Cérebro
Embora
a maioria dos animais tenha sistema nervoso, apenas três grupos (artrópodes, cefalópodes
e craniata) apresentam cérebros complexos. O órgão, matriz do sistema nervoso que
está localizado dentro do crânio nos seres humanos, é o principal centro de regulação
e controle das atividades corporais: sede da consciência, do pensamento, da memória
e da emoção. É ele, portanto, que permite ao homem identificar, perceber e interpretar
o mundo que o rodeia. É composto por massa
cinzenta e massa branca, sendo
dividido em dois hemisférios por intermédio do corpo caloso, compreendendo também
o tronco encefálico e o cerebelo.
O córtex cerebral corresponde à camada mais
externa do órgão formada por tecido rugoso de cerca de dois milímetros de espessura,
sendo um importante local de processamento neural, responsável por funções complexas
como memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento. A superfície
do cérebro – o córtex cerebral – é composta por seis camadas de neurônios (células
do sistema nervoso responsáveis pela condução do impulso nervoso). Constituída por
massa cinzenta, essa estrutura permitiu ao ser humano desenvolver cultura, já que
induziu a elaboração do pensamento abstrato e das representações simbólicas.
Cada hemisfério contém quatro lobos.
O lobo frontal está associado à atividade
motora, articulação da fala, pensamento e planejamento – responsável por cognição
e memória. Ele é particularmente importante por ser responsável pelos movimentos
voluntários e também por ser o lobo mais significante para o estudo da personalidade
e inteligência.
O lobo parietal responde pela interpretação
das sensações e pela orientação do corpo. O lobo parietal está localizado na parte
posterior do lobo frontal. Ele possui uma área denominada somatossensória, responsável
pela percepção de estímulos sensoriais que ocorrem através da epiderme ou órgãos
internos.
O lobo occipital, na parte de trás da cabeça,
mais precisamente na região da nuca, encontra-se o córtex visual, que recebe todas
as informações captadas pelos olhos; melhor dizendo, sua especialidade é a visão.
Nos lobo temporal as emoções e a memória são
trabalhadas, fornecendo ao indivíduo a capacidade de identificar e interpretar objetos
ao recuperar informações passadas. O lobo temporal possui uma área especial chamada
córtex auditivo, como o próprio nome já diz, esta área está intimamente ligada a
audição.
Existem
outras áreas dos lobos que não possuem especialização, estas são chamadas de córtex
de associação. Além de estas serem conectadas a vários sentidos e movimentos, acredita-se
que nelas também são processados nossos pensamentos e armazenadas nossas memórias.
A base
do cérebro é composta por gânglios basais,
tálamo e hipotálamo, atuando na coordenação de movimentos, organização da transmissão
e recepção das informações sensoriais e atividades automáticas do corpo, respectivamente.
A função do tronco cerebral é regular
atividades como a deglutição e a frequência cardíaca. O cerebelo, abaixo do cérebro e sobre o tronco cerebral, coordena os
movimentos do corpo ao utilizar as informações enviadas pelo cérebro a respeito
dos membros.
Dois tipos
de células, a glia e o neurônio, constituem a maior parte do cérebro.
A primeira tem a função de dar suporte e proteger a segunda, que carrega a informação
sob a forma de pulsos elétricos.
A comunicação
entre neurônios é realizada pelo envio de produtos químicos, neurotransmissores,
pelas sinapses – junções especializadas
por meio das quais as células do sistema nervoso mandam sinais formando circuitos
biológicos.
Os nossos
sentidos (visão, olfato, audição, tato e paladar) recebem informações do mundo que
nos rodeia. Estas mensagens são enviadas como impulsos sensoriais primeiramente
ao tálamo e depois para regiões do córtex cerebral específicas de cada sentido.
Dessa maneira, o cérebro as reúne, organiza e armazena. De forma adequada, transmite
impulsos nervosos que ditam o comportamento
motor e mantém as funções do corpo, como batimento cardíaco, pressão arterial, balanço
hídrico e temperatura corporal.
O cérebro
também produz hormônios que influenciam
outros órgãos, reagindo também a hormônios produzidos em outras partes do corpo.
Nos mamíferos, grande parte destas substâncias é liberada no sistema circulatório
pelas glândulas pituitárias.








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