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7/06/2015

DEPENDENTES DE ÁLCOOL EM RECUPERAÇÃO - DEPENDENTES DE A.A OU DEPENDENTES DE JESUS

A cura do alcoolismo pela fé

Sem tirar o valor dos grupos de mútuo ajuda, é minha obrigação dizer que para mim não serviu. Não sei ter fé num poder superior abstrato, que pode ser qualquer coisa inclusive o próprio grupo, nem acho que o convívio diário com pessoas tão ou mais doentes do que eu seja um benefício na minha recuperação e na manutenção de minha sobriedade.

Passei exatamente um ano frequentando A.A todos os dias, às vezes mais de uma vez ao dia. Dois dias depois de abandonar o grupo por discordar de uma série de coisas que lá dentro vi, estava bebendo de novo.

Conheci a Igreja Assembléia de Deus e no mesmo dia deixei o álcool. Aceitei Jesus em minha vida e acreditem ou não, já lá vão cinco anos sem beber.

Como disse, se A.A faz bem, melhor faz a Palavra do Senhor e a participação em grupos cristãos repletos de pessoas felizes, realizadas, com famílias estruturadas e plenas na fé em Jesus. Tanto é assim que me dei ao trabalho de estudar os doze passos de A.A e logo percebi que a Bíblia podia explicar todos eles, ou melhor, tudo que encontrei nos doze passos qualquer um pode encontrar em muito maior detalhe e aprofundamento.

O poder da aproximação com Jesus e a oração continuada, a fé foram os fatores que me permitiram escapar da morte nas garras do diabo, nesse que para mim é o pior dos vícios; o alcoolismo.

Para exemplificar deixo aqui o primeiro dos doze passos de A.A e sua sustentação na Bíblia.

Os doze passos fundamentados na bíblia
PASSO 1
Admitimos que éramos impotentes perante nossos hábitos, vícios e emoções, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
Situações de Perda – Gênesis 16.1-16
1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos; tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar,
2 Disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai.
3 Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã.
4 Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada.
5 Disse Sarai a Abrão: Seja sobre ti a afronta que se me faz a mim. Eu te dei a minha serva para a possuíres; ela, porém, vendo que concebeu, desprezou-me. Julgue o SENHOR entre mim e ti.
6 Respondeu Abrão a Sarai: A tua serva está nas tuas mãos, procede segundo melhor te parecer. Sarai humilhou-a, e ela fugiu de sua presença.
7 Tendo-a achado o Anjo do SENHOR junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.
8 Disse-lhe: Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais? Ela respondeu: Fujo da presença de Sarai, minha senhora.
9 Então, lhe disse o Anjo do SENHOR: Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos.
10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada.
11 Disse-lhe ainda o Anjo do SENHOR: Concebeste e darás à luz um filho, a quem chamarás Ismael, porque o SENHOR te acudiu na tua aflição.
12 Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos.
13 Então, ela invocou o nome do SENHOR, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?
14 Por isso, aquele poço se chama Beer-Laai-Roi; está entre Cades e Berede.
15 Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão, a seu filho que lhe dera Agar, chamou-lhe Ismael.
16 Era Abrão de oitenta e seis anos, quando Agar lhe deu à luz Ismael.
Às vezes, somos impotentes perante as situações da vida. Talvez estejamos numa situação em que outras pessoas têm domínio sobre nós. Talvez percebamos que estamos sendo postos em ciladas pelas exigências de outros e que não há meios de agradar a todos. Estamos contra a parede: se agradarmos a um decepcionaremos a outros. Às vezes quando, nos sentimos perplexos e frustrados com nossos relacionamentos, almejamos boa dose de controle para escapar de nossos comportamentos aditivos.
Agar é um exemplo de impotência. Ela não usufruía de direitos. Enquanto moça, era escrava de Sarai e Abrão. Quando eles estavam tristes pelo fato de Sarai ser estéril, Agar foi entregue a Abrão para ser substituta. Quando engravidou, como esperavam, Sarai ficou com tanta inveja, que bateu em Agar, que foi embora.
Absolutamente sozinha no deserto, ela foi encontrada por um anjo, que lhe deu uma maravilhosa mensagem:
·         Volte para a sua dona e seja obediente a ela em tudo.” E o anjo do Senhor disse também: “Eu farei com que o número dos seus descendentes seja grande; eles serão tantos que ninguém poderá contá-los. Você está grávida, e terá um filho, e porá nele o nome de Ismael, pois o Senhor Deus ouviu o seu grito de aflição.Gen. 16.9-11
Quando somos apanhados em situações de perda, somos tentados a fugir através dos nossos atalhos aditivos/compulsivos. Em momentos como esses, Deus está ali e ouve os nossos clamores. Necessitamos aprender a expressar nossa dor perante Deus em vez de apenas tentar escapar dela. Deus ouve nossos gritos e está disposto a dar esperança para o futuro.
Autoengano Perigoso – Juízes 16.1-31
1 Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e coabitou com ela.
2 Foi dito aos gazitas: Sansão chegou aqui. Cercaram-no, pois, e toda a noite o esperaram, às escondidas, na porta da cidade; e, toda a noite, estiveram em silêncio, pois diziam: Esperaremos até ao raiar do dia; então, daremos cabo dele.

3 Porém Sansão esteve deitado até à meia-noite; então, se levantou, e pegou ambas as folhas da porta da cidade com suas ombreiras, e, juntamente com a tranca, as tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima, até ao cimo do monte que olha para Hebrom.
4 Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila.
5 Então, os príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos; e te daremos cada um mil e cem siclos de prata.
6 Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força e com que poderias ser amarrado para te poderem subjugar.
7 Respondeu-lhe Sansão: Se me amarrarem com sete tendões frescos, ainda não secos, então, me enfraquecerei, e serei como qualquer outro homem.
8 Os príncipes dos filisteus trouxeram a Dalila sete tendões frescos, que ainda não estavam secos; e com os tendões ela o amarrou.
9 Tinha ela no seu quarto interior homens escondidos. Então, ela lhe disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Quebrou ele os tendões como se quebra o fio da estopa chamuscada; assim, não se soube em que lhe consistia a força.
10 Disse Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim e me disseste mentiras; ora, declara-me, agora, com que poderias ser amarrado.
11 Ele lhe disse: Se me amarrarem bem com cordas novas, com que se não tenha feito obra nenhuma, então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem.
12 Dalila tomou cordas novas, e o amarrou, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tinha ela no seu quarto interior homens escondidos. Ele as rebentou de seus braços como um fio.
13 Disse Dalila a Sansão: Até agora, tens zombado de mim e me tens dito mentiras; declara-me, pois, agora: com que poderias ser amarrado? Ele lhe respondeu: Se teceres as sete tranças da minha cabeça com a urdidura da teia e se as firmares com pino de tear, então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem. Enquanto ele dormia, tomou ela as sete tranças e as teceu com a urdidura da teia.
14 E as fixou com um pino de tear e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Então, despertou do seu sono e arrancou o pino e a urdidura da teia.
15 Então, ela lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste em que consiste a tua grande força.
16 Importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de matar.
17 Descobriu lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem.
18 Vendo, pois, Dalila que já ele lhe descobrira todo o coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi mais esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o coração. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela e trouxeram com eles o dinheiro.
19 Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força.
20 E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele.
21 Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere.
22 E o cabelo da sua cabeça, logo após ser raspado, começou a crescer de novo.
23 Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer grande sacrifício a seu deus Dagom para se alegrarem; e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo.
24 Vendo-o o povo, louva ao seu deus, porque diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e o que destruía a nossa terra, e o que multiplicava os nossos mortos.
25 Alegrando-se lhes o coração, disseram: Mandai vir Sansão, para que nos divirta. Trouxeram Sansão do cárcere, o qual os divertia. Quando o fizeram estar em pé entre as colunas,
26 Disse Sansão ao moço que o tinha pela mão: Deixa-me, para que apalpe as colunas em que se sustém a casa, para que me encoste a elas.
27 Ora, a casa estava cheia de homens e mulheres, e também ali estavam todos os príncipes dos filisteus; e sobre o teto havia uns três mil homens e mulheres, que olhavam enquanto Sansão os divertia.
28 Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos.
29 Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, e fez força sobre elas, com a mão direita em uma e com a esquerda na outra.
30 E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.
31 Então, seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, tomaram-no, subiram com ele e o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Julgou ele a Israel vinte anos.
Quando nos recusamos a admitir nossa impotência, somente enganamos a nós mesmos. As mentiras que contamos para nós e para outros são conhecidas: “Posso parar quando quiser.” “Mantenho o controle: esta única vez não fará mal.” E a todo o momento estamos chegando mais próximos ao desastre. Sansão foi um dos juízes de Israel.
Enquanto criança fora dedicado a Deus, e Deus lhe havia dotado com força sobrenatural. Mas Sansão teve toda uma vida de fraqueza: a maneira como se relacionava com mulheres. Sansão foi especialmente cego para os perigos que enfrentava no seu relacionamento com Dalila. Seus inimigos a pagavam para descobrir o segredo da força de Sansão. Três vezes ela implorou a Sansão para contar seu segredo.
A cada vez ela estava pronta a entregar Sansão ao inimigo. Três vezes Sansão mentiu para Dalila e pode escapar, mas a cada vez ele chegava mais próximo ao momento de contar-lhe a verdade. Finalmente, Sansão revelou-lhe o segredo, foi capturado e morreu como escravo nas mãos do inimigo. O real problema de Sansão se encontra nas mentiras que contou sobre si. Por não admitir sua impotência, permaneceu cego para o perigo óbvio ao qual seu orgulho e desejo por mulheres estrangeiras o conduziam.
Isso o levou, gradativamente, ao caminho da morte. Nós precisamos ser cuidadosos para não cair em armadilhas semelhantes. Ao aprendermos a reconhecer diariamente nossa impotência frente às nossas tendências aditivas/compulsivas, ficaremos mais atentos a comportamentos que, possivelmente, nos conduzirão à destruição.
Um Começo Humilde – 2 Reis 5.1-15
1 Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso.
2 Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
3 Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.
4 Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel.
5 Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu e levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivas.
6 Levou também ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.
7 Tendo lido o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra? Notai, pois, e vede que procura um pretexto para romper comigo.
8 Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.
9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu.
10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.
11 Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso.
12 Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação.
13 Então, se chegaram a ele os seus oficiais e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo.
14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo.
15 Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo.
Pode ser muito humilhante admitir nossa impotência, especialmente se somos usados a fim de manter-nos sob controle. Podemos ser fortes em algumas áreas de nossa vida, mas perder o controle sobre comportamentos aditivos/compulsivos. Se nos recusamos a admitir nossa impotência, podemos perder tudo. Essa parte, impossível de ser manejada em nossa vida, pode infestar e destruir tudo mais.
As experiências do comandante do exército da Síria, chamado Naamã, ilustram a veracidade do que foi dito. Ele era uma figura militar e política poderosa, homem rico, de relevante posição e poder.
Ele sofria de lepra, que ameaçava provocar a perda de tudo quanto estimava. Leprosos eram marginalizados por suas famílias e pela sociedade. No fim das contas, sofriam morte lenta, dolorosa e desgraçada. Naamã ouviu a respeito de um profeta em Israel que poderia curá-lo.
Encontrou o profeta, e o profeta lhe disse que, para ser curado, devia mergulhar sete vezes no rio Jordão. Naamã ficou distante, esperando que seu poder lhe proporcionasse cura instantânea e fácil. No fim, entretanto, reconheceu sua impotência, seguiu as instruções e recuperou-se completamente. Nossas “doenças” são tão ameaçadoras como a lepra do tempo de Naamã. Elas nos separam lentamente de nossa família e encaminham à destruição tudo que nos é importante.
Não há cura instantânea ou fácil. A única resposta consiste em admitir nossa impotência, humilharmo-nos e submetermo-nos ao processo que poderá nos recuperar.
Esperança em Meio ao Sofrimento - Jó 6.2-13
2 Oh! Se a minha queixa, de fato, se pesasse, e contra ela, numa balança, se pusesse a minha miséria,
3 Esta, na verdade, pesaria mais que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras foram precipitadas.
4 Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim cravadas, e o meu espírito sorve o veneno delas; os terrores de Deus se arregimentam contra mim.
5 Zurrará o jumento montês junto à relva? Ou mugirá o boi junto à sua forragem?
6 Comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá sabor na clara do ovo?
7 Aquilo que a minha alma recusava tocar, isso é agora a minha comida repugnante.
8 Quem dera que se cumprisse o meu pedido, e que Deus me concedesse o que anelo!
9 Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo!
10 Isto ainda seria a minha consolação, e saltaria de contente na minha dor, que ele não poupa; porque não tenho negado as palavras do Santo.
11 Por que esperar se já não tenho forças? Por que prolongar a vida se o meu fim é certo?
12 Acaso, a minha força é a força da pedra? Ou é de bronze a minha carne?
13 Não! Jamais haverá socorro para mim; foram afastados de mim os meus recursos.
Há ocasiões em que nós ficamos tão confusos e tão dominados pela dor em nossa vida, que chegamos a desejar a morte. Não importa o que fazemos, nós somos impotentes para mudar as coisas para melhor. O peso do sofrimento e da tristeza parece pesado demais para ser suportado. Não podemos entender por que nosso coração não para e não permite à morte nos liberar. Jó sentia-se assim. Ele havia perdido tudo, mesmo tendo ele vivido uma vida correta.
Seus dez filhos estavam mortos. Ele havia perdido seus negócios, seus bens e sua saúde. E tudo isso aconteceu numa questão de dias! Só lhe restaram uma mulher de língua muito afiada para instigá-lo contra Deus e três amigos que o acusavam como responsável da sua própria desgraça. Jó clamava:
·         Ah! Se a minha desgraça e os meus sofrimentos fossem postos numa balança, com certeza pesariam mais do que a areia do mar... Ah! Se Deus me desse o que estou pedindo! Ah! Se Deus respondesse à minha oração! Então ele me tiraria a vida; ele me atacaria e acabaria comigo! Onde estão as minhas forças para resistir? Por que viver, se não há esperança?
Será que sou forte como a pedra? Será que o meu corpo é de bronze? Não sou capaz de me ajudar a mim mesmo, e não há ninguém que me socorra.” Jó 6.2-3, 8-9, 11-13
Jó não sabia que o fim de sua vida seria ainda muito melhor do que o seu começo.
·         “O Senhor abençoou a última parte da vida de Jó mais do que a primeira. E morreu bem velho.” Jó 42.12, 17
12 Assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas.
13 Também teve outros sete filhos e três filhas.
14 Chamou a primeira Jemima, o da outra, Quezia, e o da terceira, Quéren-Hapuque.
15 Em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.
16 Depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.
17 Então morreu Jó, velho e farto de dias.
Mesmo quando somos pressionados e parece que a morte é certa, ainda há esperança de que a nossa vida mude. Devemos lembrar: a vida pode ser boa novamente!
Impotentes Como as Crianças – Marcos 10.13-16
13 Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.
14 Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
15 Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
16 Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.
Para muitos de nós que estamos em processo de recuperação, as lembranças da infância estão cheias de medos porque nos sentíamos indefesos. Se fomos criados em uma família fora de controle, na qual descuidavam de nós, abusavam ou nos expunham à violência doméstica e a um comportamento disfuncional, o pensamento de impotência podia ser aterrador.
Talvez até tenhamos prometido nunca mais ser tão vulneráveis como quando éramos crianças. Jesus nos diz que, para entrar no Reino de Deus, devemos ser como crianças, e isso inclui ser impotentes. Ele disse:
·         Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele.” Mc 10.15
Em qualquer sociedade, as crianças são os membros mais dependentes. Não têm nenhum poder natural para se auto proteger; não têm meios para garantir que a sua vida seja segura, cômoda e satisfatória. As crianças pequenas são particularmente dependentes do amor, dos cuidados e da proteção de outros nas suas necessidades mais básicas. Elas precisam chorar, mesmo que nem saibam exatamente do que necessitam. Precisam confiar sua vida a alguém que é mais poderoso que elas e têm a esperança de que serão ouvidas e cuidadas com amor.
Se queremos curar a nossa vida, nós também temos de admitir que somos verdadeiramente impotentes. Isso não significa que tenhamos de nos transformar outra vez em vítimas. Reconhecer a nossa impotência é uma apreciação franca da nossa situação na vida e um passo positivo para a recuperação.
A Mudança No Tempo Certo – Atos 9.1-9
1 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
2 E lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém.
3 Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor.
4 E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;
6 Mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.
7 Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém.
8 Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco.
9 Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.
Há momentos importantes na vida que podem mudar o nosso destino. Com frequência, são momentos em que nos sentimos confrontados com a nossa impotência diante dos acontecimentos da nossa vida. Esses momentos podem nos destruir ou arrumar para sempre a nossa vida numa direção melhor.
Saulo de Tarso depois chamado Paulo viveu um desses momentos. Depois da ascensão de Jesus, Saulo assumiu a tarefa de deixar o mundo sem cristãos. Enquanto ia no caminho para Damasco a fim de cumprir a sua missão, de repente uma luz que vinha do céu brilhou em volta dele. Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dizia:
·         “Saulo, Saulo, por que me persegues?... Eu sou Jesus, aquele que você persegue. Mas levanta-te, entra na cidade, e ali dirão a você o que deve fazer. Saulo se levantou do chão e abriu os olhos, mas não podia ver nada. Então eles o pegaram pela mão e o levaram para Damasco. Ele ficou três dias sem poder ver e durante esses dias não comeu nem bebeu. Atos 9.3-6, 8-9
De repente, Saulo foi confrontado com o fato de que a sua vida não era tão perfeita como ele havia pensado. A auto justificação tinha sido a sua marca registrada. No entanto, ao abandonar as suas ilusões de poder, ele se transformou em um dos homens mais poderosos que já existiu: o apóstolo Paulo.
Quando somos confrontados com a verdade de que a nossa vida não está sob o nosso controle, é hora de decidir. Podemos continuar negando essa verdade e nos apegando à autojustiça ou podemos encarar o fato de que estivemos cegos diante de alguns assuntos importantes. Se estivermos dispostos a ser guiados para a nossa recuperação e para uma nova maneira de viver, então encontraremos o verdadeiro poder.
O Paradoxo da Impotência – 2 Cor. 4.7-10
7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
8 Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados;
9 Perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;
10 Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.
Talvez tenhamos medo de confessar que precisamos de ajuda e que a nossa vida já está sem controle. Se reconhecêssemos que somos impotentes, por acaso não nos sentiríamos tentados a nos render completamente na luta contra a nossa adicção? Parece que não há sentido em confessar a nossa impotência e, mesmo assim, encontrar o poder para seguir adiante.

A vida está repleta de paradoxos. O apóstolo Paulo nos diz:
·                     “Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados.” 2 Cor. 4.7-8
Essa ilustração mostra um contraste entre um tesouro precioso e o singelo recipiente no qual esse tesouro está guardado. O poder vivente derramado do alto na nossa vida é o tesouro. O nosso corpo, com todos os seus defeitos e fraquezas, é o pote de barro. Como seres humanos, somos imperfeitos.
Quando reconhecermos o paradoxo da impotência, poderemos sentir bastante alívio. Não temos de ser fortes sempre ou fingir que somos perfeitos. Podemos viver uma vida de verdade, com as suas lutas diárias, com um corpo humano assediado por fraquezas e, ainda, encontrar o poder do alto para seguir adiante sem estar angustiados nem desesperados.

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