Durante
a década de 1950 havia um grande descontentamento com as escolas de pensamento Behaviorista
e Freudiana nos EUA, muito em função do baixo retorno às questões sociais frente
ao reducionismo dessas abordagens clássicas da Psicologia. Maslow era um dos principais
críticos, que enfatizava que: o Behaviorismo, ao estudar o comportamento humano,
pelo comparativo com o comportamento animal, era incapaz de acabar a complexidade
do fenômeno humano, destacando a necessidade de que além do comportamento a consciência
precisava ser estudada. Já a Psicanálise era excessivamente centrada nos aspectos
sexuais e patológicos da natureza humana.
Abraham
Maslow e Anthony Sutich fundam a Associação de Psicologia Humanista lançando
uma revista acadêmica para divulgar a escola. A proposta foi muito bem aceita por
um grande número de psicólogos, sendo que muitos contribuíram com suas teorias naquela
mesma época. A ênfase destas teorias humanistas está no presente, no aqui e agora,
e na capacidade de mudança, de escolha, baseado nas escolas filosóficas Fenomenologia
e Existencialismo, respectivamente. Maslow afirmava que a Psicologia Humanista era
apenas o berço de uma escola mais abrangente, a Psicologia transpessoal.
A psicoterapia
transpessoal é uma forma de tratamento terapêutico vivencial, cujo objetivo é auxiliar
a pessoa em tratamento a desenvolver cinco sentimentos básicos: autoestima, auto
aceitação, autoconfiança, autovalorização e auto respeito, que são fundamentais
para uma vida plena e feliz.
Na Psicoterapia
Transpessoal o indivíduo passa por um processo vivencial, num estado modificado
de consciência, no qual ele próprio experiencia de forma global as suas emoções,
percepções e cognição. O estado natural de nossa mente é a ordem, isto é, a harmonia
consigo mesma e com o meio-ambiente. Quando essa harmonia existe, a mente funciona
como uma totalidade, o que resulta no que se chama de saúde mental.
Quando
existem perturbações e desarmonia, a mente torna-se bloqueada, e apresenta aspectos
traumáticos que podem resultar em vários distúrbios, tais como, ansiedade, depressão,
angústia, fobias, stress, insegurança, impulso suicida, complexos de inferioridade,
insônia, ciúme exagerado, instabilidade afetiva, sentimento de rejeição, solidão,
abandono, raiva, ódio, etc. Pode apresentar também distúrbios psicossomáticos e
dificuldades no relacionamento interpessoal.
Vários
são os métodos utilizados na prática da Psicoterapia Transpessoal, cujos objetivos
são os de ajudar a pessoa a entrar em contato consigo mesma em essência, desenvolvendo
os recursos interiores com intuito de proporcionar a mobilização do seu potencial
de auto cura.
As técnicas
terapêuticas transpessoais possibilitam ao indivíduo um auto encontro amoroso, no
qual se busca uma proposta madura de resolução dos conflitos através da transmutação
das energias desarmonizadas, desenvolvendo-se o amor que se encontra presente de
forma latente, em cada um de nós.
Com esse
intuito utilizam-se técnicas de meditação, exercícios de relaxamento e visualização,
regressão de memória a situações traumáticas vivenciadas no passado, renascimento
essencial dentre outras, de modo a proporcionar uma viagem profunda ao interior
de si mesmo em busca de um estado de plenitude.
A finalidade
principal da Psicoterapia Transpessoal é possibilitar que o indivíduo trabalhe em
função do seu próprio desenvolvimento, da sua própria mudança pessoal para se tornar
um ser mais equilibrado, em paz consigo mesmo e com a sociedade na qual ele vive,
caminhando a partir daí para o processo de auto aprimoramento o que o levará a plenitude
como ser em evolução.








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