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12/20/2014

Anorexia e Alcoolismo

Quantas pessoas você conhece que não são gordas, mas estão sempre de dieta, nunca se gostam, vivem contando as calorias e são obcecadas por estar em forma? Por conta do constante crescimento da valorização do “corpo perfeito” tem-se observado um contínuo sofrimento emocional e doenças alimentares em crianças, jovens e adultos insatisfeitos com o corpo. Exemplo disso é a anorexia alcoólica, junção de duas patologias graves - a anorexia e o alcoolismo.

A aspiração por uma imagem corporal perfeita é inalcançável é interminável, pois é amparada por conceitos irracionais e percepções ilusórias. Isto causa sérias distorções perceptivas que ocasionam a constante insatisfação com o corpo e a graves doenças, como os transtornos alimentares, anorexia, bulimia, Drunkorexia (anorexia alcoólica), entre outros. 

O transtorno alimentar é uma doença multifatorial definida como desvio de comportamento alimentar que pode induzir ao emagrecimento extremo ou à obesidade. Já a Drunkorexia, ou anorexia alcoólica é um termo criado nos EUA para nomear a junção de duas graves patologias, a anorexia e o alcoolismo, distúrbio muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição. 

A similaridade entre as duas doenças está no quadro de alteração emocional e na busca obsessiva pelo corpo perfeito e magro. “obcecadas pela forma física perfeita, as mulheres ingerem doses excessivas de álcool para enganar a fome e amenizar as dores de estômago, substituindo refeições por bebidas e enviando estímulos falsos ao aparelho digestivo”, explica. 

Estudos psiquiátricos demonstram que o alcoolismo, principalmente aquele ocasionado em mulheres, está ligado a problemas psicológicos como depressão, ansiedade, anorexia, bulimia, entre outros. Além disso, pode-se levar em conta que o álcool funciona como um anestésico momentâneo das emoções negativas, logo, percebe-se que muitas vezes a pessoa se utiliza da bebida alcoólica para “esquecer” fatos desagradáveis.

A anorexia e a anorexia alcoólica assim como qualquer outro transtorno alimentar não estão restritas a apenas uma classe social. A doença pode atingir qualquer classe e na maioria das vezes ocorre em meninas, de boa aparência, inteligentes e com perfil perfeccionista. Elas aparentam ser independentes, mas possuem um nível elevado de carência de afeto.

Pessoas que sofrem deste mal apresentam características semelhantes de comportamento, como a preocupação de comer em público, tentam se livrar da refeição em guardanapos ou bolsos. O pensamento rígido e o sentimento de desvalorização são freqüentes, podendo ocorrer também o isolamento social. 

As consequências dos transtornos alimentares são sérias e merecem atenção, pois podem levar à morte. A anorexia ocasiona desnutrição, transformando mulheres saudáveis e bonitas em cadáveres ambulantes, já o álcool impede a absorção de muitas vitaminas, prejudica a atividade dos glóbulos brancos diminuindo a resistência do organismo às infecções. Dessa forma, a união das duas doenças acaba tendo um efeito destruidor.

Tratamento

O tratamento mais indicado para as pessoas que sofrem de anorexia e anorexia alcoólica deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar formada principalmente por psiquiatra, psicólogo, clínico e nutricionista, em função da complexa interação de problemas emocionais e fisiológicos que ocorrem nos transtornos alimentares. No que se refere ao tratamento psicoterápico, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem-se mostrando eficaz nos resultados, pois baseia-se na teoria de que as cognições (pensamentos ou idéias) influenciam a sua afetividade e seu comportamento. Portanto, a TCC procura modificar a forma de pensar, sentir e agir para que assim a pessoa adquira comportamentos que passam a ser mais aceitáveis e adequados. 

Sinais de alerta:

Fique atento aos principais sinais que um indivíduo que sofre de anorexia ou anorexia alcoólica pode apresentar:

  • perda de peso em um espaço de tempo reduzido;
  • obsessões com a alimentação e preocupação com peso corporal;
  • crença de que se está gordo, mesmo estando com o peso abaixo da média; 
  • parada do ciclo menstrual, 
  • depressão, ansiedade e irritabilidade; 
  • exercícios físicos em excesso; 
  • progressivo isolamento da família e amigos;
  • ingestão em demasia de bebida alcoólica.

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