O termo ‘Gestalt’ em português não tem uma tradução exata, significa ‘forma’ ou ‘configuração’. Por isso é utilizado no original para designar uma teoria coerente dentro da psicologia.
Historicamente, a expressão tem origem alemã e surgiu em meados de 1520, de uma tradução da Bíblia, significando ‘o que é colocado diante dos olhos’. Considera-se que o filósofo vienense Christian Von Ehrenfels (século XIX) foi o precursor da psicologia da gestalt, cujo movimento tomou forma entre 1930 e 1940, e afirmava que ‘as partes nunca podem proporcionar uma real compreensão do todo’. Hoje, a Gestalt apresenta uma teoria muito interessante a respeito do fenômeno da percepção. Segundo aquela, o que acontece no cérebro não é idêntico ao que ocorre na retina, pois a excitação cerebral não se dá por pontos isoladamente, mas sim por extensão, por conjunto. Denota grupo de entidades físicas ou biológicas, ou fisiológicas, ou simbólicas que, juntas, formam um conceito, configuração ou padrão unificado que é maior que suas partes. Por princípio, o ‘inteiro’ é interpretado de maneira diferente que a ‘soma de suas partes’.
Nas últimas décadas, a Gestalt foi um movimento que atuou com pesquisa e experimentação em importantes estudos de percepção, memória, aprendizagem, motivação e conduta de grupos sociais.
De forma específica, o design utiliza as leis da Gestalt formalmente e até inconscientemente, ajudando na assimilação de informações, ideias e mensagens que são passadas. São as leis básicas de Gestalt:
• Semelhança – eventos simulares se agrupam entre si;
• Proximidade – elementos são agrupados de acordo com a distância em que se encontram uns dos outros. Os mais próximos tendem a ser percebidos como um grupo;
• Continuidade – pontos que estão conectados por uma reta ou curva são vistos de uma maneira a seguirem um caminho mais suave;
• Fechamento – elementos agrupados parecem se completar. Nossa mente, assim, vê um objeto completo mesmo quando não há algum;
• Pregnância – objetos são vistos da forma mais simples. E quanto mais simples, mais facilmente a imagem é assimilada;
• Segregação – capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidade formal em um grupo, dependendo da desigualdade dos estímulos;
• Unificação – ocorre quando os elementos individuais criam estímulos semelhantes, gerando uma coerência.
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