Escolha o Idioma

5/29/2014

O MODELO MINNESOTA



O Modelo Minnesota é o precursor de todos os modelos para tratamento de dependência química, tem suas bases estruturadas nos Doze Passos de AA e faz uso de uma abordagem multidisciplinar.

O Modelo Minnesota baseia-se nas seguintes concepções:

·        Dependência química é uma doença e não um sintoma de outra patologia
·        É uma doença multifacetada e multidimensional
·        O motivo inicial que leva à dependência não está relacionado com o resultado
·        Focaliza a causa que desencadeia o processo e não a pré-disposição para a dependência.

O Modelo Minnesota rege-se pelos seguintes princípios:

·        A meta é tratar, mas não a possibilidade de curar. O paciente é motivado a aprender a viver com a sua doença que é uma condição crônica e não em procurar as causas e esperar por uma cura.
·        Baseia seu programa de tratamento nos Doze Passos de AA especialmente nos primeiros cinco.
·        Recomenda a abstinência total de substâncias psicoativas.
·        Cria um ambiente onde a comunidade terapêutica é totalmente aberta e honesta, o que propicia uma troca de experiências em todos os níveis.
·        Tem uma equipe multidisciplinar que inclui um profissional denominado “conselheiro”, que pode ser um dependente em recuperação há muitos anos.
·        Apresenta um programa essencialmente didático que é aplicável a qualquer pessoa, mas utiliza um plano de tratamento que é específico para cada paciente.

Pontos Fracos do Modelo Minnesota:

·        Seu funcionamento é complexo e depende muito das características pessoais daqueles que compõem o ambiente terapêutico. É de difícil avaliação objetiva devido às particularidades de cada caso.
·        Devido à complexidade metodológica, é difícil sua avaliação mediante estudos dos processos dessa natureza.
·        Apresenta uma mistura de princípios científicos com sabedoria adquirida, o que dificulta a sua avaliação e descrição.
·        Os papéis terapêuticos nem sempre são desempenhados por profissionais de formação formal. Isto cria muitas críticas dos profissionais de classes, especialmente entre os psiquiatras e psicólogos, além de problemas referentes a licenciamento e credenciamento.
·        Existe tanta diversidade dentro do Modelo Minnesota que às vezes torna-se difícil determinar nitidamente o que é e o que não é o Modelo Minnesota.
·        Devido à mescla de filosofias e profissionais, a administração de um programa dentro do Modelo Minnesota torna-se bastante trabalhosa.
·        O modelo Minnesota não é a resposta definitiva para o tratamento de dependência química. É um método que não permite prognosticar com segurança para quem vai dar resultado sem antes experimentar.

Resumo do Modelo Minnesota:

·        Os profissionais de tratamento e os pacientes colaboram na definição do caminho da recuperação.
·        O foco do tratamento é a mudança do estilo de vida.
·        O tratamento é de longo prazo.
·        O tratamento é multidisciplinar.
·        A reabilitação depende do apoio de sistemas naturais como a família, amigos e grupos de ajuda-mútua.

Contrastes desse modelo de reabilitação com o modelo médico tradicional onde:

·        Os pacientes são passivos.
·        Os medicamentos são os instrumentos mais utilizados.

·        O tratamento focaliza a cura.