Os jovens em geral são rebeldes às clássicas psicoterapias, mas quando
usam drogas a resistência piora e acabam criando verdadeiras batalhas em casa para
não ir às consultas. As alegações mais comuns são, entre outras:
·
"Não sou louco
para ir a um psiquiatra, os loucos são vocês",
·
"Não sou viciado.
Paro quando eu quiser", "Vão gastar dinheiro à toa!”.
Quando há comprometimento psicológico ou físico, a consulta especializada
se faz necessária. Cabe ao profissional - médico, psiquiatra, psicólogo- especializado
fazer um bom diagnóstico e estabelecer um procedimento adequado.
Os especialistas estão mais capacitados a utilizar, se necessário, medicamentos
específicos. Há muito progresso no campo medicamentoso terapêutico. Novidades surgem
a toda hora, entretanto a validade deverá ser confirmada pelos profissionais escolhidos.
Internação
Apesar da internação involuntária do dependente químico ser permitida,
especialistas afirmam que o ideal é o desejo do paciente em se tratar e o apoio
da família para ajudar a pessoa a deixar as drogas.
Muitos profissionais concordam com esse tipo de internação para alguns
casos, como quando há risco à vida do dependente ou quando ele põe em risco a vida
de outros. Nesses casos, pode-se recorrer a essa última alternativa para prevenir
algum tipo de tragédia. A pessoa acaba perdendo o amor próprio e a substância acaba
sendo mais importante que qualquer outra coisa, inclusive sua própria vida.
A recomendação, em qualquer caso, é que se procure uma clínica legalizada
onde a pessoa passe por uma avaliação médica. É essencial que a família participe
do processo de tratamento e recuperação, o que não é fácil, mas é muito importante.
Dentro do hospital, o dependente passará por uma desintoxicação com
a ajuda de remédios e, mesmo após receber alta, precisa continuar o tratamento com
terapia. “Não é um passe de mágica”, nem a cura, pois o processo de recuperação
é longo, as taxas de êxito são baixas e precisamos estar cientes que estamos lidando
com uma doença que não tem cura.
Terapia
Só internação não resolve. A terapia é essencial
e faz parte de todas as etapas do tratamento contra as drogas, durante e após a
internação. A participação da família é obrigatória para pacientes adolescentes
e recomendada no caso dos adultos.
Nos programas, também há um grupo de acolhimento, onde orientadores
e pessoas em geral criam um espaço que permite a reflexão e informação entre todos
os presentes. A duração do tratamento depende muito de cada caso, mas, em geral,
é necessário ficar pelo menos dois anos sem usar nenhum tipo de droga para ser considerado
livre da dependência.
Grupos de ajuda mútua
As igrejas muitas vezes também oferecem programas de apoio para quem
quiser procurar ajuda. Se o dependente não estiver disposto a iniciar um tratamento,
a família pode comparecer às reuniões e aos centros para se informar qual é a melhor
maneira de lidar com a situação.
Depois da alta, o apoio desses grupos é excelente. Os "padrinhos"
que adotam um novo membro cuidam dele como se fosse um filho. A única obrigação
desse "filho" é ligar para o "padrinho" quando a vontade de
usar a droga começar a ser despertada. É a força da coletividade agindo sobre o
indivíduo necessitado.
Não há psicoterapias nem internações que garantam uma proteção tão grande
e tão empenhada quanto a que esses grupos oferecem. E, se houver, pode se tornar
inviável para a maioria da população, pelo seu alto custo.
O aconselhamento individual
Concentra-se diretamente na redução ou interrupção de
uso de drogas ilícitas por parte do viciado. Também ataca áreas relacionadas a disfunções
– tais como status de emprego, atividade ilegal, relações sócio familiares – tais
como o conteúdo e a estrutura do programa de recuperação do paciente.
Através dessa ênfase em metas de comportamento em curto
prazo, o aconselhamento individualizado ajuda o paciente a desenvolver estratégias
e ferramentas para abster-se do uso de drogas e então manter a abstinência.
O conselheiro encoraja a participação nos 12 passos e
faz referências a suplemento médico, psiquiátrico, emprego e outros serviços. Os
indivíduos são encorajados a participar de sessões uma ou duas vezes por semana.
A terapia de melhoria motivacional
É uma forma de aconselhamento centrado no cliente para
iniciar mudança de comportamento ajudando o cliente a resolver a ambivalência sobre
envolver-se com tratamento e parar de usar droga. Essa forma emprega estratégias
que evocam mudanças rápidas motivadas internamente no cliente, ao invés de guiá-lo
passo a passo através do processo de recuperação.
Essa terapia consiste de uma sessão de baterias de avaliações,
seguidas de duas a quatro sessões de tratamento individual com um terapeuta. A primeira
sessão de tratamento se concentra em providenciar feedback gerado pela bateria inicial
de avaliação para estimular uma discussão referente ao uso pessoal de substância
e para obter frases auto motivadoras.
Princípios motivacionais de entrevista são utilizados
para fortalecer a motivação e construir um plano para mudanças. Estratégias para
situações de alto risco são sugeridas e discutidas com o cliente. Essas sessões
subsequentes, o terapeuta monitora as mudanças, revê estratégias empregadas e continua
a encorajar compromisso com mudanças ou abstinência sustentada.
A terapia comportamental
Incorpora o princípio de que um comportamento indesejado
pode ser mudado por clara demonstração de comportamento desejado e recompensa consistente
de passos adicionais rumo à sua abstenção. Atividades terapêuticas incluem cumprimento
específico de tarefas, ensaio de comportamentos desejados e registro e revisão de
progresso, com elogios e privilégios concedidos para atingir metas estabelecidas.
Amostras de urina são coletadas regularmente para monitorar uso de drogas. A terapia
visa equipar o paciente para conseguir três tipos de controle:
·
Controle de Estímulos: ajuda os pacientes
a evitar situações associadas ao uso de drogas e a aprender a gastar mais tempo
em atividades incompatíveis com uso de drogas.
·
Controle de Impulsos: ajuda os pacientes
a reconhecer e mudar os pensamentos, sentimentos e planos que levam ao uso de drogas.
·
Controle Social: envolve membros
da família e outras pessoas importantes que ajudem o paciente a evitar drogas. Um
dos pais ou outra pessoa importante frequenta as sessões de tratamento quando possível
e realiza tarefas da terapia e reforço de comportamento desejado.
De acordo com estudos de pesquisas, essa terapia ajuda
os adolescentes a se libertarem das drogas e aumenta sua capacidade de permanecerem
livres quando o tratamento termina. Adolescentes também mostram melhora em diversas
outras áreas – frequência ao emprego/escola, relações familiares, depressão, institucionalização
e uso de drogas.
Tais resultados favoráveis são atribuídos amplamente à
inclusão de membros da família na terapia e premiação pela abstinência às drogas
como verificado através da análise de urina.
Terapia multisistêmica – TMS
Ataca os fatores associados ao comportamento antissocial
sério em crianças e adolescentes que abusam de drogas. Esses fatores incluem características
do adolescente (por exemplo, atitudes favoráveis em relação ao uso de drogas), a
família (disciplina deficiente, conflito familiar, abuso de drogas por parte dos
pais), companheiros (atitudes positivas em relação ao uso de drogas), escola (desistência,
baixo rendimento), e vizinhança (sub- cultura criminosa).
A TMS reduz significativamente o uso de drogas por parte
do adolescente durante o tratamento e por pelo menos seis meses após o tratamento.
Números reduzidos de encarceramento e colocações fora de casa de jovens equilibram
o custo de providenciar esse serviço intensivo e manter os casos clínicos em números
reduzidos.
Método de reforço comunitário MRC + vouchers
É uma terapia intensiva de 24 semanas para pacientes externos
para tratamento de cocaína. As metas do tratamento têm dois desdobramentos: Atingir
abstinência de cocaína o tempo suficiente para que pacientes aprendam novas habilidades
para a vida que irão ajudar a manter a abstinência. Reduzir consumo de álcool para
pacientes cuja bebida é associada com o com o uso de cocaína.
Os pacientes frequentam uma ou duas sessões individuais
de aconselhamento por semana, onde se concentram na melhoria das relações familiares,
aprendendo uma variedade de habilidades para minimizar o uso de drogas, recebendo
aconselhamento vocacional e desenvolvendo novas atividades recreacionais e redes
sociais. Aqueles que também abusam do álcool recebem terapia anti-abuso monitorada
clinicamente.
Os pacientes submetem amostras de urina duas ou três vezes
por semana e recebem vouriches por amostras negativas de cocaína. O valor do vouchers
aumenta com amostras limpas consecutivas. Pacientes podem trocar vouchers por mercadorias
de atacado que sejam consistentes com um estilo de vida livre de cocaína.
Essa forma facilita o envolvimento do paciente com o tratamento
e os ajuda sistematicamente a conquistar períodos substanciais de abstinência de
cocaína. O método tem sido testado em áreas rurais e urbanas e usado com sucesso
em desintoxicação de pacientes externos adultos viciados em ópio e com pacientes
internos que têm altas taxas de abuso intravenoso de cocaína
Desintoxicação ou promoção da abstinência
Fase de abstinência, onde a droga é retirada e o paciente permanece
internado sob supervisão médica para acompanhamento dos efeitos da retirada abrupta
do químico e a reação física e psicológica do paciente a essa interrupção forçada
do uso. Fisiologicamente esta fase dura poucos dias, porém a vontade de consumir
pode persistir por meses.
O uso de medicações pode reduzir o desconforto dos usuários ou mesmo
minimizar as complicações médicas. A desintoxicação estabiliza o paciente, permitindo
que ele ingresse na próxima fase do tratamento. Porém a desintoxicação sozinha tem
impacto mínimo na dependência.
Reabilitação
É a fase do tratamento em que os pacientes aprendem como modificar seu
comportamento para manter a abstinência. Inúmeras modalidades terapêuticas podem
(e devem) ser utilizadas para esta finalidade – aconselhamento individual e familiar,
aprendizado sobre dependência e sobre as substâncias que consumiam, psicoterapia
individual e familiar, medicamentos, reaprendizado social e vocacional e muitos
outros processos de tratamento. Grupos de mútua-ajuda devem sempre ser incluídos
no processo de reabilitação
Cuidados continuados
Muitos dos pacientes dependentes devem se manter em tratamento por um
período longo em suas vidas. Esta fase é composta de propostas para a manutenção
do estado de sobriedade frente às dificuldades de suas vidas. Participação em grupos
de mútua-ajuda é um dos mais conhecidos meios de manutenção dos benefícios conseguidos
em um tratamento. Outras possibilidades para esta fase são oferecidas pelas comunidades
terapêuticas, terapia ocupacional, hospitais dia, entre outros.
Comunidades terapêuticas oferecem um ambiente bem estruturado para indivíduos
que não disponham destes recursos em sua vida. As internações nestas instituições
são frequentemente longas, possibilitando uma estruturação da vida antes dele retornar
ao seu ambiente social. A maioria delas oferece encorajamento, suporte moral, psicológico
e espiritual.
Prevenção de recaídas
Estratégias que podem ser aplicadas conjuntamente ou logo após o tratamento
primário (desintoxicação e reabilitação). Em geral estas estratégias têm o objetivo
de antecipar (e lidar) com as situações em que os pacientes terão possibilidade
de recair, ajudando-os a adquirir instrumentos eficazes para evitar o retorno ao
consumo, modificando seu estilo de vida. Essas estratégias são muito efetivas na
redução da exposição dos indivíduos às situações de risco, fortalecendo suas habilidades
de evitar uma recaída.
Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como
está escrito: Mas o justo viverá pela fé. Romanos 1:17
Sabendo
que a prova da vossa fé opera a paciência. Tiago 1:3
Bem
vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi
aperfeiçoada. Tiago 2:22
Mas
dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas
obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tiago 2:18
Não
que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso
gozo; porque pela fé estais em pé. 2 Coríntios 1:24







