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8/14/2015

Os Doze Passos de AA e sua fundamentação bíblica 1 a 6

GRUPOS DE MUTUO AJUDA
Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos são irmandades mundiais de homens e mulheres que se ajudam mutuamente a permanecerem sóbrios. Eles oferecem a mesma ajuda a qualquer um que tenha um problema com a bebida/drogas e queira parar. Por serem todos dependentes químicos, eles têm uma compreensão mutua especial. Sabem como essa doença os atinge – e aprenderam como se recuperar dentro de A.A /N.A.
Cada grupo realiza reuniões regulares, nas quais os membros relatam entre si suas experiências - geralmente em relação aos "DOZE PASSOS" sugeridos para a recuperação, e às "DOZE TRADIÇÕES" sugeridas para as relações dentro da Irmandade e com a comunidade de fora.
Minha intenção é mostrar nesse livro que os doze passos podem ser, sem exceção, fundamentados na palavra de Deus, o que em minha opinião demonstra que a fé e a frequência regular à uma igreja, a comunhão com os irmãos e os testemunhos que podemos dar funcionam tão bem ou melhor do que apenas participar de uma irmandade.


OS DOZE PASSOS FUNDAMENTADOS NA BÍBLIA
PASSO 1
Admitimos que éramos impotentes perante nossos hábitos, vícios e emoções, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

Situações de Perda – Gênesis 16.1-16
1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos; tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar,
2 disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai.
3 Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã.
4 Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada.
5 Disse Sarai a Abrão: Seja sobre ti a afronta que se me faz a mim. Eu te dei a minha serva para a possuíres; ela, porém, vendo que concebeu, desprezou-me. Julgue o SENHOR entre mim e ti.
6 Respondeu Abrão a Sarai: A tua serva está nas tuas mãos, procede segundo melhor te parecer. Sarai humilhou-a, e ela fugiu de sua presença.
7 Tendo-a achado o Anjo do SENHOR junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.
8 disse-lhe: Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais? Ela respondeu: Fujo da presença de Sarai, minha senhora.
9 Então, lhe disse o Anjo do SENHOR: Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos.
10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada.
11 Disse-lhe ainda o Anjo do SENHOR: Concebeste e darás à luz um filho, a quem chamarás Ismael, porque o SENHOR te acudiu na tua aflição.
12 Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos.
13 Então, ela invocou o nome do SENHOR, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?
14 Por isso, aquele poço se chama Beer-Laai-Roi; está entre Cades e Berede.
15 Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão, a seu filho que lhe dera Agar, chamou-lhe Ismael.
16 Era Abrão de oitenta e seis anos, quando Agar lhe deu à luz Ismael.
Às vezes, somos impotentes perante as situações da vida. Talvez estejamos numa situação em que outras pessoas têm domínio sobre nós. Talvez percebamos que estamos sendo postos em ciladas pelas exigências de outros e que não há meios de agradar a todos. Estamos contra a parede: se agradarmos a um decepcionaremos a outros. Às vezes quando, nos sentimos perplexos e frustrados com nossos relacionamentos, almejamos boa dose de controle para escapar de nossos comportamentos aditivos.
Agar é um exemplo de impotência. Ela não usufruía de direitos. Enquanto moça, era escrava de Sarai e Abrão. Quando eles estavam tristes pelo fato de Sarai ser estéril, Agar foi entregue a Abrão para ser de substituta. Quando engravidou, como esperavam, Sarai ficou com tanta inveja, que bateu em Agar, que foi embora.
Absolutamente sozinha no deserto, ela foi encontrada por um anjo, que lhe deu uma maravilhosa mensagem:
·         Volte para a sua dona e seja obediente a ela em tudo.” E o anjo do Senhor disse também: “Eu farei com que o número dos seus descendentes seja grande; eles serão tantos que ninguém poderá contá-los. Você está grávida, e terá um filho, e porá nele o nome de Ismael, pois o Senhor Deus ouviu o seu grito de aflição.Gen. 16.9-11
Quando somos apanhados em situações de perda, somos tentados a fugir através dos nossos atalhos aditivos/compulsivos. Em momentos como esses, Deus está ali e ouve os nossos clamores. Necessitamos aprender a expressar nossa dor perante Deus em vez de apenas tentar escapar dela. Deus ouve nossos gritos e está disposto a dar esperança para o futuro.
Autoengano Perigoso – Juízes 16.1-31
1 Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e coabitou com ela.
2 Foi dito aos gazitas: Sansão chegou aqui. Cercaram-no, pois, e toda a noite o esperaram, às escondidas, na porta da cidade; e, toda a noite, estiveram em silêncio, pois diziam: Esperaremos até ao raiar do dia; então, daremos cabo dele.
3 Porém Sansão esteve deitado até à meia-noite; então, se levantou, e pegou ambas as folhas da porta da cidade com suas ombreiras, e, juntamente com a tranca, as tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima, até ao cimo do monte que olha para Hebrom.
4 Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila.
5 Então, os príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos; e te daremos cada um mil e cem siclos de prata.
6 Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força e com que poderias ser amarrado para te poderem subjugar.
7 Respondeu-lhe Sansão: Se me amarrarem com sete tendões frescos, ainda não secos, então, me enfraquecerei, e serei como qualquer outro homem.
8 Os príncipes dos filisteus trouxeram a Dalila sete tendões frescos, que ainda não estavam secos; e com os tendões ela o amarrou.
9 Tinha ela no seu quarto interior homens escondidos. Então, ela lhe disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Quebrou ele os tendões como se quebra o fio da estopa chamuscada; assim, não se soube em que lhe consistia a força.
10 Disse Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim e me disseste mentiras; ora, declara-me, agora, com que poderias ser amarrado.
11 Ele lhe disse: Se me amarrarem bem com cordas novas, com que se não tenha feito obra nenhuma, então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem.
12 Dalila tomou cordas novas, e o amarrou, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tinha ela no seu quarto interior homens escondidos. Ele as rebentou de seus braços como um fio.
13 Disse Dalila a Sansão: Até agora, tens zombado de mim e me tens dito mentiras; declara-me, pois, agora: com que poderias ser amarrado? Ele lhe respondeu: Se teceres as sete tranças da minha cabeça com a urdidura da teia e se as firmares com pino de tear, então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem. Enquanto ele dormia, tomou ela as sete tranças e as teceu com a urdidura da teia.
14 E as fixou com um pino de tear e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Então, despertou do seu sono e arrancou o pino e a urdidura da teia.
15 Então, ela lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste em que consiste a tua grande força.
16 Importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de matar.
17 Descobriu lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem.
18 Vendo, pois, Dalila que já ele lhe descobrira todo o coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi mais esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o coração. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela e trouxeram com eles o dinheiro.
19 Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força.
20 E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele.
21 Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere.
22 E o cabelo da sua cabeça, logo após ser raspado, começou a crescer de novo.
23 Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer grande sacrifício a seu deus Dagom e para se alegrarem; e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo.
24 Vendo-o o povo, louva ao seu deus, porque diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e o que destruía a nossa terra, e o que multiplicava os nossos mortos.
25 Alegrando-se lhes o coração, disseram: Mandai vir Sansão, para que nos divirta. Trouxeram Sansão do cárcere, o qual os divertia. Quando o fizeram estar em pé entre as colunas,
26 disse Sansão ao moço que o tinha pela mão: Deixa-me, para que apalpe as colunas em que se sustém a casa, para que me encoste a elas.
27 Ora, a casa estava cheia de homens e mulheres, e também ali estavam todos os príncipes dos filisteus; e sobre o teto havia uns três mil homens e mulheres, que olhavam enquanto Sansão os divertia.
28 Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos.
29 Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, e fez força sobre elas, com a mão direita em uma e com a esquerda na outra.
30 E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.
31 Então, seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, tomaram-no, subiram com ele e o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Julgou ele a Israel vinte anos.
Quando nos recusamos a admitir nossa impotência, somente enganamos a nós mesmos. As mentiras que contamos para nós e para outros são conhecidas: “Posso parar quando quiser.” “Mantenho o controle: esta única vez não fará mal.” E a todo o momento estamos chegando mais próximos ao desastre. Sansão foi um dos juízes de Israel.
Enquanto criança fora dedicado a Deus, e Deus lhe havia dotado com força sobrenatural. Mas Sansão teve toda uma vida de fraqueza: a maneira como se relacionava com mulheres. Sansão foi especialmente cego para os perigos que enfrentava no seu relacionamento com Dalila. Seus inimigos a pagavam para descobrir o segredo da força de Sansão. Três vezes ela implorou a Sansão para contar seu segredo.
A cada vez ela estava pronta a entregar Sansão ao inimigo. Três vezes Sansão mentiu para Dalila e pode escapar, mas a cada vez ele chegava mais próximo ao momento de contar-lhe a verdade. Finalmente, Sansão revelou-lhe o segredo, foi capturado e morreu como escravo nas mãos do inimigo. O real problema de Sansão se encontra nas mentiras que contou sobre si. Por não admitir sua impotência, permaneceu cego para o perigo óbvio ao qual seu orgulho e desejo por mulheres estrangeiras o conduziam.
Isso o levou, gradativamente, ao caminho da morte. Nós precisamos ser cuidadosos para não cair em armadilhas semelhantes. Ao aprendermos a reconhecer diariamente nossa impotência frente às nossas tendências aditivas/compulsivas, ficaremos mais atentos a comportamentos que, possivelmente, nos conduzirão à destruição.
Um Começo Humilde – 2 Reis 5.1-15
1 Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso.
2 Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
3 Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.
4 Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel.
5 Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu e levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivas.
6 Levou também ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.
7 Tendo lido o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra? Notai, pois, e vede que procura um pretexto para romper comigo.
8 Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.
9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu.
10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.
11 Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso.
12 Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação.
13 Então, se chegaram a ele os seus oficiais e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo.
14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo.
15 Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo.
Pode ser muito humilhante admitir nossa impotência, especialmente se somos usados a fim de manter-nos sob controle. Podemos ser fortes em algumas áreas de nossa vida, mas perder o controle sobre comportamentos aditivos/compulsivos. Se nos recusamos a admitir nossa impotência, podemos perder tudo. Essa parte, impossível de ser manejada em nossa vida, pode infestar e destruir tudo mais.
As experiências do comandante do exército da Síria, chamado Naamã, ilustram a veracidade do que foi dito. Ele era uma figura militar e política poderosa, homem rico, de relevante posição e poder. Ele sofria de lepra, que ameaçava provocar a perda de tudo quanto estimava. Leprosos eram marginalizados por suas famílias e pela sociedade. No fim das contas, sofriam morte lenta, dolorosa e desgraçada. Naamã ouviu a respeito de um profeta em Israel que poderia curá-lo.
Encontrou o profeta, e o profeta lhe disse que, para ser curado, devia mergulhar sete vezes no rio Jordão. Naamã ficou distante, esperando que seu poder lhe proporcionasse cura instantânea e fácil. No fim, entretanto, reconheceu sua impotência, seguiu as instruções e recuperou-se completamente. Nossas “doenças” são tão ameaçadoras como a lepra do tempo de Naamã. Elas nos separam lentamente de nossa família e encaminham à destruição tudo que nos é importante.
Não há cura instantânea ou fácil. A única resposta consiste em admitir nossa impotência, humilharmo-nos e submetermo-nos ao processo que poderá nos recuperar.
Esperança em Meio ao Sofrimento - Jó 6.2-13
2 Oh! Se a minha queixa, de fato, se pesasse, e contra ela, numa balança, se pusesse a minha miséria,
3 Esta, na verdade, pesaria mais que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras foram precipitadas.
4 Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim cravadas, e o meu espírito sorve o veneno delas; os terrores de Deus se arregimentam contra mim.
5 Zurrará o jumento montês junto à relva? Ou mugirá o boi junto à sua forragem?
6 Comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá sabor na clara do ovo?
7 Aquilo que a minha alma recusava tocar, isso é agora a minha comida repugnante.
8 Quem dera que se cumprisse o meu pedido, e que Deus me concedesse o que anelo!
9 Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo!
10 Isto ainda seria a minha consolação, e saltaria de contente na minha dor, que ele não poupa; porque não tenho negado as palavras do Santo.
11 Por que esperar se já não tenho forças? Por que prolongar a vida se o meu fim é certo?
12 Acaso, a minha força é a força da pedra? Ou é de bronze a minha carne?
13 Não! Jamais haverá socorro para mim; foram afastados de mim os meus recursos.
Há ocasiões em que nós ficamos tão confusos e tão dominados pela dor em nossa vida, que chegamos a desejar a morte. Não importa o que fazemos, nós somos impotentes para mudar as coisas para melhor. O peso do sofrimento e da tristeza parece pesado demais para ser suportado. Não podemos entender por que nosso coração não para e não permite à morte nos liberar. Jó sentia-se assim. Ele havia perdido tudo, mesmo tendo ele vivido uma vida correta.
Seus dez filhos estavam mortos. Ele havia perdido seus negócios, seus bens e sua saúde. E tudo isso aconteceu numa questão de dias! Só lhe restaram uma mulher de língua muito afiada para instigá-lo contra Deus e três amigos que o acusavam como responsável da sua própria desgraça. Jó clamava:
·         Ah! Se a minha desgraça e os meus sofrimentos fossem postos numa balança, com certeza pesariam mais do que a areia do mar... Ah! Se Deus me desse o que estou pedindo! Ah! Se Deus respondesse à minha oração! Então ele me tiraria a vida; ele me atacaria e acabaria comigo! Onde estão as minhas forças para resistir? Por que viver, se não há esperança? Será que sou forte como a pedra? Será que o meu corpo é de bronze? Não sou capaz de me ajudar a mim mesmo, e não há ninguém que me socorra.” Jó 6.2-3, 8-9, 11-13
Jó não sabia que o fim de sua vida seria ainda muito melhor do que o seu começo.
·         “O Senhor abençoou a última parte da vida de Jó mais do que a primeira. E morreu bem velho.” Jó 42.12, 17
12 Assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas.
13 Também teve outros sete filhos e três filhas.
14 Chamou a primeira Jemima, o da outra, Quezia, e o da terceira, Quéren-Hapuque.
15 Em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.
16 Depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.
17 Então morreu Jó, velho e farto de dias.
Mesmo quando somos pressionados e parece que a morte é certa, ainda há esperança de que a nossa vida mude. Devemos lembrar: a vida pode ser boa novamente!
Impotentes Como as Crianças – Marcos 10.13-16
13 Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.
14 Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
15 Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
16 Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.
Para muitos de nós que estamos em processo de recuperação, as lembranças da infância estão cheias de medos porque nos sentíamos indefesos. Se fomos criados em uma família fora de controle, na qual descuidavam de nós, abusavam ou nos expunham à violência doméstica e a um comportamento disfuncional, o pensamento de impotência podia ser aterrador.
Talvez até tenhamos prometido nunca mais ser tão vulneráveis como quando éramos crianças. Jesus nos diz que, para entrar no Reino de Deus, devemos ser como crianças, e isso inclui ser impotentes. Ele disse:
·         Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele.” Mc 10.15
Em qualquer sociedade, as crianças são os membros mais dependentes. Não têm nenhum poder natural para se auto proteger; não têm meios para garantir que a sua vida seja segura, cômoda e satisfatória. As crianças pequenas são particularmente dependentes do amor, dos cuidados e da proteção de outros nas suas necessidades mais básicas. Elas precisam chorar, mesmo que nem saibam exatamente do que necessitam. Precisam confiar sua vida a alguém que é mais poderoso que elas e têm a esperança de que serão ouvidas e cuidadas com amor.
Se queremos curar a nossa vida, nós também temos de admitir que somos verdadeiramente impotentes. Isso não significa que tenhamos de nos transformar outra vez em vítimas. Reconhecer a nossa impotência é uma apreciação franca da nossa situação na vida e um passo positivo para a recuperação.
A Mudança No Tempo Certo – Atos 9.1-9
1 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
2 E lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém.
3 Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor.
4 E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;
6 Mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.
7 Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém.
8 Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco.
9 Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.
Há momentos importantes na vida que podem mudar o nosso destino. Com frequência, são momentos em que nos sentimos confrontados com a nossa impotência diante dos acontecimentos da nossa vida. Esses momentos podem nos destruir ou arrumar para sempre a nossa vida numa direção melhor.
Saulo de Tarso depois chamado Paulo viveu um desses momentos. Depois da ascensão de Jesus, Saulo assumiu a tarefa de deixar o mundo sem cristãos. Enquanto ia no caminho para Damasco a fim de cumprir a sua missão, de repente uma luz que vinha do céu brilhou em volta dele. Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dizia:
·         “Saulo, Saulo, por que me persegues?... Eu sou Jesus, aquele que você persegue. Mas levanta-te, entra na cidade, e ali dirão a você o que deve fazer. Saulo se levantou do chão e abriu os olhos, mas não podia ver nada. Então eles o pegaram pela mão e o levaram para Damasco. Ele ficou três dias sem poder ver e durante esses dias não comeu nem bebeu. Atos 9.3-6, 8-9
De repente, Saulo foi confrontado com o fato de que a sua vida não era tão perfeita como ele havia pensado. A auto justificação tinha sido a sua marca registrada. No entanto, ao abandonar as suas ilusões de poder, ele se transformou em um dos homens mais poderosos que já existiu: o apóstolo Paulo.
Quando somos confrontados com a verdade de que a nossa vida não está sob o nosso controle, é hora de decidir. Podemos continuar negando essa verdade e nos apegando à autojustiça ou podemos encarar o fato de que estivemos cegos diante de alguns assuntos importantes. Se estivermos dispostos a ser guiados para a nossa recuperação e para uma nova maneira de viver, então encontraremos o verdadeiro poder.
O Paradoxo da Impotência – 2 Cor. 4.7-10
7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
8 Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados;
9 Perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;
10 Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.
Talvez tenhamos medo de confessar que precisamos de ajuda e que a nossa vida já está sem controle. Se reconhecêssemos que somos impotentes, por acaso não nos sentiríamos tentados a nos render completamente na luta contra a nossa adicção? Parece que não há sentido em confessar a nossa impotência e, mesmo assim, encontrar o poder para seguir adiante.
A vida está repleta de paradoxos. O apóstolo Paulo nos diz:
·                     “Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados.” 2 Cor. 4.7-8
Essa ilustração mostra um contraste entre um tesouro precioso e o singelo recipiente no qual esse tesouro está guardado. O poder vivente derramado do alto na nossa vida é o tesouro. O nosso corpo, com todos os seus defeitos e fraquezas, é o pote de barro. Como seres humanos, somos imperfeitos.
Quando reconhecermos o paradoxo da impotência, poderemos sentir bastante alívio. Não temos de ser fortes sempre ou fingir que somos perfeitos. Podemos viver uma vida de verdade, com as suas lutas diárias, com um corpo humano assediado por fraquezas e, ainda, encontrar o poder do alto para seguir adiante sem estar angustiados nem desesperados.


PASSO 2

Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.
Procura Incessante – Jó 14.1-6
1 O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação.
2 Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece;
3 E sobre tal homem abres os olhos e o fazes entrar em juízo contigo?
4 Quem da imundície poderá tirar coisa pura? Ninguém!
5 Visto que os seus dias estão contados, contigo está o número dos seus meses; tu ao homem puseste limites além dos quais não passará.
6 Desvia dele os olhares, para que tenha repouso, até que, como o jornaleiro, tenha prazer no seu dia.
Algo que poderia tornar difícil crer em Deus é que, frequentemente, a vida parece injusta. Não pedimos para nascer em uma família disfuncional! Não emitimos qualquer opinião quanto aos maus tratos e às injustiças que sofremos! Não escolhemos a nossa predisposição para a adicção. Entretanto, somos responsabilizados por coisas que nem mesmo podemos controlar. Com isso, fica difícil voltar a Deus como o Poder que pode restaurar a nossa sanidade. Deus parece pouco racional nas suas exigências.
Jó conheceu esses sentimentos. Em meio ao seu sofrimento, manifestou:
·         “Todos somos fracos desde o nascimento; a nossa vida é curta e muito agitada. O ser humano é como a flor que se abre e logo murcha; como uma sombra ele passa e desaparece. Nada somos; então por que nos dás atenção? E quem sou eu para que me leves ao tribunal? O ser humano, que é impuro, nunca produz nada que seja puro.” Jó 14.1-4
Essas são boas perguntas que a maioria de nós formula de uma forma ou de outra. Jó persistiu no seu questionamento porque, no íntimo, cria que Deus era bom e justo, embora a vida não fosse assim. Jó foi sincero com as suas emoções e perguntas, mas nunca deixou de procurar Deus.
Existe uma boa resposta à pergunta de Jó, a qual satisfará o nosso coração e a nossa mente. Entretanto, tal resposta somente será encontrada por quem estiver disposto a passar pela dor e pela injustiça da vida e a continuar procurando Deus. Aquele que o buscar o encontrará. Além disso, nos braços amorosos do Senhor encontrará também as respostas que procura.


Nós Não Somos Deus – Daniel 4.19-33
19 Então, Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o turbavam. Então, lhe falou o rei e disse: Beltessazar, não te perturbe o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar e disse: Senhor meu, o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos.
20 A árvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até ao céu, e que foi vista por toda a terra,
21 Cuja folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos as aves do céu faziam morada,
22 És tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da terra.
23 Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu e que dizia: Cortai a árvore e destruí-la, mas a cepa com as raízes deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ela sete tempos,
24 Esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor:
25 Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
26 Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa da árvore com as suas raízes, o teu reino tornará a ser teu, depois que tiveres conhecido que o céu domina.
27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
28 Todas estas coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor.
29 Ao cabo de doze meses, passeando sobre o palácio real da cidade de Babilônia,
30 Falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?
31 Falava ainda o rei quando desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino.
32 Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
33 No mesmo instante se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves.
Na sua época, Nabucodonosor, rei da antiga Babilônia, foi a autoridade mais poderosa sobre a face da terra. Ele acreditava que era um deus e exigia ser adorado. Por meio de Daniel, Deus disse a ele.
·         E agora vou dar a explicação. Este sonho trata da sentença do Deus Altíssimo conto o senhor, ó rei: O senhor será expulso do meio dos seres humanos e ficara morando com os animais selvagens... até que o senhor reconheça que o Deus altíssimo domina todos os reinos do mundo e coloca como rei o homem que ele quer.Daniel 4.24-25
Aconteceu exatamente como Daniel havia explicado. No fim do período de isolamento, Nabucodonosor disse:
·         “eu olhei para o céu, e o meu juízo voltou. Aí agradeci ao Deus Altíssimo e dei louvor e glória àquele que vive para sempre... Logo que o meu juízo voltou” – continuou Nabucodonosor – “eu recebi outra vez a minha honra, a minha majestade e a glória do meu reino,... Com mais poder do que antes. Portanto, eu, o rei Nabucodonosor, agradeço ao Rei do céu e lhe dou louvor e glória. Tudo o que ele faz é certo e justo, e ele pode humilhar qualquer pessoa orgulhosa.” Daniel 4.34-37
34 Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
35 Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
36 Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza.
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Nós não somos Deus; nós temos de prestar contas a Deus, que é um poder maior. Esse poder superior pode curar nossas “loucuras” e recuperar nossa vida para ser até melhor do que era antes do nosso período de “insanidade”. Deus fará isso somente se entregarmos nossa vida a ele.
Escravidão Interior – Marcos 5.1-13
1 Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos.
2 Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo,
3 O qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo;
4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo.
5 Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras.
6 Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou,
7 Exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes!
8 Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem!
9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
10 E rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país.
11 Ora, pastava ali pelo monte uma grande manada de porcos.
12 E os espíritos imundos rogaram a Jesus, dizendo: Manda-nos para os porcos, para que entremos neles.
13 Jesus o permitiu. Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram.
Quando estamos sob a influência da nossa adicção, o seu poder parece ter uma força sobrenatural. Talvez possamos desistir da vida e lançar-nos em comportamentos autodestrutivos com uma impulsividade imprudente. Talvez as pessoas tenham desistido de nós. Talvez se distanciem como se já estivéssemos mortos. Tanto se a nossa “insanidade” for auto induzida como se tiver uma origem mais sinistra, há um poder disposto a nos devolver a sanidade e a integridade.


Jesus ajudou um homem que agia como um louco.
·         “O homem vinha do cemitério, onde estava morando. Ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo usando correntes. Muitas vezes já tinham amarrado as suas mãos e os seus pés com correntes de ferro, mas ele quebrava tudo, e ninguém conseguia dominá-lo. Passava os dias e as noites nos montes e entre os túmulos, gritando e os ferindo de propósito com pedras” Marcos 5.3-5.
Jesus foi ao cemitério e avaliou a situação. Ele tratou com as forças das trevas que afligiam o homem e lhe devolveu o juízo. Depois, o enviou para a sua casa para que contasse aos seus amigos o que Deus havia feito por ele.
Talvez tenhamos ido tão longe em nossa adicção que quebramos todas as cadeias. Lutamos para ser livres do controle da sociedade e dos nossos amados. Somente para descobrir que a nossa escravidão não vem de fontes externas. Toda a esperança parece perdida, mas, onde ainda há vida, ainda há esperança. Deus pode tocar a nossa insanidade e nos devolver o juízo perfeito.
Recuperação pela Fé – Lucas 8.43-48
43 Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém tinha podido curar [e que gastara com os médicos todos os seus haveres],
44 Veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia.
45 Mas Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro [com seus companheiros] disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem [e dizes: Quem me tocou?].
46 Contudo, Jesus insistiu: Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder.
47 Vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante dele, declarou, à vista de todo o povo, a causa por que lhe havia tocado e como imediatamente fora curada.
48 Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz.
A fé é a chave para trabalhar o segundo passo com sucesso. Para alguns de nós, a fé chega facilmente. Para outros, especialmente se experimentamos a traição, pode ser mais difícil. Às vezes, pensamos que devemos esgotar todos os nossos recursos tentando superar a nossa “enfermidade” aditiva antes de nos arriscarmos a crer em um Poder Superior.
Quando Jesus viveu na Terra, era tão conhecido pelo seu poder de cura, que multidões de enfermos o seguiam constantemente. Um dia, chegou uma mulher que, havia doze anos, estava com uma hemorragia. Ela havia gastado tudo o que tinha com os médicos, mas ninguém havia conseguido curá-la. Ela foi atrás de Jesus e tocou na barra do seu manto, e logo o sangue parou de escorrer... Aí Jesus disse: ‘Minha filha, você se curou porque teve fé! Vá em paz. Lucas 8.43-44,48
Para alcançar a recuperação, devemos seguir o exemplo dessa mulher. Não podemos nos dar ao luxo de ficar esperando “curas” e evitar uma ação deliberada por falta de fé. Talvez tenhamos vivido com a nossa enfermidade por muitos anos, gastando os nossos recursos em “curas” que são prometidas, mas sem obter resultados. Quando pudermos crer em Deus, o Poder superior a nós, e ter a fé para assumir a nossa própria recuperação, encontraremos o poder curador que estamos buscando.
Retorno à Sanidade – Lucas 15.11-24
11 Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
12 O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15 Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16 Ali desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23 Trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24 Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
Na progressão natural da adicção, a vida se degenera. De uma forma ou de outra, muitos de nós um dia acordamos e percebemos que estamos vivendo como animais. O quanto isto está acontecendo depende da natureza da nossa adicção. Alguns de nós podemos estar vivendo como animais em termos de nosso ambiente físico. Outros talvez sejamos escravos de nossas paixões animais; emoções tão fortes, que desumanizam a nós e aos outros.
Um jovem pediu a sua herança antecipadamente e saiu de casa. Quando ficou sem dinheiro, as mulheres eram somente uma lembrança e a “euforia” já havia acabado. Foi obrigado a apascentar porcos para ganhar a vida a duras penas. Quando já estava tão faminto a ponto de ter inveja da comida dos porcos entendeu que tinha um problema.
·         “Caindo em si, ele pensou: Quantos trabalhadores do meu pai tem comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai... ’Então saiu dali e voltou para a casa do pai. – Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou.” Lucas 15.17,20
O fato de termos a capacidade de reconhecer a nossa vida como algo degenerado ou demente demonstra que há esperança de uma vida melhor. Lembramo-nos dos tempos em que a vida era boa e desejamos que volte a ser assim. Quando nos voltarmos para Deus, que é suficientemente poderoso para nos ajudar a construir algo melhor, descobriremos que o seu poder pode nos devolver a sanidade.
Acreditando na Recuperação – Romanos 1.18-20
18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;
19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
Dizer que “viemos a acreditar” sugere um processo. Acreditar é o resultado de considerar, duvidar, raciocinar e concluir. A habilidade de dar forma a uma fé é parte do que significa ser sermos criados à semelhança de Deus. Isso envolve emoção e lógica e nos leva a ação. Então, qual é o processo que nos leva a uma fé sólida e muda a nossa vida?
Começamos com as nossas experiências pessoais e vemos o que é que não funciona. Quando examinamos a nossa própria condição, compreendemos que não temos poder suficiente para vencer a nossa dependência. Tentamos com todas as nossas forças, mas sem nenhum resultado.
Quando estamos suficientemente tranquilos para escutar, ouvimos essa voz mansa e suave dentro de nós, que nos diz: “Existe um Deus e ele é extremadamente poderoso.” O apóstolo Paulo disse isso da seguinte maneira:
·         “O que se pode conhecer a respeito de Deus está bem claro para elas [todas as pessoas], pois foi o próprio Deus que lhes mostrou isso.” Romanos 1.19.
Reconhecer as nossas fraquezas íntimas é o primeiro passo para a recuperação. Quando olhamos além de nós, descobrimos que há outros que lutaram contra a adicção e se recuperaram. Sabemos que eles também eram incapazes de curar a si mesmos, porém, agora, vivem livres das suas condutas aditivas.
Concluímos que deve haver um Poder Superior que os ajudou. Podemos ver as semelhanças entre as lutas dessas pessoas e as nossas e, com isso, chegamos ao conhecimento de que o nosso poderoso Deus pode nos restaurar a sanidade. Aqui é onde muitas pessoas se encontram quando se chega ao Segundo Passo, e, no caminho para a recuperação, esse é um bom lugar para estar.
O Passo da Esperança – Hebreus 11.1-10
1 Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.
2 Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho.
3 Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.
4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala.
5 Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus.
6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardeador dos que o buscam.
7 Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.
8 Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.
9 Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Izaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa;
10 Porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador.
O segundo passo é mencionado com frequência, como o “passo da esperança”. Ao acreditar que um Poder superior a nós pode nos devolver à sanidade, recordaremos como era viver com sanidade e teremos a fé para esperar que essa sanidade retorne.
‘O que é a fé?”“, pergunta a Bíblia.
·         “A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.” Hebreus 11.1
Como podemos ter certeza de que algo que queremos vai acontecer, especialmente se todas as nossas esperanças foram frustradas? Como podemos arriscar acreditar que a vida que desejamos está esperando por nós na esquina?
A Bíblia nos diz que a chave está na natureza do Poder superior que olhamos. As escrituras dizem que
·         “quem vai a Ele Deus precisa crer que Ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor” Hebreus 11.6.
Se consideramos Deus como alguém que está tentando nos ajudar, teremos desejo de buscá-lo. Mas, se a nossa fé ainda não amadureceu até esse nível, podemos pedir ajuda.
·         Um homem se aproximou de Jesus para lhe pedir que ajudasse o seu jovem filho que estava possuído por um demônio. O homem disse a Jesus: “Se o Senhor pode então nos ajude. Tenha pena de nós! Jesus respondeu: Se eu posso? Tudo é possível para quem tem fé. Então o pai gritou: Ajude-me a ter mais fé ainda” Marcos 9.22-24
22 E muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.
23 Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê.
24 E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!
Para começar podemos pedir a Deus que nos ajude a ter mais fé. Então, poderemos lhe pedir coragem para esperar um futuro melhor.


PASSO 3
Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus.
Confiando Em Deus – Números 23.18-24
18 Então, proferiu a sua palavra e disse: Levanta-te, Balaque, e ouve; escuta-me, filho de Zipor:
19 Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?
20 Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar.
21 Não viu iniquidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel; o SENHOR, seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei.
22 Deus os tirou do Egito; as forças deles são como as do boi selvagem.
23 Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus!
24 Eis que o povo se levanta como leoa e se ergue como leão; não se deita até que devore a presa e beba o sangue dos que forem mortos.
É comum vincularmos nossas percepções a respeito de Deus às nossas experiências da infância com pessoas que desempenhavam funções influentes em nossa vida. Se fomos vítimas no passado de pessoas que foram excêntricas, abusivas, distantes, desleixadas ou incompetentes, quem sabe, agora, atribuímos essas qualidades também a Deus?
O fato de Deus ser muito mais poderoso do que nós e as pessoas que nos molestaram representarem poder maior do que o nosso não nos deve levar à conclusão de que Deus nos causará dano se entregarmos nossa vida a ele. Jesus nos conta que ele não se entregou aos homens porque sabia o que se encontrava nos corações deles.
No entanto, ele entregou voluntariamente sua vida à vontade de Deus, o Pai.
·         “É melhor confiar no Senhor do que depender de seres humanos.” Salmos 118.8
8 Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar no homem.
Talvez no passado tenhamos aprendido que confiar em pessoas resulta somente em dor e decepção. Não podemos deixar que isso nos impeça de confiar em Deus. Ao trabalharmos o terceiro passo, podemos tomar a sadia decisão de entregar nossa vontade e nossa vida ao único que merece confiança.


A bíblia nos conta que:
·         “Deus não é como os homens, que mentem; não é um ser humano, que muda de ideia.” Números 23.19
Deus disse:
·         “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei.” Hebreus 13.5
5 Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei nunca te abandonarei. Sabemos que não alcançamos isso sozinhos. Mas, agora, podemos deixar de ser vítimas. Podemos entregar nossa vida a Alguém que realmente é capaz de cuidar de nossas necessidades.
Livres para Escolher – Deuteronômio 30.15-20
15 Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal;
16 Se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o SENHOR, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la.
17 Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires,
18 Então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres.
19 Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,
20 Amando o SENHOR, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.
Cada um tem uma decisão de vida ou morte a fazer. Todos nós fomos criados com o supremo privilégio de possuir livre vontade, a habilidade de escolher. Mesmo quando estamos na escravidão de nossas adicções, ainda assim nos defrontamos com escolhas. Quando estamos em recuperação, enfrentamos contínua tentação de recair em nossas adicções. A liberdade de escolher traz consigo o fardo das consequências de nossas escolhas. Essas escolhas afetam a nossa vida e a vida de nossa família. A livre vontade é benção e responsabilidade para nós!


Deus falou através de Moisés, dizendo:
·         Hoje estou deixando que vocês, escolham entre o bem e o mal, entre a vida e a morte. Se vocês obedecerem aos mandamentos do Senhor nosso Deus, que hoje eu estou dando a vocês, e o amarem, e andarem no caminho que ele mostra, e cumprirem todas as suas leis e todos os seus mandamentos, vocês viverão muito tempo e Deus os abençoará. Porém eu lhes afirmo hoje mesmo que, se abandonarem a Deus e não quiserem obedecer vocês serão completamente destruídos. Neste dia chamo o céu e a terra como testemunhas contra vocês. Eu lhes dou a oportunidade de escolherem entre a vida e a morte, entre a benção e a maldição. Escolham a vida, para que vocês e os seus descendentes vivam muitos anos. Amem ao Senhor nosso Deus, obedeçam ao que ele manda e fiquem ligados a ele. Assim vocês continuarão a viver.” Deuteronômio 30.15-20
Embora talvez nos sintamos fora do controle em relação às nossas adicções, podemos escolher no sentido de fixar o nosso coração na direção da vida. Podemos escolher amar a Deus e começar a seguir o seu programa.
Não Mais Fugindo – Salmos 61.1-8
1 Ouve, ó Deus, a minha súplica; atende à minha oração.
2 Desde os confins da terra clamo por ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim;
3 Pois tu me tens sido refúgio e torre forte contra o inimigo.
4 Assista eu no teu tabernáculo, para sempre; no esconderijo das tuas asas, eu me abrigo.
5 Pois ouviste, ó Deus, os meus votos e me deste a herança dos que temem o teu nome.
6 Dias sobre dias acrescentas ao rei; duram os seus anos gerações após gerações.
7 Permaneça para sempre diante de Deus; concede-lhe que a bondade e a fidelidade o preservem.
8 Assim, salmodiarei o teu nome para sempre, para cumprir, dia após dia, os meus votos.
O pensamento de por a nossa vontade e a nossa vida em outras mãos pode ser interessante. Quando entregamos as nossas dependências e compulsões, não estamos entregando o controle a outro poder? Acaso não estávamos renunciando a nossa responsabilidade pessoal pela nossa própria vida?
Quando nos sentimos afligidos e queremos desaparecer, a nossa adicção pode nos ajudar a nos sentir fortes, seguros, atraentes, poderosos e felizes. Assim, em certo sentido, sentimo-nos cômodos com o pensamento de entregar a outro a nossa vontade e a nossa vida.
Podemos tomar as decisões necessárias para mudar o nosso foco de atenção e entregar a nossa vida a Deus, em vez de retornar aos esconderijos do passado. O apóstolo se referiu a esse contraste quando disse:
·         “Não se embriaguem, pois a bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus.” Efésios 5.18.
18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.
Quando nos sentimos aflitos e necessitamos de algum tipo de escape, temos um novo lugar aonde ir. O rei Davi declarou:
·         “O Senhor é um abrigo para os que são perseguidos; ele os protege em tempos de aflição. Ó Senhor, aqueles que te conhecem confiam em ti, pois não abandonas os que procuram a tua ajuda”. Salmos 9.9-10
9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação.
10 Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.
Davi também escreveu:
·         “No meu desespero, longe do meu lar, eu te chamo pedindo ajuda. Põe-me em segurança numa rocha bem alta, pois tu és o meu protetor, o meu forte defensor contra os meus inimigos.” Salmos 61.2-3.
2 Desde os confins da terra clamo por ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim;
3 pois tu me tens sido refúgio e torre forte contra o inimigo.
Redimindo o Passado – Isaías 54.4-8
4 Não temas, porque não serás envergonhada; não te envergonhes, porque não sofrerás humilhação; pois te esquecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez.
5 Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.
6 Porque o SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus.
7 Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te;
8 Num ímpeto de indignação, escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor.
Cada um de nós chega a Deus com um passado. Entregando nossa vida a Deus, damos-lhe todo o nosso ser, incluindo as perdas e a vergonha do passado. Entregamos a ele cada momento de desgraça, cada lágrima derramada, todas as promessas não cumpridas, a solidão, todos os sonhos não realizados, as esperanças frustradas, os relacionamentos rompidos, nossos sucessos e nossas falhas, todos os dias passados e todas as marcas impregnadas em nossa vida.
Sob a lei do Antigo Testamento, se alguém perdesse a liberdade, propriedade ou cônjuge por causa de um desastre ou uma dívida, o parente mais próximo devia ser o “resgatador”. Se uma propriedade fora perdida por causa de incapacidade de pagamento, o resgatador pagaria por ela e a devolveria ao proprietário original.
Se uma esposa perdesse seu marido, o resgatador casaria com ela, provendo-a de proteção e amor. Deus nos diz:
·         “Não tenha medo, pois você não ficará envergonhada; não se assuste, pois você não será humilhada. Você esquecerá como foi humilhada quando era jovem, não lembrará mais da desgraça da sua viuvez. Pois o seu Criador, o Senhor Todo-Poderoso, será seu marido; o Santo Deus de Israel, o Deus do mundo interior, a salvará... o Senhor a está chamando de volta.” Isaías 54.4-6
Deus é nosso Redentor, o restaurador de nossa perdas. Ele é Senhor de todos, mesmo dos nossos dias e dos nossos sonhos do passado. Ele pode eliminar a vergonha e preencher os vazios em nosso coração.
Submissão e Descanso – Mateus 11.27-30
27 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Quando as nossas cargas se tornam pesadas e descobrimos que a nossa forma de viver está nos levando à morte, talvez enfim, estejamos dispostos a deixar que outro nos guie. Talvez tenhamos trabalhado muito para encaminhar a nossa vida pelo caminho certo, mas ainda sentimos que sempre terminamos em ruas sem saída.


O livro de Provérbios nos diz:
·         “Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte.” 14.12
Quando começamos a nossa conduta aditiva, provavelmente estivéssemos buscando prazer ou uma maneira de superar a nossa dor. A princípio, o caminho parecia certo, mas não demoramos muito a ver que íamos pela estrada errada.
12 Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.
Então, já éramos incapazes de dar a volta por nós mesmos. Jesus disse:
·         “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve”. Mateus 11.28-30
28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Levar a carga implica estar unido a outro para um trabalho em conjunto. Aqueles que são seguidores de alguém andam na mesma direção, e, ao fazerem isso, o seu trabalho se torna consideravelmente mais fácil. Quando decidirmos, de uma vez por todas, submeter a nossa vida e a nossa vontade à direção de Deus, as nossas cargas se tornarão leves. Quando permitirmos que ele guie a nossa vida, encontraremos descanso para a nossa alma. Ele conhece o caminho e tem a força para nos fazer dar a volta e nos colocar no caminho da recuperação.
Conhecendo Deus – Atos 17.23-28
23 Porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.
24 O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.
25 Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais;
26 De um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;
27 Para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós;
28 Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.
Antes que possamos render a nossa vida a Deus, precisamos saber bem quem ele é. É fundamental que nos confiemos ao Deus que nos ama e não ao “deus” deste mundo, que somente quer nos enganar e destruir. O apóstolo Paulo descreveu o enganador desta maneira:
·         “... o deus deste mundo conservou a mente deles na escuridão. Ele não os deixa ver a luz que brilha sobre eles, a luz que vem da boa notícia a respeito da glória de Cristo, o qual nos mostra como Deus realmente é.” 2 Coríntios 4.4
4 Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
Satanás nos enganou? Como podemos estar certos de que temos uma compreensão correta de Deus?
Quando Paulo se dirigiu aos homens de Atenas, disse a eles:
·         “Quando eu estava andando pela cidade e olhava os lugares onde vocês adoram os seus deuses, encontrei um altar em que está escrito: ‘AO DEUS DESCONHECIDO’. Pois esse Deus que vocês adoram sem conhecer é justamente aquele que eu estou anunciando a vocês.”
Ele fez isso para que todos pudessem procurá-lo e talvez encontrá-lo, embora ele não esteja longe de cada um de nós. Porque, como alguém disse:
·         “Nele vivemos, nos movemos e existimos’. E alguns dos poetas de vocês disseram: ‘Nós também somos filhos dele.” Atos 17.23,27-28
23 Porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.
27 para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós;
28 Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.
Mesmo que Deus seja desconhecido para nós, ele está perto e disposto a se revelar. Deus prometeu;
·         “Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração.” Jeremias 29.13
13 Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
Render a nossa vontade inclui aceitar a Deus como ele é em lugar de insistir em criá-lo segundo a nossa própria imagem. Quando buscarmos a Deus com coração e mente abertos, nós o encontraremos.
Entrega Total – Tiago 4.7-10
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
É possível que já tenhamos decidido seguir ao Senhor, permitindo que ele defina o rumo total da nossa vida. Mesmo assim, muitos de nós ainda tentamos esconder de Deus algumas partes do nosso coração. Reservamos essas zonas para agradar à nossa adicção, para fazer coisas contrárias à vontade de Deus. Isso é viver uma vida dupla, o que pode nos encher de culpa, vergonha e instabilidade.
Mesmo aqueles que entregam o coração a Deus enfrentam cada dia novas tentações e a necessidade de tomar decisões. Tiago estava se dirigindo a crentes quando escreveu:
·         “Portanto, obedeçam a Deus e enfrentem o Diabo, que ele fugirá de vocês. Cheguem perto de Deus, e ele chegará perto de vocês.” Tiago 4. 7-8
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.
Se decidirmos viver uma vida dupla, podemos começar a duvidar se Deus nos ouve totalmente. Como Tiago escreveu:
·         “Quem duvida é como as ondas do mar, que o vento leva de um lado para o outro. Quem é assim não pense que vai receber alguma coisa do Senhor, pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer.” Tiago 4. 7-8
Quando resistirmos ao Diabo em tudo o que fizermos e nos aproximarmos mais de Deus, ele se aproximará de nós. Quando abrirmos as partes escondidas do nosso coração e começarmos a tomar decisões a favor da nossa recuperação, então estaremos mais confiantes de que Deus deseja nos ajudar.


PASSO 4
Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

Saindo do Esconderijo – Gênesis 3.6-13
6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
11 Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.
13 Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
Muitos passam a sua vida num esconderijo, envergonhado de quem são no seu interior. Quem sabe tentemos nos esconder por levarmos vida ambígua, pelo uso de álcool, drogas ou outras adicções; para nos sentirmos como os outros ou nos colocarmos de maneira arrogante perante as coisas que escondemos, inclusive de nós próprios.
Depois que Adão e Eva desobedeceram a Deus,
·         “se esconderam dele, no meio das árvores. Mas o SENHOR chamou o homem e perguntou: ’Onde é que você está? ‘ O homem respondeu’: Eu ouvi a tua voz quando estavas passeando pelo jardim, e fiquei com medo porque estava nu. Por isso me escondi.” Gênesis 3.8-10
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
Desde então os seres humanos têm se acobertado e escondido!
Jesus confrontou vigorosamente os líderes religiosos por causa da hipocrisia deles. A palavra hipócrita descreve uma pessoa que pretende ter virtudes ou qualidades que na realidade não tem. Certa vez, Jesus disse a esses líderes:
·         “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que vocês conseguiram pela violência e pala ganância. Lave primeiro o copo por dentro, e então a parte de fora também ficará limpa!” Mateus 23.25-26
25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!
Quando a pessoa verdadeira do nosso interior sai do esconderijo, tem de encarar a sujeira! Fazer esse inventário é uma boa maneira de lavar o interior; uma parte dessa lavagem pode envolver um banho de lágrimas na nossa vida. Somente destapando as partes escondidas é que seremos capazes de mudar o nosso interior, inclusive nossos comportamentos adictivos/compulsivos.
Enfrentando a Tristeza – Neemias 8.7-10
7 E Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas ensinavam o povo na Lei; e o povo estava no seu lugar.
8 Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.
9 Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam todo o povo lhe disseram: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não pranteeis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.
10 Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.


A maioria de nós hesita em realizar um inventário pessoal honesto. São inúmeras as racionalizações e as desculpas para se evitar esse passo. A razão desse procedimento está no fato de sabermos que há uma enorme dose de tristeza à nossa espera, e tememos a dor que o enfrentamento da tristeza causará.
Os exilados judeus que retornaram a Jerusalém após o cativeiro babilônico tinham perdido o contato com Deus. Durante o exílio, não tinham recebido o ensino das leis de Deus e, consequentemente, não as praticaram.
Após a reconstrução do muro da cidade e do Templo, os sacerdotes congregaram o povo para ler o Livro da Lei. O povo sentiu-se sobrecarregado de tristeza e começou a chorar porque sua vida estava longe de conformar-se com a Palavra de Deus.
Os sacerdotes disseram ao povo:
·         “Este dia é sagrado para o SENHOR, nosso Deus, e por isso vocês não devem se lamentar nem chorar. Vão agora para casa e façam uma festa. Repartam a sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado. Este dia é sagrado para o nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o SENHOR dá fará com que vocês fiquem fortes.” Neemias 8.9-10.
9 Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam todo o povo lhe disseram: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não pranteeis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.
10 Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
Para o dia seguinte, marcaram a Festa das Barracas, uma festa judaica exigida que comemorava o escape dos israelitas da escravidão do Egito e o cuidado proporcionado por Deus enquanto peregrinavam pelo deserto.
Quando avançamos para enfrentar a dor e a tristeza de realizar um inventário moral, necessitamos da alegria do Senhor para nos dar forças. Essa alegria vem do reconhecimento, até mesmo da celebração da habilidade de Deus de nos resgatar da escravidão e cuidar de nós ao traspormos a tristeza e nos dirigirmos para uma nova forma de vida.
Confissão – Neemias 9.1-3
1 No dia vinte e quatro deste mês, se ajuntaram os filhos de Israel com jejum e pano de saco e traziam terra sobre si.
2 Os da linhagem de Israel se apartaram de todos os estranhos, puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das iniquidades de seus pais.
3 Levantando-se no seu lugar, leram no Livro da Lei do SENHOR, seu Deus, uma quarta parte do dia; em outra quarta parte dele fizeram confissão e adoraram o SENHOR, seu Deus.
Ao fazermos nosso inventário moral, provavelmente faremos uma lista de nossos hábitos destrutivos, das nossas falhas de caráter, dos erros cometidos, das consequências das escolhas erradas com as quais convivemos agora e dos danos que causamos a outras pessoas. É semelhante a revirar todo o lixo de nosso passado. Isso é doloroso, mas é o procedimento necessário para jogar fora os hábitos e comportamentos deteriorados. Se não lidarmos com eles, certamente arruinarão todo o resto de nossas vidas.
Os judeus que retornaram do exílio “confessaram os seus pecados.” Essa frase diz muito. A ideia da confissão envolve não apenas assumir os nossos pecados, mas também inclui sentir verdadeira tristeza por causa dos mesmos. Pecados são ofensas contra Deus, inclusive toda e qualquer transgressão contra a vontade dele.
A sequência natural da verdadeira confissão, após assumirmos nossos pecados e lamentá-los perante Deus, é abandoná-los. A confissão dos israelitas nos serve de modelo a seguir ao realizarmos nosso inventário moral. Podemos listar as ocasiões em que ocorreram nossas ofensas, nossos hábitos destrutivos e as consequências que causamos em nossa vida e na vida dos outros. Então, depois de nos responsabilizarmos por todo o lixo, podemos jogá-lo na lixeira.
Na sua confissão, os israelitas assumiram, lamentaram e, então, descartaram seus pecados. Após isso, estavam mais bem habilitados a fazer um novo começo. Nós podemos assumir o lixo em nossa própria vida ao nos responsabilizarmos pessoalmente por escolhas feitas e ações praticadas. Podemos “lamentar” os pecados permitindo-nos chorar. Podemos descartar os pecados deixando-os para trás e direcionando-nos para o futuro.
Influência Familiar - Neemias 9.34-38
34 Os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes e os nossos pais não guardaram a tua lei, nem deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles.
35 Pois eles no seu reino, na muita abundância de bens que lhes deste, na terra espaçosa e fértil que puseste diante deles não te serviram, nem se converteram de suas más obras.
36 Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.
37 Seus abundantes produtos são para os reis que puseste sobre nós por causa dos nossos pecados; e, segundo a sua vontade, dominam sobre o nosso corpo e sobre o nosso gado; estamos em grande angústia.
38 Por causa de tudo isso, estabelecemos aliança fiel e o escrevemos; e selaram-na os nossos príncipes, os nossos levitas e os nossos sacerdotes.
Nossa família de origem teve influência sobre o que somos hoje. Alguns de nós imaginam que nossa família foi ou é quase perfeita. Outros entre nós talvez queiram evitar a responsabilidade por suas ações culpando suas famílias. Seja qual for o caso, quando pensamos a respeito de nossa própria vida, também precisamos lidar com nossa família e os efeitos causados por seus membros sobre nós até o dia de hoje.
·         É dito a nós que os judeus que retornaram do exílio confessaram “os pecados que eles e os seus antepassados haviam cometido.” Neemias 9.2
2 Os da linhagem de Israel se apartaram de todos os estranhos, puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das iniquidades de seus pais.
·         Acusaram seus antepassados pelo cativeiro e pela situação difícil que enfrentavam. Eles disseram: Nossos antepassados não se arrependeram das suas más ações. E agora nós somos escravos na terra que nos deste, esta terra boa que nos alimenta. Aquilo que a terra produz vai para os reis que puseste para nos fazer sofrer por causa dos nossos pecados. Eles fazem o que querem conosco e com o nosso gado, e nós estamos profundamente aflitos. Neemias 9.35-37
35 Pois eles no seu reino, na muita abundância de bens que lhes deste, na terra espaçosa e fértil que puseste diante deles não te serviram, nem se converteram de suas más obras.
36 Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.
37 Seus abundantes produtos são para os reis que puseste sobre nós por causa dos nossos pecados; e, segundo a sua vontade, dominam sobre o nosso corpo e sobre o nosso gado; estamos em grande angústia.
Está certo admitir a verdade da causa que nos levou ao cativeiro. Isso pode envolver os erros cometidos por nossos pais ou outros membros da família. É perfeitamente correto expressar nosso ressentimento em relação ao que tudo isso causou em nossa vida.
Tudo isso é parte do quadro real. No entanto, não é certo usar isso como desculpa por nossas escolhas erradas ou para permanecermos em cativeiro. Nossos parentes podem ser parcialmente responsáveis por estarmos na situação atual, mas nós somos responsáveis pela locomoção própria e da nossa família para uma situação melhor.


Apontando o Dedo – Mateus 7.1-5
1 Não julgueis, para que não sejais julgados.
2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
É provável que tenha havido momentos nos quais ignoramos os nossos pecados e problemas apontando o dedo para alguém. Talvez não estejamos em sintonia com os nossos assuntos internos porque ainda estamos culpando outros pelas nossas decisões morais. Ou, talvez, evitemos um autoexame fazendo inventários morais das pessoas que nos rodeiam.
Quando Deus perguntou a Adão e Eva sobre o pecado deles, eles apontaram o dedo para outro.
·         “Aí Deus perguntou: E quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu a fruta da árvore que eu o proibi de comer? O homem disse: A mulher que me deste para ser minha companheira me deu a fruta, e eu a comi.”
Então o Senhor Deus perguntou à mulher:
·         “Por que você fez isso? ’A mulher respondeu: ‘A cobra me enganou e eu comi.” Gênesis 3.11-13.
Culpar os outros como primeira tática de defesa parece ser próprio da natureza humana.
11 Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.
13 Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
Também podemos fugir dos nossos problemas avaliando e criticando os outros. Jesus nos disse:
·         “Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.” Mateus 7.3,5
3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Enquanto praticamos esse passo, devemos lembrar, constantemente, que esse é um tempo de autoexame. Devemos cuidar para não culpar e examinar a vida de outros. No futuro, haverá oportunidade para ajudar outros, depois que nos tornarmos responsáveis pela nossa própria vida.
Tristeza Construtiva – 2 Coríntios 7.8-11
8 Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a carta, não me arrependo; embora já me tenha arrependido vejo que aquela carta vos contristou por breve tempo,
9 Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis.
10 Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.
11 Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto.
Todos temos de lutar contra a tristeza. Podemos tentar escondê-la ou ignorá-la. Podemos afogá-la rendendo-nos à nossa adicção; ou lidarmos com ela de maneira racional para não senti-la. Mas a tristeza fará parte do processo ao se fazer o inventário. Nem sempre a tristeza é algo ruim para nós.


O apóstolo Paulo tinha escrito uma carta aos crentes Coríntios. Essa carta provocou muita tristeza porque confrontou os coríntios com algo errado que estavam fazendo. A princípio, ficou com pena, pensando que os tinha machucado, mas depois disse:
·         “Mas agora estou alegre, não porque vocês ficaram tristes, mas porque aquela tristeza fez com que vocês se arrependessem. Aquela tristeza foi usada por Deus, e assim nós não causamos nenhum mal a vocês. Pois a tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva a salvação; e nisso não há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo produzem a morte. Vocês suportaram a tristeza da maneira que agrada a Deus. Em tudo isso vocês mostraram que não tiveram nenhuma culpa naquele caso.” 2 Coríntios 7.9-11
9 Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis.
10 Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.
11 Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto.
Jeremias disse:
·         “Ele pode fazer a gente sofrer, mas também tem compaixão porque o seu amor é imenso. Não é com prazer que ele nos causa sofrimento ou dor.” Lamentações 3.32-33
32 Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias;
33 Porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens.
A aflição dos coríntios foi boa, pois foi produto de uma honesta avaliação interna e não de uma mórbida autocondenação. Podemos aprender a aceitar nossa tristeza como um aspecto positivo da recuperação e não como um castigo.
Inventário para a recuperação - Apocalipse 20.11-15
11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
É possível que não desejemos fazer um inventário moral da nossa vida. É normal que queiramos evitar um exame pessoal. Mas, no fundo, provavelmente, sintamos que chegará um dia em que termos de encarar a verdade sobre nós e sobre a nossa vida.
·         A Bíblia nos diz que virá o dia quando será feito um inventário da vida de cada pessoa. Ninguém poderá se esconder. Na visão de João, ele viu um grande trono branco e aquele que está sentado nele. A terra e o céu fugiram da sua presença e não foram mais vistos. Vi também os mortos, tanto os importantes como os humildes, que estavam de pé diante do trono. Foram abertos livros, e também foi aberto outro livro, o Livro da Vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que cada um havia feito, conforme estava escrito nos livros. Quem não tinha o seu nome escrito no Livro da Vida foi jogado no lago de fogo.” Apocalipse 20.11-12,15
11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
É melhor fazer agora o nosso inventário moral para que possamos estar preparados para o que virá. Toda pessoa cujo nome estiver escrito no Livro da Vida será salva, incluindo todas aquelas cujos pecados tenham sido expiados pela morte de Jesus.
Os que rejeitarem a oferta divina de misericórdia serão julgados segundo as suas obras registradas nos livros. Ninguém passará nossa prova! Talvez, agora, seja um bom momento para nos assegurar de que o nosso nome esteja no livro correto. Saber que os nossos pecados estão cobertos pelo perdão de Deus pode nos ajudar a examinar a nossa vida sem temor e com sinceridade.


PASSO 5
Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano a natureza exata de nossas falhas.

Vencendo a Negação - Gênesis 38.1-30
1 Aconteceu, por esse tempo, que Judá se apartou de seus irmãos e se hospedou na casa de um adulamita, chamado Hira.
2 Ali viu Judá a filha de um cananeu, chamado Sua; ele a tomou por mulher e a possuiu.
3 E ela concebeu e deu à luz um filho, e o pai lhe chamou Er.
4 Tornou a conceber e deu à luz um filho; a este deu a mãe o nome de Onã.
5 Continuou ainda e deu à luz outro filho, cujo nome foi Selá; ela estava em Quezibe quando o teve.
6 Judá, pois, tomou esposa para Er, o seu primogênito; o nome dela era Tamar.
7 Er, porém, o primogênito de Judá, era perverso perante o SENHOR, pelo que o SENHOR o fez morrer.
8 Então, disse Judá a Onã: Possui a mulher de teu irmão, cumpre o levirato e suscita descendência a teu irmão.
9 Sabia, porém, Onã que o filho não seria tido por seu; e todas as vezes que possuía a mulher de seu irmão deixava o sêmen cair na terra, para não dar descendência a seu irmão.
10 Isso, porém, que fazia, era mau perante o SENHOR, pelo que também a este fez morrer.
11 Então, disse Judá a Tamar, sua nora: Permanece viúva em casa de teu pai, até que Selá, meu filho, venha a ser homem. Pois disse: Para que não morra também este, como seus irmãos. Assim, Tamar se foi, passando a residir em casa de seu pai.
12 No correr do tempo morreu a filha de Sua, mulher de Judá; e, consolado Judá, subiu aos tosquiadores de suas ovelhas, em Timna, ele e seu amigo Hira, o adulamita.
13 E o comunicaram a Tamar: Eis que o teu sogro sobe a Timna, para tosquiar as ovelhas.
14 Então, ela despiu as vestes de sua viuvez, e, cobrindo-se com um véu, se disfarçou, e se assentou à entrada de Enaim, no caminho de Timna; pois via que Selá já era homem, e ela não lhe fora dada por mulher.
15 Vendo-a Judá, teve-a por meretriz; pois ela havia coberto o rosto.
16 Então, se dirigiu a ela no caminho e lhe disse: Vem, deixa-me possuir-te; porque não sabia que era a sua nora. Ela respondeu: Que me darás para coabitares comigo?
17 Ele respondeu: Enviar-te-ei um cabrito do rebanho. Perguntou ela: Dar-me-ás penhor até que o mandes?
18 Respondeu ele: Que penhor te darei? Ela disse: O teu selo, o teu cordão e o cajado que seguras. Ele, pois, lhos deu e a possuiu; e ela concebeu dele.
19 Levantou-se ela e se foi; tirou de sobre si o véu e tornou às vestes da sua viuvez.
20 Enviou Judá o cabrito, por mão do adulamita, seu amigo, para reaver o penhor da mão da mulher; porém não a encontrou.
21 Então, perguntou aos homens daquele lugar: Onde está a prostituta cultual que se achava junto ao caminho de Enaim? Responderam: Aqui não esteve meretriz nenhuma.
22 Tendo voltado a Judá, disse: Não a encontrei; e também os homens do lugar me disseram: Aqui não esteve prostituta cultual nenhuma.
23 Respondeu Judá: Que ela o guarde para si, para que não nos tornemos em opróbrio; mandei-lhe, com efeito, o cabrito, todavia, não a achaste.
24 Passados quase três meses, foi dito a Judá: Tamar, tua nora, adulterou, pois está grávida. Então, disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada.
25 Em tirando-a, mandou-a dizer a seu sogro: Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E disse mais: Reconhece de quem é este selo, e este cordão, e este cajado.
26 Reconheceu-os Judá e disse: Mais justa é ela do que eu, porquanto não a dei a Selá, meu filho. E nunca mais a possuiu.
27 E aconteceu que, estando ela para dar à luz, havia gêmeos no seu ventre.
28 Ao nascerem, um pôs a mão fora, e a parteira, tomando-a, lhe atou um fio encarnado e disse: Este saiu primeiro.
29 Mas, recolhendo ele a mão, saiu o outro; e ela disse: Como rompeste saída? E lhe chamaram Perez.
30 Depois, lhe saiu o irmão, em cuja mão estava o fio encarnado; e lhe chamaram Zera.
Admitir os erros pode ser para nós a parte mais difícil do quinto passo. A negação pode cegar! Como se pode esperar que admitamos as coisas que não enxergamos? Aqui vai uma dica que pode nos ajudar. Muitas vezes, condenamos nos outros os erros que estão profundamente escondidos dentro de nós próprios.
·         De acordo com a antiga lei israelita, a viúva devia casar-se com o irmão vivo do seu marido a fim de gerar filhos esse costume é descrito detalhadamente em Deuteronômio 25.5-1.
1 Em havendo contenda entre alguns, e vierem a juízo, os juízes os julgarão, justificando ao justo e condenando ao culpado.
·         Tamar foi casada sucessivamente com dois irmãos que morreram, sem que lhe dessem filhos. Judá, seu sogro, prometeu lhe dar também Selá, o filho mais novo, mas nunca fez isso. Em consequência, Tamar ficou sozinha e desamparada. No esforço de proteger-se, ela disfarçou-se de prostituta e ficou grávida do próprio Judá. Ela guardou o sinal de identificação que Judá lhe tinha dado como garantia de pagamento Gênesis 38.1-23.
1 Aconteceu, por esse tempo, que Judá se apartou de seus irmãos e se hospedou na casa de um adulamita, chamado Hira.
2 Ali viu Judá a filha de um cananeu, chamado Sua; ele a tomou por mulher e a possuiu.
3 E ela concebeu e deu à luz um filho, e o pai lhe chamou Er.
4 Tornou a conceber e deu à luz um filho; a este deu a mãe o nome de Onã.
5 Continuou ainda e deu à luz outro filho, cujo nome foi Selá; ela estava em Quezibe quando o teve.
6 Judá, pois, tomou esposa para Er, o seu primogênito; o nome dela era Tamar.
7 Er, porém, o primogênito de Judá, era perverso perante o SENHOR, pelo que o SENHOR o fez morrer.
8 Então, disse Judá a Onã: Possui a mulher de teu irmão, cumpre o levirato e suscita descendência a teu irmão.
9 Sabia, porém, Onã que o filho não seria tido por seu; e todas as vezes que possuía a mulher de seu irmão deixava o sêmen cair na terra, para não dar descendência a seu irmão.
10 Isso, porém, que fazia, era mau perante o SENHOR, pelo que também a este fez morrer.
11 Então, disse Judá a Tamar, sua nora: Permanece viúva em casa de teu pai, até que Selá, meu filho, venha a ser homem. Pois disse: Para que não morra também este, como seus irmãos. Assim, Tamar se foi, passando a residir em casa de seu pai.
12 No correr do tempo morreu a filha de Sua, mulher de Judá; e, consolado Judá, subiu aos tosquiadores de suas ovelhas, em Timna, ele e seu amigo Hira, o adulamita.
13 E o comunicaram a Tamar: Eis que o teu sogro sobe a Timna, para tosquiar as ovelhas.
14 Então, ela despiu as vestes de sua viuvez, e, cobrindo-se com um véu, se disfarçou, e se assentou à entrada de Enaim, no caminho de Timna; pois via que Selá já era homem, e ela não lhe fora dada por mulher.
15 Vendo-a Judá, teve-a por meretriz; pois ela havia coberto o rosto.
16 Então, se dirigiu a ela no caminho e lhe disse: Vem, deixa-me possuir-te; porque não sabia que era a sua nora. Ela respondeu: Que me darás para coabitares comigo?
17 Ele respondeu: Enviar-te-ei um cabrito do rebanho. Perguntou ela: Dar-me-ás penhor até que o mandes?
18 Respondeu ele: Que penhor te darei? Ela disse: O teu selo, o teu cordão e o cajado que seguras. Ele, pois, os deu e a possuiu; e ela concebeu dele.
19 Levantou-se ela e se foi; tirou de sobre si o véu e tornou às vestes da sua viuvez.
20 Enviou Judá o cabrito, por mão do adulamita, seu amigo, para reaver o penhor da mão da mulher; porém não a encontrou.
21 Então, perguntou aos homens daquele lugar: Onde está a prostituta cultual que se achava junto ao caminho de Enaim? Responderam: Aqui não esteve meretriz nenhuma.
22 Tendo voltado a Judá, disse: Não a encontrei; e também os homens do lugar me disseram: Aqui não esteve prostituta cultual nenhuma.
23 Respondeu Judá: Que ela o guarde para si, para que não nos tornemos em opróbrio; mandei-lhe, com efeito, o cabrito, todavia, não a achaste.
Quando Judá ouviu que Tamar estava grávida sem estar casada, ele exigiu a execução dela.
·         “Quando a estavam tirando da sua casa, ela mandou dizer ao seu sogro: Quem me engravidou foi o dono destas coisas. Examine e veja de quem são o sinete com o cordão e o bastão. Judá reconheceu as coisas e disse: Ela tem mais razão do que eu.” Gênesis 38.25-26
25 Em tirando-a, a mandou dizer a seu sogro: Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E disse mais: Reconhece de quem é este selo, e este cordão, e este cajado.
26 Reconheceu-os Judá e disse: Mais justa é ela do que eu, porquanto não a dei a Selá, meu filho. E nunca mais a possuiu.
Não é fácil ser honesto consigo mesmo.
·         “Não há nada que engane tanto como” o coração humano. Ele está doente demais para ser curado” Jeremias 17.9.
Porém nós podemos olhar para as coisas e não condenarmos nos outros o que está escondido em nós.
9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
Infinito Amor – Oséias 11:8-11
8 Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te um Zeboim? Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem.
9 Não executarei o furor da minha ira; não tornarei para destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não voltarei em ira.
10 Andarão após o SENHOR; este bramará como leão, e, bramando, os filhos, tremendo, virão do Ocidente;
11 Tremendo, virão, como passarinhos, os do Egito, e, como pombas, os da terra da Assíria, e os farei habitar em suas próprias casas, diz o SENHOR.
Podemos estar dolorosamente conscientes da profunda vergonha, do problema e dor que causamos para a nossa família quando éramos controlados pela nossa dependência. Podemos ter medo de admitir a natureza exata de nossos defeitos porque não entendemos como Deus pode amar alguém que é tão mau.
Oséias foi um profeta para a nação rebelde de Israel. Deus usou a vida de Oséias para demonstrar seu amor incondicional por nós, o seu povo. O Senhor disse a Oséias para se casar com uma prostituta. Oséias casou-se com ela, amou-a e se dedicou a ela.
Mais tarde, sua esposa voltou a seu modo de vida passado, quebrou o coração de Oséias e levou vergonha para sua família. Ela caiu na escravidão. Deus, então, deixou Oséias perplexo dizendo a ele:
·         “Vá e ame uma adúltera, uma mulher que tem um amante. Ame-a assim como eu amo o povo de Israel, embora eles adorem outros deuses e lhes ofereçam bolos de passas” Oséias 3.1
1 Disse-me o SENHOR: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera, como o SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem bolos de passas.


Podemos estar perguntando: Como poderia Deus ou qualquer um ainda assim me amar? Mas Deus responde:
·         “Israel, como poderia eu abandoná-la? Como poderia desampará-la?... Não posso fazer isso, pois o meu coração está comovido, e tenho muita compaixão de vocês. Pois eu sou Deus e não um ser humano; eu, o Santo Deus, estou no meio do meu povo e não o destruirei novamente” Oséias 11.8-9
8 Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te um Zeboim? Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem.
9 Não executarei o furor da minha ira; não tornarei para destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não voltarei em ira.
·         Não existe nada que possamos fazer ou confessar a Deus que o leve a deixar de nos amar. Romanos 8.38-39
38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes,
39 Nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
A Linha de Prumo Divina – Amós 7.7-8
7 Mostrou-me também isto: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo; e tinha um prumo na mão.
8 O SENHOR me disse: Que vês tu, Amós? Respondi: Um prumo. Então, me disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo de Israel; e jamais passarei por ele.
Os tipos de instrumentos que usamos para medir nossa vida normalmente irão determinar os tipos de problemas que encobrimos. Se usarmos as orientações falsas, não poderemos fazer uma avaliação precisa. Podemos nos perguntar por que não estamos progredindo no programa de recuperação. Pode ser que precisemos olhar mais profundamente as medidas que estamos usando para encobrir nossas áreas de problema.


O profeta Amós lembrou-se desta visão:
·         “O Senhor me mostrou numa visão isto também: ele estava perto de um muro construído direito, a prumo, e tinha um prumo na mão. Ele me perguntou: - Amós, o que é que você está vendo? – Um prumo! – respondi. Então ele me disse: - Eu vou mostrar que o meu povo não anda direito: é como um muro torto, construído fora de prumo. E nunca mais vou perdoar o meu povo.” Amós 7.7-8
7 Mostrou-me também isto: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo; e tinha um prumo na mão.
8 O SENHOR me disse: Que vês tu, Amós? Respondi: Um prumo. Então, me disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo de Israel; e jamais passarei por ele.
Um prumo é um pedaço de corda que possui um peso amarrado em um extremo. Quando a corda é segurada com o extremo do peso para baixo, a gravidade assegura que a corda está perfeitamente na vertical. Quando segurado ao lado de uma construção, o prumo promove uma medição certa para ver se a estrutura está alinhada em relação ao universo físico. Uma construção alinhada com o prumo ficará firme e funcionando bem. Se as paredes da construção estiverem fora da linha, não estarão ajustadas e poderão, a qualquer momento, cair.
O mesmo é verdadeiro no contexto espiritual. A Palavra de Deus é nosso prumo espiritual. Assim como não podemos discutir acerca da lei da gravidade, não podemos mudar as leis espirituais reveladas na Bíblia. Deveríamos medir nossa vida pelo prumo da Palavra de Deus. Quando as coisas não estão aprumadas, é importante admitirmos que há um problema e começar a nos reconstruir de modo devido.
Sentimentos de Vergonha - João 8.3-11
3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
4 Disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
7 Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.
8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.
A vergonha tem mantido muitos de nós escondidos. A ideia de admitir os nossos pecados e de nos revelarmos a outro ser humano provoca sentimentos de vergonha e de temor de sermos expostos publicamente.
·         “Aí alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos. Eles disseram: Mestre... de acordo com a lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso? Jesus endireitou o corpo e disse a eles: Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher! Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão. Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé.” João 8.3-9
3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
4 Disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
7 Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.
8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
Muitos creem que o que Jesus estava escrevendo na terra foi o que fez com que os acusadores se fossem. Talvez estivesse fazendo uma lista dos pecados secretos dos líderes judeus. Se isso for verdade, temos uma preciosa ilustração do tipo de pessoa que Jesus é: uma pessoa a quem podemos revelar os nossos segredos com toda confiança.
O nosso confessor tem que ser uma pessoa que não se surpreenda pelo pecado nem que esteja esperando para nos condenar. Tal pessoa necessita tomar nota em particular dos nossos erros, escrevê-los na terra e não gravá-los em pedra e exibi-los em público. Como a vergonha pode disparar a conduta aditiva, necessitamos escolher com cuidado a pessoa na qual vamos confiar.
Recebendo Perdão – Atos 26.12-18
12 Com estes intuitos, parti para Damasco, levando autorização dos principais sacerdotes e por eles comissionado.
13 Ao meio-dia, ó rei, indo eu caminho fora, vi uma luz no céu, mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de mim e dos que iam comigo.
14 E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões.
15 Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
16 Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda,
17 Livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio,
18 Para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.
Enquanto trabalhamos nosso programa de recuperação, passamos pelo processo de aceitar a verdade sobre a nossa vida e sobre as consequências das nossas decisões. Talvez sintamos que temos de merecer o perdão em vez de somente recebê-lo. Talvez pensemos que é mais fácil perdoar os que nos machucaram do que perdoar a nós mesmos pelo dano que causamos.
Quando Jesus confrontou o apóstolo Paulo, deu a ele a seguinte missão.
·         “Mas levante-se e fique de pé. Eu apareci a você para o escolher como meu servo, a fim de que você conte aos outros o que viu hoje e anuncie o que lhe vou mostrar depois. Vou livrar você dos judeus e também dos não-judeus, a quem vou enviá-lo. Você vai abrir os olhos deles a fim de que eles saiam da escuridão para a luz e do poder de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em mim, eles serão perdoados dos seus pecados e passarão a ser parte do povo escolhido de Deus.” Atos 26.16-18
16 Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda,
17 Livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio,
18 Para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.
O propósito de Deus ao nos enviar a sua Palavra é que possamos receber o seu perdão. O processo inclui que primeiro abramos os olhos perante a nossa verdadeira condição o que ocorre nos Passos 1,2 e 4. Isso nos dá a oportunidade para nos arrependermos e mudar a nossa mente, de maneira que estejamos de acordo com Deus e prontos para confessar os nossos pecados.
Deus quer que recebamos perdão imediato, baseado na obra consumada por Jesus Cristo. Não somos cidadãos de segunda categoria no Reino de Deus. Não temos de passar pelo restante dos Doze Passos como se isso fosse uma forma de penitência. O perdão nos espera neste exato momento; basta apenas recebê-lo.
Liberdade Através da Confissão - Romanos 2.12-15
12 Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados.
13 Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.
15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se
Todos lutamos com a nossa consciência, tentando fazer as pazes dentro do nosso coração. Podemos negar o que fizemos, buscar desculpas ou tentar lançar fora todo o peso da nossa conduta. Podemos nos esforçar para ser bons, tentando contrabalancear os nossos erros. Fazemos todo o possível por empatar o jogo. No entanto, para podermos nos desfazer do nosso passado, temos de deixar de dar desculpas pelos nossos pecados e confessar a verdade.


Todos nascemos com um sistema de alarme interno que nos alerta quando fazemos algo errado. Deus diz que todos somos responsáveis:
·         “Eles [os não judeus] são a sua própria lei, embora não tenham a lei. Eles mostram, pela sua maneira de agir, que têm a lei escrita no seu coração. A própria consciência deles mostra que isso é verdade, e os seus pensamentos, que às vezes os acusam e às vezes os defendem, também mostram isso.” Romanos 2.14-15
14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.
15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se.
No quinto passo nós procuramos deter essa luta interior e admitir que o erro é erro. É tempo de sermos sinceros com Deus e conosco mesmos a respeito das nossas desculpas e da natureza exata dos nossos erros. Precisamos confessar os pecados que cometemos e o sofrimento que causamos aos outros.
Talvez tenhamos passado anos elaborando álibis, inventando desculpas e tentando fazer barganhas. É tempo de dizer a verdade. É tempo de admitir o que sabemos muito bem que é certo: “Sim, sou culpado da acusação”.
Tiramos dos nossos ombros o peso das nossas mentiras e desculpas. Quando confessarmos os nossos pecados, encontraremos a paz interna que tínhamos perdido havia tanto tempo. Também estaremos um passo mais próximos da recuperação.
Escapando do Autoengano - Gálatas 6.7-10
7 Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
8 Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.
9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.
10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.
Podemos nos enganar ao pensar que é possível simplesmente enterrar os nossos erros e seguir adiante sem ter de admiti-los, Com o tempo, todos descobrimos que aqueles atos que pensávamos que estavam enterrados para sempre eram realmente sementes. Crescem e dão frutos. Com isso, teremos de enfrentar uma colheita de consequências e o fato de que o autoengano não nos beneficia em nada.
·         “Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso esmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Se plantarem no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherão a vida eterna.” Gálatas 6.7-8
7 Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
8 Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.
·         “Se dizemos que não temos pecados, estamos nos enganando, e não há verdade em nós. Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade.” 1 João 1.8-9
8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
O quinto passo diz adeus ao autoengano e dá boas-vindas ao perdão e à purificação. Devemos notar que há purificação de cada maldade, não do “fazer o mal” em sentido geral. Reconhecer a natureza exata dos nossos erros inclui prestar contas de maneira exata e específica.
Quando confessarmos especificamente os nossos pecados, deixaremos de nos enganar em relação à natureza de nossos erros. Como, de todas as formas, não podemos deixar Deus de lado e fugir com nossos erros, o melhor que podemos fazer é ser sinceros e receber o perdão.
Sentindo Tristeza – Gênesis 23.2-4; 35.19-21
2 Morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela.
3 Levantou-se, depois, Abraão da presença de sua morta e falou aos filhos de Hete:
4 Sou estrangeiro e morador entre vós; dai-me a posse de sepultura convosco, para que eu sepulte a minha morta.
19 Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém.
20 Sobre a sepultura de Raquel levantou Jacó uma coluna que existe até ao dia de hoje.
21 Então partiu de Israel e armou a sua tenda além da torre de Éder.
O caminho da recuperação e do encontro de nova vida também envolve um processo de morte. Os diferentes meios usados e que achávamos que nos ajudariam na luta eram “defeituosos”, mas ainda assim, nos davam conforto ou companhia. Desistir deles, muitas vezes, é semelhante a sofrer a morte de um ente querido.
Abraão e seu neto Jacó perderam entes queridos quando viajavam para a Terra Prometida.
·         “Sara morreu na cidade de Hebron, também chamada Quiriate-arba, na terra de Canaã. Abraão chorou a sua morte. Depois saiu do lugar onde estava o corpo e disse: - Eu sou um estrangeiro que mora no meio de vocês. Portanto, me vendam um pedaço de terra para que eu possa sepultar a minha mulher. Depois disso Abraão sepultou sara.” Gênesis 23.1-4,19
1 Tendo Sara vivido cento e vinte e sete anos,
2 Morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela.
3 Levantou-se, depois, Abraão da presença de sua morta e falou aos filhos de Hete:
4 Sou estrangeiro e morador entre vós; dai-me a posse de sepultura convosco, para que eu sepulte a minha morta.
19 Depois, sepultou Abraão a Sara, sua mulher, na caverna do campo de Macpela, fronteiro a Manre, que é Hebrom, na terra de Canaã.
Uma geração depois Jacó recebeu novo nome, Israel, e a promessa de uma grande herança na Terra Prometida. No caminho para lá, ele também perdeu sua amada esposa. Ela morreu enquanto dava à luz ao filho Benjamim.
·         “Assim, Raquel morreu e foi sepultada na beira do caminho de Efrata, que agora se chama Belém. Jacó pôs sobre a sepultura uma pedra como pilar e ela marca o lugar da sepultura até hoje. Depois Jacó saiu dali.“ Gênesis 35.19-21
19 Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém.
20 Sobre a sepultura de Raquel levantou Jacó uma coluna que existe até ao dia de hoje.
21 Então, partiu de Israel e armou a sua tenda além da torre de Éder.
Enquanto prosseguimos na caminhada da nova vida, necessariamente perdemos alguns dos nossos meios aditivos de luta. Quando isso acontece, precisamos parar e gastar tempo para sepultar nossas perdas. Necessitamos colocá-las de lado, cobrir a vergonha e lamentar a perda de uma coisa que era muito nossa. Quando o tempo de luto passar nós também poderemos continuar a viagem.


PASSO 6
Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

Curando o Quebrantamento – Salmos 51.16-19
16 Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu te daria; e não te agradas de holocaustos.
17 Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado, coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.
18 Faze bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.
19 Então, te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; e sobre o teu altar se oferecerão novilhos.
Se tivermos praticado com sinceridade os passos anteriores, provavelmente tenhamos encontrado dentro de nós dor suficiente para partir o coração. Encarar o fato de que o quebrantamento é parte da condição humana pode ser devastador. Mas, se tivermos chegado até esse ponto, isso, possivelmente, seja um sinal de que estamos preparados para que Deus nos mude.
Quando era jovem, o rei Davi não estava preparado para que Deus mudasse o seu caráter porque não reconhecia que tinha falhas. Davi orava:
·         “Não me destruas, junto com os que não querem saber de ti. Eu, porém, faço o que é certo. Tem compaixão de mim e salva-me.” Salmos 26.9-11
9 Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida com a dos homens sanguinários,
10 Em cujas mãos há crimes e cuja destra está cheia de subornos.
11 Quanto a mim, porém, ando na minha integridade; livra-me e tem compaixão de mim.
Aproximou-se de Deus apoiando-se nos seus próprios méritos. Apenas depois de ser confrontado com os seus pecados de adultério e assassinato é que Davi foi capaz de dizer:
·         “De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido.” Salmos 51.5
5 Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.


Também disse:
·         “Tu não queres que eu te ofereça sacrifícios. Ó Deus, o meu sacrifício é um espírito humilde; tu não rejeitarás um coração humilde e arrependido.” Salmos 51.16-17
16 Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos.
17 Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado, coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.
Jesus ensinou:
·         “Felizes as pessoas que choram, pois Deus os consolará.” Mateus 5.4
4 Bem aventurados os que choram, porque serão consolados.
Deus não está procurando provas de como somos bons ou de com quanto afinco tentamos ser bons. Ele só quer que nos lamentemos pelos nossos pecados e confessemos o nosso quebrantamento. Então, ele não ignorará as nossas necessidades, mas nos perdoará, consolará e limpará.
O Perdão abundante de Deus - Isaías 55.1-9
1 Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.
3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.
4 Eis que eu o dei por testemunho aos povos, como príncipe e governador dos povos.
5 Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para junto de ti, por amor do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Israel, porque este te glorificou.
6 Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR,
9 Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
Pessoas recomendam que nos arrependamos e paremos de pensar do jeito que pensamos. A maioria de nós daria tudo para fazer isso. Quiséramos que fosse tão simples assim parar com nossos pensamentos obsessivos! Quando estamos minguando emocionalmente, é quase impossível parar de pensar a respeito do que saciava nossa fome, mesmo quando estamos cientes de que não nos satisfazia.
Parece que as pessoas não entendem isso. Elas, talvez, citem um versículo como esse.
·         “Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver e abandonem os seus maus pensamentos!” Isaías 55.7
7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
Mas nós pensamos: Como? Meus pensamentos parecem fora de controle. Mas Deus nos entende, sim. Ele coloca esse versículo no seu contexto maior de lidar com a fome que se manifesta em nossa alma. Ele disse:
·         “Por que vocês gastam dinheiro com o que não é comida? Por que gastam o seu salário com coisas que não matam a fome? Se ouvirem e fizerem o que eu ordeno, vocês comerão do melhor alimento, terão comidas gostosas. Escutem-me e venham a mim, prestem atenção e terão vida nova. Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver e abandonem os seus maus pensamentos! Voltem para o SENHOR, nosso Deus, pois ele tem compaixão e perdoa completamente.” Isaías 55.1-3,7
1 Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.
3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.
7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
Combatemos nossa adicção em duas frentes: lidando com a fome instalada em nosso íntimo e mudando nossos pensamentos de praticar o erro. Nenhuma das batalhas é fácil de vencer; cada uma requer de nós prontidão e voluntariedade diárias para permitir que Deus satisfaça nossa fome e nos ajude a vencer nossos defeitos de caráter.
Removendo Feridas Profundas – Jonas 4.4-8
4 E disse o SENHOR: É razoável essa tua ira?
5 Então, Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da mesma, e ali fez uma enramada, e repousou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.
6 Então, fez o SENHOR Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta.
7 Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou.
8 Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver!
Quando estamos chateados, frequentemente dependemos de nossa adicção para nos sentirmos melhor. À medida que nos livramos de nossa dependência, enfrentamos os mais profundos defeitos de caráter que Deus quer curar. Nossa dependência funciona como um lugar de “refúgio” para a nossa dor. Mas, quando esse refúgio é removido, profunda raiva pode surgir, expondo até mesmo profundos defeitos de caráter que precisam ser curados.
Jonas tinha um notório defeito de caráter: ele não conseguia perdoar e ter compaixão do povo de Nínive, que ele odiava. Quando Deus decidiu não destruí-los, Jonas teve um acesso de raiva.
·         “O Senhor respondeu: - Jonas você acha que tem razão para ficar com tanta raiva assim? Aí Jonas saiu de Nínive. Então o Senhor Deus fez crescer uma planta por cima de Jonas, para lhe dar um pouco de sombra, de modo que ele se sentisse mais confortável. Mas no dia seguinte, quando o sol ia nascer, por ordem de Deus um bicho atacou a planta e ela secou. Depois que o sol nasceu, Deus mandou um vento quente vindo do leste. E Jonas quase desmaiou por causa do calor do sol, que queimava a sua cabeça. Então quis morrer e disse: - Para mim é melhor morrer do que viver!” Jonas 4.4-8
4 E disse o SENHOR: É razoável essa tua ira?
5 Então, Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da mesma, e ali fez uma enramada, e repousou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.
6 Então, fez o SENHOR Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta.
7 Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou.
8 Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver!
Deus fez isso para mostrar a Jonas que o problema real não era a perda de seu refúgio. O ódio era o problema real. A remoção de nossa adicção protetora pode expor problemas mais profundos. Isso pode despertar raiva defensiva quando Deus toca nossas feridas mais profundas. Está tudo bem em deixarmos a raiva sair. Mas também é importante deixar que Deus tome conta do real problema.
Surgindo a Esperança – João 5.1-15
1 Passadas estas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu para Jerusalém.
2 Ora, existe ali, junto à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões.
3 Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos.
4 Esperando que se movesse a água. Porquanto um anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?
7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8 Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
9 Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.
10 Por isso, disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.
11 Ao que ele lhes respondeu: O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e anda.
12 Perguntaram-lhe eles: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?
13 Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, por haver muita gente naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.
15 O homem retirou-se e disse aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
Como podemos dizer com franqueza que estamos completamente prontos para que Deus remova os nossos defeitos de conduta moral? Se pensarmos em termos de tudo ou nada, talvez fiquemos amarrados porque nunca nos sentiremos prontos.
Nos tempos de Jesus, havia um tanque aonde as pessoas iam com a esperança de experimentar uma cura milagrosa.
·         “Entre eles havia um homem que era doente fazia trinta e oito anos. Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou: Você quer ficar curado? Ele respondeu: Senhor, eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim. Então Jesus disse: Levanta-te, pega a tua cama e anda! No mesmo instante o homem ficou curado, pegou a cama e começou a andar.” João 5.5-9
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?
7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8 Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
9 Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.
Aquele homem estava tão incapacitado, que não podia avançar mais pelos seus próprios meios. Acampou o mais próximo que pôde do lugar onde havia esperança para a recuperação. Deus se encontrou com ele e o levou pelo resto do caminho. Para nós, “completamente prontos” pode significar chegar o mais perto possível da esperança da recuperação na nossa limitada condição. Quando fizermos isso, Deus nos encontrará ali e nos levará pelo resto do caminho.


Não Mais Escravos do Mal – Romanos 6.5-11
5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,
6 Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;
7 Porquanto quem morreu está justificado do pecado.
8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
9 Sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele.
10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.
A maioria de nós fez numerosas tentativas de aperfeiçoamento pessoal. Talvez tenhamos tentado, conscientemente melhorar as nossas atitudes, a nossa educação, a nossa aparência ou os nossos hábitos. Talvez tenhamos conseguido certa medida de aperfeiçoamento pessoal. No entanto, quando se trata de nossas lutas contra os defeitos de caráter, o mais provável é que tenhamos experimentado somente uma profunda frustração.
Há uma razão que explica a nossa frustração. Os defeitos de caráter somente podem ser removidos, não aperfeiçoados! A ilustração que a Bíblia nos dá é que os nossos pecados e defeitos de caráter devem ser mortos, como Jesus morreu, com a esperança de que viveremos uma nova vida. O apóstolo Paulo escreveu:
·         “Pois sabemos que a nossa velha natureza pecadora já foi morta com Cristo na cruz a fim de que o nosso eu pecador fosse morto, e assim não sejamos mais escravos do pecado.” Romanos 6.6
6 Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;
·         “As pessoas que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a natureza humana delas, junto com todas as paixões e desejos dessa natureza.” Gálatas 5.25
25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.


Não há alívio temporário para os nossos pecados e defeitos de caráter. Ambos foram fatalmente feridos e devem morrer na cruz. Esse processo nunca é fácil. Quem vai a uma crucificação sem algum grau de ansiedade? Mas, quando aceitamos isso e permitimos que Deus elimine os nossos defeitos, a nova vida que nos espera nos surpreenderá agradavelmente.
Estamos Prontos Para Mudar – Filipenses 3.12-14
12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão.
14 Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Estar inteiramente prontos para que Deus elimine todos os nossos defeitos de caráter soa impossível. Na realidade, sabemos que tal perfeição está fora do alcance humano. Essa é outra maneira de dizer que vamos fazer todo o possível para avançar durante toda a nossa vida para uma meta que ninguém vai alcançar senão na eternidade.
O apóstolo Paulo expressou um pensamento semelhante:
·         “Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus.” Filipenses 3.12-14
12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,
14 Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.


Essa combinação de uma atitude positiva e um esforço firme é parte do mistério da nossa cooperação com Deus. Paulo disse:
·         “Portanto, meus queridos amigos, vocês que me obedeceram sempre quando eu estava aí, devem me obedecer muito mais agora que estou ausente. Continuem trabalhando com respeito e temor a Deus para completar a salvação de vocês. Pois Deus está sempre agindo em vocês para que obedeçam à vontade dele, tanto no pensamento como nas ações.” Filipenses 2.12-13
12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;
13 Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.
Precisamos praticar esse passo pelo resto da nossa vida. Não temos de exigir perfeição de nós mesmos; é suficiente continuar progredindo da melhor maneira possível. Podemos aguardar a nossa recompensa com a esperança de nos convertermos em tudo o que Deus quer que sejamos. O Senhor nos fortalecerá e animará à medida que continuamos avançando.



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