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9/09/2011

Cinco propostas para ajudar um alcoólico



O caminho da reabilitação do alcoólico pode ser longo e difícil, mas há esperança. Primeiro, devemos compreendê-lo e o que o escravizou. Então devemos informar-nos dos modos pelos quais ele pode receber ajuda. Quer trabalhemos num centro de tratamento, como pastor ou conselheiro, quer nos encontremos em difícil situação familiar, com nosso coração quebrado pelo vício de um de nossos queridos, há pelo cinco maneiras distintas para poder ajudar um alcoólico.

Todos os problemas do homem têm uma solução espiritual. O problema sempre crescente do alcoolismo não constitui exceção. Deus providenciou uma saída. Os que tentam ajudar os alcoólicos devem crer nessa verdade. Doutra forma, tentar aconselhar um alcoólico, ou ter um membro da própria família enredado no vício do álcool, pode ser uma experiência frustrante. A situação é tão complexa, tão confusa, que se não for pelo caminho que Deus providenciou, parece não ter solução.

1. ORAÇÃO

A primeira maneira de ajudar o alcoólico é orar por ele.

“Podemos fazer mais do que orar, depois de termos orado”, diz S. D. Gordon, “mas não podemos fazer mais do que orar até havermos orado.”

Não há área em que esta afirmativa é mais verdadeira do que na do trabalho com o alcoólico. Muita coisa pode ser feita por ele, mas nada faremos com êxito até o entregarmos nas mãos de Deus. “Nossa oração”, explica Gordon, “é a oportunidade que Deus tem de entrar no mundo que o trancou de fora.”

Coloque o alcoólico em sua lista de oração, orando por ele diariamente, mencionando seu nome e crendo que Deus vai libertá-lo. Nossa arma mais poderosa é a oração. E por ser tão poderosa, devemos aprender a manejá-la.

A oração é importante porque o alcoólico não pode receber ajuda a menos que a deseje. Ele precisa pedir ajuda antes de podermos fazer algo por ele. Tudo o que podemos fazer é tentar levá-lo ao ponto em que deseje ajuda e possa aceitá-la. O primeiro passo nesse sentido é a oração.

2. APRESENTAÇÃO DO EVANGELHO

O caminho de Deus é básico

O Dr. E. N. Jellinek, um dos maiores especialistas no campo do alcoolismo, no seu estudo acerca do vício do álcool e do alcoolismo crónico, menciona uma descoberta muitíssimo interessante: a segurança e os padrões religiosos desempenham um papel muito importante na vitória sobre o alcoolismo.

Um panfleto sobre o assunto, publicado pelo Centro de Estudos Alcoólicos de Yale, chegou à mesma conclusão: “O número de alcoólicos que conseguiram chegar à abstinência permanente por meio de métodos religiosos é, provavelmente, muito maior do que se suspeita.”

Clifford J. Earle, autor de Como Ajudar o Alcoólico, diz: “A religião é o maior auxílio no tratamento do alcoolismo. Cristo, entretanto, não é apenas outra terapia para o alcoolismo, como se pudéssemos escolher entre o tratamento religioso e o psiquiátrico.

Pelo contrário, a religião é um processo que leva em consideração os aspectos espirituais da personalidade e os recursos religiosos para uma vida de êxito.”

Quão maravilhosa é a graça de Deus! O Cristianismo proporciona uma vida nova.

Uma verdade que sempre devemos ter o cuidado de ressaltar para o alcoólico recém-convertido, é que a fé em Cristo significa nova vida. “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Cor. 5:17).

É verdade que a salvação é uma passagem para a eternidade com Deus. Grande parte do Novo Testamento trata da salvação, e algumas das passagens bíblicas mais importantes explicam como obtê-la. Não podemos desmerecer a importância da conversão.

Contudo, com demasiada freqüência, temos feito dela o alvo da nossa experiência cristã, e não é nada disso. Ao ser salva, a pessoa nasce de novo. Esse novo nascimento marca o início de uma vida nova e totalmente diferente. Mas essa vida deve crescer, desenvolver-se e amadurecer.

Ao apresentarmos o evangelho do Senhor Jesus Cristo a alguém, devemos ter o cuidado de não colocar limites à salvação. Quando apresentamos a verdade de que o Cristianismo é uma nova vida, damos ao alcoólico algo para ele se agarrar. Ele verá que Deus se interessa profundamente pela sua pessoa, e por isso suprirá todas as suas necessidades. Deus deu-lhe uma vida nova que pode ser moldada e modelada à semelhança de Cristo!

3. COMUNHÃO

Entretanto, os Alcoólicos Anônimos, a organização de maior êxito no tratamento do alcoolismo, tem feito da comunhão a pedra angular em seus esforços por ajudar o indivíduo. Devemos fazer o mesmo, não importa quão difícil seja, se queremos ajudar o alcoólico.

É claro, comunhão é uma rua de mão dupla. Deve ser oferecida, recebida e devolvida. O viciado no álcool deve ter papel importante na comunhão, se quisermos usá-la como meio eficaz para levá-lo de volta à sobriedade.

É essa uma das chaves do programa dos Alcoólicos Anônimos. Oferecem a comunhão, mas jamais a forçam sobre o indivíduo. Se não, nada há que possam fazer.

Entretanto, deve-se oferecer comunhão ao alcoólico em todas as áreas da vida. O pastor ou conselheiro deve lembrar-se desse fato e praticá-lo, assim também os membros da família do alcoólico. Devemos compreender o seu problema e ver o sofrimento que o vício lhe traz.

Devemos aprender a criar um ambiente de comunhão para ele, e animá-lo a desejar a sobriedade mais do que a bebida. Devemos oferecer-lhe respeito e dignidade, e o ensejo de tomar o seu lugar de membro respeitável da sociedade humana.

4. PACIÊNCIA

Ele sabe de tudo a nosso respeito. Ele conhece nossos pesares e nossas tribulações, nossos desapontamentos e nossos desejos mais profundos. E, na sua Palavra, ele dá-nos esperança e ânimo.

Diz o salmista: “Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em misericórdia e em verdade” (Salmo 86:15).

Paciência e longanimidade são traços de caráter que não se conseguem com facilidade. Devemos pedir que Deus nos faça pacientes e longânimos enquanto lidamos com o nosso alcoólico. Isso aplica-se a todos os que participam desse trabalho: membros da família, pastor, conselheiro ou amigos interessados. Devemos confiar em Deus e crer na sua operação, a despeito do que vemos, ouvimos ou sentimos. Confiança firme e segurança em Deus são imprescindíveis, se desejamos alcançar dois alvos na recuperação de um alcoólico:

1.   Se ele ainda bebe, levá-lo ao ponto de pedir ajuda a fim de vencer o problema da bebida.

2.   Se ele chegou ao ponto de pedir ajuda, exercer longanimidade e paciência e ajudá-lo na estrada da recuperação, de modo que seja uma bênção para a família, para a igreja e para a comunidade.

Há pouca possibilidade de se atingir esses alvos da noite para o dia, ou sem dores e tribulações intensas. A estrada será difícil para nós e também para quem estamos tentando ajudar.

5. FIRMEZA

Em algum lugar e de alguma forma, aceitamos a idéia errada de que não há repreensão no amor de Deus; de que ele é dócil e perdoador, mesmo quando não nos arrependemos nem confessamos o nosso pecado. Agimos como se Deus, por amar tanto, jamais corrigisse alguém. Isso não é verdade.

Por Deus nos amar tanto, ele não nos permite confessar a Cristo como nosso Salvador e continuar no pecado, sem nos corrigir a fim de levar-nos de volta para si.

Se pecarmos, devemos ser repreendidos. Se nos arrependermos, devemos ser perdoados. É assim que Cristo nos manda tratar uns aos outros. Deus faz o mesmo em seu relacionamento conosco. Porque ele nos ama, não deixará de nos repreender, se pecarmos.

E quando estivermos tratando com o viciado no álcool, precisaremos repreendê-lo, pois em sua progressão de descida para o alcoolismo, ele desenvolveu três características:

1.   Tornou-se perito na mentira.

2.   Procura alguém sobre quem apoiar-se, e torna-se muito dependente.

3.   Pensa somente em si e prefere ficar a sós. Sua personalidade se torna egocêntrica e anti-social.

Se queremos ajudar o alcoólico, não apenas o vício deve ser quebrado, mas também a própria personalidade do viciado deve ser redesenvolvida. Se nos mentir, devemos fazê-lo saber, calma e firmemente, que vemos a sua mentira. Quanto mais cedo ele chegar ao ponto de encarar a verdade, tanto mais cedo se libertará do vício e da sua personalidade distorcida.

Determine regras básicas

Não é prudente ameaçar o alcoólico. Nem é boa prática tentar extrair promessas dele. Mas se ele, quando sóbrio, fizer uma promessa voluntariamente, deverá cumpri-la.

“É que quem vive unido a Cristo torna-se uma pessoa nova. As coisas antigas passaram. Tudo é novo.” (II Cor. 5:17)

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