus membros. E Deus dispôs o corpo de tal modo que deu maior honra aos membros que não a têm. Na igreja temos os apóstolos, profetas, doutores, os que têm os dons de milagres, da cura, de socorrer, de governar, de falar em línguas.
1Cor13
a) A caridade.
Aspire aos dons superiores, e o caminho mais excelente de todos é a caridade. Mesmo que fale as línguas dos homens e dos anjos, mas se não tiver caridade, é como um sino que soa. Quem não tem caridade não tem nada, mesmo que tenha vários dons. Ela é paciente, bondosa, não tem inveja, orgulho e arrogância, não é escandalosa.
Não busca seus interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Ela jamais acabará. Os outros dons passarão, pois quando chegar o que é perfeito o imperfeito desaparecerá.
b) A visão do homem.
Quando se é criança se vive como tal. Quando se torna adulto, as coisas de criança passam. Hoje vemos de forma confusa, como por um espelho, mas veremos claramente. Hoje conhecemos em parte, mas vamos conhecer o todo.
c) Os maiores dons.
Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade, porém a maior delas é a caridade.
1Cor14
a) Irmãos, não sejam crianças no modo de julgar, mas sejam crianças na malícia.
b) Conselhos para o uso dos dons nas reuniões.
1Cor15
a) Morte e ressurreição de Jesus, e suas aparições.
b) A ressurreição de Cristo.
Cristo ressuscitou, então há ressurreição. Quem diz que os mortos não ressuscitam, dizem que Jesus não ressuscitou, e assim torna inútil a nossa fé.
c) O fim.
Em Adão todos morreram, e em Cristo todos reviverão. A ressurreição será na seguinte ordem, primeiro Cristo, e na sua vinda os que forem dele. Depois virá o fim, quando entregar o Reino a Deus, e após destruir os principados, potestades e domínios. O último inimigo a ser destruído será a morte.
d) Como ressuscitam os mortos?
O que se semeia não recobra a vida se não morrer. Não se semeia o corpo da planta, e sim a semente, que brota, e Deus lhe dá o corpo que lhe é próprio. O homem é semeado corpo animal, e ressuscitará corpo espiritual, porque o animal vem primeiro depois é que vem o espiritual. Assim temos as feições do homem terreno, mas precisamos reproduzir as feições do homem celestial. O certo é que nada que é corruptível participa do incorruptível.
1Cor16
Despedidas.
SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS
2Cor1
Deus.
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias, Deus de toda consolação, que nos conforta nas tribulações, para que possamos consolar os angustiados! À medida que em nós crescem os sofrimentos de Cristo, crescem também por Cristo as nossas consolações, as quais se efetuam em nós pela paciência em tolerar os sofrimentos.
2Cor2
O pregador.
Damos graças a Deus, que nos concede sempre triunfar em Cristo, e que por nosso meio difunde o seu conhecimento em todo lugar. Somos o perfume de Cristo entre os que se salvam, odor de vida que dá a vida. Entre os que se perdem somos odor de morte, que dá a morte. Mas pregamos o evangelho em Cristo, na íntegra, tal como procede de Deus, sob o olhar de Deus.
2Cor3
a) O pregador.
Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, pois nossa capacidade vem de Deus. Ele nos faz aptos para ser ministro da nova Aliança, a do Espírito. Porque o Espírito vivifica.
b) Antiga e Nova Alianças.
Moisés cobria o rosto com um véu para que os filhos de Israel fixassem os olhos no que era transitório. E a inteligência deles continuou obscurecida. Ainda hoje quando se lê o Antigo Testamento esse véu permanece abaixado, porque é só em Cristo que ele pode ser levantado.
c) Imagem de Deus.
Todos nós temos o rosto descoberto, refletimos como num espelho a glória do Senhor, e nos transformamos sempre mais resplandecentes, pela ação do Espírito do Senhor.
2Cor4
a) O incrédulo.
Afaste-se de todo fingimento e astúcia, e não falsifique a palavra de Deus. O evangelho só é encoberto para os incrédulos, cuja inteligência o deus deste mundo obcecou a ponto que não percebem a luz do resplendor da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
b) O missionário.
Nosso poder vem de Deus. Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos na penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas somos amparados. Somos abatidos, mas não destruídos. Não desfalecemos, e mesmo que nosso corpo se desconjunte, nosso interior se renova a cada dia.
c) As coisas temporais e as eternas.
A tribulação passageira nos dá um peso eterno de glória sem medida, pois não miramos as coisas temporais que se vêem, mas as eternas que não se vêem.
2Cor5
a) A ressurreição e a mansão eterna.
Andamos na fé não na visão. Sabemos que depois da morte receberemos uma habitação eterna no céu, por ela esperamos, e o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor.
b) Matéria e Espírito.
Se ficamos arrebatados fora dos sentidos, é por Deus, e se raciocinamos sobriamente, é por vocês. Cristo morreu por todos, logo todos morreram nele, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para ele. Já consideramos Cristo humano, mas agora não é mais, e quem está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho, e tudo se fez novo!
2Cor6
a) Deus se manifesta no tempo ‘agora’.
Deus diz: Eu te ouvi no tempo favorável, e te ajudei no dia da salvação. Por isso te exorto a não deixar passar a graça, porque agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.
b) O missionário.
Não dou motivos de escândalo para não ser criticado, mas me apresento como um ministro de Deus, mesmo na tribulação, na miséria, na angústia, no açoite, na prisão, no tumulto popular, na vigília. Tido como impostor sou sincero, por desconhecido sou bem conhecido, por agonizante estou com vida, por condenado estou livre da morte, como triste estou sempre contente, por indigente enriqueço muitos, sem posse eu que possuo tudo!
c) As virtudes do fiel.
Tudo isso pela pureza, ciência, longanimidade, bondade, pelo Espírito Santo, por uma caridade sincera, pela palavra da verdade, pelo poder de Deus, pelas armas da justiça, através da honra e da desonra, da boa e da má fama.
d) Idolatria.
Não se prenda no mesmo jugo com o infiel, pois não pode haver união da justiça com a iniquidade, da luz com a treva, de Cristo e Belial, do fiel com o infiel, do templo de Deus com o dos ídolos. Porque nós somos o templo de Deus vivo. Diz o Senhor: Saia do meio deles.
2Cor7
a) Devido a estas promessas, se purifique da imundície da carne e do espírito, realizando sua santificação no temor a Deus.
b) Minha carta te deixou triste. Mas a tristeza por Deus produz um arrependimento salutar do qual ninguém se arrepende, mas a tristeza do mundo produz a morte. Veja que a tristeza em Deus revelou suas escusas, indignação, temor, ardor, severidade e zelo, e sobretudo a verdade, pois mostrou que não tinha culpa neste assunto.
2Cor8
A generosidade.
Quero que saibam que os irmãos da Macedônia, apesar de tantas tribulações e de sua pobreza, espalharam generosamente os tesouros de sua liberalidade, ajudando no socorro aos irmãos.
2Cor9
A generosidade.
Com respeito ao auxílio a ser dado aos irmãos, convém lembrar que quem semeia pouco, pouco colherá. Então cada um dê conforme manda o coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Ele é poderoso para enchê-los de toda espécie de benefícios, para que tenham o necessário, e ainda sobre para praticarem boas obras.
2Cor10
a) A aparência.
Dizem que sou ousado quando estou longe, e humilde quando estou perto. Espero nunca ter de usar minha autoridade quando estiver entre vocês, embora alguns merecem, e usarei. Porque acham que procedo com intenções humanas.
Ainda que viva na carne, não milito segundo a carne. Lutamos com armas poderosas capazes de arrasar fortificações, porque aniquilamos todo raciocínio contra o conhecimento de Deus. Cativamos o pensamento e o levamos a obediência a Cristo. E os desobedientes serão castigados assim que sua obediência for perfeita. Julgam as coisas pela aparência.
b) Na igreja.
Não me equiparo com os que procuram cargos e poder. Medem-se com suas medidas, e dão prova de pouco bom senso. Quanto a mim espero levar o Evangelho sem me gloriar das obras dos outros. Ora, quem se gloria, glorie-se no Senhor. Pois merece aprovação aquele que o Senhor recomenda, não aquele que se recomenda.
2Cor11
a) Infidelidade e tradição.
Quando aparece alguém pregando a vocês um outro Jesus, diferente do que eu prego, vocês aceitam de boa vontade.
b) Espírito.
Quando aparece alguém pregando a vocês um outro Jesus, diferente do que eu prego, aceitam outro espírito diferente do que já receberam, ou outro evangelho diferente do que conhecem, e aceitam de boa vontade.
c) O homem.
Mas vocês sendo sensatos, aceitam os loucos, e toleram os que lhes escraviza, lhes devora, lhes trata com orgulho, e lhes dá no rosto.
2Cor12
a) O arrebatamento.
Conheço alguém que foi arrebatado ao paraíso, ao terceiro céu, e lá ouvi palavras inefáveis. Deste homem eu me glorio, mas de mim não, a não ser das minhas fraquezas. Mas para que não ficasse orgulhoso das revelações que me foram feitas, Deus me deu um espinho na carne.
b) Espírito missionário.
Sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor a Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte.
2Cor13
a) O fiel.
Examine-se, se está na fé. Prove-se, e vai encontrar Cristo Jesus em você, e isto é prova de que Cristo fala em você.
b) Despedidas.
Livro de 1 Timóteo
O livro de 1 Timóteo foi escrito pelo apóstolo Paulo (1 Timóteo 1:1).
Quando foi escrito
O livro de 1 Timóteo foi escrito em aproximadamente 62-66 dC.
Propósito
Paulo escreveu a Timóteo para encorajá-lo em sua responsabilidade de supervisionar o trabalho da igreja de Éfeso e, possivelmente, as outras igrejas na província da Ásia (1 Timóteo 1:3). Esta carta estabelece as bases para a ordenação de presbíteros (1 Timóteo 3:1-7) e fornece orientação para a ordenação de pessoas em funções da igreja (1 Timóteo 3:8-13). Em essência, 1 Timóteo é um manual de liderança para a organização e administração da igreja.
Versículos-chave
1 Timóteo 2:5
"Porque {há} um {só} Deus, e um {só} Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem."
1 Timóteo 2:12
"Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio."
1 Timóteo 3:1-3
"Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento."
1 Timóteo 4:9-10
"Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação. Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis."
1 Timóteo 6:12
"Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas."
Resumo
Esta é a primeira carta que Paulo escreveu a Timóteo, um jovem pastor que tinha sido uma ajuda de Paulo em sua obra. Timóteo era grego. Sua mãe era judia e seu pai era grego. Paulo foi mais do que apenas um mentor e líder a Timóteo, ele foi como um pai para ele e Timóteo foi como um filho a Paulo (1 Timóteo 1:2).
Paulo começa a carta exortando Timóteo a ter cuidado com os falsos mestres e falsas doutrinas. No entanto, grande parte da carta trata da conduta pastoral. Paulo instrui Timóteo em adoração (capítulo 2) e no desenvolvimento de líderes maduros para a igreja (capítulo 3).
A maior parte da carta lida com a conduta pastoral, advertências sobre os falsos mestres e a responsabilidade da igreja em relação aos membros pecadores, viúvas, anciãos e escravos. Ao longo de toda a carta, Paulo encoraja Timóteo a permanecer firme, perseverar e permanecer fiel à sua vocação.
Conexões
Uma relação interessante entre o Antigo Testamento e o livro de 1 Timóteo é a citação de Paulo da base para considerar os presbíteros da igreja como sendo dignos de "dobrados honorários" e merecedores de respeito quando se trata de serem acusados de má conduta (1 Timóteo 5:17 -19).
Deuteronômio 24:15, 25:4 e Levítico 19:13 falam da necessidade de pagar um trabalhador o que ele ganhou e fazê-lo em tempo hábil. Parte da Lei Mosaica exigia que duas ou três testemunhas fossem necessárias para trazer uma acusação contra um homem (Deuteronômio 19:15). Os judeus cristãos nas igrejas pastoreadas por Timóteo estariam bem cientes destas referências ao Antigo Testamento.
Aplicação Prática
Jesus Cristo é apresentado por Paulo como o mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5), o Salvador de todos os que nEle creem. Ele é o Senhor da igreja, e a quem Timóteo realmente serve quando pastoreia a Sua Igreja. Assim, encontramos a principal aplicação da primeira carta de Paulo a seu "filho na fé".
Paulo instrui Timóteo sobre questões de doutrina, liderança e administração da igreja. Podemos usar essas mesmas instruções para governar nossa assembleia local hoje. Da mesma forma, o trabalho e o ministério de um pastor, as qualificações para um ancião e as qualificações de um diácono são tão importantes e pertinentes hoje quanto eram na época de Timóteo.
A primeira carta de Paulo a Timóteo resulta em um livro de instruções sobre liderança, administração e como pastorear a igreja local. As instruções contidas nesta carta podem ser aplicadas a qualquer líder ou o líder potencial da igreja de Cristo e são igualmente relevantes hoje como eram na época de Paulo.
Para aqueles não chamados a papéis de liderança em sua igreja hoje, o livro ainda é prático. Cada seguidor deve batalhar pela fé e evitar falsos ensinamentos. Cada seguidor deve ser firme e perseverante.
Livro de 2 Timóteo
Autor
2 Timóteo 1
1 identifica Paulo como o autor do livro de 2 Timóteo.
Quando foi escrito
O livro de 2 Timóteo foi escrito em aproximadamente 67 dC, pouco antes do apóstolo Paulo ser condenado à morte.
Propósito
Aprisionado em Roma mais uma vez, o apóstolo Paulo se sentiu sozinho e abandonado. Paulo percebeu que a sua vida terrena provavelmente estaria em breve chegando ao fim. O livro de 2 Timóteo é essencialmente as "últimas palavras" de Paulo.
Paulo olhou além da sua própria situação para expressar preocupação com as igrejas e especificamente com Timóteo. Paulo queria usar suas últimas palavras para encorajar Timóteo, e todos os outros crentes, a perseverar na fé (2 Timóteo 3:14) e proclamar o evangelho de Jesus Cristo (2 Timóteo 4:2).
Versículos-chave
2 Timóteo 1:7
“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”
2 Timóteo 3:16-17
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”
2 Timóteo 4:2
“...prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.“
2 Timóteo 4:7-8
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”
Resumo
Paulo encoraja Timóteo a permanecer apaixonado por Cristo e a permanecer firme na sã doutrina (2 Timóteo 1:1-2, 13-14). Paulo relembra Timóteo a evitar as crenças e práticas ímpias e a fugir de qualquer coisa imoral (2 Timóteo 2:14-26).
No fim dos tempos haverá intensa perseguição e apostasia da fé cristã (2 Timóteo 3:1-17). Paulo encerra com um apelo intenso para que os crentes permaneçam firmes na fé e terminem a corrida forte (2 Timóteo 4:1-8).
Conexões
Paulo estava tão preocupado em advertir Timóteo e aqueles que ele pastoreava dos perigos dos falsos mestres que acabou invocando a história dos magos egípcios que se opuseram a Moisés (Êxodo 7:11, 22; 8:7, 18, 19; 9:11).
Embora seus nomes não sejam mencionados no Antigo Testamento, a tradição diz que esses homens promoveram a construção do bezerro de ouro e foram mortos com o resto dos idólatras (Êxodo 32). Paulo prevê o mesmo destino para aqueles que resistem à verdade de Cristo, sua insensatez eventualmente "será a todos evidente" (2 Timóteo 3:9).
Aplicação Prática
É fácil desviar-se da vida cristã. Temos que manter nossos olhos firmes no prêmio -- ser recompensado no céu por Jesus Cristo (2 Timóteo 4:8). Devemos nos esforçar para evitar tanto a falsa doutrina quanto as práticas ímpias. Isso só pode ser realizado quando nos firmamos em nosso conhecimento da Palavra de Deus e recusamos aceitar qualquer coisa que não seja bíblica.
Livro de Tito
Tito 1:1 identifica o apóstolo Paulo como o seu autor.
Quando foi escrito
A Epístola a Tito foi escrita em aproximadamente 66 dC. As muitas jornadas de Paulo estão bem documentadas e mostram que ele escreveu a Tito de Nicópolis em Épiro. Em algumas Bíblias, uma anotação da epístola pode mostrar que Paulo escreveu de Nicópolis na Macedônia. No entanto, não há conhecimento desse lugar e anotações não têm nenhuma autoridade por não serem autênticas.
Propósito
A Epístola a Tito é conhecida como uma das Epístolas Pastorais, assim como as duas cartas a Timóteo. Esta carta foi escrita pelo apóstolo Paulo para incentivar o seu irmão na fé, Tito, o qual havia sido deixado em Creta para liderar a Igreja que Paulo havia estabelecido em uma de suas viagens missionárias (Tito 1:5). Esta carta aconselha Tito a respeito de quais qualificações deve-se buscar nos líderes da igreja. Ele também alerta Tito acerca da reputação daqueles que viviam na ilha de Creta (Tito 1:12).
Além de instruir Tito sobre o que procurar em um líder da igreja, Paulo também incentivou-o a voltar a Nicópolis para uma visita. Em outras palavras, Paulo continuou a discipular a Tito e a outros enquanto cresciam na graça do Senhor (Tito 3:13).
Versículos-chave
Tito 1:5
"A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí."
Tito 1:16
"Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra."
Tito 2:15: "É isso que você deve ensinar, exortando-os e repreendendo-os com toda a autoridade. Ninguém o despreze."
Tito 3:3-6
"Houve tempo em que nós também éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando-nos uns aos outros. Mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador."
Resumo
Como maravilhoso deve ter sido quando Tito recebeu uma carta de seu mentor, o apóstolo Paulo. Paulo era um homem muito honrado, e com razão, depois de estabelecer várias igrejas em todo o mundo oriental. Esta famosa introdução do apóstolo teria sido lida por Tito: "a Tito, meu verdadeiro filho em nossa fé comum: Graça e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador" (Tito 1:4).
A ilha de Creta, local onde Paulo deixou Tito encarregado de liderar a igreja, era habitada por nativos da ilha e judeus que não conheciam a verdade de Jesus Cristo (Tito 1:12-14). Paulo sentiu que era a sua responsabilidade continuar discipulando a Tito, assim como instruir e incentivá-lo no desenvolvimento de líderes dentro da igreja em Creta.
Assim como o apóstolo Paulo guiou Tito na sua busca de líderes, Paulo também deu sugestões sobre como Tito devia instruir esses líderes para que pudessem crescer na sua fé em Cristo. Suas instruções incluíam direções para homens e mulheres de todas as idades (Tito 2:1-8).
Para ajudar Tito a permanecer na sua fé em Cristo, Paulo sugeriu que Tito viesse a Nicópolis e trouxesse com ele dois outros membros da igreja (Tito 3:12-13).
Conexões
Mais uma vez, Paulo acha necessário instruir os líderes da igreja a terem cuidado com os judaizantes, ou seja, aqueles que tentavam adicionar obras ao dom da graça que produz a salvação. Ele adverte contra aqueles que são enganadores rebeldes, especialmente os que continuavam afirmando que a circuncisão e adesão aos rituais e cerimônias da lei mosaica ainda eram necessárias (Tito 1:10-11). Este é um tema recorrente por todas as epístolas de Paulo e no livro de Tito, ele chega até a dizer que suas bocas devem ser caladas.
Aplicação Prática
O apóstolo Paulo merece a nossa atenção quando buscamos obter na Bíblia instruções sobre como viver uma vida agradável ao Senhor. Podemos aprender o que devemos evitar, assim como aquilo que devemos imitar. Paulo sugere que busquemos ser puros ao evitarmos as coisas que contaminam nossas mentes e consciências.
E, em seguida, Paulo faz uma afirmação que jamais deve ser esquecida: "Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra" (Tito 1:16). Como cristãos, devemos examinar nossas próprias vidas a fim de garantir que alinham-se com a nossa profissão de fé em Cristo (2 Coríntios 13:5).
Junto com esse aviso, Paulo também nos diz como evitar negar a Deus: "ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador" (Tito 3:5b-6). Ao buscar uma renovação diária de nossa mente pelo Espírito Santo, podemos desenvolver-nos em cristãos que honram a Deus pela maneira como vivemos.
Livro de Filemom
O autor do livro de Filemom foi o apóstolo Paulo (Filemom 1:1).
Quando foi escrito
O livro de Filemom foi escrito em cerca de 60 dC.
Propósito
A carta a Filemom é a mais curta de todas as obras de Paulo e lida com a prática da escravidão. A carta sugere que Paulo estava na prisão quando a escreveu. Filemom era um proprietário de escravos que também hospedava uma igreja em sua casa. Durante o tempo do ministério de Paulo em Éfeso, Filemom tinha provavelmente viajado para a cidade e, ao escutar a pregação de Paulo, converteu-se ao Cristianismo.
O escravo Onésimo roubou seu senhor, Filemom, e fugiu, dirigindo-se a Roma e a Paulo. Onésimo ainda era propriedade de Filemom, e Paulo escreveu para suavizar o seu regresso ao seu mestre. Onésimo tornou-se um cristão (Filemom 10) como resultado da testificação de Paulo, o qual queria que Filemom aceitasse Onésimo como um irmão em Cristo e não meramente como um escravo.
Versículos-chave
Filemom 6
"Oro para que a comunhão que procede da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem que temos em Cristo."
Filemom 16
"… não mais como escravo, mas, acima de escravo, como irmão amado. Para mim ele é um irmão muito amado, e ainda mais para você, tanto como pessoa quanto como cristão."
Filemom 18
"Se ele o prejudicou em algo ou lhe deve alguma coisa, ponha na minha conta."
Resumo
Paulo tinha advertido os proprietários de escravos sobre sua responsabilidade para com eles. Além disso, Paulo apresentou esses escravos como responsáveis seres morais que deviam temer a Deus. Em Filemom, Paulo não condenou a escravidão, mas apresentou Onésimo como um irmão cristão, em vez de um escravo.
Quando um proprietário pode se referir a um escravo como um irmão, o escravo chegou a uma posição em que o título jurídico de escravo não tem mais sentido. A igreja primitiva não atacou diretamente a escravidão, mas estabeleceu as bases para um novo relacionamento entre proprietário e escravo. Paulo tentou unir Filemom e Onésimo com o amor cristão de modo que a emancipação seria necessária. Somente após a exposição à luz do evangelho é que a instituição da escravidão poderia morrer.
Conexões
Talvez em nenhum lugar do Novo Testamento a distinção entre lei e graça seja tão bem retratada. Tanto a lei romana como a lei mosaica do Antigo Testamento deram a Filemom o direito de punir um escravo fugitivo que era considerado propriedade. Entretanto, o pacto da graça através do Senhor Jesus permitiu que o senhor e seu escravo desfrutassem de um companheirismo baseado na igualdade dentro do corpo de Cristo.
Aplicação Prática
Empregadores, líderes políticos, executivos de corporações e pais e mães de família podem seguir o espírito do ensinamento de Paulo ao tratar os funcionários cristãos, companheiros de trabalho e membros da família como membros do Corpo de Cristo. Os cristãos na sociedade moderna não devem ver ajudantes como instrumentos para ajudá-los a alcançar suas ambições, mas como irmãos e irmãs em Cristo que devem receber um tratamento amável.
Além disso, todos os líderes cristãos devem reconhecer que terão que prestar contas a Deus pelo tratamento daqueles que trabalham para eles, quer os ajudantes sejam cristãos ou não. Eventualmente esses líderes terão que responder a Deus por suas ações (Colossenses 4:1).
Livro de Hebreus
Embora alguns incluam o livro de Hebreus entre os escritos do apóstolo Paulo, a certa identidade do autor permanece um enigma. Em falta está a saudação habitual de Paulo que pode ser encontrada em suas outras obras.
Além disso, a sugestão de que o escritor desta epístola baseara-se no conhecimento e na informação fornecida por pessoas que tinham sido testemunhas oculares reais de Jesus Cristo (2:3) torna duvidosa a autoria paulina.
Alguns acham que Lucas foi o autor; outros sugerem que Hebreus tenha sido escrito por Apolo, Barnabé, Silas, Felipe, ou Áquila e Priscila. Independentemente de qual mão humana segurou a caneta, o Espírito Santo de Deus é o autor divino de toda a Escritura (2 Timóteo 3:16); portanto, Hebreus fala com a mesma autoridade canônica como os outros sessenta e cinco livros da Bíblia.
Quando foi escrito
Clemente, um dos pais da igreja primitiva, citou o livro de Hebreus em 95 dC. No entanto, provas internas, tais como o fato de que Timóteo estava vivo no momento em que a carta foi escrita e a ausência de qualquer evidência mostrando o fim do sistema sacrificial do Antigo Testamento, o qual ocorrera com a destruição de Jerusalém em 70 dC, indicam que o livro foi escrito por volta de 65 dC.
Propósito
O falecido Dr. Walter Martin, fundador do Instituto de Investigação Cristã e autor do best-seller Kingdom of the Cults (Reino das Seitas), disse em sua sarcástica e habitual forma de falar que o livro de hebreus foi escrito por um hebreu para outros hebreus para dizer-lhes que deixassem de agir como hebreus. Na verdade, muitos dos primeiros crentes judeus estavam caindo de volta aos rituais do judaísmo a fim de escaparem da crescente perseguição. Esta carta, então, é uma exortação para esses crentes perseguidos a continuarem na graça de Jesus Cristo.
Versículos-chave
Hebreus 1:1-2
"Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo."
Hebreus 2:3
"...como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?…"
Hebreus 4:14-16
"Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade."
Hebreus 11:1
"Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos."
Hebreus 12:1-2
"Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus."
Resumo
O livro de Hebreus trata de três grupos distintos: seguidores de Cristo, incrédulos que tinham conhecimento e uma aceitação intelectual dos fatos de Cristo, e incrédulos que tinham sido atraídos a Cristo mas que acabaram rejeitando-no. É importante entender a qual grupo cada passagem está se dirigindo, pois deixar de fazer isso pode levar-nos a tirar conclusões inconsistentes com o restante das Escrituras.
O escritor de Hebreus menciona continuamente a superioridade de Cristo, tanto de Sua pessoa como do Seu trabalho ministerial. Nos escritos do Antigo Testamento, entendemos que os rituais e cerimônias do judaísmo simbolicamente apontavam para a vinda do Messias. Em outras palavras, os ritos do judaísmo eram sombras das coisas futuras.
Hebreus nos diz que Jesus Cristo é melhor do que aquilo que qualquer mera religião tem a oferecer. Toda a pompa e circunstância da religião empalidecem em comparação com a pessoa, trabalho e ministério de Jesus Cristo. É a superioridade do nosso Senhor Jesus, então, que continua a ser o tema desta eloquente carta.
Conexões
Talvez nenhum outro lugar do Novo Testamento esclareça o Antigo Testamento como faz o livro de Hebreus, o qual tem como seu fundamento o sacerdócio levítico. O escritor aos hebreus compara constantemente as insuficiências do sistema sacrificial do Antigo Testamento com a perfeição e realização em Cristo.
Enquanto o Antigo Testamento exigia sacrifícios contínuos e uma expiação pelo pecado uma vez por ano, os quais eram oferecidos por um sacerdote humano, a Nova Aliança proporciona um sacrifício final através de Cristo (Hebreus 10:10) e acesso direto ao trono de Deus para todos os que estão nEle.
Aplicação Prática:Rica na doutrina cristã fundamental, a epístola aos Hebreus também nos proporciona exemplos animadores de "heróis da fé", os quais perseveraram apesar das grandes dificuldades e condições adversas (Hebreus 11). Os homens e mulheres pertencentes à lista dos heróis da fé fornecem provas irrefutáveis quanto à garantia incondicional e absoluta confiabilidade de Deus.
Da mesma forma, podemos manter a confiança perfeita nas ricas promessas de Deus, independentemente das nossas circunstâncias, ao meditarmos na sólida fidelidade das obras de Deus nas vidas dos Seus santos do Antigo Testamento.
O escritor de Hebreus proporciona um grande incentivo aos crentes, mas há cinco advertências solenes às quais devemos prestar atenção. Há o perigo da negligência (Hebreus 2:1-4), o perigo da incredulidade (Hebreus 3:7 - 4:13), o perigo da imaturidade espiritual (Hebreus 5:11-6:20), o risco de deixar de perseverar (Hebreus 10:26-39) e o perigo inerente de recusar a Deus (Hebreus 12:25-29).
Assim encontramos então, nesta obra-prima suprema, uma grande riqueza de doutrina, um refrescante manancial de encorajamento e uma fonte de advertências práticas e sãs contra a preguiça em nossa caminhada cristã. Entretanto, ainda há mais, pois em Hebreus encontramos um retrato magnificamente do nosso Senhor Jesus Cristo, o Autor e consumador da nossa grande salvação (Hebreus 12:2).
Nenhum comentário:
Postar um comentário