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5/30/2014

ALCOOLISMO

A droga mais perigosa
Nossa sociedade teme as drogas ilícitas. Maconha, cocaína, ópio, crack e ecstasy, entre outros, são os fantasmas que assombram os pais cada vez que seus filhos vão para uma festa. Sem dúvida, são substâncias nocivas que causam dependência física ou psíquica e, embora proibidas por lei, podem ser encontradas com facilidade nas mãos dos traficantes, que estão em toda a parte.
O maior perigo, porém, não mora aí. O vilão dos vilões é o álcool e nem todo mundo percebe isso. Vendido em larga escala, disponível em todos os restaurantes, padarias, supermercados, residências, bares e casas noturnas em geral, essa droga lícita tem feito vítimas em números astronômicos.
Está provado que o álcool causa dependência fortíssima. É mais fácil deixar a cocaína do que a bebida. A força de vontade do alcoolista em processo de cura tem de ser redobrada para se livrar da tentação.
A Droga Incentivada
Se droga fosse ruim, ninguém se viciaria. Ninguém se vicia em martelada no dedo... Toda droga tem uma egrégora (uma energia que tem vida própria e que é criada e alimentada pelos usuários) extremamente forte, tem um departamento de marketing tremendamente eficiente mostrando as maravilhas alcançadas pelo seu uso.
Bem, a princípio, realmente a droga parece fantástica, torna a pessoa descontraída, simpática, autoconfiante e por aí vai... Mas depois, com o tempo, ela (a droga) começa a se sentir mais segura e vai tornando-se exigente, ranzinza, mal humorada, até que ela não tem mais medo de ser abandonada e pronto, você está nas garras dela.
Daí em diante o comando muda de lado, não há mais escolha, você não é mais livre, você depende dela. Agora ela é sua dona e já pode mostrar seu verdadeiro caráter... Ela quer sua vida, ela vive através de você e o lado negro que agora aparece pede o seu aniquilamento, a sua destruição, você está condenado por ter se tornado mais fraco que ela.
Todas as drogas agem de maneira similar, porém, no caso do álcool, a dificuldade é muito maior. Existem os bebedores pesados, que fogem de si próprios através da bebida e existem os alcoólatras.
Os primeiros conseguem parar de beber, os segundos, podem ficar anos sem beber, mas quando bebem não conseguem tomar um copo só, eles não são viciados, são doentes. Existe uma predisposição orgânica e fatores psíquicos ou de personalidade que favorecem sua instalação.
O organismo “defeituoso” que não sabe “lidar” com o álcool, não o elimina adequadamente e vai se habituando progressivamente a funcionar sob intoxicação, chegando a um ponto em que, se não receber mais álcool, perderá inteiramente a capacidade de ação. Agora o indivíduo está em dependência química, é alcoólatra.
O álcool é a porta de entrada para todas as outras drogas, conseguiu o 2º lugar como causa de morte, é responsável por 75% dos acidentes de trânsito, 45% das internações psiquiátricas, pode levar ao suicídio, causar invalidez precoce, destruir lentamente o físico e por aí vai...
Mas o “lado bom” do álcool, é que ele não tem preconceito, ele atinge qualquer pessoa de qualquer classe sócio econômica com a mesma dedicação e intensidade. O mais assustador é que, de cada 100 pessoas, de 12 a 15, tem esta doença.
Qual a forma de se combater as drogas, principalmente o álcool? O álcool, de todas as drogas, é a mais perniciosa e dissimulada. Ele é visto de uma maneira simpática e é até incentivado na sociedade, como um “remédio” fantástico para liberar as pessoas.
É considerado um símbolo de masculinidade e neste país, onde o machismo é incentivado, as mulheres tendem a se portar como os homens para sentirem-se liberadas.
Assim, um número muito maior de mulheres desenvolvem o alcoolismo. A juventude também está sendo atingida cada vez mais cedo, na busca de se sentir adulta e dona de si. O alcoolismo, que se instala lentamente, tem um campo fértil para se desenvolver.
Se quisermos uma vida melhor para nossos jovens, não adianta culpar o mundo, o pois esse é um reflexo de nossas atitudes. Adianta sim, conhecermos o inimigo, tomarmos ciência de sua força e agir.
Se uma criança tem tendência à dependência do álcool, que ela não seja incentivada pelo desconhecimento de seus pais. Muitas vezes, uma brincadeira aparentemente inocente, pode despertar um monstro adormecido. A única saída é a conscientização.
“Sozinhos não podemos mudar o mundo”. Talvez sim, talvez não. Mas podemos tentar. Entretanto, as grandes mudanças sempre começam na cabeça de alguém, que teve uma ideia, colocou em prática e contaminou os outros.
Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta. Provérbios 20:11
Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Provérbios 22:6