Todo o conhecimento histórico a respeito da vida de Maria (22, 20? a.C.) encontra-se nos Evangelhos escritos pelos apóstolos Mateus, Lucas e João, que fazem parte do Novo Testamento da Bíblia. Segundo a crença cristã, Jesus Cristo – o filho de Deus que nasceu na Terra como homem – era o Messias que viera para libertar o povo de Israel do domínio romano e levá-los a um novo reino.
Como mãe de Jesus, Maria ocupa um papel importante na teologia e idolatria de grande parte dos 1,6 bilhão de cristãos que existem no mundo, especialmente daqueles que formam a Igreja Católica.
Os historiadores calculam que Maria estava com 16 ou 18 anos quando seu filho nasceu em 4 a.C., no entanto, as circunstâncias precisas de sua morte são desconhecidas e os Evangelhos dão apenas breves relances de sua vida. Ela pertencia à casa de Davi (Lucas 1:26), morava na Baixa Galileia e ficou noiva de um carpinteiro chamado José (Mateus 1:18).
O anjo Gabriel lhe disse que, embora fosse virgem, ela conceberia o filho de Deus (Lucas 1:26). Em Lucas 1:39, Maria visitou sua prima Isabel e recitou o Magnificat (”minha alma engrandece o Senhor…”). Ela foi uma presença silenciosa durante o nascimento de seu filho, as visitas dos pastores e dos Reis Magos (Mateus 1:12; Lucas 2:1) e quando Jesus foi apresentado ao templo (Lucas 2:21).
Depois, quando Maria o encontra ensinando no templo, emite a segunda das três frases registradas: “Meu filho, por que agiste assim conosco? ” (Lucas 2:48). A última de suas frases foi emitida nas bodas de Canaã, quando disse à Jesus: ”Eles não têm mais vinho”, estimulando-o a realizar seu primeiro milagre, a transformação da água em vinho (João 2:1). Ela é vista pela última vez chorando aos pés da cruz, quando Jesus morre (João 19:25).
Conhecida nas escrituras como a Virgem Maria, logo começou a ser homenageada pelos cristãos como a Mãe de Deus. Por volta do século VII, eles passaram a acreditar que ela havia permanecido virgem por toda a vida (Sempre Virgem). Na Idade Média, a pureza perpétua de Maria passou a significar que ela não tinha pecado algum, nem mesmo o pecado original, e mais tarde, em 1854, foi definida no dogma da Igreja Católica Romana como a Imaculada Concepção. Em 1950, o papa Pio XII decretou que Maria, ao final de sua existência na Terra, havia subido aos céus em corpo e alma.
As aparições de Maria através dos anos levaram à construção de altares em sua homenagem em todo o mundo, sendo os mais famosos o da Madona Negra de Chestochowa, na Polônia, reverenciado desde o século XIV; o retrato de Nossa Senhora de Guadalupe, comemorando a aparição no México, em 1531; Nossa Senhora de Lurdes (França, 1858); e Nossa Senhora de Fátima (Portugal, 1917).
Como cristãos, temos motivos de sobra para celebrar Maria como “rainha e senhora”, mas corremos o risco de esquecer a história daquela mulher simples que viveu num pequeno povoado de uma região periférica no mundo daquele tempo.
Não é fácil conhecer a história de Maria com objetividade, uma vez que as fontes são os Evangelhos, nos quais os fatos históricos já se apresentam interpretados a partir da fé. Não se deve, porém, esquecer essa história que há de ser ponto de partida insubstituível em toda reflexão mariológica.
No Novo Testamento há diversas tradições. Maria é referência indireta nos escritos paulinos. Marcos a apresenta como mulher do povo e participante de sua mentalidade. Os Evangelhos da infância apresentam uma teologia bem elaborada sobre a fisionomia espiritual da Virgem, enquanto o quarto evangelista destaca sua fidelidade e seu significado na comunidade cristã.
De todas essas interpretações podemos concluir:
Maria foi uma mulher simples do povo e sensível às necessidades dos pobres.
Embora os Evangelhos nada digam sobre os pais de Miryam, nome original de Maria, segundo a tradição eles se chamavam Joaquim e Ana. Vivia em Nazaré, um povoado sem renome e de má fama, na região norte chamada Galileia. Sua existência deve ter sido como a de qualquer outra jovem daquela cultura: arrumar a casa, ajudar os irmãos menores, e participar nas festas religiosas. Ainda se conserva em Nazaré a “fonte da Virgem”. Ali ela comentaria com as outras mulheres os acontecimentos e rumores de cada dia.
Contam os Evangelhos que Miryam estava prometida para ser esposa de um carpinteiro justo e honrado que se chamava José, e talvez tivesse emigrado da Judéia. Maria e José pertencem ao povo humilde, de modo que quando seus conterrâneos veem que Jesus fala tão bem, se admiram: “Mas não é este o filho do carpinteiro e de Maria?” (Mc 6,2).
Aquela mulher é sensível às necessidades dos outros. Sabendo que sua parenta Isabel já está no sexto mês de gravidez, desloca-se para lhe dar assistência. Quando participava de uma festa de casamento, percebe que falta vinho, e procura falar com Jesus para resolver o problema, e impedir que os noivos fiquem envergonhados. – Miryam recebeu de Deus um favor singular na concepção e no nascimento de Jesus. Movida pelo Espírito, entregou-se totalmente ao projeto de salvação, vivendo sua maternidade até as últimas consequências.
Nos primeiros meses de gestação, a criança se configura física e psicologicamente por obra de sua mãe, que não só a alimenta com a própria vida como também a torna centro de seus pensamentos, afetos e cuidados. A mãe amolda misteriosamente a personalidade de seu filho.
A frase do evangelho é bem eloquente: “Maria deu à luz o filho primogênito. Envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura, por não haver lugar na hospedaria” (Lc 2,7).
Nesse gesto está implícito o amor materno e a ternura que viveu aquela jovem mãe ao encontrar-se diante de seu filho. A experiência singular que Maria teve de Deus não diminuiu seu afeto materno; tornou-o mais profundo, delicado e total.
A Virgem fez sua caminhada na surpresa e na obscuridade da fé.
Os evangelhos da infância sugerem que os inícios não foram fáceis: conflito com José pela gravidez inexplicável, perseguição do rei Herodes, e fuga do país durante a noite, para defender o filho.
Parece que os familiares de Jesus não entenderam sua decisão de abandonar suas seguranças sociais e dedicar-se ao anúncio do Reino, interessando-se pelos marginalizados. Pensavam que ele havia perdido o juízo e queriam traze-lo de volta à casa. Quando viram que ia tendo êxito, lhe diziam que fosse para Jerusalém, a capital da Palestina: “Ninguém faz tais coisas em segredo, se deseja ser conhecido do público” (Jó 7,4).
Os evangelistas querem deixar bem claro que Maria disse “sim” ao projeto de Deus, sendo “a pobre” inteiramente disponível à vontade divina. Isto, porém não impede, até exige, que vivesse sua entrega num processo histórico marcado pela surpresa, o conflito e o sofrimento. Diante de comportamentos estranhos de Jesus, “ficava perplexa”, “vacilava em seu íntimo”. Deve ter sido uma mulher contemplativa da passagem de Deus pela história.
Lc 2,49-50 acusa certo desgosto de Maria quando o menino Jesus permanece no templo de Jerusalém sem avisar a seus pais. Maria, sem dúvida, teve de sofrer uma desorientação quando Jesus deixou sua profissão e sua casa; mas, acima de tudo, como toda boa mãe, teve que defender o filho contra as críticas dos familiares.
E o transtorno deve ter sido terrível quando a Mãe veio a saber que haviam prendido seu filho, e o tinham condenado por blasfemo. Conforme a tradição evangélica, Maria permaneceu junto à cruz, junto a Jesus abandonado por todos. A fé verdadeira se prova e amadurece na escuridão.
A última notícia que temos de Maria, com certa garantia histórica, é o que encontramos em At 1,14: permanecia em oração com a primeira comunidade cristã, suplicando a vinda do Espírito. Nada dizem os escritos apostólicos sobre os últimos dias e a morte da Virgem.
Segundo Jó 19,27, o “discípulo amado” acolhe em sua casa a mãe de Jesus. Embora a intenção principal do evangelista seja mais teológica que histórica, talvez tenha vindo daí a tradição popular: Maria ficou com o “discípulo amado” (que se veio identificando com João) em Patmos, e ali terminou seus dias.
Maria também conhecida como Maria de Nazaré, é a mulher israelita de Nazaré, identificada no Novo Testamento e no Alcorão como a mãe de Jesus através da intervenção divina (Mateus 1:16-25, Lucas 1:26-56, Lucas 2:1-7). Jesus é visto como o messias — o Cristo — em ambas as tradições, dando origem ao nome comum de Jesus Cristo. Maria teria vivido na Galileia no final do século 1 a.C. e início do século 1 d.C., é considerada pelos cristãos como a primeira adepta ao cristianismo.
Os evangelhos canônicos de São Mateus e São Lucas descrevem Maria como uma virgem. Tradicionalmente, os cristãos acreditam que ela concebeu seu filho milagrosamente pela ação do Espírito Santo. Os muçulmanosacreditam que ela concebeu pelo comando de Deus.
Isso ocorreu quando ela estava noiva de José e aguardava o rito do casamento, que tornaria a união formal Ela se casou com José e o acompanhou a Belém, onde Jesus nasceu. De acordo com o costume judaico, o noivado teria ocorrido quando ela tinha cerca de 12 anos, o nascimento de Jesus aconteceu cerca de um ano depois.
O Novo Testamento começa o seu relato da vida de Maria com a anunciação, quando o anjo Gabriel apareceu a ela anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus. A tradição da Igreja e os escritos apócrifos afirmam que os pais de Maria eram um casal de idosos, São Joaquim e Santa Ana.
No novo testamento
O Novo Testamento relata sua humildade e obediência à mensagem de Deus e faz dela um exemplo para cristãos de todas as idades. Fora das informações fornecidas no Novo Testamento pelos Evangelhos sobre a dama da Galileia, a devoção cristã e a teologia construíram uma imagem de Maria, que cumpre a previsão atribuída a ela no Magnificat: «Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada. » (Lucas 1:48)
O nome "Maria" vem do grego Μαρίας. O nome do Novo Testamento foi baseado em seu nome original em aramaico Maryām. Ambos, Μαρίας e Μαριάμ, aparecem no Novo Testamento.Maria, a mãe de Jesus, é chamada pelo nome cerca de vinte vezes no Novo Testamento.
· O Evangelho de Lucas menciona Maria frequentemente em relação aos outros evangelhos, identificando-a pelo nome doze vezes, todas elas na narrativa da infância (Lucas 1:27,30,34,38,39,41,46,56, Lucas 2:5,16,19,34).
· O Evangelho de Mateus menciona seu nome por cinco vezes, quatro delas (Mateus 1:16,18,20, Mateus 2:11) na narrativa da infância e apenas uma vez (Mateus 13:55) fora da narrativa da infância.
· O Evangelho de Marcos cita Maria apenas uma vez (Marcos 6:3) e a menciona como a mãe de Jesus, sem nomeá-la, em Marcos 3:31.
· O Evangelho de João se refere a ela duas vezes e a descreve como mãe de Jesus, mas não a menciona pelo nome. Ela é vista pela primeira vez nas bodas de Caná da Galileia (João 2:1-12), um evento que só é mencionado neste evangelho e também é o único texto dos evangelhos canônicos em que Maria dirige a palavra a Jesus adulto. A segunda referência em João, também exclusivamente listada neste evangelho, descreve a mãe de Jesus junto à cruz de seu filho com o "discípulo amado" (João 19:25-26).
· No livro dos Atos, escrito segundo Lucas, Maria e os irmãos de Jesus são mencionados na companhia dos onze apóstolos que estavam reunidos no cenáculo, depois da ascensão (Atos 1:14).
· No livro do Apocalipse (Apocalipse 12:1-6), João não identifica explicitamente a "mulher vestida de sol" como Maria de Nazaré. No entanto, alguns intérpretes fizeram essa conexão, outros interpretam a "mulher vestida do sol" como a Igreja instituída por Deus.
Família e infância
Segundo uma tradição católica estima-se que a Virgem teria nascido a 8 de setembro, num sábado, data em que a Igreja festeja a sua Natividade. Também é da tradição pertencer à descendência de Davi - neste sentido existem relatos de Inácio de Antioquia, Santo Irineu, São Justino e de Tertuliano - consta ainda dos Evangelhos Apócrifos, Evangelho do Nascimento de Maria e do Protoevangelho de Tiago. É também uma antiga tradição que remonta ao século II, que seu pai seria São Joaquim, descendente de David, e que sua mãe seria Sant'Ana, da descendência do sacerdote Aarão.
Alguns autores afirmam que Maria era filha de Eli, mas a genealogia fornecida por Lucas alista o marido de Maria, São José, como "filho de Eli". A Cyclopædia de M'Clintock e Strong diz:
É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno. (Números 26:33).
Possivelmente por este motivo Lucas diz que José era filho de Eli (Lucas 3:23).
Pelo texto Caverna dos Tesouros, atribuído a Efrém da Síria, Ana (Hannâ ou Dînâ) era filha de Pâkôdh e seu marido se chamavaYônâkhîr. . Yônâkhîr e Jacó eram filhos de Matã e Sabhrath. Jacó foi o pai de José, desta forma, José e Maria eram primos. Maria nasceu sessenta anos depois que seu pai, São Joaquim, tomou Santa Ana por esposa.
De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém, é também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim.
Com a morte do pai teria se transferido para Nazaré, onde São José morava. Três anos depois realizar-se-iam os esponsais. Os padres bolandistas, que dirigiram a publicação da Acta Sanctorum de 1643 a 1794, supõem em seus estudos que São Joaquim era irmão de São José, o que caracterizaria um caso de endogamia, o que era comum entre os judeus.
Palavras de Maria
A Anunciação por Eustache Le Sueur, um exemplo da arte Mariana do século XVII. O anjo Gabriel anuncia a Maria que ela dará a luz a Jesus e lhe oferece lírios brancos.
Nos Evangelhos Maria faz uso da palavra por sete vezes, três delas dirigidas ao Anjo da Anunciação, o Magnificat em resposta a Isabel, duas dirigidas ao seu Filho e uma só e última vez dirigida aos homens (aos servos das bodas de Caná) que a Igreja Católica conserva com todo o valor de um testamento:
Devoção cristã
A devoção cristã a Maria mostra claros sinais no início do século II e antecede o surgimento de um sistema específico litúrgico mariano no século V, após o Primeiro Concílio de Éfeso em 431. O próprio conselho foi realizado em uma igreja que havia sido dedicada a Maria cerca de cem anos antes. No Egito, a veneração a Maria tinha começado no século III e o termo Theotokos foi usado por Orígenes, o pai da Igreja de Alexandria.
A mais antiga oração mariana que se conhece (o sub tuum praesidium, ou sob vossa proteção) é do início do 2° século e seu texto foi redescoberto em 1917 em um papiro no Egito. Após o Édito de Milão em 313, imagens artísticas de Maria começaram a aparecer em maior número em grandes igrejas estavam sendo dedicadas a ela, como por exemplo, a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Durante a Idade Média muitas lendas surgiram sobre Maria, sobre seus pais e até mesmo avós.
Ao longo dos séculos, a devoção a Maria tem variado entre as tradições cristãs. Por exemplo, enquanto os protestantes dão pouca atenção aos hinos e orações marianas, os ortodoxos veneram a mãe de Jesus e a consideram "mais ilustre do que os Querubins e mais gloriosa que os Serafins."
O teólogo ortodoxo Sergei Bulgakov escreveu: "O amor e a veneração a Virgem Maria é a alma da devoção ortodoxa. A fé em Cristo, que não inclui sua mãe, é uma outra fé."
Embora os católicos honrem e venerem Maria, não a vêem como divina e muito menos a adoram. Os católicos creem que Maria é subordinada a Cristo, mas ainda assim, ela está acima de todas as outras criaturas. Da mesma forma, o teólogo Sergei Bulgakov escreveu que, embora a Igreja Ortodoxa acredite em Maria como superiora a todos os seres criados e incessantemente ore por sua intercessão, ela não é considerada uma "substituta do único mediador", que é Cristo. Também escreve "Que Maria seja honrada, mas a adoração deve ser dada ao Senhor".
As sete dores de Maria
A historiografia católica de Maria colhe uma tradição que venera as suas sete dores como são sete momentos da sua vida em que passou por sofrimento um notável:
· Primeira dor: a profecia de Simeão.
· Segunda dor: a fuga para o Egipto.
· Terceira dor: Jesus perdido no Templo.
· Quarta dor: Maria encontra o seu Filho com a cruz a caminho do Calvário.
· Quinta dor: Jesus morre na Cruz.
· Sexta dor: Jesus é descido da Cruz e entregue a sua Mãe.
· Sétima dor: o corpo de Jesus é sepultado.
Na Igreja Católica Romana, Maria é reconhecida pelo título de bem-aventurada, em reconhecimento a sua assunção ao céu e a sua capacidade de interceder em favor daqueles que recorrem a ela por meio de orações e práticas devocionais. Os ensinamentos católicos deixam claro que Maria não é considerada divina e orações a ela dirigidas não são respondidas por ela, mas por Deus.
Mais do que em qualquer outro grupo cristão, a Santíssima Virgem ocupa um lugar destacado entre os católicos, que além de possuírem doutrinas e ensinamentos teológicos relacionados a Maria, também celebram as festas em honra aos seus títulos, cantam hinos, rezam uma variedade de orações e peregrinam a templos marianos. O Catecismo da Igreja Católica diz que "A devoção da Igreja à Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão".
Papas emitiram uma série de encíclicas e cartas apostólicas marianas para incentivar a devoção e veneração a Virgem Maria, como por exemplo, Redentoris Mater de João Paulo II, onde ele começou com a frase "A Mãe do Redentor tem um lugar bem preciso no plano da salvação", enfatizando a participação de Maria no processo de salvação e redenção.
Católicos colocam grande ênfase sobre o papel de Maria como protetora e intercessora, o Catecismo da Igreja Católica se refere a Maria como "Mãe de Deus cuja proteção é fiel em todos os perigos e necessidades".
No século XX, João Paulo II e o cardeal Joseph Ratzinger enfatizaram o foco mariano na Igreja. O cardeal Ratzinger, futuro Papa Bento XVI sugeriu um redirecionamento de toda a Igreja ao programa do Papa João Paulo II para assegurar uma abordagem autêntica à cristologia através de um retorno à "verdade sobre Maria" , escreveu:
É necessário voltar-se a Maria se quisermos retornar à verdade sobre Jesus Cristo, a verdade sobre a Igreja e a verdade sobre o homem.
Protestantes em geral rejeitam a veneração e invocação dos santos. Protestantes sustentam que Maria era a mãe de Jesus, porém, era uma mulher comum dedicada a Deus, portanto, não há nenhuma veneração, festas, peregrinações, artes, músicas ou algum tipo de espiritualidade dedicada a Maria nas comunidades protestantes de hoje. No âmbito destas opiniões, crenças e práticas católicas romanas, são por vezes rejeitadas.
No texto do Magnificat (registrado em Lucas 1:46-55), Maria proclama "Minha alma se alegra em Deus meu Salvador" e esta necessidade de um salvador pessoal é vista pelos protestantes como a expressão de que Maria nunca pensou em si mesma como "concebida sem pecado".
Protestantes reconhecem que Maria é "bendita entre as mulheres" (Lucas 1:42), mas não concordam que Maria deve ser venerada. Ela é considerada um excelente exemplo de uma vida dedicada a Deus.
Maria, a mãe de Jesus, é mencionada como Maryam no Alcorão, onde aparece mais do que em todo o Novo Testamento. Ela desfruta de uma posição singularmente distinta e honrada entre as mulheres no Alcorão. Uma Sura (capítulo) do Alcorão é intitulada "Maryam" (Maria), a única Sura do Alcorão com o nome de uma mulher, em que a história de Maria (Maryam) e Jesus (Isa) é contada segundo a visão islâmica. Ela é mencionada no Alcorão com o título de Nossa Senhora (syyidatuna), filha de Imran e Hannah.
O Alcorão relata narrativas detalhadas de Maryam (Maria) em dois lugares, Sura 3 e Sura 19. As crenças de que Maria foi concebida sem pecado e que ela permaneceu virgem após o parto são aceitas pelos muçulmanos. O relato feito na Sura 19 do Alcorão é quase idêntica ao Evangelho de Lucas, ambos começam com a visita de um anjo a Zakariya (Zacarias) com a boa nova do nascimento de Yahya(João Batista), seguido pela anunciação.
Na tradição islâmica, Maria e Jesus eram as únicas crianças que não poderiam ser tocadas por Satanás no momento de seu nascimento, pois Deus impôs um véu entre eles e o anjo caído. Segundo o autor Shabbir Akhtar, a perspectiva islâmica sobre a Imaculada Conceição de Maria é compatível com a doutrina católica de mesmo nome.
O Alcorão diz que Jesus foi o resultado de um nascimento virginal. O relato mais detalhado da anunciação e nascimento de Jesus é fornecido na Sura 3 e 19 do Alcorão, onde está escrito que Deus enviou um anjo para anunciar que ela em breve teria um filho, apesar de ser uma virgem.
A questão dos parentes de Jesus no Talmude também afeta a visão de sua mãe. No entanto, o Talmude não menciona Maria pelo nome e é atencioso ao invés de apenas polêmico. A história sobre Panthera também é encontrada no Toledot Yeshu, as origens literárias não podem ser rastreadas com toda a certeza, mas é improvável que seja anterior ao século IV, sendo tarde demais para incluir lembranças autênticas de Jesus.








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