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9/06/2011

A droga mais antiga da humanidade



O álcool não é privilégio de nenhum povo sobre a terra. Ao contrário, é considerado a única droga comum a todas as civilizações.

A fabricação de vinho de uva começou provavelmente no período Nerolítico, 8500 anos antes de Cristo. Nas montanhas Zagros, no norte do Irã, uma equipe do Centro de Arqueologia Química da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, encontrou um jarro de 7000 anos com capacidade para 9 litros de vinho.

Mais tarde, houve no delta do Rio Nilo uma pujante indústria vinícola, por volta de 2700 a. C. Beber vinho era um hábito tão comum que vários faraós foram enterrados com jarros, provavelmente na crença de que poderiam continuar tomando umas e outras depois da morte.

A cerveja é um pouco mais recente. Aparece uns 1500 anos antes de Cristo. Com um microscópio eletrônico, arqueólogos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriram que os egípcios usavam malte para produzir açúcar usado na fermentação. Em outras palavras: conheciam técnicas de cervejaria.

Os egípcios obtinham seu malte a partir de cevada. Só que em vez de adicionar lúpulo, como se faz hoje, eles acrescentavam um tipo raro de trigo. Ao repetir a receita, os pesquisadores descobriram uma boa cerveja. Sem o amargo do lúpulo, a mistura ganhava um sabor doce e frutado. Era dourada, mas menos transparente que as atuais.

Vieram depois os destilados, que são mais fortes. Curiosamente, a técnica não foi desenvolvida para fazer bebidas. Proibidos de beber pelo islamismo, os árabes foram os primeiros a produzir álcool destilado para fabricar perfumes. Os europeus aprenderam com eles e no século XI já há registro de aguardentes na Itália.

Talvez nunca se saiba com certeza quando o homem começou a beber. Já no Gênesis, o vinho aparece nas mãos de Noé. A novidade está em que, com os novos conhecimentos, a humanidade poderá começar a beber melhor.

Em lugar de ser dominada por efeitos indesejáveis e imprevisíveis, terá a chance de usar o álcool na justa e moderadíssima proporção em que ele ajuda a viver melhor. Para isso, cada um precisará encontrar a dose certa e ficar nela.

Fontes: Universidade da Carolina do Norte (EUA) e Instituto Nacional de Alcoolismo e Instituto Nacional de Alcoolismo e Abuso de Álcool dos EUA

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