O Modelo Minnesota é o precursor de todos os modelos para tratamento
de dependência química, tem suas bases estruturadas nos Doze Passos de AA e faz
uso de uma abordagem multidisciplinar.
O Modelo Minnesota baseia-se nas seguintes concepções:
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Dependência química
é uma doença e não um sintoma de outra patologia
·
É uma doença multifacetada
e multidimensional
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O motivo inicial
que leva à dependência não está relacionado com o resultado
·
Focaliza a causa
que desencadeia o processo e não a pré-disposição para a dependência.
O Modelo Minnesota rege-se pelos seguintes princípios:
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A meta é tratar,
mas não a possibilidade de curar. O paciente é motivado a aprender a viver com a
sua doença que é uma condição crônica e não em procurar as causas e esperar por
uma cura.
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Baseia seu programa
de tratamento nos Doze Passos de AA especialmente nos primeiros cinco.
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Recomenda a abstinência
total de substâncias psicoativas.
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Cria um ambiente
onde a comunidade terapêutica é totalmente aberta e honesta, o que propicia uma
troca de experiências em todos os níveis.
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Tem uma equipe multidisciplinar
que inclui um profissional denominado “conselheiro”, que pode ser um dependente
em recuperação há muitos anos.
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Apresenta um programa
essencialmente didático que é aplicável a qualquer pessoa, mas utiliza um plano
de tratamento que é específico para cada paciente.
Pontos Fracos do Modelo Minnesota:
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Seu funcionamento
é complexo e depende muito das características pessoais daqueles que compõem o ambiente
terapêutico. É de difícil avaliação objetiva devido às particularidades de cada
caso.
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Devido à complexidade
metodológica, é difícil sua avaliação mediante estudos dos processos dessa natureza.
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Apresenta uma mistura
de princípios científicos com sabedoria adquirida, o que dificulta a sua avaliação
e descrição.
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Os papéis terapêuticos
nem sempre são desempenhados por profissionais de formação formal. Isto cria muitas
críticas dos profissionais de classes, especialmente entre os psiquiatras e psicólogos,
além de problemas referentes a licenciamento e credenciamento.
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Existe tanta diversidade
dentro do Modelo Minnesota que às vezes torna-se difícil determinar nitidamente
o que é e o que não é o Modelo Minnesota.
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Devido à mescla
de filosofias e profissionais, a administração de um programa dentro do Modelo Minnesota
torna-se bastante trabalhosa.
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O modelo Minnesota
não é a resposta definitiva para o tratamento de dependência química. É um método
que não permite prognosticar com segurança para quem vai dar resultado sem antes
experimentar.
Resumo do Modelo Minnesota:
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Os profissionais
de tratamento e os pacientes colaboram na definição do caminho da recuperação.
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O foco do tratamento
é a mudança do estilo de vida.
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O tratamento é de
longo prazo.
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O tratamento é multidisciplinar.
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A reabilitação depende
do apoio de sistemas naturais como a família, amigos e grupos de ajuda-mútua.
Contrastes desse modelo de reabilitação com o modelo médico tradicional
onde:
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Os pacientes são
passivos.
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Os medicamentos
são os instrumentos mais utilizados.
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O tratamento focaliza
a cura.







