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12/01/2014

Psicoterapia Transpessoal


Durante a década de 1950 havia um grande descontentamento com as escolas de pensamento Behaviorista e Freudiana nos EUA, muito em função do baixo retorno às questões sociais frente ao reducionismo dessas abordagens clássicas da Psicologia. Maslow era um dos principais críticos, que enfatizava que: o Behaviorismo, ao estudar o comportamento humano, pelo comparativo com o comportamento animal, era incapaz de acabar a complexidade do fenômeno humano, destacando a necessidade de que além do comportamento a consciência precisava ser estudada. Já a Psicanálise era excessivamente centrada nos aspectos sexuais e patológicos da natureza humana.
Abraham Maslow e Anthony Sutich fundam a Associação de Psicologia Humanista lançando uma revista acadêmica para divulgar a escola. A proposta foi muito bem aceita por um grande número de psicólogos, sendo que muitos contribuíram com suas teorias naquela mesma época. A ênfase destas teorias humanistas está no presente, no aqui e agora, e na capacidade de mudança, de escolha, baseado nas escolas filosóficas Fenomenologia e Existencialismo, respectivamente. Maslow afirmava que a Psicologia Humanista era apenas o berço de uma escola mais abrangente, a Psicologia transpessoal.
A psicoterapia transpessoal é uma forma de tratamento terapêutico vivencial, cujo objetivo é auxiliar a pessoa em tratamento a desenvolver cinco sentimentos básicos: autoestima, auto aceitação, autoconfiança, autovalorização e auto respeito, que são fundamentais para uma vida plena e feliz.
Na Psicoterapia Transpessoal o indivíduo passa por um processo vivencial, num estado modificado de consciência, no qual ele próprio experiencia de forma global as suas emoções, percepções e cognição. O estado natural de nossa mente é a ordem, isto é, a harmonia consigo mesma e com o meio-ambiente. Quando essa harmonia existe, a mente funciona como uma totalidade, o que resulta no que se chama de saúde mental.
Quando existem perturbações e desarmonia, a mente torna-se bloqueada, e apresenta aspectos traumáticos que podem resultar em vários distúrbios, tais como, ansiedade, depressão, angústia, fobias, stress, insegurança, impulso suicida, complexos de inferioridade, insônia, ciúme exagerado, instabilidade afetiva, sentimento de rejeição, solidão, abandono, raiva, ódio, etc. Pode apresentar também distúrbios psicossomáticos e dificuldades no relacionamento interpessoal.
Vários são os métodos utilizados na prática da Psicoterapia Transpessoal, cujos objetivos são os de ajudar a pessoa a entrar em contato consigo mesma em essência, desenvolvendo os recursos interiores com intuito de proporcionar a mobilização do seu potencial de auto cura.
As técnicas terapêuticas transpessoais possibilitam ao indivíduo um auto encontro amoroso, no qual se busca uma proposta madura de resolução dos conflitos através da transmutação das energias desarmonizadas, desenvolvendo-se o amor que se encontra presente de forma latente, em cada um de nós.
Com esse intuito utilizam-se técnicas de meditação, exercícios de relaxamento e visualização, regressão de memória a situações traumáticas vivenciadas no passado, renascimento essencial dentre outras, de modo a proporcionar uma viagem profunda ao interior de si mesmo em busca de um estado de plenitude.

A finalidade principal da Psicoterapia Transpessoal é possibilitar que o indivíduo trabalhe em função do seu próprio desenvolvimento, da sua própria mudança pessoal para se tornar um ser mais equilibrado, em paz consigo mesmo e com a sociedade na qual ele vive, caminhando a partir daí para o processo de auto aprimoramento o que o levará a plenitude como ser em evolução.

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