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1/28/2015

Alcoolismo e morte súbita

A ingestão de álcool e cafeína pode desempenhar um papel no desenvolvimento da morte súbita cardíaca (MSC) por causa dos seus efeitos sobre o colesterol, a pressão arterial, a variabilidade da frequência cardíaca e a inflamação.

A obesidade e o consumo excessivo de álcool estão entre as principais causas de morte súbita cardíaca (não causada por doença arterial coronariana), segundo um novo estudo realizado na Finlândia. Os pesquisadores analisaram dados de autópsias de quase 3.000 pessoas na Finlândia, que morreram de morte súbita cardíaca (onde o coração para de bater abruptamente e a morte ocorre rapidamente) entre 1998 e 2007, juntamente com os registros dos pacientes do hospital e questionários preenchidos por seus parentes.

A doença arterial coronariana foi considerada a causa da morte em 78% dos casos, enquanto causas não relacionadas à doença arterial coronariana foram encontradas em cerca de 22% das mortes. O estudo foi feito por pesquisadores da universidade de Oulu. A doença arterial coronária é um estreitamento dos vasos sanguíneos que levam sangue e oxigênio para o coração, causada por um acúmulo de placas nas paredes arteriais, tornando a circulação do sangue mais difícil.

Em relação as mortes não relacionadas à doença arterial coronariana, a causa mais comum de morte em pessoas com menos de 40 anos foi a cardiomiopatia/fibrótica, cerca de 28%. Cardiomiopatia é o enfraquecimento e aumento do músculo cardíaco, o que torna mais difícil o bombeamento de sangue feito pelo coração. O consumo de álcool foi a causa mais comum (cerca de 26% das mortes) em pessoas com idades entre 40 e 59.

A obesidade também foi um fator determinante na morte dessas pessoas, cerca de 23% pessoas com mais mais de 60 anos. Os achados reforçam a doença arterial coronariana como uma das causas mais comuns de morte súbita cardíaca, mas também identificam outras causas de morte súbita em diferentes grupos etários. A obesidade e o alcolismo oferecem perigo significativo para a saúde de uma pessoa, principalmente quando estão juntos.

Esses dois fatores aumentam as chances de morte súbita principalmente depois dos 50 anos, além disso, aumentam as chances do desenvolvimento de diversas outras doenças. Depois dos 30 anos de idade o nosso corpo sofre algumas mudanças naturais em seu funcionamento, como por exemplo o metabolismo. Por isso, é importante ficar atento ao peso, pois as calorias que antes eram queimadas mais rapidamente, agora poderão levar mais tempo para irem embora.

A prática de exercícios físicos regularmente, como caminhadas, musculação e esportes, são atividades que ajudam a controlar o peso e a manter a saúde perfeita. Adotar uma alimentação equilibrada e saudável é outra dica muito importante, pois além de ajudar no peso, inibe o aparecimento de diversas doenças.

Para prolongar os efeitos dos destilados, os jovens brasileiros têm utilizado, a combinação de energéticos e substâncias alcoólicas. Não é incomum observar o consumo desenfreado dessa mistura que, como consequência, potencializa o álcool no organismo e eleva as chances do desenvolvimento de problemas cerebrais, além de doenças cardíacas como a arritmia, crises de pressão alta e até mesmo a morte súbita.

“A associação entre bebida e energético funciona como uma bomba”, afirma o Dr. Sergio Timermam, cardiologista do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas de São Paulo. O especialista revela que os fãs deste mix são, especialmente, os jovens com o desejo de mascarar o gosto da vodca, por exemplo, ou para prolongar a noite e manter a falsa sensação de “concentração”, visto que a bebida é um estimulante que diminui o sono e aumenta a vigília dos adolescentes.

Entretanto, é falsa a impressão de repentina energia que a substância provoca. Ainda que o energético contenha propriedades estimulantes como a cafeína, os efeitos da ingestão alcoólica continuam os mesmos, inclusive, com a diminuição dos reflexos em decorrência do álcool. 

Outro debate que envolve os energéticos se dá pela eliminação dos efeitos depressivos da bebida, o que é uma inverdade, segundo o cardiologista. “Se uma pessoa já apresenta pré-disposição à depressão ou já é diagnosticada com a doença, ela sofrerá os mesmos efeitos da mistura e da patologia. O que muda é a ausência da lentidão provocada pelo álcool”, justificou.

Alguns dos sintomas da explosiva combinação são indícios de alerta para aqueles que consomem a bebida. Para aqueles que já apresentam uma sensibilidade à cafeína, a probabilidade de aumentar a aceleração dos batimentos cardíacos, episódios de pressão alta e até o mesmo óbito são as decorrências nocivas do problema. Além do aumento da ansiedade, os jovens podem sentir insônia, dores estomacais, tremedeira e até mesmo intoxicação por cafeína. Vale ressaltar que para os indivíduos suscetíveis à mistura, qualquer quantidade da bebida pode desencadear males à saúde.

É fato comprovado que qualquer excesso é prejudicial ao organismo e com a junção do energético e álcool não é diferente. O abuso no consumo certamente manifestará seus sintomas quase que imediatamente e o especialista alerta para o consumo do energético não apenas com bebidas alcoólicas, mas com outras drogas e lamenta esse comportamento do jovem. “Infelizmente essa associação vai vitimar muitas pessoas, principalmente os adolescentes que bebem cada dia mais. A família deve tomar uma atitude e proibir o uso de qualquer bebida danosa, seja o energético ou o álcool”, diz o Dr. Sergio Timerman.

Se o estrago já foi feito e os sintomas de palidez, tremores, oscilação da pressão ou aumento da frequência cardíaca não desapareceram, o jovem deve ser encaminhado imediatamente ao atendimento profissional para que os especialistas façam o prognóstico e direcionem o paciente à melhor forma de tratamento imediata. Na maioria dos casos, os batimentos cardíacos e a pressão arterial são controlados, mas os adolescentes saem do hospital com a recomendação dos médicos para não mais fazer uso da combinação.

Mesmo que a comercialização do energético tenha sido aprovada em 1998 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alguns alertas estão explícitos nas embalagens dos produtos, como a forte concentração de cafeína e a recomendação para não misturar a substância com o álcool. Por isso, os melhores orientadores nesses casos são os pais, que podem conversar e direcionar os filhos e mantê-los sob controle e atentos aos males causados pela combinação.

A maioria dos inalantes deprime o sistema nervoso central (SNC) com efeitos agudos muito semelhantes aos do álcool. Na verdade, muitos usuários de inalantes usam simultaneamente outras drogas, especialmente o álcool. Os efeitos sedativos combinados aos do álcool podem causar morte súbita.

Os sintomas agudos do abuso de inalantes começam com a desibinoção, que pode surgir com a excitação, seguida de falta de coordenação, vertigem, desorientação e, então, fraqueza muscular, às vezes alucinações e certamente coma e morte. A morte pode ocorrer cedo e rápido com o abuso de alguns inalantes que causam distúrbios no ritmo cardíaco. Isto é chamado de síndrome da morte súbita por inalação (SSD). 

Os efeitos no coração são mais prováveis se os níveis de adrenalina forem aumentados através de corrida, excitação ou medo, por exemplo. Os fluocarbonos disponíveis hoje em dia, principalmente em extintores de incêndio e certos gases anestésicos, são os principais agentes causadores da SSD. Pode ocorrer morte por asfixia se o inalante for aspirado de um recipiente fechado. 

O vapor dos inalantes toma o lugar do oxigênio no recipiente e nos pulmões. A falta de oxigênio não é detectada pelo cérebro durante a intoxicação devido aos crescentes efeitos sedativos do inalante. No caso de sobrevivência do usuário, podem ocorrer danos cerebrais permanentes.

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