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5/29/2014

TRATAMENTO MÉDICO E PSICOLÓGICO


Os jovens em geral são rebeldes às clássicas psicoterapias, mas quando usam drogas a resistência piora e acabam criando verdadeiras batalhas em casa para não ir às consultas. As alegações mais comuns são, entre outras:
·        "Não sou louco para ir a um psiquiatra, os loucos são vocês",
·        "Não sou viciado. Paro quando eu quiser", "Vão gastar dinheiro à toa!”.
Quando há comprometimento psicológico ou físico, a consulta especializada se faz necessária. Cabe ao profissional - médico, psiquiatra, psicólogo- especializado fazer um bom diagnóstico e estabelecer um procedimento adequado.
Os especialistas estão mais capacitados a utilizar, se necessário, medicamentos específicos. Há muito progresso no campo medicamentoso terapêutico. Novidades surgem a toda hora, entretanto a validade deverá ser confirmada pelos profissionais escolhidos.

Internação

Em casos graves, quando o usuário está muito comprometido, a internação hospitalar é necessária e fundamental para dar início à recuperação. Nesse sentido, os hospitais funcionam bem.
Apesar da internação involuntária do dependente químico ser permitida, especialistas afirmam que o ideal é o desejo do paciente em se tratar e o apoio da família para ajudar a pessoa a deixar as drogas.
Muitos profissionais concordam com esse tipo de internação para alguns casos, como quando há risco à vida do dependente ou quando ele põe em risco a vida de outros. Nesses casos, pode-se recorrer a essa última alternativa para prevenir algum tipo de tragédia. A pessoa acaba perdendo o amor próprio e a substância acaba sendo mais importante que qualquer outra coisa, inclusive sua própria vida.
A recomendação, em qualquer caso, é que se procure uma clínica legalizada onde a pessoa passe por uma avaliação médica. É essencial que a família participe do processo de tratamento e recuperação, o que não é fácil, mas é muito importante.
Dentro do hospital, o dependente passará por uma desintoxicação com a ajuda de remédios e, mesmo após receber alta, precisa continuar o tratamento com terapia. “Não é um passe de mágica”, nem a cura, pois o processo de recuperação é longo, as taxas de êxito são baixas e precisamos estar cientes que estamos lidando com uma doença que não tem cura.


Terapia

Só internação não resolve. A terapia é essencial e faz parte de todas as etapas do tratamento contra as drogas, durante e após a internação. A participação da família é obrigatória para pacientes adolescentes e recomendada no caso dos adultos.
Nos programas, também há um grupo de acolhimento, onde orientadores e pessoas em geral criam um espaço que permite a reflexão e informação entre todos os presentes. A duração do tratamento depende muito de cada caso, mas, em geral, é necessário ficar pelo menos dois anos sem usar nenhum tipo de droga para ser considerado livre da dependência.

Grupos de ajuda mútua

Também é fundamental a participação, tanto do dependente quanto da família em grupos de mútua ajuda como os Alcoólicos Anônimos (AA) ou Narcóticos Anônimos (NA).
As igrejas muitas vezes também oferecem programas de apoio para quem quiser procurar ajuda. Se o dependente não estiver disposto a iniciar um tratamento, a família pode comparecer às reuniões e aos centros para se informar qual é a melhor maneira de lidar com a situação.
Depois da alta, o apoio desses grupos é excelente. Os "padrinhos" que adotam um novo membro cuidam dele como se fosse um filho. A única obrigação desse "filho" é ligar para o "padrinho" quando a vontade de usar a droga começar a ser despertada. É a força da coletividade agindo sobre o indivíduo necessitado.
Não há psicoterapias nem internações que garantam uma proteção tão grande e tão empenhada quanto a que esses grupos oferecem. E, se houver, pode se tornar inviável para a maioria da população, pelo seu alto custo.



O aconselhamento individual

Concentra-se diretamente na redução ou interrupção de uso de drogas ilícitas por parte do viciado. Também ataca áreas relacionadas a disfunções – tais como status de emprego, atividade ilegal, relações sócio familiares – tais como o conteúdo e a estrutura do programa de recuperação do paciente.

Através dessa ênfase em metas de comportamento em curto prazo, o aconselhamento individualizado ajuda o paciente a desenvolver estratégias e ferramentas para abster-se do uso de drogas e então manter a abstinência.

O conselheiro encoraja a participação nos 12 passos e faz referências a suplemento médico, psiquiátrico, emprego e outros serviços. Os indivíduos são encorajados a participar de sessões uma ou duas vezes por semana.

A terapia de melhoria motivacional

É uma forma de aconselhamento centrado no cliente para iniciar mudança de comportamento ajudando o cliente a resolver a ambivalência sobre envolver-se com tratamento e parar de usar droga. Essa forma emprega estratégias que evocam mudanças rápidas motivadas internamente no cliente, ao invés de guiá-lo passo a passo através do processo de recuperação.

Essa terapia consiste de uma sessão de baterias de avaliações, seguidas de duas a quatro sessões de tratamento individual com um terapeuta. A primeira sessão de tratamento se concentra em providenciar feedback gerado pela bateria inicial de avaliação para estimular uma discussão referente ao uso pessoal de substância e para obter frases auto motivadoras.

Princípios motivacionais de entrevista são utilizados para fortalecer a motivação e construir um plano para mudanças. Estratégias para situações de alto risco são sugeridas e discutidas com o cliente. Essas sessões subsequentes, o terapeuta monitora as mudanças, revê estratégias empregadas e continua a encorajar compromisso com mudanças ou abstinência sustentada.

A terapia comportamental

Incorpora o princípio de que um comportamento indesejado pode ser mudado por clara demonstração de comportamento desejado e recompensa consistente de passos adicionais rumo à sua abstenção. Atividades terapêuticas incluem cumprimento específico de tarefas, ensaio de comportamentos desejados e registro e revisão de progresso, com elogios e privilégios concedidos para atingir metas estabelecidas. Amostras de urina são coletadas regularmente para monitorar uso de drogas. A terapia visa equipar o paciente para conseguir três tipos de controle:

·        Controle de Estímulos: ajuda os pacientes a evitar situações associadas ao uso de drogas e a aprender a gastar mais tempo em atividades incompatíveis com uso de drogas.

·        Controle de Impulsos: ajuda os pacientes a reconhecer e mudar os pensamentos, sentimentos e planos que levam ao uso de drogas.

·        Controle Social: envolve membros da família e outras pessoas importantes que ajudem o paciente a evitar drogas. Um dos pais ou outra pessoa importante frequenta as sessões de tratamento quando possível e realiza tarefas da terapia e reforço de comportamento desejado.

De acordo com estudos de pesquisas, essa terapia ajuda os adolescentes a se libertarem das drogas e aumenta sua capacidade de permanecerem livres quando o tratamento termina. Adolescentes também mostram melhora em diversas outras áreas – frequência ao emprego/escola, relações familiares, depressão, institucionalização e uso de drogas.

Tais resultados favoráveis são atribuídos amplamente à inclusão de membros da família na terapia e premiação pela abstinência às drogas como verificado através da análise de urina.

Terapia multisistêmica – TMS

Ataca os fatores associados ao comportamento antissocial sério em crianças e adolescentes que abusam de drogas. Esses fatores incluem características do adolescente (por exemplo, atitudes favoráveis em relação ao uso de drogas), a família (disciplina deficiente, conflito familiar, abuso de drogas por parte dos pais), companheiros (atitudes positivas em relação ao uso de drogas), escola (desistência, baixo rendimento), e vizinhança (sub- cultura criminosa).

A TMS reduz significativamente o uso de drogas por parte do adolescente durante o tratamento e por pelo menos seis meses após o tratamento. Números reduzidos de encarceramento e colocações fora de casa de jovens equilibram o custo de providenciar esse serviço intensivo e manter os casos clínicos em números reduzidos.

Método de reforço comunitário MRC + vouchers

É uma terapia intensiva de 24 semanas para pacientes externos para tratamento de cocaína. As metas do tratamento têm dois desdobramentos: Atingir abstinência de cocaína o tempo suficiente para que pacientes aprendam novas habilidades para a vida que irão ajudar a manter a abstinência. Reduzir consumo de álcool para pacientes cuja bebida é associada com o com o uso de cocaína.

Os pacientes frequentam uma ou duas sessões individuais de aconselhamento por semana, onde se concentram na melhoria das relações familiares, aprendendo uma variedade de habilidades para minimizar o uso de drogas, recebendo aconselhamento vocacional e desenvolvendo novas atividades recreacionais e redes sociais. Aqueles que também abusam do álcool recebem terapia anti-abuso monitorada clinicamente.

Os pacientes submetem amostras de urina duas ou três vezes por semana e recebem vouriches por amostras negativas de cocaína. O valor do vouchers aumenta com amostras limpas consecutivas. Pacientes podem trocar vouchers por mercadorias de atacado que sejam consistentes com um estilo de vida livre de cocaína.

Essa forma facilita o envolvimento do paciente com o tratamento e os ajuda sistematicamente a conquistar períodos substanciais de abstinência de cocaína. O método tem sido testado em áreas rurais e urbanas e usado com sucesso em desintoxicação de pacientes externos adultos viciados em ópio e com pacientes internos que têm altas taxas de abuso intravenoso de cocaína

Desintoxicação ou promoção da abstinência
Fase de abstinência, onde a droga é retirada e o paciente permanece internado sob supervisão médica para acompanhamento dos efeitos da retirada abrupta do químico e a reação física e psicológica do paciente a essa interrupção forçada do uso. Fisiologicamente esta fase dura poucos dias, porém a vontade de consumir pode persistir por meses.
O uso de medicações pode reduzir o desconforto dos usuários ou mesmo minimizar as complicações médicas. A desintoxicação estabiliza o paciente, permitindo que ele ingresse na próxima fase do tratamento. Porém a desintoxicação sozinha tem impacto mínimo na dependência.
Reabilitação
É a fase do tratamento em que os pacientes aprendem como modificar seu comportamento para manter a abstinência. Inúmeras modalidades terapêuticas podem (e devem) ser utilizadas para esta finalidade – aconselhamento individual e familiar, aprendizado sobre dependência e sobre as substâncias que consumiam, psicoterapia individual e familiar, medicamentos, reaprendizado social e vocacional e muitos outros processos de tratamento. Grupos de mútua-ajuda devem sempre ser incluídos no processo de reabilitação
Cuidados continuados
Muitos dos pacientes dependentes devem se manter em tratamento por um período longo em suas vidas. Esta fase é composta de propostas para a manutenção do estado de sobriedade frente às dificuldades de suas vidas. Participação em grupos de mútua-ajuda é um dos mais conhecidos meios de manutenção dos benefícios conseguidos em um tratamento. Outras possibilidades para esta fase são oferecidas pelas comunidades terapêuticas, terapia ocupacional, hospitais dia, entre outros.
Comunidades terapêuticas oferecem um ambiente bem estruturado para indivíduos que não disponham destes recursos em sua vida. As internações nestas instituições são frequentemente longas, possibilitando uma estruturação da vida antes dele retornar ao seu ambiente social. A maioria delas oferece encorajamento, suporte moral, psicológico e espiritual.
Prevenção de recaídas
Estratégias que podem ser aplicadas conjuntamente ou logo após o tratamento primário (desintoxicação e reabilitação). Em geral estas estratégias têm o objetivo de antecipar (e lidar) com as situações em que os pacientes terão possibilidade de recair, ajudando-os a adquirir instrumentos eficazes para evitar o retorno ao consumo, modificando seu estilo de vida. Essas estratégias são muito efetivas na redução da exposição dos indivíduos às situações de risco, fortalecendo suas habilidades de evitar uma recaída.

Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé. Romanos 1:17

Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tiago 1:3

Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. Tiago 2:22

Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tiago 2:18


Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé. 2 Coríntios 1:24