Escolha o Idioma

7/06/2015

Tabaco - Fumo e Morte

História do tabaco

O tabaco é uma planta cujas folhas, depois de secas, são usadas como fumo. Ele é o principal ingrediente dos cigarros e dos charutos, além de ser fumado puro em cachimbos. Os fumantes inalam a fumaça da queima do tabaco, que também pode ser mascado ou cheirado em pó.

O cultivo do tabaco foi iniciado pelos índios americanos, que utilizavam a planta em rituais e como remédio. No final do século XV e no começo do XVI, os exploradores europeus conheceram o tabaco na América, com os índios.



A maioria dos historiadores considera o tabaco como sendo de origem americana, onde foi cultivado pelos indígenas, tanto da América do Sul como do Norte. Uma das hipóteses mais prováveis é a de que a planta teria surgido nos vales orientais dos Andes Bolivianos, difundindo-se pelo território brasileiro através das migrações indígenas, sobretudo Tupi-Guarani.

Mais tarde, os colonizadores estabeleceram grandes fazendas de tabaco no continente americano. Além disso, eles levaram a planta para seus países de origem. Há algum tempo o cultivo e o consumo de tabaco estão presentes em todo o mundo, mas recentemente a sociedade começou a impor restrições cada vez maiores ao fumo, por causa dos males que seu uso constante causa à saúde.

Em novembro de 1492, os companheiros de Cristóvão Colombo viram pela primeira vez os índios fumarem. Segundo os historiadores, em 1530, plantas de tabaco teriam sido levadas para a Europa e cultivadas pela família real portuguesa por seu aspecto ornamental e por sua função medicinal.

Em 1560, o então Embaixador da França em Portugal, Jean Nicot, ao saber que a planta curava enxaquecas, a enviou para sua rainha, em Paris, Catherina de Medicis, a qual padecia deste mal. A rainha teria iniciado o hábito de pitar, sendo imitada pelos nobres da sua corte, difundindo-se pelos demais países da Europa, o que teria originado o mercado de tabaco em pó, chamado rapé.

Assim, em apenas um século o tabaco passou a ser conhecido e usado no mundo inteiro, expandindo-se de duas maneiras: a primeira, por meio dos marinheiros e soldados, pois o tabaco era um bom passatempo durante os longos períodos das viagens; a segunda, durante as expedições portuguesas que levaram a planta para Portugal e França, difundindo-a para outros países europeus, da África e do oriente.

No Brasil, no início do século XVI, os primeiros portugueses a desembarcarem no País já encontraram o cultivo de tabaco em quase todas as tribos indígenas. Para os índios brasileiros, a planta possuía caráter sagrado e origem mítica. Seu uso era, geralmente, limitado a ritos mágico-religiosos, como no evocar dos deuses e nas predições, bem como para fins medicinais, para cura de ferimentos, enxaquecas e dores de estômago, sendo seu uso reservado exclusivamente aos pajés (feiticeiros).


Entre os indígenas, o tabaco era consumido de diferentes maneiras (comido, bebido, mascado, aspirado e fumado), mas o hábito de fumar predominava e esta forma de consumo acabou se difundindo pelo mundo ao longo dos anos.

Das crenças e rituais dos indígenas, o tabaco se tornou a mais importante cultura agrícola não alimentícia do planeta. A disseminação do consumo de produtos derivados do tabaco, em todas as suas formas (rapé, cigarros de palha, charutos, cigarrilhas, fumo de rolo, etc.), remonta a tempos bem anteriores à existência das atuais empresas fabricantes de cigarros.

Planta originária dos Andes, o tabaco acompanhou as migrações dos índios por toda a América Central, até chegar ao território brasileiro. As primeiras lavouras de tabaco formadas pelos colonos surgiram da necessidade de garantir o consumo próprio. 

Logo, porém, muita gente apareceu disposta a comprar o excedente, afinal, na Europa a procura crescia e vários negociantes começavam a vislumbrar as grandes possibilidades de lucros que surgiriam a partir da criação de uma via regular de abastecimento.

Inicialmente a produção de tabaco no Brasil ocupou áreas reduzidas e concentradas entre Salvador e Recife, no Recôncavo Baiano. Na primeira metade do século XVII, durante a ocupação holandesa em Pernambuco, o tabaco produzido naquela Capitania ocupou papel importante na carteira comercial de produtos oferecidos pela Companhia das Índias Ocidentais. 

Com a expulsão dos holandeses, começaram a aparecer as primeiras legislações reguladoras da atividade produtiva. Em 1674, o monopólio da metrópole foi garantido, através da criação da Junta de Administração do Tabaco, cujas determinações estabeleceram as regras para todas as colônias portuguesas.

Já no final do século XVII, uma legislação tentou regular o comércio a partir do controle das cargas transportadas devido às vastas extensões do território e à diversidade de áreas produtivas, fazendo surgir regulamentos e órgãos especiais como a Mesa de Inspeção do Tabaco. A partir desta data, a legislação enfim se estabilizou e vigorou até depois da Independência.

O final da liberdade vigiada que Portugal impôs ao Brasil durante o período colonial deu grande impulso às lavouras de fumo. Tornou-se possível cultivar qualquer espécie, em qualquer lugar. Além disso, a possibilidade de comércio direto com países estrangeiros representou um grande incentivo. Esta importância está marcada até os dias atuais no brasão das Armas da República, onde o tabaco e o ramo de café constituem o coroamento deste símbolo da nacionalidade brasileira.

Nesta arrancada, que começa efetivamente a partir de 1850, as províncias que se destacavam eram Minas Gerais, Bahia e, decorrente da vinda dos imigrantes alemães, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Em 1917 é instalada, na cidade de Santa Cruz do Sul – RS, a empresa Brazilian Tobacco Corporation. O empreendimento partiu da empresa britânica British American Tobacco, e foi o passo inicial para a transformação da cidade em um polo nacional da indústria do fumo. Em 1920, a empresa passa a se chamar Companhia Brasileira de Fumo em Folha e em 1955 é adquirida pela Souza Cruz. 

Tabagismo e saúde

O tabaco contém uma droga viciante chamada nicotina. É por causa dela que muitos fumantes não conseguem parar de fumar, por mais que queiram. Isso é grave, porque o tabaco causa problemas sérios de saúde, como câncer de pulmão, distúrbios respiratórios e doenças cardiovasculares.


Os efeitos à saúde causados pelo fumo de tabaco referem-se tanto ao tabagismo direto quanto à inalação de fumaça ambiente (tabagismo passivo). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 16% da população brasileira seja fumante. 

Ainda de acordo com a OMS, nos países desenvolvidos, 26% das mortes masculinas e 9% das mortes femininas podem ser atribuídas direta ou indiretamente ao tabagismo. Desta forma, o tabagismo se classifica como uma importante causa de morte prematura em todo o mundo.

O que vai no Cigarro

Até setecentos aditivos químicos talvez entrem nos ingredientes utilizados na fabricação de cigarros, mas a lei permite que os fabricantes guardem a lista em segredo. No entanto, constam entre os ingredientes matais pesados, pesticidas e inseticidas. Alguns são tão tóxicos que é ilegal despejá-los em aterros. Aquela atraente espiral de fumaça está repleta de umas 4.000 substâncias, entre as quais acetona, arsênico, butano, monóxido de carbono e cianido. Os pulmões dos fumantes e de quem está perto ficam expostos a pelo menos 43 substâncias comprova-damente cancerígenas.

A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.


O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato.

O monóxido de carbono (CO) tem afinidade com a hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo. A ligação do CO com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.

A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. 

Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa. 

Além disso, a nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, causando vasoconstricção, acelerando a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial e provocando uma maior adesividade plaquetária. A nicotina juntamente com o monóxido de carbono, provoca diversas doenças cardiovasculares. 

Além disso, estimula no aparelho gastrointestinal a produção de ácido clorídrico, o que pode causar úlcera gástrica. Também desencadeia a liberação de substâncias quimiotáxicas no pulmão, que estimulará um processo que irá destruir a elastina, provocando o enfisema pulmonar.

Riscos para a saúde


Os principais malefícios à saúde relacionados ao tabagismo referem-se às doenças do sistema cardiovascular, sendo um fator de risco importante para infarto do miocárdio, doenças do trato respiratório como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfisema e câncer, particularmente câncer de pulmão e câncer de laringe e boca. 

Antes da Primeira Guerra Mundial, o câncer de pulmão era considerado uma doença rara, a qual a maioria dos médicos poderia jamais ver durante sua carreira profissional. Com o crescimento da popularidade do tabagismo após a guerra, houve um aumento epidêmico de câncer de pulmão.

A incidência de impotência sexual é aproximadamente 85% maior em fumantes masculinos do que em não fumantes e é uma causa importante de disfunção erétil. O tabagismo leva à impotência por causar o estreitamento das artérias (do pênis e do corpo).

As doenças relacionadas ao tabagismo matam 440 mil americanos por ano e cerca de 1200 por dia, fazendo com que o tabagismo seja a maior causa de morte nos Estados Unidos. 

O risco aumentado de a pessoa contrair doenças é diretamente proporcional ao tempo que fuma e à quantidade de cigarros consumidos. Entretanto, ao parar de fumar, as chances diminuem gradualmente já que os danos ao corpo são reparados. Fumar diminui a expectativa de vida em até 10 anos. No mundo todo, três milhões de pessoas por ano -seis por minuto- morem por causa do fumo.

DOENÇAS ASSOCIADAS AO TABAGISMO

· Câncer de pulmão;
· Câncer dos rins;
· Câncer da laringe; 

· Câncer da boca 

· Câncer na cabeça; 
· Câncer no pescoço; 

· Câncer de mama; 
· Câncer de bexiga; 
· Câncer de esôfago; 
· Câncer de pâncreas;

· Câncer de estômago;


· Há evidências de risco aumentado de leucemia; 

· Câncer de pele; 

· Câncer de fígado; 

· Câncer do colo uterino; 
· Câncer dos intestinos; 
· Câncer da vesícula biliar; 
· Câncer adrenal; 
· Doenças cardiovasculares;
· Acidentes vasculares cerebrais;

· Doença vascular periférica;
· Distúrbios respiratórios, como bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisema;
· Tromboangeite obliterante;

· Impotência sexual;
· Catarata;

· Redução da memória e dificuldade de aprendizado em tabagistas adolescentes. 
· O tabaco provoca o amarelecimento dos dentes;

· Aborto espontâneo. Os bebês de mulheres fumantes têm maiores dificuldades em processar sons;

· Os diabéticos que fumam ou que mascam tabaco correm maior risco de ter graves complicações renais e apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de evoluções mais rápidas;

· A fumaça pode piorar a asma em crianças;
· As filhas de mulheres que fumavam durante a gravidez têm quatro vezes mais probabilidade de fumar também;
· Doses altas de nicotina podem reduzir a destreza mental em tarefas complexas;
· O tabagismo passivo está relacionado à Síndrome da Morte Súbita Infantil;

O Pulmão e o Coração


O pulmão humano é composto de pequenos glóbulos chamados alvéolos. O fluxo de sangue e a irrigação sanguínea entre o coração e o pulmão são intensos. A fumaça do cigarro prejudica diretamente o funcionamento do sistema coração-pulmão. Com o passar do tempo os alvéolos pulmonares vão sendo cimentados pelos componentes da fumaça do cigarro, deixando de fazer sua função. O organismo então passa a ter menor oxigenação dos tecidos, resultando em maior facilidade de cansaço para o fumante. O cigarro também causa inúmeros danos ao coração, tal como infarto.

Mais de 300 pessoas morrem por dia no Brasil em consequência ao hábito de fumar. A Organização Mundial de Saúde prevê que, se nada for feito, em 2020 o vício do cigarro levará mais de 10 milhões de pessoas à morte, por ano.

Por que as pessoas fumam

Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa que, apesar da lei de restrição à propaganda de produtos derivados do tabaco sancionada em dezembro de 2000, ainda tem forte influência no comportamento tanto dos jovens como dos adultos. Além disso, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência.

Pesquisas entre adolescentes no Brasil mostram que os principais fatores que favorecem o tabagismo entre os jovens são a curiosidade pelo produto, a imitação do comportamento do adulto, a necessidade de autoafirmação e o encorajamento proporcionado pela propaganda. Noventa por cento dos fumantes iniciaram seu consumo antes dos 19 anos de idade, faixa em que o indivíduo ainda se encontra na fase de construção de sua personalidade.

A publicidade veiculada pelas indústrias soube aliar as demandas sociais e as fantasias dos diferentes grupos (adolescentes, mulheres, faixas economicamente mais pobres etc.) ao uso do cigarro. A manipulação psicológica embutida na publicidade de cigarros procura criar a impressão, principalmente entre os jovens, de que o tabagismo é muito mais comum e socialmente aceito do que é na realidade. 

Para isso, utiliza a imagem de ídolos e modelos de comportamento de determinado público-alvo, portando cigarros ou fumando-os, ou seja, uma forma indireta de publicidade. A publicidade direta era feita por anúncios atraentes e bem produzidos, mas foi proibida no Brasil. Com a Lei 10.167, que restringe a propaganda de cigarro e de produtos derivados do tabaco.

Jovens e mulheres na mira da indústria do tabaco

A promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas. O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil e isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto. 

A isto se somam a promoção e publicidade, que associam o tabaco às imagens de beleza, sucesso, liberdade, poder, inteligência e outros atributos desejados especialmente pelos jovens. A divulgação dessas ideias ao longo dos anos, e o desconhecimento dos graves prejuízos causados à saúde pelo tabaco, tornou o hábito de fumar um comportamento socialmente aceitável. 

A prova disso é que 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos de idade. Seduzir os jovens faz parte de uma estratégia adotada por todas as companhias de tabaco visando substituir os que deixam de fumar ou morrem, por outros consumidores que serão aqueles regulares de amanhã.

Atingir o jovem pode ser mais eficiente mesmo que o custo para atingi-los seja maior, porque eles estão desejando experimentar, eles têm mais influência sobre os outros da sua idade do que eles terão mais tarde, e porque eles são muito mais leais à sua primeira marca.

Epidemiologia do tabagismo

De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL- 2010), que traça perfil de hábitos que influenciam a saúde do brasileiro, no conjunto da população adulta das 27 cidades estudadas, a frequência de fumantes foi de 15,1%, sendo 17,9% no sexo masculino e 12,7% no sexo feminino.

O estudo mostrou que na mulher a frequência de fumantes tendeu a aumentar com a idade até os 54 anos (de 12,4% na faixa etária 18-24 anos para 16,4% na faixa etária 45 a 54 anos). Há, no entanto, um declínio nas faixas etárias subsequentes, chegando a 6,5% entre aquelas com 65 ou mais anos de idade.

O número de ex-fumantes no país é maior entre os homens (26,0%) do que entre as mulheres (18,6%). Entre mulheres a frequência das que declararam haver deixado de fumar aumenta intensamente com a idade: 11,2% de ex-fumantes na faixa etária 18-24 anos e quase 30% nas faixas etárias a partir dos 45 anos de idade.

Suscetibilidade às drogas

A nicotina vem sendo considerada a porta de entrada para o uso de drogas ilícitas, pois, frequentemente, os usuários de drogas como álcool e maconha revelam ter iniciado suas experiências consumindo cigarros. Esta afirmação faz parte do relatório anual do Ministério da Saúde dos EUA, publicado em 1992. Segundo o relatório, o hábito de fumar e a consequente dependência à nicotina geralmente se estabelecem na adolescência, ou mesmo antes, e são responsáveis por aproximar os jovens de outras drogas que causam danos à saúde.

Está comprovado que nas pessoas com faixa etária entre 12 e 18 anos a dependência à nicotina se instala mais fácil e fortemente, já que é nesta fase que ocorre a formação da personalidade e da consciência crítica e a construção da autoestima. Os jovens formam suas crenças e incorporam hábitos e comportamentos da vida adulta, tornando-se, por isso mesmo, mais suscetíveis às mensagens veiculadas ao seu redor.

Tabagismo passivo

Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. 


A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool.

O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaleia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). 

Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.

Tabaco Aditivado.

O chamado “Segredo de Marlboro”, a adição de amônia para aumentar a dependência da nicotina e melhorar o gosto do cigarro, acaba de ser confirmado. Dois especialistas que testemunharam em favor do Estado de Minnesota, em processo contra as indústrias do tabaco, confirmaram que as companhias de cigarro usaram vários compostos de amônia para alterar a composição química, para dar aos fumantes uma dose maior de nicotina. 

Os cigarros atuais têm metade do tabaco vegetal do que aqueles que se fabricavam há 40 anos, sendo-lhes adicionados centenas produtos químicos para torná-los mais apelativos para os jovens e aumentar o poder viciante da nicotina. Esta a conclusão do Comité Nacional para a Prevenção do Tabagismo (CNPT) espanhol num relatório hoje divulgado pela agência EFE.

A CNPT exemplifica: os açúcares adicionados aos cigarros para lhes dar sabor convertem-se, após a combustão, em acetaldeído, um produto químico que 'é viciante por si mesmo e que aumenta o poder da nicotina'.

Outra substância também utilizada pelos fabricantes é o cacau cujo fumo, depois de inalado, tem um efeito dilatador nos brônquios, o que 'facilita o trânsito dos vapores da nicotina nos pulmões', que assim chega com mais facilidade ao sangue, ainda segundo a CNPT citada pela EFE.








Nenhum comentário:

Postar um comentário