As quatro fases na evolução do alcoolismo:
Fase 1: A fase pré-alcoólica
Quem responder afirmativamente a qualquer destas perguntas – em especial à pergunta 4 – deve dosear a quantidade de álcool que ingere, pois poderá vir a sofrer mais tarde graves problemas.
1. Bebo para me sentir à vontade em reuniões sociais?
2. Bebo para esquecer as preocupações ou a ansiedade?
3. Sinto-me profissionalmente mais eficiente ou confiante quando bebo?
4. Preciso beber mais do que anteriormente para conseguir os mesmos resultados?
Fase 2: A fase do alcoolismo embrionário
Respostas afirmativas a uma ou mais perguntas indicam que o indivíduo se encontra declaradamente em vias de se tornar um alcoólico. Deverá, pois, reduzir drasticamente o consumo do álcool. A maioria das pessoas consegue fazê-lo nesta fase sem auxílio alheio.
5. Após um período em que bebi bastante, sem, no entanto me embriagar verdadeiramente sinto dificuldade em me lembrar do que disse ou fiz?
6. Bebo sub-repticiamente ou em segredo?
7. Se presumo que não haverá álcool suficiente numa festa, bebo antecipadamente?
8. Bebo em grandes tragos?
9. Procuro empregos que me facultem um acesso fácil a bebidas alcoólicas?
10. Conduzo ocasional ou freqüentemente depois de ter tomado diversas bebidas?
Fase 3: A fase crucial
Cada resposta afirmativa constitui uma advertência de risco iminente, indicando que é necessário reduzir drasticamente o consumo de álcool e, em certos casos, deixar mesmo de beber. Nesta fase, pode ser necessária a ajuda da família ou de amigos ou até o recurso à assistência médica. O indivíduo não é ainda necessariamente um alcoólico crônico, mas virá a sê-lo se não alterar imediatamente os seus hábitos.
11. Continuo a beber depois de ter decidido tomar só mais «um ou dois copos»?
12. Sofro freqüentemente de ressacas?
13. Trai-me a idéia de curar a ressaca com outra bebida?
14. Sofro de tremuras pela manhã?
15. Tomo uma bebida logo pela manhã?
16. Deixo de tomar algumas refeições devido à bebida?
17. Experimento um sentimento de culpa em relação à quantidade de álcool que bebo?
18. Prefiro beber sozinho?
19. Falto ao trabalho em conseqüência de beber?
20. O fato de eu beber afeta a minha família?
21. Sinto necessidade de beber diariamente a determinadas horas?
22. Necessito de beber de tantas em tantas horas?
23. Trago comigo bebidas alcoólicas, por exemplo, no automóvel ou na pasta?
24. O álcool torna-me irritável?
25. Fiquei ciumento desde que comecei a beber muito?
26. O álcool provoca-me sintomas físicos, tais como dores de estômago?
27. O álcool torna-se inquieto ou causa-me insônias?
28. Preciso beber para adormecer?
29. Descontrolo-me quando bebo?
30. Revelo menos espírito de iniciativa, ambição, concentração ou eficiência que anteriormente?
31. As minhas necessidades de ordem sexual diminuíram?
32. Tornei-me especialmente melancólico?
33. Tendo a isolar-me e perdi amigos?
34. A minha mulher e os meus filhos foram obrigados a alterar o seu estilo de vida – por exemplo, deixaram de sair ou de convidar amigos – em conseqüência de eu beber?
35. A bebida dificultou-me o contacto social ou alterou-me a personalidade?
36. Sinto tendência para beber em lugares onde não é provável encontrar amigos ou conhecidos ou com pessoas de um meio diferente do meu?
37. Perco a paz de espírito quando bebo?
38. Sinto-me ofendido, com pena de mim mesmo e considero que sou injustamente tratado?
39. Arrisco-me a perder o emprego ou a reputação devido ao álcool?
Fase 4: A fase crônica
A resposta afirmativa a qualquer das três primeiras perguntas significa que existe grande probabilidade de se ser alcoólico. A resposta afirmativa a qualquer das últimas cinco perguntas significa que já se é alcoólico. O indivíduo necessita de ajuda imediata ou poderá causar a si próprio danos mentais ou físicos irreversíveis.
40. Já alguma vez considerei seriamente a hipótese de me suicidar quando sob os efeitos do álcool?
41. Considero-me incapaz de enfrentar a vida, quer esteja ou não sob os efeitos do álcool?
42. Manifesto qualquer dos seguintes sintomas – os quais, dada a inexistência de outras causas, são sempre resultantes de um abuso de álcool: vômitos de sangue, sangue nas fezes, fortes dores abdominais, desequilíbrio no andar (quando não estou sob o efeito do álcool), dores nas barrigas das pernas, ataques semelhantes aos epilépticos, alucinações (delirium tremens), fortes tremuras ou suores noturnos?
43. Costumo participar assiduamente em reuniões sociais, bebendo grandes quantidades de álcool vários dias seguidos?
44. Fico embriagado com muito menores quantidades de álcool que anteriormente?
45. Sou incapaz de desempenhar qualquer tarefa ou tomar qualquer decisão antes de ingerir uma bebida como estimulante?
46. Sinto-me incapaz de deixar de beber, não obstante ter sido prevenido de que o álcool me irá matar?
47. Embora tenha várias vezes tentado reduzir, ou mesmo eliminar, o consumo de álcool, recomeço sempre a beber descontrolada e excessivamente?
Bom senso no consumo de bebidas alcoólicas.
Certas regras ditadas pelo bom senso podem impedir quer a entrada no alcoolismo, quer a embriaguez.
· Não ingerir qualquer bebida alcoólica antes de conduzir um automóvel.
· Não beber por «razões terapêuticas», como para eliminar a ansiedade e a depressão ou combater o cansaço.
· Não beber sozinho.
· Não beber logo pela manhã.
· Não beber em jejum.
· Não criar o hábito de beber para adormecer, que facilmente poderá acarretar o vício.
· Não misturar álcool com qualquer medicamento.
· Não beber álcool em grandes tragos. Sorvê-lo lentamente.
· Não beber para superar a solidão depois de um desgosto.
In "Alcoolismo", Cruz Azul, Dr. José Manuel Leitão de Barros
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