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10/14/2014

Alcoolismo leva a morar na rua

Três em cada quatro moradores de rua usam álcool ou drogas. Entre pessoas de 18 a 30 anos a proporção atinge 80%. Metade dos jovens em SP nessa situação usa crack. O uso de substâncias psicoativas é uma constante nas ruas; 74% dos moradores utilizam álcool, drogas ou ambos. O álcool é a substância mais utilizada (65%) e é mais frequente entre os mais velhos. O consumo de drogas atinge 37% da população, mas alcança 66% dos jovens até 30 anos.
A maioria da população em situação de rua é formada por homens (86%), não-brancos (64%), possui entre de 31 a 49 anos e andam sozinhos. A escolaridade é baixa, com 9,5% de analfabetos e a maioria (62,8%) com ensino fundamental incompleto – 1,9% porém, possui nível superior completo.
A maioria (60%) tem filhos, grande parte diz ter parentes que vivem na mesma cidade. A população de rua tem um histórico de perdas, sobretudo de emprego. Há pessoas com mais de dez anos sem trabalho registrado, sem qualquer direito trabalhista ou cobertura previdenciária.
Para conseguir alguma renda, vivem de pequenos expedientes como catar material reciclável, fazer alguns bicos na construção civil, prestar serviços de carga e descarga, vender doces e pequenos objetos, distribuir panfletos, pedir esmolas e exercer algumas atividades ilícitas. Com isso, em um dia recebem em média, R$ 23 e gastam R$15 com alimentação. O resto com bebida ou droga.

Quase a metade dessa população não possui qualquer documento, o que as exclui da vida civil. Um em cada quatro moradores de rua vive nesta situação há mais de dez anos.

Problemas como alcoolismo e dependência de drogas em um morador de rua se agravam porque ele está sem teto, em meio às privações de toda ordem, ou esses nômades urbanos foram viver em espaços públicos como consequência de seus vícios? Segundo instituições assistenciais e religiosas que trabalham com esse segmento, as situações diversas são verificadas quase igualmente entre essas pessoas.

O certo, porém, é que uma vez na rua, crescem as chances de se intensificar o consumo de álcool e das drogas, comum em mais de 95% dessas pessoas. Junto com a dependência (e neste caso o crack demonstra ser mais devastador), vêm ainda a debilidade do organismo, a diminuição das chances de encontrar uma ocupação e as possibilidades de ingressarem em delitos, sobretudo furtos.


Mas as dificuldades não esbarram aí: entre essa população são comuns os distúrbios mentais, sobretudo a esquizofrenia. 

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