Escolha o Idioma

12/20/2014

Alcoolismo

Termo há muito usado e com significado variável, geralmente refere-se a um modo de beber crônico e continuado ou mesmo ao consumo periódico de álcool, o qual é caracterizado pelo comprometimento do controle sobre o beber, freqüentes episódios de intoxicação e preocupação com o álcool e seu uso, apesar das conseqüências adversas.

O termo alcoolismo foi originalmente empregado por Magnus Huss em 1849. Até os anos de 1940, referia-se principalmente às conseqüências físicas do beber grandes quantidades, por longo tempo (alcoolismo Beta na tipologia de Jellinek). Um conceito mais restrito é o de alcoolismo como uma doença (Ver Doença Alcoólica), caracterizado pela perda do autocontrole sobre o beber, causado por uma anormalidade biológica preexistente e tendo um curso progressivo previsível. 

Mais tarde o termo foi usado por Jellinek e outros para indicar o consumo de álcool conduzindo a qualquer tipo de dano (físico, psicológico ou social, individual ou grupal). Jellinek subdividiu o alcoolismo assim definido em uma série de "tipos" designados por letras gregas.

A inexatidão do termo levou uma Comissão de Peritos da OMS, em 1979, a desaprová-lo, preferindo estreitar a formulação para síndrome de dependência do álcool como um dos problemas relacionados com o álcool.

Apesar de seu significado ambíguo, alcoolismo é ainda amplamente usado como termo diagnóstico e descritivo. Por exemplo, em 1990, a Sociedade Americana das Dependências definiu alcoolismo como "uma importante doença crônica primária com fatores genéticos, psicossociais e ambientais influenciando seu desenvolvimento e manifestações. 

A doença é com freqüência progressiva e fatal. Está caracterizada por contínua ou periódica perturbação do controle de ingestão, preocupação com a substância do álcool; uso de álcool apesar de suas conseqüências adversas e distorções de pensamento, notadamente, negação". Outras formulações têm dividido o alcoolismo em diversos tipos, alguns vistos como doença e outros não (Ver Tipologia De Jellinek). 
Distinguem-se: 
(i) alcoolismo essencial de alcoolismo reativo, onde "essencial" indica que o alcoolismo não é secundário nem provocado por alguma outra condição; 
(ii) alcoolismo primário de secundário, para indicar a ordem de início, em casos de duplo diagnóstico e;
(iii) alcoolismo do tipo I e do tipo II, tendo o último um componente genético fortemente ligado ao sexo masculino. Em uso mais antigo, a dipsomania (beber episódico) e adicção ao álcool referiam-se à perda do controle de beber; embriaguez também tinha uma mais ampla relação com a intoxicação habitual e seus efeitos prejudiciais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário